sábado, 31 de maio de 2014

"A limpeza Deus amou"

"A limpeza Deus amou". Este tradicional provérbio certamente desperta a curiosidade de muitas pessoas sobre o seu real significado. O que se sabe é que, além da lógica aparente, esta exígua frase transcende de qualquer artifício materno, persuasivo, utilizado para tornar a “hora do banho” mais convidativa. Mas, não é por aí. Constituir um fenótipo apresentável, dentro dos padrões estabelecidos pela sociedade, nem sempre configura a existência de um espiritual também isento das “impurezas”.

Deus, em Sua plena sabedoria, nos propõe a “limpeza espiritual” como método eficaz de interiorização da Sua Palavra, convidando-nos a rever velhos hábitos de vida. Todo aquele que se dispõe seguir verdadeiramente a Deus, sem sombra de dúvidas, encontra n’Ele o preenchimento das lacunas espirituais, que antes se encontravam imundas e habitadas pelo pecado. “A vontade de Deus é a vossa santificação” (1Ts 4,3a); isto equivale a uma boa limpeza espiritual, eliminando qualquer tipo de subsídio que favoreça o engrandecimento do maligno. Porque, se “A limpeza Deus amou, mais amou quem a guardou”.

Os vícios do álcool e cigarro não limitaram o Sr. Manoel Salvino de vivenciar uma experiência única de fé, que acarretou numa transformação total dos hábitos que outrora cultivava como válvula de escape para alguns problemas. O que para muitos parece beatismo, sendo ele membro de todos os movimentos e grupos paroquiais, para este humilde cidadão simboliza o seu amor e gratidão a Deus, que o resgatou do pecado. Achando insuficiente, Manoel também busca através do seu trabalho como gari, há 32 anos, dar testemunho de dignidade, profissionalismo e amor pelo que faz, semeando e colhendo frutos de sua alegria e total simplicidade.


Quem observa a sua rotina exaustiva de trabalho na limpeza urbana, certamente não dimensiona o quanto foi difícil e martirizante toda a sua trajetória de vida até aqui. Foram inúmeras adversidades que o condicionavam à dissolução da integridade moral e física, que dificilmente qualquer ser humano enfrentaria com tamanha perseverança. Contrariando o provável destino, Manoel encontrou em Deus a dignidade materializada em forma de oportunidade. Oportunidade de conquistar o pão de cada dia, com muito esforço, e que ainda assim partilha com quem mais necessita.



Poucos sabem, mas o carismático gari, oriundo do povoado de Desterro (Surubim), já foi pedinte, e devido à escassez de trabalho, aos 20 anos, fugiu com uma companhia de circo mambembe, atraído pelos fascínios do mundo artístico. Como palhaço, Manoel levou a magia do circo a diversos lugares do Brasil, incluindo o Rio Grande do Sul; onde confeccionou o seu famoso e peculiar berimbau.

Missionário, ator, reparador de guarda-chuva, caboclinho, agricultor, sapateiro e auxiliar de pedreiro, são outros dons que compõe a figura de um ser multifacetado, que afirma está realizado no que faz. Apesar de manifestar tantas qualidades, Manoel já foi vítima de vários tipos de preconceito, incluindo o Etaísmo (preconceito baseado na idade), um dos tipos de discriminação mais comum contra idosos.

Ninguém, nem o próprio Manoel tinha conhecimento de que o seu destino seria residir, trabalhar e constituir família no município de Bom Jardim. Foi em busca da melhoria de vida, atraído pela Tradicional Festa de São Sebastião, que o intrépido Manuel, e seu então parque de diversão (balanço canoa), vendido posteriormente, encontrou na “terra dos pau d'arcos” o suporte para viver com mais dignidade.

Falar de sonhos não concretizados? Será possível numa vivência de 62 anos? Sim, óbvio! Sonhar não está facultado exclusivamente à juventude. O que para muitos realizar-se se resume à aquisição de bens materiais, para Manoel é apenas ter condições físicas para dedilhar as cordas de um violão. Louvar o Senhor através da música seria o seu mais sublime gesto de amor e gratidão a Deus, pelo resgate do cristão que hoje se orgulha em servi-Lo.

Manoel acredita na família como suporte imprescindível para qualquer tipo de eventualidade. E como todo bom patriarca, sonha em partir sem deixar tristeza ou desamparo. As suas mãos calejadas representam a constante luta de um homem íntegro, comprometido em fornecer aos seus descendentes a dignidade que outrora buscou, e encontrou após ser encorajado por Deus a “desbravar o mundo”, sujeitar-se ao pecado, renunciá-lo posteriormente, e encontrar nos “Braços do Pai” a reconciliação. Deus também sabe nos levar à santidade pelo caminho da dor; porque às vezes é o melhor meio de arrancar as ervas daninhas do jardim de nossa alma.

Produção: Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quinta-feira, 29 de maio de 2014

O papel da Virgem Maria na Igreja

São Bernardo, doutor da Igreja, disse que “Deus quis que recebêssemos tudo por Maria”. De fato, por ela nos veio o Salvador e tudo o mais. Sem dúvida, o papel preponderante da Santíssima Virgem na vida da Igreja é o de Mãe.

A Igreja, como o Cristo, nasce no seu regaço:
Todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, em companhia de algumas mulheres, entre as quais Maria, a Mãe de Jesus e de Seus irmãos” (At 1,14).

Neste quadro de Pentecostes São Lucas destaca a pessoa de Nossa Senhora, a única que é recordada com o próprio nome, além dos apóstolos. Ela promove, na Igreja nascente, a perseverança na oração e a concórdia no amor. É o papel de mulher e de Mãe. São Lucas também faz questão de apresentá-la explicitamente como “a mãe de Jesus” (cf. At 1,14), de forma a dizer que algo da presença do Filho, que subiu ao céu, permanece na presença da Mãe. Ela, que cuidou de Jesus, passa agora a cuidar da Igreja, o Corpo Místico do Seu Filho. Desde o começo a Virgem Maria exerce o seu papel de “Mãe da Igreja”.

Com essas palavras pronunciadas na Cruz: “Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19, 26), Cristo lhe dá a função de Mãe universal dos crentes. Entregando-a ao discípulo amado como Mãe, Nosso Senhor Jesus Cristo quis também indicar-nos o exemplo de vida cristã a ser imitado. Se Cristo no-la deu aos pés da Cruz, é porque precisamos dela para a nossa salvação. Não foi à toa que o Ressuscitado nos deu a Sua Mãe…

Esta missão materna e universal da Santíssima Virgem Maria aparece na sua preocupação para com todos os cristãos, de todos os tempos. Sem cessar ela socorre a Igreja e os seus filhos. Os cristãos a invocam como “Auxiliadora”, reconhecendo-lhe o amor materno que socorre os seus filhos, sobretudo quando está em jogo a salvação eterna. A convicção de que Nossa Senhora está próxima dos que sofrem ou se encontram em perigo levou os fiéis a invocá-la como “Socorro”. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro!

A mesma confiante certeza é expressa pela mais antiga oração mariana, do século II, na época das perseguições romanas, com as palavras: “Sob a vossa proteção recorremos a vós, Santa Mãe de Deus: não desprezeis as súplicas de nós que estamos na prova, e livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!” (Do Breviário Romano).

Na sua peregrinação terrena, a Igreja experimenta continuamente a eficácia da ação da “Mãe na ordem da graça”. Ela tem um lugar especial no coração de cada filho. Não é um sentimento superficial, mas afetivo, real, consciente, vivo, arraigado e que impele os cristãos de ontem e de hoje a recorrerem sempre a ela, para entrarem em comunhão mais íntima com Cristo.

Nossa Senhora une não só os cristãos atuantes, mas também o povo simples e até os que estão afastados. Para esses, muitas vezes, a Virgem Maria é o único vínculo com a vida da Igreja. Ela nos educa a viver na fé em todas as situações da vida, com audácia e perseverança constante. A sua maternal presença na Igreja ensina os cristãos a se colocarem na escuta da Palavra do Senhor. O exemplo da Virgem Maria faz com que a Igreja aprenda o valor do silêncio. O silêncio de Maria é, sobretudo, sabedoria e acolhimento da Palavra.

A Igreja aprende a imitá-la no seu caminho cotidiano. E assim, unida com a Mãe, conforma-se cada vez mais com seu Esposo.

Felipe Aquino - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Com Maria em ordem de batalha

“Quem é esta que avança como aurora, bela como a lua, brilhante como o sol, temível como exército em ordem de batalha?” Cânticos 6,10

Maria sempre foi humilde e simples, e foi a humildade dela que atraiu os olhos de Deus. Você sabe o que expulsou Lúcifer do Céu? O orgulho dele. O pecado de Lúcifer foi o orgulho, a soberba, porque ele queria se igualar ao Senhor. Todo pecado veio ao mundo por causa de satanás. E nós sabemos que para todo veneno é preciso um antiveneno; a humildade de Nossa Senhora é esse antiveneno. O Filho de Maria veio ao mundo para nos salvar do orgulho, da vaidade e da soberba. Veja o quanto Ele teve de se humilhar!


Nós podemos dizer que Maria e Jesus formaram uma dupla maravilhosa. Primeiro, Maria, que se fez humilde e obediente; depois, Jesus, que foi obediente até a morte de cruz para salvar a humanidade. Foi d'Eles que veio a nossa salvação. Deus deu a Ela, a mais humilde das criaturas, a tarefa do nosso resgate e da nossa salvação. Não tenhamos medo de assumi-la agora!

"Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta: Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel (Is 7, 14), que significa: Deus conosco." (Mateus 1,18-23)

José sabia que aquela gestação não era de um filho dele, por isso o anjo lhe apareceu em sonho. Veja o que foi dito a José: “Não temas receber Maria em tua casa”. Hoje, Jesus diz para cada um de nós: “Não temas receber Maria em tua casa, porque o que n'Ela está gerado é do Espírito Santo”.

Hoje, Jesus está dizendo: “Assim como Ela deu esse grande projeto de salvação a toda a humanidade toda, hoje, eu coloco esse projeto nas mãos dela para resgatar as ovelhas perdidas. Não tema receber Maria como sua Mãe”. A Palavra nos ensina: “O que foi gerado dela vem do Espírito Santo”. Maria, agora, está realizando o projeto que Deus colocou no coração dela: resgatar os filhos de Deus.

Nossa Senhora precisa ter, ao lado d'Ela, um grande e poderoso exército, porque fidelidade a Ela é fidelidade ao Pai. Deus é o autor desse projeto e o colocou no coração de Maria para resgatar almas.

Quando os pecadores acharam a cabeça de Nossa Senhora na rede, ele, em seguida, milagrosamente, acharam o corpo na segunda vez que lançaram a rede. Foi um sinal muito claro! Nós católicos somos realmente um corpo enorme, mas sem a cabeça, que é Cristo. A cabeça está separada do corpo, mas não por vontade de Deus. É preciso que unamos, novamente, corpo e cabeça, a fim de que sejamos evangelizados. Maria aparecer, dessa forma, no Rio Paraíba, para mostrar que ela assumiu a posição de escrava. Como ela disse: “Eis aqui a escrava do Senhor”.

Você está começando a entender todo maravilhoso sinal que é essa imagem? Apareceu, no Céu, um maravilhoso sinal para nós brasileiros! Maria assumiu sua posição de escrava para libertar os escravos que estavam sem a cabeça, sem Jesus. É preciso que nós nos unamos a Ela.

Não tenha medo de assumir Maria e recebê-La como Mãe, pois isso é obra do Espírito Santo. Una-se a Ela, porque só a Mãe do Senhor será capaz de resgatar as noventa e nove ovelhas que estão perdidas.

Transcrição da pregação: "Com Maria em ordem de Batalha", monsenhor Jonas Abib - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Em despedida da Terra Santa, Papa preside Missa no Cenáculo

A visita do Papa Francisco à Terra Santa terminou, nesta segunda-feira, 26, com a Santa Missa realizada no Cenáculo, local onde Jesus fez a Última Ceia com os discípulos, apareceu a eles após Sua ressurreição e onde o Espírito Santo desceu em Pentecostes.

“Aqui nasceu a Igreja, e nasceu em saída. Daqui partiu, com o Pão repartido nas mãos, as chagas de Jesus nos olhos e o Espírito de amor no coração”, disse o Pontífice em sua homilia.


Francisco explicou que sair não significa esquecer, pois a Igreja em saída guarda a memória do que aconteceu no Cenáculo. “O Espírito Paráclito recorda-lhe cada palavra, cada gesto, e revela o seu significado”.

O Santo Padre disse que o Cenáculo recorda muitos aspectos. Lembra o serviço, diante do gesto do lava-pés que Jesus realizou como exemplo para seus discípulos, e, com a Eucaristia, lembra o sacrifício, que se repete em cada Celebração Eucarística.

O Cenáculo recorda ainda a amizade, destaca o Papa. “O Senhor faz de nós seus amigos, confia-nos a vontade do Pai e dá-Se-nos a Si mesmo. Esta é a experiência mais bela do cristão e, de modo particular, do sacerdote: tornar-se amigo do Senhor Jesus”.

Contudo, lembra também a despedida do Mestre e a promessa que Ele fez de reencontrar-se com os seus amigos. E recorda a mesquinhez, a curiosidade dos discípulos para saber quem seria o traidor de Jesus.

Francisco destaca que o Cenáculo remete à partilha e à paz, mas também ao nascimento da “nova família”, a Igreja, constituída por Jesus Ressuscitado. “As famílias cristãs pertencem a esta grande família e, nela, encontram luz e força para caminhar e se renovar no meio das fadigas e provações da vida”.

Por fim, o Papa enfatizou que o horizonte do Cenáculo é o do Ressuscitado e da Igreja. “Daqui parte a Igreja em saída, animada pelo sopro vital do Espírito. Reunida em oração com a Mãe de Jesus, ela sempre revive a espera de uma renovada efusão do Espírito Santo”.

Após a Missa, o Santo Padre seguiu para o Aeroporto Internacional de Tel Aviv, onde irá embarcar para Roma. A previsão de chegada do Pontífice é as 17h (horário de Brasília).

Por Kelen Galvan - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

domingo, 25 de maio de 2014

Escutar apelo por unidade, pede Papa em celebração ecumênica

O momento tão esperado da visita do Papa Francisco à Terra Santa enfim chegou. Neste domingo, 25, ele se encontrou com o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, e participou de uma celebração ecumênica recordando os 50 anos do histórico abraço entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras.

Pouco antes da Celebração, os dois líderes religiosos dirigiram-se à Pedra na Unção, lugar no qual o corpo de Jesus foi depositado, após ser retirado da cruz, e ungido com óleo.


Na Basílica do Santo Sepulcro, Francisco destacou este momento de oração como uma graça extraordinária. “Acolhamos a graça especial deste momento. Detenhamo-nos em devoto recolhimento junto do sepulcro vazio, para redescobrir a grandeza da nossa vocação cristã: somos homens e mulheres de ressurreição, não de morte. Aprendamos, a partir deste lugar, a viver a nossa vida, as angústias das nossas Igrejas e do mundo inteiro, à luz da manhã de Páscoa”.

O Santo Padre recordou que Cristo carregou cada sofrimento e tribulação e com seu sacrifício abriu passagem para a vida eterna. Assim sendo, Francisco disse que não se deve deixar roubar o fundamento da esperança e que o mundo não pode ser privado do anúncio da Ressurreição. Ele pediu que as pessoas não fiquem surdas ao forte apelo da unidade que ressoa em especial nesse lugar sagrado para os cristãos.

O Pontífice reconheceu que não se pode negar as divisões que ainda existem entre os discípulos de Jesus, mas olhando com gratidão para o gesto histórico de Paulo VI e Atenágoras, vê-se como foi possível, por impulso do Espírito Santo, dar passos importantes rumo à unidade.

“Estamos cientes de que ainda falta percorrer mais estrada para alcançar aquela plenitude da comunhão que se possa exprimir também na partilha da mesma Mesa eucarística, que ardentemente desejamos; mas as divergências não devem assustar-nos e paralisar o nosso caminho. Devemos acreditar que, assim como foi removida a pedra do sepulcro, assim também poderão ser removidos todos os obstáculos que ainda impedem a plena comunhão entre nós”.

Ao falar da unidade, Francisco reiterou seu desejo, a exemplo de seus antecessores, de manter diálogo com todos os irmãos em Cristo. Ele não deixou de mencionar a região do Oriente Médio, tantas vezes marcada por conflitos, e recordou que há inúmeros cristãos perseguidos por causa de sua fé em Cristo Ressuscitado.

“Quando cristãos de diferentes confissões se encontram a sofrer juntos, uns ao lado dos outros, e a prestar ajuda uns aos outros com caridade fraterna, realiza-se o ecumenismo do sofrimento, realiza-se o ecumenismo do sangue, que possui uma eficácia particular não só para os contextos onde o mesmo tem lugar, mas, em virtude da comunhão dos santos, também para toda a Igreja”.

Por fim, ele pediu que as hesitações do passado sejam colocadas de lado e que se possa abrir o coração à ação do Espírito Santo para caminhar rumo ao tão desejado dia da plena comunhão.

Por Jéssica Marçal - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 24 de maio de 2014

Jesus promete o Espírito Santo

“Se me amais, observareis os meus mandamentos. E eu pedirei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor, que ficará para sempre convosco: o Espírito da Verdade, que o mundo não é capaz de receber, porque não o vê, nem o conhece. Vós o conheceis, porque ele permanece junto de vós e está em vós. Não vos deixarei órfãos: eu voltarei a vós. Ainda um pouco de tempo e o mundo não mais me verá; mas vós me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis. Naquele dia sabereis que eu estou no meu Pai, e vós em mim, e eu em vós. Quem acolhe e observa os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele.” Jo 14,15-21

A intensa alegria é dom do Ressuscitado

No início do livro dos Atos dos Apóstolos, antes do relato da ascensão, Jesus promete o Espírito Santo, como força do alto para o testemunho. Na lista de lugares em que o Evangelho deve ser anunciado está a Samaria (At 1,8). A Samaria era desprezada pelos judeus por questões históricas e culturais. Lá havia outro templo onde os samaritanos adoravam o Deus único e verdadeiro. É na Samaria, junto ao poço de Jacó, que Jesus tem aquele diálogo maravilhoso com a mulher samaritana, que se tornou para os seus concidadãos testemunha de Jesus Cristo (Jo 4,1-41). É para lá que Filipe é enviado para anunciar Cristo (At 8,5). O seu anúncio corroborado por sua ação fez com que as pessoas daquela cidade sentissem uma intensa alegria (At 8,8). A intensa alegria é dom do Ressuscitado.

O amor dos discípulos a Jesus se exprime na prática do mandamento do amor fraterno. Para poder ajudar a viver o dinamismo desse amor, Jesus promete pedir ao Pai que envie, quando ele partir, “outro defensor”. Outro em relação a ele mesmo que, qual um pastor, cuida das ovelhas e as defende dos seus inimigos. O termo grego para caracterizar o Espírito é parácletos, que entre vários significados pode ser traduzido por auxiliador, ajuda, apoio. Assim como Jesus foi um auxílio, um apoio, para viver o amor de Deus e conhecê-lo, o Espírito continuará e levará a termo a missão do Senhor. O Espírito é, ainda, considerado “Espírito da Verdade”, pois é sua ação acolhida na vida do discípulo que faz compreender o sentido da vida de Jesus e o seu mistério profundo. Assim como Jesus é a verdade porque revela o mistério de Deus em sua pessoa, o Espírito levará ao conhecimento do Pai e do Filho. O mundo não é capaz de conhecê-lo porque ele não é apreendido pelo conhecimento racional. Os discípulos o conhecem, pois o experimentam, uma vez que o Espírito permanece neles. Pela “in-habitação” do Espírito da Verdade, os discípulos não sentirão como abandono a ausência de Jesus, pois é por ele que o Senhor continuará a falar com os seus e a ser contemplado pela fé (cf. At 1,1-2). Pela fé em Jesus ressuscitado dentre os mortos, os fiéis participam da vida divina.

Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Copa do Mundo: Um olho na bola e outro no social

A Copa do Mundo está se aproximando e a sociedade brasileira confirma sinais de que não tratará o futebol simplesmente com a habitual euforia. O “país do futebol”, cansado com o modo obsoleto de se fazer política, está emoldurando o mundial com a exigência de se promover mudanças. Não bastará, como de costume, fixar o olhar na bola. É imprescindível debater as questões sociais, investindo em transformações profundas. A euforia própria do futebol, com sua alegria que bem vivida congraça e inspira união de corações, precisa receber marcas incidentes. Trata-se de adicionar um componente cidadão que contribua para as reformas que o Brasil, especialmente o pobre, espera e precisa. Desta vez, a tática usada desde o Império Romano de distrair o povo das questões sociais e políticas com o entretenimento não pode funcionar.

Com frequência acompanhamos as notícias na imprensa sobre os jogos da Copa que, por exigência de seu órgão superior, poderiam ser realizados em oito estádios. Por isso mesmo, ninguém consegue entender a razão dos investimentos na construção extremamente onerosa aos cofres públicos dos estádios que são considerados desnecessários para o evento. Se confirmada a notícia, trata-se de outro indício da incompetência governamental no planejamento da destinação dos recursos que precisam ser suficientes para atender não apenas o futebol, mas, sobretudo, as necessidades inegociáveis e inadiáveis da saúde pública, educação, transporte, habitação, numa lista interminável de demandas e urgências.

O país do futebol tem nas mãos a oportunidade de não permitir que se manipule a euforia bonita e contagiante deste esporte. Uma tática obsoleta de “pão e circo” para desviar o olhar cidadão das questões que merecem críticas, respostas urgentes, encaminhamentos mais participativos e solidários. O discurso das ruas do ano passado, emoldurando a Copa das Confederações, efetivamente inaugurou esse novo tempo. São muitas as opiniões que apontam que os legados da Copa não serão como mostram as propagandas. De fato, o não cumprimento, ao longo de sete anos, a partir da escolha do Brasil para sediar o mundial, das promessas de investimento na infraestrutura, estradas, aeroportos, transporte urbano, com especial atenção para as conturbações das grandes regiões metropolitanas, um caos na vida do povo, é um legado negativo, que mostra a incompetência e a morosidade dos que estão gerindo a máquina pública.

É verdade que não é fácil corresponder às necessidades de hoje, “tapando os buracos” que se formam pelo arrastar-se de coisas do passado, e projetar ao mesmo tempo o futuro. Mas, a incompetência na escolha de prioridades, junto com o partidarismo patológico e atrasado da política brasileira, interesseira, cartorial e coronelista, deveriam incomodar mais governantes e políticos, impedindo-os de se sentirem à vontade na festa do povo. Uma festa que deve acontecer na paz e no respeito mútuo, cultivando o espírito de congraçamento pela euforia e pelo acolhimento de visitantes, especialmente os que vêm do exterior, num exercício cidadão de receptividade e solidariedade. Esse clima alegre e especial pode favorecer a inteligência para que se escolha bem as prioridades da vida privada e, sobretudo, aquelas da vida pública, quando se tem a oportunidade de servir e de fazer o bem, promovendo a justiça para todos.

O grande legado da Copa do Mundo não será a construção onerosa dos estádios, mesmo considerando suas outras possíveis destinações; nem se fala dos investimentos prometidos e não realizados na infraestrutura, sem deixar de reconhecer o que avançou; nem mesmo uma esperada campanha vitoriosa da seleção brasileira. O grande legado poderá ser uma consciência social e política mais aguçada dos cidadãos brasileiros para empurrar com sua força, não apenas nas urnas, mas diariamente e nos diferentes segmentos, as mudanças cotidianas e as respostas urgentes que precisam ser dadas para não se continuar a sacrificar indiferentemente os pobres, não perpetuar gestos e estilos de vida na contramão da cidadania. Precisamos fazer crescer uma condição de brasilidade que guarda marcas de profundos sentimentos fraternos e a abertura para solidariedades.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quinta-feira, 22 de maio de 2014

O dom da oração

Orar é colocar-se em íntima união com o Pai, por Cristo, unidos no Espírito Santo. Nossas orações sempre são trinitárias, pois é impossível estarmos unidos com o Pai sem estarmos unidos com o Filho e o Espírito Santo. Impossível estarmos unidos com o Filho sem estarmos unidos com o Pai e com o Espírito Santo. Impossível estarmos unidos ao Espírito Santo sem estarmos unidos com o Pai e com o Filho.

O diálogo da fé, que também conhecemos como oração, nasce sempre de uma necessidade. Importante é termos consciência de que a necessidade, à qual nos impulsiona a oração, nem sempre terá como objetivo a petição. A necessidade da oração pode brotar por diversos motivos segundo os clamores do nosso coração.

Há momentos em que temos a necessidade de agradecer. A oração que brota da gratidão vem da necessidade de render à Trindade Santa os louvores pelas dádivas alcançadas ou simplesmente pelo reconhecimento da bondade divina presente em nossa vida.

Temos, contudo, a necessidade de pedir. Somos mendigos suplicantes. Diante dos limites humanos, o nosso coração tem a necessidade de um auxílio divino. Sozinhos nosso peregrinar torna-se muito difícil e faz-se necessário a presença de um Auxílio Divino que nos ajude a carregar o pesado fardo de nossas limitações humanas.

Na oração, nossa humanidade encontra-se em um nível íntimo e profundo com a Divindade. É um encontro de esperança e paz. Na ternura trinitária, somos acolhidos na situação em que nos encontramos. A única exigência necessária é um coração aberto e sincero. Onde há disponibilidade, o diálogo acontece. Falamos e escutamos; e quando as palavras cessam, o silêncio se torna intimidade e as palavras já não são mais necessárias, porque o coração humano se fez um com o coração divino.

Diante do incompreensível da vida, a luz do amor divino ilumina as trevas da incompreensão; então, somos guiados pelo caminho da paz. A ponte entre nossa condição humana e a ternura divina se chama oração. O que nos liga a Deus é o desejo sincero de, mesmo não sabendo orar, colocarmo-nos diante de Sua presença.

O medo é deixado de lado quando o amor de Cristo nos abraça em nossa finitude. A paz é reconquistada quando o Espírito Santo afasta as tempestades da alma. A segurança espiritual volta ao coração quando o amor de Deus tem livre acesso à nossa alma.

No encontro com a Trindade, encontramo-nos com nosso desejo mais profundo: sermos amados na gratuidade.

Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 21 de maio de 2014

As profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso

As profecias feitas por Nossa Senhora do Bom Sucesso, no século XVI, a respeito do nosso tempo, permaneceram esquecidas durante muito tempo, conforme ela mesma profetizou. A Virgem Maria apareceu à serva de Deus Madre Mariana de Jesus Torres, religiosa espanhola pouco conhecida, pela primeira vez, no dia 2 de fevereiro de 1594, em Quito, no Equador.


Apesar de desconhecida do grande público, a religiosa, que tem seu corpo incorrupto até hoje, viveu de forma extraordinária a sua vocação. A Madre Mariana, que teve uma vida mística e escondida, Nossa Senhora revelou acontecimentos que abalariam as estruturas da Igreja e da sociedade a partir do século XIX.

A Santíssima Virgem previu a desvalorização do sacramento do matrimônio e a corrupção da família: “Quanto ao sacramento do matrimônio, que simboliza a união de Cristo com a Igreja, será atacado e profanado em toda a extensão da palavra”. Leis iníquas serão impostas, com o objetivo de extinguir esse sacramento, facilitando a todos viver mal o matrimônio, propagando-se a geração de filhos malnascidos, sem a bênção da Igreja. O espírito cristão decairá rapidamente. A luz preciosa da fé se apagará até chegar a uma quase total e geral corrupção de costumes. “Acrescidos ainda os efeitos da educação laica, isto será motivo para escassearem as vocações sacerdotais e religiosas”. O espírito do mundo estará nos ambientes domésticos, as crianças se perderão e “o demônio se gloriará de alimentar com o requintado manjar do coração dos meninos”. Nesses tempos infelizes, não se encontrará mais a inocência infantil. “Desta forma, se perderão as vocações para o sacerdócio, e será uma verdadeira calamidade”.

Nossa Senhora do Bom Sucesso também profetizou a desvalorização e a perseguição dos sacerdotes: “O sagrado sacramento da ordem sacerdotal será ridicularizado, oprimido e desprezado, porque, neste sacramento, se oprime e conspurca (macula) a Igreja de Deus e a Deus mesmo, representado em Seus sacerdotes. O demônio procurará perseguir os ministros do Senhor de todos os modos e trabalhará com cruel e sutil astúcia para desviá-los do espírito de sua vocação, corrompendo a muitos deles”. Estes escandalizarão o povo cristão, farão recair sobre todos os sacerdotes o ódio dos maus cristãos e dos inimigos da Igreja Católica Apostólica Romana. Com este aparente triunfo de satanás, atrairão sofrimentos enormes aos bons pastores da Igreja e à excelente maioria de bons sacerdotes e ao Pastor Supremo e Vigário de Cristo na terra. O Santo Padre derramará secretas e amargas lágrimas na presença de Deus, pedindo luz, santidade e perfeição para todo o clero.

A Virgem Maria profetizou, para o nosso século, o descuido e o esquecimento do sacramento da unção dos enfermos: “Muitas pessoas morrerão sem recebê-lo — seja por descuido das famílias, seja por um mal entendido afeto para com seus enfermos, outros também por irem contra o espírito da Igreja Católica, impelidos pelo maldito demônio —, privando as almas de inumeráveis graças, consolos e força, para darem o grande salto do tempo à eternidade”.

A Mãe da Igreja também previu a propagação de várias heresias e que, “com o domínio delas, apagar-se-á nas almas a luz preciosa da fé, pela quase total corrupção dos costumes. Nesse período, haverá grandes calamidades físicas e morais, públicas e privadas”. Nesses tempos infelizes, o luxo desenfreado conquistará inúmeras almas frívolas e as perderá. “Quase não se encontrará inocência nas crianças nem pudor nas mulheres, e, nessa suprema necessidade da Igreja, calar-se-á aquele a quem competia a tempo falar”. Nesses dias, a atmosfera estará saturada do espírito de impureza, que como um mar imundo correrá pelas ruas, praças e lugares públicos com uma liberdade assombrosa. “Quase não haverá almas virgens no mundo. A delicada flor da virgindade, tímida e ameaçada de completa destruição, luzirá longe. Refugiando-se nos claustros, encontrará terreno adequado para crescer, desenvolver-se e viver sendo seu aroma o encanto de meu Filho Santíssimo e o para-raios da ira divina. Sem a virgindade seria preciso, para purificar essas terras, que chovesse fogo do céu”.

A Virgem Maria previu que, no nosso século, a falta de interesse dos ricos e a indiferença do povo de Deus serão causa de grande mal. Por desleixo e negligência, as pessoas detentoras de grandes riquezas assistirão com indiferença a opressão da Igreja, a virtude perseguida, a maldade triunfante, sem empregar santamente as riquezas na destruição do mal e na restauração da fé. A indiferença do povo fará com que se apague, gradualmente, o nome de Deus em seus corações, “aderindo ao espírito do mal, entregando-se, livremente, aos vícios e paixões”.

Em meio às dificuldades desses tempos difíceis, profetizados para a Igreja e para o mundo, Nossa Senhora fala da importância das comunidades religiosas: “Restarão as comunidades religiosas para sustentar a Igreja e trabalhar com valoroso e desinteressado empenho na salvação das almas, porque, nesse período, a observância da regra resplandecerá nas comunidades, haverá santos ministros do altar, almas ocultas e belas, nas quais meu Filho Santíssimo e eu nos deleitaremos, considerando as excelentes flores e frutos da santidade heroica”. Contra eles, a impiedade fará dura guerra, cumulando-os de difamações, calúnias e vexações para impedir-lhes o cumprimento do seu ministério. Mas esses santos ministros, como firmíssimas colunas, permanecerão inabaláveis. Eles enfrentarão a tudo com “espírito de humildade e sacrifício com que serão revestidos em virtude dos méritos infinitos de meu Filho Santíssimo, que os ama como as fibras mais delicadas de Seu santíssimo e terníssimo coração”.

Essas profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso retratam o estado das coisas, a heresia, a impiedade e a impureza presentes em nosso tempo. Mas, além dessas e outras revelações, a Virgem Maria prometeu o seu socorro e a sua proteção para aquelas pessoas que propagassem a devoção a ela com o título de Nossa Senhora do Bom Sucesso. Por isso, propaguemos essa devoção, que ficou durante muito tempo esquecida, mas que, em nosso tempo, se torna mais conhecida e a sua mensagem muito atual.

Confiemos a Nossa Senhora do Bom Sucesso as nossas orações pelas famílias, especialmente pelas crianças, pelos sacerdotes, religiosos e religiosas, pelos governantes, pelas pessoas detentoras de poder. Para que haja o triunfo do seu Imaculado Coração, também profetizado por ela, precisamos nos unir a Virgem Mãe de Deus com nossas orações, jejuns, penitências, reparações, como ela nos pediu em suas aparições.

Nossa Senhora do Bom Sucesso, rogai por nós!

Natalino Ueda - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Maria, modelo da Igreja servidora

Maria quer nos recordar que o amor é o mais profundo e significativo sentimento, e que ele se expressa no serviço. Assim, mostra-nos, com seus exemplos, que a Igreja é e quer ser a servidora dos homens.

É fácil, falar de amor e caridade, mas muito difícil vivê-los, porque amar significa servir e servir exige renunciar a si mesmo. Se não fosse assim, estaríamos no paraíso, já que todos os homens e todos os cristãos estão de acordo em cantar as belezas do amor. Entretanto, continua havendo guerras, injustiças sociais, perseguições políticas no mundo. Isso acontece, porque amar e servir custam. O pecado original nos inclina a buscar sempre o próprio interesse, a querer dominar e estar no centro.

Mas o que é servir? Jesus mesmo explica: servir é dar sua vida pelos outros, é entregar-se aos demais. Servir é dar-se de si mesmo, entregando ao outro a nossa preocupação, nosso tempo e nosso amor.

Serve a mulher que passa, até tarde, a camisa que seu marido necessita ou que passa a noite junto ao filho enfermo. Serve quem desliga a televisão, durante a novela, para receber o vizinho e escutar seus problemas. Serve quem renuncia algumas horas de descanso para passear com seus filhos, para participar de uma reunião de trabalho.

A Igreja Servidora, A Igreja do Concílio se proclamou servidora do mundo e dos homens. Por isso, escolheu Maria como modelo desta atitude.

Nós, muitas vezes, cremos que estamos servindo a Deus, porque fazemos uma oração ou cumprimos uma promessa. Olhemos para Maria. Ela nos entrega toda sua vida para cumprir a tarefa que o Senhor lhe encomenda pelo anjo. Maria sabe, por meio do anjo, que seu Filho será o Rei do universo, e de Isabel só o seu precursor. Mas é ela quem corre até onde vivia sua prima; ela não busca pretextos por estar grávida e, assim, não poder arriscar-se numa viagem tão longa.

Quando o anjo lhe anuncia que ela será a Mãe de Deus, Maria compreende que esta vocação exige que ela se converta na primeira servidora de Deus e dos homens.

Sacrifício e serviço. Para poder construir um mundo novo, desejado de todos, é necessário muito espírito de Cristo e de Maria. Deve ser um serviço que busca, realmente, nossa entrega aos demais, e não nosso poder pessoal nem o domínio absoluto de nossa empresa ou partido.

Não queremos substituir uma classe dominante por outra, que traz novas formas de opressão. Sem este espírito, nem a Igreja nem o país serão renovados, mesmo que diminuam as diferenças sociais. Uma justiça que não vai acompanhada do amor serviçal é inumana, é uma justiça sem alma.

Peçamos a Ela que nos ajude a construir uma Igreja conforme sua imagem, uma Igreja servidora dos homens, que seja, realmente, a alma de um país melhor.

Padre Nicolás Schwizer - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

domingo, 18 de maio de 2014

Jesus e o Pai

“Não se perturbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fosse assim, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós. E depois que eu tiver ido e preparado um lugar para vós, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também. E para onde eu vou, conheceis o caminho.” Tomé disse: “Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” Jesus respondeu: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. Se me conhecestes, conhecereis também o meu Pai. Desde já o conheceis e o tendes visto”. Filipe disse: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta”. Jesus respondeu: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me viu, tem visto o Pai. Por que é que você diz:"Mostre-nos o Pai?" Será que você não que eu estou no Pai e que o pai está em mim? Então Jesus disse aos discípulos: As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. Crede-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Crede, ao menos, por causa destas obras. Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai”. Jo 14,1-12

O que a falta de fé pode fazer na vida do discípulo

Toda a liturgia da palavra deste quinto domingo da Páscoa repousa sobre a preocupação com a unidade da comunidade, depois da morte e ressurreição do Senhor. A unidade e a comunhão dos discípulos são sinais e, ao mesmo tempo, frutos da presença de Jesus Cristo ressuscitado dos mortos. No caso do início do capítulo 6 dos Atos dos Apóstolos, a unidade da comunidade é ameaçada pelo aumento do número dos que aderiam à fé em Jesus Cristo. Com esse aumento, começou a haver uma contenda entre dois grupos: os cristãos convertidos do judaísmo e os cristãos convertidos do paganismo. Quando cresce o número de pessoas, quando aumenta a diversidade, inclusive cultural, a comunidade pode apresentar seu ponto de fragilidade e necessita de atenção. O problema é que as viúvas dos gregos não eram assistidas em suas carências. Os Doze não dão mais conta de todo trabalho a ser feito e de socorrer todas as necessidades. É preciso que eles permaneçam fiéis ao seu ministério específico (v. 4), suscitando e verificando os diferentes carismas de serviço presentes na comunidade, e colocando-os a serviço do bem de todos. A proposta e a escolha dos “sete” (vv. 3.5) foram a solução para aquele problema específico da comunidade.

Há outras ameaças à unidade da comunidade: a tristeza, a desilusão, a frustração. O capítulo 14 de João é a continuação do discurso de despedida de Jesus no contexto da última ceia. O anúncio da paixão e morte desconcerta os discípulos, na linguagem do próprio evangelho, “perturba”, agita. A preocupação de Jesus nesse discurso é com essa situação dos discípulos. A preocupação é com o que a falta de fé pode fazer na vida do discípulo decepcionado, frustrado, perturbado. A falta de fé fez e faz os discípulos abandonarem o Senhor e a própria comunidade. Por isso, o início do trecho de hoje do evangelho é um convite à fé (v. 1). O apoio da vida em Deus é o que sustenta o discípulo ante o desfecho dramático da existência terrena de Jesus. É a fé que permite ver um sentido em todas as coisas, até mesmo nas mais trágicas situações da nossa história, da história de Jesus que “passou por este mundo fazendo o bem”. A fé é que permitirá, mais tarde, sentir a morte de Jesus como lugar a partir do qual brilha a Glória de Deus.

Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quinta-feira, 15 de maio de 2014

O que é oração?

Antes de começarmos a falar sobre oração, precisamos adentrar no seu significado, se é que podemos defini-la. Mas vamos buscar clareza sobre o tema e o modo como a oração pode fazer parte da vida do cristão.

A definição de oração pode ser expressa por palavras, mas o jeito de rezar e o relacionamento com Deus é diferente para cada pessoa. Porém, não podemos inventar o jeito próprio de rezar, mas seguir aquilo que a Igreja já determinou com seus séculos de experiência; contudo, a aplicabilidade é diferente.

Vamos tentar definir oração:

Diziam os Padres do Deserto que a oração é o espelho da alma. Em hebraico, oração é tefillah, que significa “juízo”: [...] a oração é a possibilidade de julgar com Deus, de realizar um discernimento sobre a própria vida, sobre a relação com os outros, sobre o próprio relacionamento com as criaturas. É assim que se ordena e se aprofunda a própria interioridade, que se mede o próprio caminho humano, o próprio amadurecimento como crescimento interior adequado à própria idade e situação. (Livro: Onde está Deus? – Padre Reinaldo)

Perceba que a oração não é nossa, mas de Deus. O próprio Senhor nos concede o dom de orar. Por isso, na oração, precisa entrar o julgamento de d’Ele. Nós precisamos nos submeter a Ele na oração. O nosso modo de rezar é o Senhor quem o concebe.

Sobre a oração pessoal, Padre Francis Cardeal Arinze nos ensina:

“A oração pessoal é insubstituível, porque chega um tempo em que cada um é chamado a encontrar Deus frente a frente, no encontro espiritual. Isso pode acontecer na intimidade do próprio quarto, diante do sacrário, debaixo de uma árvore, no alto de um monte ou à beira-mar. Pode acontecer mesmo ao volante do carro ou em algum momento da Missa, como enquanto a preparamos, antes da coleta, após a leitura ou na homilia, sem dúvida após a santa comunhão e na ação de graças, após a Celebração Eucarística.

A nossa oração privada há de ser realmente pessoal: há de brotar do coração. Podemos exprimi-la com ou sem palavras; não podemos nos limitar a repetir preces escritas por mestres espirituais e por santos, ainda que tais fórmulas nos ajudem a entrar na oração pessoal.

A oração deve ser incessante e continua. Por isso, requer dois pontos:

1 - Qualidade da oração: buscar rezar com o coração para, assim, gerar uma contínua e ininterrupta perseverança. Orai sem cessar (1 Ts 5, 17).

2 - Oração pura e sincera: ser feita com fervor – evitar as inquietações e preocupações. Deixar Deus entrar no santuário do meu coração.”

Para concluir o sentido e o significado do que é oração, fixemos nosso olhar na graça de Deus. E a Igreja a define assim:

“A oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para o céu, é um grito de gratidão e de amor, tanto no meio da tribulação como no meio da alegria”. (CIC 2558).

Pe. Reinaldo Cazumbá - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Snat'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Dia das Mães: Domingo de muitas homenagens às Mães da Paróquia de Sant’Ana

O “Domingo do Bom Pastor” ganhou mais um sentido especial para se celebrar, congratulando todas aquelas que são instrumentos designados por Deus para gerar a vida. As celebrações litúrgicas (manhã e noite), realizadas no último domingo (11), na Igreja Matriz de Sant’Ana, foram regadas a muita emoção e agradecimentos, transmitidos através das homenagens preparadas pela Pastoral Litúrgica a todas as mães da nossa paróquia.


Por Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

terça-feira, 13 de maio de 2014

Os segredos de Fátima

1º segredo  A visão do inferno: Muitas pessoas não acreditam que existe… Contudo, as crianças videntes ao vê-lo, ficaram impressionadas e apavoradas. Viram homens e mulheres, jovens e velhos, se debatendo num mar incandescente, devorados pelas chamas eternas. Davam gritos terríveis e vociferavam abomináveis imprecações.

A propósito da forte impressão que o Inferno lhe causou, irmã Lúcia escreveu numa carta ao Bispo de Leiria: “Esta visão foi num momento, e graças à nossa boa Mãe Celeste, que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o Céu. Se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor”. Ela explica na carta, que o Inferno é formado por um imenso mar de chamas onde os condenados flutuam e onde as suas almas pecadoras são devorados pelas labaredas eternas, queimando e elevando como fagulhas de um grande incêndio.

Também faz parte do Primeiro Segredo um aviso de Nossa Senhora sobre a Guerra: “A 1ª Grande Guerra Mundial vai acabar… todavia Deus quer a conversão da humanidade, caso contrário acontecerá uma outra guerra muito pior” (…).

2º segredo – É divido em duas partes:

2.1 – Instituição da devoção ao Imaculado Coração de Maria – Nossa Senhora revelou que DEUS quer a instituição da Devoção ao seu Imaculado Coração, através da Comunhão Reparadora. As pessoas em estado de graça, deverão comungar durante 5 (cinco) primeiros sábados de cada mês, seguidamente, rezar um Terço e fazer 15 minutos de adoração ao Santíssimo Sacramento, para consolo e desagravo de todas as maldade, ofensas e pecados que diariamente são cometidos contra o Imaculado Coração de Maria. Aqueles que acolherem a solicitação, não morrerão em pecado mortal e na hora da morte, receberão a visita consoladora da Mãe de Deus.

2.2 – Consagração da Russia ao Imaculado Coração – Ela pediu que todos os Bispos do mundo unidos ao Santo Padre, o Papa, fizessem a “Consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração”.

NOSSA SENHORA prometeu, se atenderem estes dois pedidos, a Rússia se converterá, muitos pecadores farão penitência e o mundo viverá um período de paz. Caso contrário, o mal crescerá, os dirigentes da nação comunista espalharão os seus erros e o materialismo ateu por todas as partes, crescerá a “apostasia” e nascerá a “impiedade”. Acontecerá uma devastadora Guerra Mundial (a Segunda) onde morrerão muitas pessoas e nações serão dizimadas.

3º segredo – A Íntegra do Terceiro Segredo de Fátima

Esta é a terceira parte do segredo revelado no dia 13 de julho de 1917 às três crianças na caverna de Iria, na cidade de Fátima, e transcrito pela Sóror Lucia no dia 3 de janeiro de 1944.

“Escrevo em obediência ao senhor, meu Deus, que me ordena fazê-lo por intermédio de Sua Excelência Reverendíssima, o Senhor Bispo de Leiria e da Santíssima Madre sua e minha”.

“Depois das duas partes que já expusemos, vimos, no lado esquerdo de Nossa Senhora, um pouco mais para o alto, um anjo com uma espada de fogo na mão esquerda; brilhando soltava chamas que pareciam incendiar o mundo; mas se apagavam no contato com o esplendor que Nossa Senhora irradiava com sua mão direita na direção do anjo, que disse, apontando para a terra com a sua mão direita: penitência, penitência, penitência!

E vimos uma imensa luz que é Deus: ‘algo semelhante a como as pessoas se veem quando passam diante de um espelho’. ‘Vimos um bispo vestido de branco e tivemos o pressentimento de que fosse o Santo Padre’.

Também vimos outros bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas subirem uma montanha íngreme, em cujo topo havia uma grande Cruz de madeira simples; o Santo Padre, antes de chegar até ela, atravessou uma grande cidade em ruínas, tremendo e com um passo vacilante, com um semblante pesado de dor e pena, rezando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegando no alto do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que dispararam vários tiros de arma de fogo e flechas; e do mesmo modo morreram, uns atrás dos outros, os bispos, os sacerdotes, os religiosos, as religiosas e diversas pessoas do povo, homens e mulheres de distintas classes e posições.

Sob os dois braços da Cruz, havia dois anjos, cada um deles com uma jarra de cristal na mão, com as quais recolhiam o sangue dos mártires, e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus.

Fonte: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2014/05/13/15591/ / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

domingo, 11 de maio de 2014

Jesus, o Pastor verdadeiro

“Em verdade, em verdade, vos digo: quem não entra pela porta no redil onde estão as ovelhas, mas sobe por outro lugar, esse é ladrão e assaltante. Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas escutam a sua voz, ele chama cada uma pelo nome e as leva para fora. E depois de fazer sair todas as que são suas, ele caminha à sua frente e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. A um estranho, porém, não seguem, mas fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”. Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que ele queria dizer. Jesus disse então: “Em verdade, em verdade, vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo; poderá entrar e sair, e encontrará pastagem. O ladrão vem só para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”. Jo 10,1-10

Jesus é a "Porta"

Hoje, quarto domingo do tempo da Páscoa, é o domingo do Bom Pastor. No entanto, a afirmação mais importante do texto do evangelho deste dia é que Jesus é a “porta das ovelhas”, expressão repetida duas vezes ao longo do texto (vv. 7.9). O contexto do capítulo 10 de João é a controvérsia de Jesus com os fariseus; eles são, no quarto evangelho, os adversários por excelência de Jesus e que, juntamente com os sumos sacerdotes, querem matá-lo; são eles, igualmente, que julgam que Jesus é um blasfemo.

Uma das particularidades do evangelho é a afirmação de Jesus “eu sou”. Essa assertiva evoca Ex 3,7ss, em que Deus se apresenta a Moisés na sarça ardente como “Eu sou”. Portanto, trata-se, aqui, da afirmação da divindade de Jesus. Essa afirmação, no evangelho, é seguida sempre de uma imagem: porta, bom pastor, pão da vida, pão descido céu, caminho, verdade, vida. Essas imagens nos permitem entrar no mistério de Jesus Cristo, enviado do Pai para dar vida ao mundo, através dos vários aspectos de sua ação salvífica. Jesus é a porta. De que porta se trata? Da porta de um cercado, sem teto. Ele é a porta e como toda porta ele permite entrar e sair; uma porta que abre e que fecha. Quando a porta é fechada é para proteger as ovelhas de seus predadores e ladrões; quando a porta é aberta o pastor vai à frente das ovelhas para conduzi-las às pastagens. Quem conduz o povo de Deus é o próprio Senhor. Quem nos conduz ao redil e é a porta que protege o povo contra os inimigos é o Senhor. As ovelhas, de cujo redil Jesus é a porta, seguem unicamente o Pastor cuja voz elas conhecem, pois sabem que, caminhando à sua frente, ele lhes conduzirá à verdadeira pastagem (cf. Sl 22). As ovelhas não seguem a voz de um estranho. O discípulo, ou se preferirem, a comunidade dos discípulos é caracterizada como aquela que, protegida e conduzida pelo Pastor, ouve unicamente a sua voz, sem se deixar seduzir ou enganar pela voz de estranhos. Jesus é a porta. Para nós que cremos, somente por Jesus é que temos acesso à salvação; somente nele e por ele encontramos proteção contra o “inimigo da natureza humana”. Somente seguindo os passos do Bom Pastor podemos encontrar e sermos nutridos pelo alimento capaz de sustentar a vida e nos livrar da morte.

Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 10 de maio de 2014

Vale a pena rever: Mãe testemunha milagre na vida do filho

“E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo. Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem. Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre.” Lucas 1,46-55

O Senhor também realizou “maravilhas” na vida do casal Dody e Pauline. A chegada de seus filhos, Clara e Elvis, maior tesouro que Deus poderia oferecer-lhes, completam a imagem de uma família fundamentada nos preceitos divinos, que busca na fé o auxílio para seus maiores anseios.


Já se passou pouco mais de um ano desde o grande milagre na vida do filho caçula do casal. Trata-se do pequeno Elvis Bernardo. Nascido prematuro, pesando pouco mais de um quilo, com poucas chances de vida, Elvis é sinal milagroso de Deus através da fé inabalável da sua família. Sua mãe, Pauline, que acompanhou toda a luta de seu filho na UTI, crendo no milagre de Deus que reverteria toda aquela situação, compartilhou conosco seu testemunho de mãe, encontrando em Deus a graça que tanto desejava.


Acompanhe o testemunho na íntegra:

“É através deste testemunho que homenageio o meu querido filho, Elvis Bernardo. Muitos não sabem, mas ele nasceu com apenas um quilo e duzentos e cinquenta e cinco gramas, e de seis meses. Ele ficou dois meses e treze dias na UTI de um hospital. Um milagre de Jesus Cristo, uma graça que alcancei em minha vida. Quando ele estava no hospital, eu sempre cantava para ele as canções que costumamos cantar nas celebrações litúrgicas na Igreja Matriz de Sant’Ana, que ouvia sempre na época quando ele ainda estava no meu ventre. Só escrevendo um livro para todos entenderem melhor tudo o que aconteceu. Minha família é testemunha de tudo aquilo que enfrentei. Durante todo esse período, morei numa casa que dava apoio às mães, em Prazeres, no Hospital Memorial Guararapes. Dody, meu esposo, sempre nos visitava; já que eu permanecia o tempo todo ao lado do nosso filho enquanto ele estava internado. Hoje ele está aqui, saudável. Sinal da graça, milagre de Deus. Minha gente, temos que crer firmemente em Deus. Os médicos deram poucas chances de sobrevivência ao meu filho, e que dificilmente o quadro dele se reverteria. Eu clamei ao Senhor, acreditei, incessantemente pedi pela recuperação do meu filho. E o Senhor me ouviu. Deus é tudo. O impossível ele sempre faz acontecer. Acreditem em Deus, e qualquer tipo de problema que venhamos ter, Ele resolverá. Eu enfrentei e consegui atravessar por tudo isso. E aqui está o milagre que tanto alegra a vida de toda a família. Não foi só o amor de mãe, mas uma força superior que me auxiliava, que constantemente me fortalecia. E essa força vinha de Deus. Uma fé, uma força, uma esperança tão grande, que me fazia acreditar na recuperação do meu filho. Tudo o que ele passou serviu de ensinamento para mim. O dia-a-dia, a luta pela sobrevivência, só nos levam ao materialismo. E foi naquela hora que tudo ficou para trás. Despertei para o amor misericordioso de Deus. Eu acreditei n'Ele, confiei n'Ele, e hoje compartilho com vocês o testemunho vitorioso deste pequeno guerreiro. Consagrei a saúde do meu filho há um ano atrás, na Missa da Graça. E agora aqui estou para dizer que o Senhor fez em minha vida grandes maravilhas.”

Pauline Adelina, mãe de Elvis Bernardo.

Produção: Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana -http://matrizdesantana.blogspot.com.br/