sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Camisinha: uma "roleta russa" no combate à Aids

A verdade cientificamente verificada é que o uso da "camisinha" não é absolutamente seguro. Inúmeras pesquisas têm sido feitas a esse respeito nos meios científicos, como estudos de microscopia eletrônica e testes de passagem de micropartículas.

Pesquisa realizada com Richard Smith, um especialista norte-americano sobre a transmissão da Aids, apresenta seis grandes falhas do preservativo, dentre as mencionadas por ele, por exemplo, há a deterioração do látex, ocasionada pelas condições de transporte e armazenagem.

Tomadas, porém, todas as precauções e conseguindo-se que os preservativos cheguem em perfeitas condições aos usuários, seriam ainda seguros para prevenir a Aids, pergunta-se o autor? Sua resposta é esta: "Absolutamente não. O tamanho do vírus HIV é 450 vezes menor que o espermatozoide. Esses pequenos vírus podem passar entre os poros do látex tão facilmente em um bom preservativo como em um defeituoso".

Levando-se em conta o resultado dessas investigações, poderíamos dizer que, servir-se de um preservativo para proteger-se contra o vírus HIV, significa, tanto como, apostar nos resultados de uma "roleta russa". Com mais de uma bala no tambor, no caso em que a prática sexual se torna mais frequente e promíscua ao sentirem-se os usuários, persuadidos pela propaganda, com absoluta segurança no uso da "camisinha". Deste modo, tanto mais aumentará a probabilidade de um contágio quanto mais aumentarem a promiscuidade e o falso convencimento de proteção oferecida pelo método.

Por essa razão, o risco de infecção, ainda que reduza a percentagem de perigo a uns 10% - em realidade pode ser maior – e, evidentemente excessivo.

Que educador, pai, amigo consentiria que um filho ou uma pessoa amada embarcasse num avião que tem 10% de probabilidade de espatifar-se no chão?

A propaganda para difundir o uso do preservativo é, por isso mesmo, totalmente inadequada porque, por um lado, favorece a proliferação da promiscuidade e, por outro, não evita devidamente a contaminação. Dessa forma, em vez de se tornar um método inibidor da doença, torna-se, de fato, um método propagador dela.

Pedagogicamente, corre-se o risco de que a campanha venha a ser entendida assim: "Tenha relações sexuais, basta tomar as devidas precauções". Não seria essa uma forma de incentivar a prática do sexo prematuro?

Se as adolescentes e os adolescentes viessem a ser induzidos a pensar que é normal a prática do sexo precoce, prestar-se-ia um péssimo serviço a uma educação sadia e enriquecedora.

Não se pode mudar a ordem natural em função de uma solução imediatista e inadequada que, além de não solucionar o problema da proliferação da Aids, propicia e incentiva a prática desregrada do sexo.

Trecho do livro: "Sexualidade, o que os jovens sabem e pensam" de Padre Mário Marcelo Coelho / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A luta contra o pecado: Esse mal nos escraviza e nos separa de Deus

Fazer a vontade de Deus é, antes de tudo, lutar contra os nossos pecados; pois eles nos escravizam e nos separam de Deus. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos mostra toda a gravidade do pecado:

"Aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave do que o pecado, e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro" (CIC § 1488).

São palavras fortíssimas que mostram que não há nada pior do que o pecado. Por outro lado, o Catecismo afirma que ele é uma realidade.

O pecado está presente na história dos homens. Tudo o que há de mau na história do mundo é consequência do pecado, que começou com Adão e que continua hoje com seus filhos.

Toda a razão de ser da Encarnação do Verbo foi para destruir, na Sua carne, a escravidão do pecado.

O demônio escraviza a humanidade com a corrente do pecado. Jesus veio exatamente para quebrar essa corrente. Com a Sua Morte e Ressurreição triunfante, Cristo nos libertou das cadeias do pecado e, pela Sua graça, podemos agora viver uma nova vida. São João deixa bem claro na sua carta:

“Sabeis que Ele se manifestou para tirar os pecados” (1Jo 3,5). “Para isto é que o Filho de Deus se manifestou, para destruir as obras do diabo” (1 Jo 3,8).

Essa “obra do diabo” é exatamente o pecado, que nos separa da intimidade e da comunhão com Deus, e nos rouba a vida bem aventurada.

Com a sua morte e ressurreição triunfante, Jesus nos libertou das cadeias do pecado e, pela sua graça podemos agora viver uma nova vida. É o que São Paulo ensina na carta aos colossenses:

“Se, pois, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus” (Col 3,1).

Aos romanos ele garante: “Já não pesa mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. A Lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te libertou da lei do pecado e da morte” (Rm 8,1).

Aos gálatas o Apóstolo diz: “É para a liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei firmes, portanto, e não vos deixeis prender de novo ao jugo da escravidão” (Gl 5,1).

Assim como a missão de Cristo foi libertar o homem do pecado, a missão da Igreja, que é o Corpo místico do Senhor, a Sua continuação na história, é também a de libertar a humanidade do pecado e levá-la à santificação. Fora disso a Igreja se esvazia e não cumpre a missão dada pelo Senhor.

A salvação se dá pelo perdão dos pecados; e já que “só Deus pode perdoar os pecados” (cf. Mc 2, 7), Ele enviou o Seu Filho para salvar o povo d'Ele dos seus pecados. Por tudo isso, o mais importante para o cristão é a luta contra o pecado; se preciso for “chegar até o sangue na luta contra o pecado” (cf. Hb12,4).

Felipe Aquino - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A música vai além daquilo que ouvimos: A influência da música no processo de desenvolvimento infantil

A música está presente em todas as culturas e pode ser utilizada como fator determinante em vários aspectos como o desenvolvimento motor, o linguístico, o afetivo e o aspecto cognitivo de todos os indivíduos, estabelecendo também vínculos afetivos que permanecerão para sempre.

Em condições normais, os órgãos responsáveis pela audição do ser humano começam a se desenvolver no período de gestação, por isso a estimulação auditiva na infância tem papel fundamental.

Sabe-se que os bebês reagem a sons ainda no útero materno, e sabe-se também que a música, desde que bem escolhida, pode acalmar os recém-nascidos, gerando um aprendizado intrauterino. É muito importante que a criança, desde pequena, seja habituada a se expressar musicalmente, pois esta não é apenas uma boa influência na vida dela, representa também uma fonte de equilíbrio, facilidade e aprendizado para ela. Inúmeras pesquisas, desenvolvidas em diferentes países e em diferentes épocas, confirmam que a influência da música, no desenvolvimento da criança, é incontestável; algumas delas demonstram que o bebê, ainda no útero materno, desenvolve reações a estímulos sonoros.

A família é a primeira instituição de iniciação musical do indivíduo. Vale salientar que os hábitos familiares determinarão os hábitos das crianças, já que estas são formadas cognitivamente em um processo que envolve a imitação da atitude daqueles que estão a seu redor. Dar maior ou menor importância a determinadas práticas culturais, assistir a determinados programas televisivos, escutar alguns repertórios musicais específicos serão, por conseguinte, atitudes reproduzidas pelos seus filhos.

A musicalização é um processo de construção do conhecimento, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade, do senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, da memória, da concentração, da atenção, do respeito ao próximo, da socialização e da afetividade, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal.

Essa musicalização possibilita várias aquisições, pois, além de transformar as crianças em indivíduos que usam os sons musicais, promovem o desenvolvimento infantil de forma saudável e prazerosa. Contribui também para o desenvolvimento das habilidades musicais, pode auxiliar no desenvolvimento do cérebro infantil e no aprimoramento de habilidades motoras e da linguagem, bem como colabora com os aspectos culturais e sociais, no desenvolvimento e aperfeiçoamento da socialização, no processo de alfabetização. A música favorece o aspecto cognitivo, a capacidade inventiva, a expressividade, a coordenação motora fina; assim como a percepção sonora, a percepção espacial, o raciocínio lógico e matemático, a estética e muito mais.

O aprendizado musical não tem idade. Se todas as crianças tivessem a oportunidade de ter o contato com a música, seria algo extraordinário! Sabemos que existem muitos conteúdos e materiais didáticos para que os pequenos se desenvolvam musicalmente, a questão é como aplicá-los de forma eficaz, pois é uma fase crítica, em que etapas não podem ser queimadas, mas devem ser respeitadas.

Vale ressaltar a importância não apenas da música tocada em um aparelho, mas também o contato estabelecido entre a mãe/pai e a criança. Assim, cantar, murmurar ou assoviar fornecem elementos sonoros e também afetivos, através da intensidade do som, inflexão da voz, entonação, contato de olho e contato corporal, que serão importantes para a evolução da criança no sentido auditivo, linguístico, emocional e cognitivo.

A música também apresenta influência negativa na vida da criança. Somos bombardeados, atualmente, com a massificação dos ritmos e a proliferação de letras que vulgarizam mulheres e homens, expressam, de forma subliminar ou explícita, o apelo sexual. Isso tem sido uma preocupação constante e atual no que diz respeito à influência negativa de algumas músicas no desenvolvimento de crianças e adolescentes.

Vale ressaltar que criança precisa ser criança, viver essa etapa; portanto, a música infantil deve estar inserida no contexto e na vivência dela de forma positiva, estimulada por pais e também professores nas escolas, principalmente até os 6 anos de idade. Muitas vezes, a criança não tem noção do sentido da letra musical, mas a reproduz pela imitação; por isso os pais precisam estar atentos ao que ela está ouvindo.

Vale pontualizar alguns tópicos relevantes que podem ser transmitidos implicitamente e de forma negativa, os quais estão bem enraizados em algumas músicas como: malícia, perda da inocência, erotização, apelo sexual e agressividade. Isso ratifica a banalização ocorrida no mundo moderno e nos faz identificar uma perda de valores,  os quais devem ser resgatados urgentemente, por isso, pais, fiquem atentos. Uma vez que a criança absorve esses estímulos, acaba imitando-os e grava, em seus órgãos físicos, o comportamento transmitido implicita ou explicitamente por determinadas músicas. Uma vez que nossas crianças vivenciem essas experiências e o cérebro delas entenda que isso é normal, que é praticável, vão imitar, vão fazer igual e vão repetir um comportamento transmitido por tais músicas.

Enfim, a música é um instrumento facilitador no processo de ensino aprendizagem. Portanto, deve ser possibilitado e incentivado o seu uso em casa, nas escolas e em ambientes sociais, mas de forma sadia e equilibrada, sempre com a supervisão dos pais.

Ouvir música não deve ser uma atividade imposta, mas realizada com prazer, pois somente assim os benefícios serão obtidos de forma natural, como sempre deve ocorrer na relação entre pais/filhos ou aluno/professor.

Missionária Edvoneide Andraide - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Os católicos podem ‘curtir’ o carnaval?

O carnaval pode ser vivido de diversas maneiras. Não teve sua origem no Brasil, como muitos pensam, mas na Grécia. Era uma festa de alegria pagã. No Brasil, o carnaval é coisa séria. Há quem fale que o ritmo normal da vida no país só começa após o carnaval. É tempo do vale tudo. Vale mergulhar fundo no prazer sem freios, na bebida, nas drogas. E isso tudo equivocadamente é em nome da alegria. Que alegria é essa, que, no final da folia, se acaba?

Há, porém, o Carnaval verdadeiro, marcado por uma alegria verdadeira. Nesse Carnaval é dispensado o prazer irresponsável, a bebida, as drogas, para se celebrar a vida.  O católico pode comemorar o carnaval, desde que respeite os princípios cristãos, sem se entregar aos excessos permissivos tão difundidos em nossos dias. Quem não participa das festividades públicas, procure se alegrar junto a sua família e amigos. Isso precisa ser resgatado.

As Dioceses, as Paróquias e as Comunidades deste país promovem um carnaval diferente, repleto de alegria, a qual Deus quer para todos os seus filhos. Em todo caso, é carnaval. Quem vai fazer festa que faça com respeito ao próximo e aos valores. Muitos decidem passar o Carnaval na tranquilidade do campo, da praia. Outros em retiro espiritual, numa experiência de Deus, profunda e transformadora. Outros ainda vão ficar em casa e assistir ao espetáculo de criatividade, de luz e de cores, promovido pelas escolas de samba.

Passados os dias de Carnaval tem início o tempo da Quaresma com a imposição das cinzas sobre nossas cabeças e ouvindo este apelo de Jesus: “convertei-vos e crede no Evangelho!” Estas palavras, indicam um inteiro programa de vida, preparando-nos para celebrar a Páscoa. Assim, na oração, no jejum, no exercício da caridade fraterna, na penitência, caminhamos ao encontro do Cristo pascal.

Na Quaresma nos exercitamos na revisão de vida e na conversão nas nossas práticas religiosas, para que elas não sejam apenas manifestações formais e exteriores de religiosidade - “para serem vistos pelos homens” - mas sejam a expressão de uma vida que se volta sinceramente para Deus.

Dom Francisco de Assis - Canção Nova Notícias / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Amar os inimigos é a proposta de Jesus

“Ouvistes que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ Ora, eu vos digo: não ofereçais resistência ao malvado! Pelo contrário, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a acompanhá-lo por um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a quem te pedir, e não vires as costas a quem te pede emprestado. Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ Ora, eu vos digo: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem! Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus; pois ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos. Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os publicanos não fazem a mesma coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.” Mt 5,38-48

A novidade de Jesus

À luz da santidade de Deus, o trecho deste domingo do livro do Levítico interpela o povo de Deus a tirar as consequências para a vida de sua vocação à santidade. É em relação ao próximo que essa vocação se realiza. “Próximo”, aqui, é o membro do povo de Deus (cf. Lv 19,18). O reconhecimento da santidade de Deus implica da parte do povo de Deus atitudes em relação ao próximo: não permitir que o ódio e o desejo de vingança tomem conta do coração e sejam a motivação de uma ação em relação ao próximo; ao contrário, a atitude que deve caracterizar a relação entre os membros do povo de Deus é o amor.

O texto do evangelho deste domingo parte do longo “sermão da montanha” (Mt 5–7), apresenta duas antíteses, entre outras presentes no capítulo 5 do primeiro evangelho (vv. 21-26; 27-32; 33-37; 38-42; 43-48), que dão conteúdo ao que significa a justiça dos discípulos, a qual deve superar a dos escribas e fariseus (cf. Mt 5,20). Na primeira antítese de nosso trecho, trata-se de superar a lei do talião (talis = tal). Em resumo, a lei do talião era a reparação exigida do criminoso e devia ser proporcional ao mal causado por ele a alguém. Para os discípulos de Jesus, essa superação da lei do talião exige a capacidade de perdoar, assim como do alto da cruz, no mais absoluto abandono, Jesus o fez: “Pai, perdoai-lhes…” (Lc 23,33). “Não resistir ao malvado” significa não se deixar levar pela sede de vingança, não pagar o mal com o mal. A antítese seguinte (vv. 43-48) amplia em muito a exigência do amor. A “nova justiça” exige o amor aos inimigos. É a atitude própria de quem é misericordioso (cf. Mt 5,7) e promove a paz (cf. Mt 5,9). A conclusão do conjunto das antíteses (v. 48) pode servir à conclusão de todas as demais: a perfeição de Deus está na universalidade de seu amor. O amor de Deus não tem nenhum tipo de fronteira. Sendo assim, o povo de Deus deve, na sua vida, imitar o modo como ele é amado por Deus. É no amor, do qual o perdão é um imperativo, que se realiza a justiça superior exigida dos discípulos.

Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Francisco preside cerimônia de criação dos novos cardeais

Com a presença do Papa emérito Bento XVI, o Papa Francisco presidiu neste sábado, 22, o primeiro consistório de seu pontificado, para a criação de 19 cardeais, incluindo 16 eleitores que poderão participar dos próximos eventuais conclaves.

Na homilia, o Papa Francisco disse aos novos cardeais: “a Igreja precisa de vós, da vossa colaboração e, antes disso, da vossa comunhão, comunhão comigo e entre vós”.

“A Igreja precisa da vossa coragem, para anunciar o Evangelho a tempo e fora de tempo, e para dar testemunho da verdade. A Igreja precisa da vossa oração pelo bom caminho do rebanho de Cristo; oração que é, juntamente com o anúncio da Palavra, a primeira tarefa do Bispo. A Igreja precisa da vossa compaixão, sobretudo neste momento de tribulação e sofrimento em tantos países do mundo”, prosseguiu.

Neste contexto, o Papa pediu proximidade espiritual às comunidades eclesiais e a todos os cristãos que sofrem discriminações e perseguições.

“A Igreja precisa da nossa oração em favor deles, para que sejam fortes na fé e saibam reagir ao mal com o bem. E esta nossa oração estende-se a todo o homem e mulher que sofre injustiça por causa das suas convicções religiosas”, disse o Pontífice.

Depois, Francisco afirmou que a Igreja precisa deste novos cardeais como homens de paz. “Precisa que façamos a paz com as nossas obras, os nossos desejos, as nossas orações: por isso invocamos a paz e a reconciliação para os povos que, nestes tempos, vivem provados pela violência e a guerra”.

Após a homilia e um profundo silêncio de recolhimento, o Papa Francisco procedeu à leitura da fórmula de criação e proclamou solenemente os nomes dos novos cardeais, para os unir com “um vínculo mais estreito à Sé de Pedro”.

Em seguida, os novos cardeais fizeram a profissão de fé e o juramento de fidelidade e obediência a Francisco e seus sucessores. Um a um ajoelharam-se aos pés do Papa, para dele receberem o barrete cardinalício, “sinal da dignidade do cardinalato”, significando que todos devem estar prontos a comportar-se “com fortaleza, até à efusão do sangue”, como refere o ritual.

O Papa entregou depois aos novos cardeais o respectivo anel, para que se “reforce o amor pela Igreja”. Em seguida, foi atribuído a cada cardeal uma igreja de Roma (título ou diaconia) – simbolizando a “participação na solicitude pastoral do Papa” na cidade -, recebendo ainda a bula de criação cardinalícia, momento selado por um abraço de paz.

O brasileiro Dom Orani João Cardeal Tempesta, arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, recebeu o título da igreja de Santa Maria Mãe da Providência, em Monte Verde, próxima ao Vaticano.

Na tarde de hoje, entre as 16h30 e as 18h30, têm lugar as visitas de cortesia aos novos cardeais, distribuídos por diversos locais do Palácio Apostólico do Vaticano e da sala Paulo VI.

Neste domingo, 23, o Papa presidirá à Missa com os novos cardeais, a partir das 10h, também na Basílica de São Pedro.

Com os novos purpurados, o Colégio Cardinalício passa a ter 218 cardeais vindos de 68 países (53 com cardeais eleitores).

No final da celebração, Francisco foi saudar o Papa emérito Bento XVI.

Redação Canção Nova - com Rádio Vaticano / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Carnaval: dois caminhos, uma escolha

Como passar o Carnaval? Para onde ir? Onde ficar? O que fazer?

Normalmente, dois grupos tomam caminhos bem opostos. O primeiro dá vazão à carne e cai na folia, aproveita para passear, assiste aos desfiles, come, bebe, diverte-se segundo os desejos próprios da carne. O outro grupo costuma tomar um rumo bem oposto: deixa tudo e retira-se para encontros e retiros espirituais. Participa de retiros abertos ou fechados, assiste ou ouve as pregações desses encontros pelo rádio ou pela TV. De sexta a Quarta-feira de Cinzas dedica-se a estar com o Senhor: ouvindo a Palavra, louvando-O e adorando-O. Para este [grupo], aplica-se e torna-se realidade esta Palavra de Neemias: “Não haja tristeza, porque a alegria do Senhor será a vossa força” (Ne 8,10).

Trata-se, porém, de uma festa e de uma alegria bem diferentes daquelas que o mundo oferece. Nos retiros espirituais não há preocupação com droga, camisinha ou contaminação com doenças. O único contágio que geralmente acontece com esse grupo é o da alegria. Uma alegria que só o Senhor Deus pode oferecer.

Há dois caminhos totalmente opostos. Mas, você pode escolher apenas um deles. Jesus lembrou: “Não podeis servir a dois senhores” (Mt 6, 24). Uma escolha que cada um de nós deverá fazer, sabendo que: “Os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da carne; pois são contrários uns aos outros. É por isso que não fazeis o que queríeis” (Gl 5,17).

Cada caminho leva a um destino e um final diferentes. Por isso, Jesus nos preveniu: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram” (Mt 7,13-14).

E quanto a você? Qual dos dois caminhos escolherá?

Há outros alternativos, mas esses dois são os mais marcantes na maior festa popular do país. Cristo falou e nos alertou sobre as festas que o mundo oferece: um dia, elas seriam parecidas com o que já aconteceu na face da terra, nos tempos de Noé: “Como ocorreu nos dias de Noé, acontecerá do mesmo modo nos dias do Filho do Homem. Comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Veio o dilúvio e matou a todos” (Lc 17, 26 - 27).

É importante que estejamos bem atentos e procuremos fazer como Maria “que escolheu a melhor parte” (cf. Lc 10, 42): ficou aos pés de Jesus.

O efeito de cada uma das escolhas aparecerá claramente na Quarta-feira de Cinzas. Todos podem até estar cansados; mas, o estado de ânimo será bem diferente. Enquanto uns estarão curtindo a ressaca e o vazio; outros estarão com o coração exultante da alegria do Senhor.

Sejamos espertos: escolhamos a melhor parte, como Jesus mesmo afirmou: “Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada” (Lc 10, 42). Bom retiro!

Padre Alir - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Reflita sobre suas atitudes durante o carnaval

O carnaval está se aproximando, e muitos aproveitam essa oportunidade para extravasar e fazer tudo o que em dias normais não lhes é permitido. Será que realmente para ser feliz é preciso desfrutar de sentimentos passageiros e supérfluos? O que leva os indivíduos a cometerem tantos excessos durante o carnaval, esquecendo-se da vida real para viver uma fantasia?

Segundo a psicóloga Judinara Braz, é preciso que cada um se preserve e tome cuidado com o seu comportamento durante essa festa popular, porque a ideologia divulgada neste momento é de que "tudo está liberado", ou seja, para se divertir vale tudo.

“Não podemos nos influenciar pelos estímulos que este ambiente nos oferece. Lembrando que, no meio da multidão, os estímulos não aparentam ser agressivos, porque têm a desculpa de que 'é para ser feliz', mas as consequências destes são extremamente agressivas”, salienta Judinara.

A psicóloga ressalta que é importante que as pessoas tenham consciência das suas ações e que não percam o equilíbrio. Durante a folia os convites são muitos, mas nós não devemos nos esquecer de nossos valores em tempo algum.

“Acredito que as consequências disso são tão sérias que este folião precisa realmente pensar no sentido da sua vida, porque a 'ressaca moral' agride a sua imagem e o que ele é. As pessoas não esquecem com facilidade o que você fez, e você também não consegue fazer isso. Não adianta sentir uma 'ressaca moral' se você não sentir a necessidade de mudar a sua postura. Se não há mudança de vida, este tipo de comportamento vai se repetir de carnaval em carnaval”, explicou a especialista.

Ela esclarece que o "peso na consciência" depois de uma atitude impensada ou precipitada deve nos servir como o começo para uma autorreflexão sobre o nosso comportamento, de forma a termos consciência dos nossos limites, e alerta sobre o fato de que o vazio e a angústia que sentimos não podem ser preenchidos com sentimentos passageiros.

“É importante que as pessoas reflitam que tudo isso só dura cinco dias, e nada ali é eterno, mas que pode as afastar do Eterno. É preciso fazer a opção pela vida e negar as tendências que nos descaracterizam como filhos de Deus. Portanto, para curar as feridas precisamos estar nos lugares e com as pessoas certas para que esse vazio seja preenchido”, recomenda a psicóloga.

Para desfrutarmos das verdadeiras alegrias da vida, com discernimento e prudência, precisamos ter um encontro pessoal com o Senhor para conhecê-Lo e nos conhecermos também.

Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Carnaval: alegria ou fuga?

Estamos próximos de mais um carnaval (o “carne vale”), ou o “currus navalis”, que os gregos e romanos antigos faziam, usando um enorme carro em forma de navio, para homenagear o deus Dionísio ou Baco, o deus do vinho.

A Igreja procurou dar uma nova mentalidade a essas festas pagãs, eliminando toda mitologia e superstição, bem como a orgia que, muitas vezes, predominava nelas. Portanto, não foi a Igreja quem instituiu o carnaval, mas foi ela quem procurou dar novos rumos ao que já acontecia. Conseguiu fazer com que, com muita luta, essa festa popular ficasse restrita a apenas três dias antes da Quaresma.

Com o passar do tempo, sobretudo no Brasil, o carnaval descambou para a dissolução dos costumes, especialmente nos bailes e nas escolas de samba, em cujos desfiles predominam o luxo, a esnobação de artistas, o exibicionismo em forma de nudismo e toda espécie de erotismo. Pode-se chamar a isso de “alegria”? Não! Alegria é a satisfação do espírito liberto das paixões, não a satisfação da carne. Quem se entrega ao pecado é escravo dele, disse São Paulo. Esquece-se de que os Mandamentos de Deus são o caminho da libertação. Entre eles estão o Sexto e o Nono Mandamentos: "Não pecar contra a castidade" e "Não desejar a mulher do próximo" (cf. Êxodo 20, 1-17; Deuteronômio 5, 1-21).

Jesus, em inúmeras passagens de Suas pregações, mandou cumprir esses preceitos. Diz São Paulo: "Nem os impudicos, nem idólatras, nem adúlteros, nem depravados, nem de costumes infames, nem ladrões, nem cobiçosos, como também beberrões, difamadores ou gananciosos terão por herança o Reino de Deus" (1 Cor 6,9; Rom 1, 24-27). O apóstolo condena a prostituição (cf 1 Cor 6,13 ss, 10,8; 2 Cor 12,21; Col 3,5).

No Sermão da Montanha, o Senhor Jesus interpreta de maneira rigorosa o plano de Deus: "Ouvistes o que foi dito: 'Não cometerás adultério'. Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração" (Mt 5,27-28). Cristo proclamou: "Bem-aventurados os puros, porque eles verão a Deus".

É triste observar que até o Governo estimula esse desregramento com uma ampla distribuição de “camisinhas”, para que os foliões “pequem à vontade” sem perigo de contaminação. O Papa João Paulo II assim se expressou sobre o uso desse preservativo: “Além de que o uso de preservativos não é 100% seguro, liberar o seu uso convida a um comportamento sexual incompatível com a dignidade humana [...]. O uso da chamada camisinha acaba estimulando, queiramos ou não, uma prática desenfreada do sexo [...]. O preservativo oferece uma falsa ideia de segurança e não preserva o fundamental” (PR, nº 429/1998, pag. 80).

As consequências da imoralidade liberada no carnaval, para muitos, são terríveis: uso de drogas, “sexo livre”, sem responsabilidade, famílias destruídas, mães e pais jovens solteiros; filhos, muitas vezes, abandonados ou em orfanatos, e muitas crianças “órfãs de pais vivos”, como disse João Paulo II aqui no Brasil. No ano passado um carro alegórico de escola de samba pegou fogo em Santos; ao menos quatro pessoas morreram.

O homem quer a felicidade, foi feito para a felicidade, mas muitos se esquecem de que “Deus é a felicidade”, e é inútil procurar onde ela não existe. Longe de odiar esses “irmãos enganados”, vamos trazê-los para perto de Deus nesses “dias maus”! Sabemos que essa festa, para muitos, é fuga de seus problemas, de uma vida sem sentido, de um vazio insuportável na alma, que precisa ser esquecido... Rezemos por todos eles!

Por tudo isso o cristão deve aproveitar esses dias de folga para descansar, rezar, estar com a família e se preparar para o começo da Quaresma, na Quarta-feira de Cinzas. O cristão não precisa dessa “alegria falsa”, que, quando passa, deixa sabor de morte; pois o prazer é satisfação do corpo, mas a verdadeira alegria é a satisfação da alma, e esta é espiritual.

Por Professor Felipe Aquino - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Uma década de evangelização: Grupo Terço dos Homens comemora aniversário em grande estilo

Os residentes das imediações centrais de Bom Jardim, habituados à tranquilidade do entardecer dominical, foram quase que surpreendidos pela multidão de fiéis que tomou conta das principais ruas da cidade na tarde de ontem, 16, ao som do frenético e inconfundível louvor de Noélia Andrade e Banda, em comemoração aos 10 anos de fundação do Grupo Terço dos Homens em nossa comunidade paroquial.


O Grupo Terço dos Homens, há 10 anos, vem resgatando para o seio da Igreja, homens de todas as faixas etárias; pois a presença masculina é imprescindível para a constituição de uma sociedade cristã sadia, pautada na preservação dos valores familiares.

A dispersão dos fiéis aconteceu na Praça Barão de Lucena, Igreja Matriz de Sant’Ana, onde foi dado início à Santa Missa presidida pelo Frei Damião Silva, administrador da Paróquia de Santo Amaro (Jaboatão dos Guararapes), e concelebrada pelos Padres Jair Honório (ex-pároco e fundador do Grupo Terço dos Homens em Bom Jardim), Elias Roque (atual pároco) e Jorge Sousa (vigário paroquial).

Durante homilia, o multifacetado Frei Damião Silva, músico e apresentador do Programa Encontro com Deus, da Rádio Clube FM, exortou os fiéis sobre a ‘necessidade de encararmos a família como projeto de Deus, modelo de fé e de amor pleno’. Como complemento salutar, Frei Damião Silva fez uso do testemunho exercido pelo Grupo Terço dos Homens como conclusão de sua catequese motivadora, baseada na fé e na perseverança missionária dos fiéis.

“O copioso olhar de Deus nos reveste de segurança e zelo. É necessário que estejamos na mira deste olhar, para termos a certeza de que a nossa família está consagrada ao Deus Supremo e Misericordioso. O projeto de Deus para com as famílias é que caminhem conforme Seus preceitos, e não pelas péssimas influências midiáticas que corrompem nossos lares. É assumindo uma identidade autenticamente cristã, que não sucumbiremos diante do mundo e suas propostas vãs. Coragem meus irmãos, pois em Cristo venceremos qualquer tipo de provação que atente contra a nossa fé.” Exortou Frei Damião Silva.

A solenidade dos 10 anos de fundação do Grupo Terço dos Homens, contou com a presença ilustre do Coral dos Homens (Vicência); do Grupo Terço dos Homens das cidades de Limoeiro (Área Pastoral Nossa Senhora do Carmo e Paróquia de São Sebastião), Orobó (Paróquia de Nossa Senhora da Conceição), João Alfredo (Paróquia de Nossa Senhora da Conceição), Umbuzeiro (Paróquia de Nossa Senhora do Livramento), Condado (Paróquia de Nossa Senhora das Dores), Igarassu (Paróquia da Sagrada Família), Surubim (Paróquia de São José) e Jaboatão dos Guararapes (Paróquia de Santo Amaro); dos seminaristas Allysson, Rodolfo, Anthony e Carlos Manoel; do coordenador diocesano do Grupo Terço dos Homens, Sr. Benedito; da caravana recifense da Associação Católica Mãos à Obra; da Comunidade Chama de Amor; e dos conterrâneos das Comunidades de Barroncos (Santa Luzia), Bizarra, Bom Fim, Campestre, Cohab (Obra de Maria), Lagoa da Casa e Sítio Altos.

No término da celebração, Frei Damião Silva conduziu um belíssimo momento musical, fechando com ‘chave de ouro’ a solenidade dos 10 anos do Grupo Terço dos Homens, que contou ainda com homenagens, corte do bolo, e a distribuição de quatrocentos terços.


Por Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br