segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O QUE É IDOLATRIA?

Assim como a própria nomenclatura desse termo nos revela, a idolatria consiste na adoração (latria) à um falso deus (ídolo).
Resta-nos identificar o que é de fato ídolo e em que situação estamos sujeitos a cometer este terrível e abominável pecado contra Deus.
Os protestantes afirmam que as nossas imagens católicas dos santos e santas é que são os verdadeiros ídolos atuais, devido ao mandamento divino que se encontra na Bíblia em Êxodo 20,4-5b: “Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que está em cima nos céus ou embaixo sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra. Não te prostarás diante delas e não lhes prestarás culto”. E ainda várias outras: Lv 26,1; Dt 7,25; Sl 115,4-8, e etc.
Porém, se nos aprofundarmos ante estas passagens e compará-las com outras, saberemos que é uma afirmação totalmente descabida. Pois veremos que no mesmo livro do Êxodo 25,18 diz: “Farás dois querubins de ouro; e as farás de ouro batido, nas duas extremidades da tampa um de um lado e outro de outro”. Também disse no Livro de Números 21,8-9: “E o Senhor disse a Moisés: faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, conservava a vida”. E muitas outras: IRs 6,23-29.32; ICr 28,18-19; IICr 3; 7,10-14; 5,8; Ex 37,7-9; 41,18 e etc.
Estaria Deus entrando em contradição? É claro que não! Pois é pela finalidade da escultura que se entende as proibições ou permissões. Onde o que se proíbe, neste caso, é a adoração a estes objetos como se representasse Deus, coisa que não acontece com nossas imagens religiosas. Pois, nelas vemos imagens de homens e mulheres que tem uma história e não ídolos (como os pagãos) ou outros deuses (como os gregos antigos), mas apenas representações daqueles que souberam viver como nunca sua fé no Deus Vivo. No mais, o problema não está na nossa visão, naquilo que vemos, mas em nosso coração, ou seja, no valor que colocamos em tal coisa. Tanto que São Paulo considera a avareza uma idolatria, pois o amor ao dinheiro chega a substituir o amor supremo que devemos só a Deus.(Cf. Cl. 3,5)
Portanto, como vimos no início, um ídolo é tudo aquilo que representa um falso deus, e como tal, ele é qualquer objeto, pessoa e até a sua imagem ou escultura, algum elemento da natureza, e enfim, qualquer outra coisa material ou imaterial (como um cargo, por exemplo) desde que, por seu intermédio se tente substituir o Deus vivo e atribuir a este, poderes, depositando nele exclusiva confiança, reconhecendo uma divindade que pode nos livrar de algum perigo ou mal, que só compete ao único e verdadeiro Senhor. O livro da Sabedoria nos mostra como os pagãos caíam neste erro de idolatria ao adorar elementos da natureza: “Tomaram o fogo, ou o vento, ou o ar agitável, ou a esfera estrelada, ou água impetuosa, ou os astros dos céus, por deuses, regentes do mundo. Se tomaram essas coisas por deuses, encantados pela sua beleza, saibam, então, quanto seu Senhor prevalece sobre elas, porque o criador da beleza é que fez estas coisas... pois é a partir da grandeza e da beleza das criaturas que, por analogia, se conhece o seu autor. Sb.13, 2-3.5
Diante dessas definições, podemos concluir que o problema da idolatria resume-se em prestar à uma criatura o culto de adoração que devemos exclusivamente a Deus. Como nos ensina o apóstolo São Paulo: “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e adoraram a criatura em vez do criador...” Rm.1,25

Adjair Brasiliano

FAMÍLIA, O LUGAR DO AMOR, O LUGAR DE DEUS.

A família tem passado por muitas transformações na sociedade, por isso, é fundamental um olhar atento dirigido à ela.
Certamente, todos aqueles que valorizam e amam sua família não medirão esforços em protegê-la e defendê-la das grandes pressões externas (álcool, drogas, prostituição, entre outras).
É importante que o casal ao se unir em Matrimônio, tenha consciência de que este é o encontro de duas pessoas que são diferentes, mas que se amam. Um acolhe o outro em sua própria vida com suas diferenças. Não adianta perder tempo tentando imaginar a outra pessoa como você gostaria que ela fosse. Deus nos fez diferentes, mas é o equilíbrio dessas diferenças que permitem ao casal encontrar o verdadeiro sentido da escolha que fizeram.
Alguém único foi confiado por Deus à você e é com essa pessoa, que você escolheu partilhar uma vida em comum “uma só carne” e formar uma família. A expressão diária do amor que os uniu, serve de combustível na formação dos filhos.
Não permitamos que o egoísmo, venha interferir no que Deus uniu, afinal, uma pessoa centrada em si, impossibilita a felicidade dos outros e como conseqüência será também infeliz.
Não quero dizer que como família não vão existir desafios, problemas ou dificuldades, pelo contrário, na maioria das vezes achamos que estes são como uma grande pedra no caminho e que jamais teremos a condição de removê-la. Mas, cada um deles é apenas uma oportunidade de aprendizado e de crescimento. Como seres humanos, é natural que diante das surpresas indesejáveis, nossa primeira reação seja de desviar ou recuar do caminho; assim como murmurar ou lamentar sobre o que aconteceu. Aqui, é mais fácil pensar em abandonar o compromisso ou simplesmente deixar como está... Mas a lição proposta por Deus é a de sempre conquistarmos alguns passos à frente na caminhada, onde não estamos sozinhos, mas com Ele. A família é tão importante que o Filho de Deus, quando desceu do céu para salvar a humanidade, quis nascer numa família.
Sabiamente João Paulo II, chamou as famílias de “Santuário da vida”, quer dizer “lugar sagrado”, é lá onde a vida humana surge como de uma nascente sagrada. O mais doloroso é perceber que hoje muitos jovens nascidos em famílias católicas, não valorizam mais o Matrimônio e acham que não é importante subir ao altar para começar uma família, porque não sabe que na terra ela é a marca “vestígio e imagem” do próprio Deus, que, através dela continua a sua obra. Padre Léo dizia “é fundamental descobrirmos um caminho para Deus. Aliás, penso que aqui se encontra também a grande possibilidade da restauração de nossas famílias. Somente a partir de uma experiência de Deus, é possível falar em experiência de amor”. Na verdade a família nada mais é do que o lugar do Amor no mundo, e se é o lugar do Amor, é o lugar de Deus!

Camila S. Araújo

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010