quarta-feira, 30 de setembro de 2015

São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja

A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o “Dia da Bíblia” no mês do seu aniversário de morte

Neste último dia do mês da Bíblia, celebramos a memória do grande “tradutor e exegeta das Sagradas Escrituras”: São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. Ele nasceu na Dalmácia em 340, e ficou conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor da Igreja. É de São Jerônimo a célebre frase: “Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”.

Com posse da herança dos pais, foi realizar sua vocação de ardoroso estudioso em Roma. Estando na “Cidade Eterna”, Jerônimo aproveitou para visitar as Catacumbas, onde contemplava as capelas e se esforçava para decifrar os escritos nos túmulos dos mártires. Nessa cidade, ele teve um sonho que foi determinante para sua conversão: neste sonho, ele se apresentava como cristão e era repreendido pelo próprio Cristo por estar faltando com a verdade (pois ainda não havia abraçado as Sagradas Escrituras, mas somente escritos pagãos). No fim da permanência em Roma, ele foi batizado.

Após isso, iniciou os estudos teológicos e decidiu lançar-se numa peregrinação à Terra Santa, mas uma prolongada doença obrigou-o a permanecer em Antioquia. Enfastiado do mundo e desejoso de quietude e penitência, retirou-se para o deserto de Cálcida, com o propósito de seguir na vida eremítica. Ordenado sacerdote em 379, retirou-se para estudar, a fim de responder com a ajuda da literatura às necessidades da época. Tendo estudado as línguas originais para melhor compreender as Escrituras, Jerônimo pôde, a pedido do Papa Dâmaso, traduzir com precisão a Bíblia para o latim (língua oficial da Igreja na época). Esta tradução recebeu o nome de Vulgata. Assim, com alegria, dedicação sem igual e prazer se empenhou para enriquecer a Igreja universal.

Saiu de Roma e foi viver definitivamente em Belém no ano de 386, onde permaneceu como monge penitente e estudioso, continuando as traduções bíblicas, até falecer em 420, aos 30 de setembro com, praticamente, 80 anos de idade. A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o “Dia da Bíblia” no mês do seu aniversário de morte, ou ainda, dia da posse da grande promessa bíblica: a Vida Eterna.

São Jerônimo, rogai por nós!

Canção Nova - Santo do Dia / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Caminhada, Missas e visita ao lixão marcam encerramento do Mês da Bíblia, em Bom Jardim

Fiéis celebram dia dedicado à Palavra de Deus e ao patrono das obras de caridade, São Vicente de Paulo

O domingo (27) reservou aos fiéis bonjardinenses uma programação totalmente especial, que marcou o encerramento do mês e dia festivo à Palavra de Deus; como também a festa do santo que acolhia carinhosamente os pobres e marginalizados na grandeza de seu coração, São Vicente de Paulo.


Pela manhã, os paroquianos e visitantes partiram em caminhada, saindo da Capela de Nossa Senhora do Carmo, às 08h00, rumo à Igreja Matriz de Sant’Ana, onde participaram da celebração da Santa Missa, presidida pelo Pe. Elias Roque (Pároco) e concelebrada pelo Pe. Jorge Sousa (Vigário Paroquial).


Durante homilia, Pe. Elias Roque destacou a importância da leitura e vivência da Palavra de Deus para testemunho de uma fé convidativa, que desperte no outro o desejo de também seguir os passos de Jesus Cristo.

“A Palavra de Deus nos inspira ao exercício missionário da fé. É pondo em prática Seus ensinamentos que nos opomos às incoerências que atentam contra nossa missão. Ler a bíblia é algo indispensável, que deve ser praticado diariamente como nutrimento espiritual”, salientou o Pároco.


À tarde, às 15h30, foi a vez dos moradores das imediações do lixão, situado na Comunidade de Pau Santo, celebrarem o Dia da Bíblia e do Patrono das Obras de Caridade, São Vicente de Paulo, com Missa presidida pelo Pe. Jorge Sousa e animada pela Pastoral da Acolhida.


As ações partiram de uma iniciativa conjunta entre Confraria de São Vicente de Paulo e Pastoral Litúrgica, que promoveu a arrecadação de donativos (alimentos, roupas, etc.) para beneficiar as famílias carentes do município.


Por Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 26 de setembro de 2015

Pastoral da Acolhida, missão a serviço do Reino de Deus

Muito além do que um sorriso ou cumprimento, Pastoral da Acolhida é criada com a proposta de servir à comunidade

Uma iniciativa, trabalhada pela Coordenadora Litúrgica Silvânia Andrade, com apoio dos Padres Elias Roque e Jorge Sousa, vem sendo cultivada a cada dia em nossa comunidade paroquial, como gesto concreto de uma Igreja que acolhe e testemunha verdadeiramente a sua fé, até mesmo nas pequenas ações do dia a dia.


O desejo de introduzir os fiéis no espírito litúrgico, assistindo-os desde a sua chegada na igreja, permanência e envio missionário, fez brotar no coração dos sacerdotes, líderes pastorais, coordenadores de apoio e juventude, a necessidade evangelística de acolher aqueles que participam da rotina da Igreja, proporcionando-os uma série de ações conjuntas que favorecem os próprios paroquianos, em diversos aspectos (religioso, filantrópico, social, dentre outros).

Acolher o irmão, trata-se de algo que o próprio Deus desejou que perpetuássemos, como autênticos cristãos. “Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo nos acolheu para a glória do Pai” (Rom 15,7). É partindo deste princípio, que o gesto de acolher eleva-se à categoria de pastoral.

Os membros desta pastoral são encarregados pela comunicação interpessoal na comunidade. Zelam pela imagem da Igreja, pela integridade dos seus participantes (ou frequentadores), e recebem, em primeira mão, os anseios do povo de Deus para uma vivência cristã qualitativa. É um trabalho totalmente missionário, que transcende de um simples sorriso ou cumprimento.


“A Pastoral da Acolhida surge em nossa paróquia como mais uma alternativa de evangelização. São, aproximadamente, 20 jovens de nossa comunidade, comprometidos em desempenhar um ministério de acolhida e serviço ao Reino de Deus. Uma iniciativa que devemos fortalecer cada vez mais, assim como os demais grupos, movimentos e pastorais da nossa paróquia”, ressalta Pe. Elias Roque.


A acolhida é, antes de tudo, um desejo que advém do coração. Um testemunho cristão que se contrapõe ao mundo do isolamento e individualismo. O chamado que Deus realiza como experiência de escuta do outro, sua busca e auxílio nos momentos de maior necessidade, sem julgar, sem condenar, nem impor.


Por Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Evangelho Dominical: Quem não é contra nós, está a nosso favor

João disse a Jesus: “Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não andava conosco”. Jesus, porém, disse: “Não o proibais, pois ninguém que faz milagres em meu nome poderá logo depois falar mal de mim. Quem não é contra nós, está a nosso favor. Quem vos der um copo de água para beber porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. E quem provocar a queda um só destes pequenos que creem em mim, melhor seria que lhe amarrassem uma grande pedra de moinho ao pescoço e o lançassem no mar. Se tua mão te leva à queda, corta-a! É melhor entrares na vida tendo só uma das mãos do que, tendo as duas, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. Se teu pé te leva à queda, corta-o! É melhor entrar na vida tendo só um dos pés do que, tendo os dois, ser lançado ao inferno. Se teu olho te leva à queda, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus tendo um olho só do que, tendo os dois, ir para o inferno, onde o verme deles não morre e o fogo nunca se apaga”. Mc 9,38-43.45.47-48

Onde há o bem realizado, Deus aí está

A incompreensão dos discípulos progride. Somente a experiência do mistério pascal dará a eles a graça da compreensão do mistério de Jesus Cristo e da sua condição de discípulos. Aqui aparece um novo tema da incompreensão dos discípulos. O porta-voz do grupo dos discípulos, desta vez, é João, um dos filhos de Zebedeu (cf. Mc 1,19), talvez por seu caráter pretensioso, o que aparecerá com maior clareza mais adiante no relato (Mc 10,35-40). Os discípulos pretendem que nenhum exorcismo seja praticado em nome de Jesus, se a pessoa que o pratica não participa do grupo dos discípulos. Por isso, eles impediram alguém, anônimo, de praticar o exorcismo; atitude que Jesus reprova, pois o seu nome e o bem que por ele se realiza não é monopólio da comunidade nem de qualquer outro grupo. Onde há o bem realizado, Deus aí está. Deus está na origem de toda iniciativa que promove e protege a vida; Deus é a fonte de todo esforço sincero e verdadeiro de arrancar das forças do mal o ser humano. Os discípulos, e o leitor com eles, devem compreender que o bem não é propriedade de nenhum grupo, e que, onde o mal é vencido, essa vitória é fruto do poder de Jesus Cristo ressuscitado agindo em tudo e por meio de todos. Em seguida, Jesus exorta os discípulos a se abrirem ao bem que vem de fora. A diversidade e a diferença são bens através dos quais se manifestam a bondade de Deus e a caridade de Cristo. A comunidade é interpelada a viver a coerência entre a fé professada e a fé vivida. O escandalon é a pedra de tropeço, isto é, o obstáculo que impede os outros de progredir e permanecer na vida cristã. A pura aparência, a vaidade das práticas religiosas, deve ser rejeitada em nome da coerência, do acordo interno e profundo entre a fé e a sua vivência. O modo de vida dos discípulos deve ser o testemunho que estimula outros a desejarem viver a vida de Jesus Cristo. O texto não é um convite à mutilação, mas um apelo a não consentir com uma vida ambígua e fragmentada. O coração do discípulo não pode estar dividido. A presença e a vida do discípulo deve ser tal que dê sentido à vida. A incoerência faz com que ele desvirtue a sua vocação e missão e se torne incapaz de dar sabor a todas as coisas e conservar em si a palavra de Cristo.

Pe. Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Obama elogia Papa e seu exemplo em favor dos pobres

A cerimônia de boas-vindas ao Papa Francisco nos Estados Unidos aconteceu nesta quarta-feira, 23, na Casa Branca, em Washington, DC, às 9h15, horário local. O Santo Padre chegou de carro para o seu primeiro compromisso oficial no país. Francisco foi recebido pelo presidente Barack Obama e pela primeira dama Michelle em frente ao Pórtico Sul da Casa Branca. Cerca de 20 mil convidados participaram da cerimônia. Francisco e Obama já haviam se encontrado na tarde desta terça-feira, 22, no aeroporto, na chegada do Pontífice ao país.


Depois de honras militares e da execução dos hinos do Vaticano e dos Estados Unidos, o presidente Obama foi o primeiro a discursar. O presidente  praticamente traçou um perfil da figura do Papa Francisco e do que ele representa não só para os católicos mas para o mundo. De maneira descontraída Obama disse que o jardim da Casa Branca não é sempre lotado daquela maneira, e que isso representa os milhares de católicos dos Estados Unidos.

Discurso do presidente Obama

Obama destacou os trabalhos da Igreja em favor dos mais pobres e necessitados, e exaltou a humildade, simplicidade e gentileza das palavras de Francisco. “O que vimos é um ensinamento vivo dos ensinamentos de Jesus,  que não vem somente por palavras, mas por ações.”

Em seu discurso o presidente acrescentou que Francisco lembra que a mensagem mais poderosa de Deus é a misericórdia. “Tratar os estranhos com empatia e verdadeiro coração aberto. Dos refugiados que saem de seus países, dos imigrantes que deixam as suas terras, em tantas situações. Isso significa mostrar compaixão, amor, pelos marginalizados.”

A ajuda de Francisco no processo das relações entre Estados Unidos e Cuba foi mencionada por Obama que se comprometeu em manter melhores relações com o país.

Ao final do discurso o presidente afirmou que as palavras e desejos do Papa são um exemplo. “E nas linhas gerais dessas obrigações que o senhor nos lembra, você está no chacoalhando para que acordemos para diminuir as distâncias da realidade da qual vivemos daquela que deveríamos viver, mas acredito que este desconforto seja uma bênção para uma coisa melhor.”

Discurso do Papa

Após as palavras do presidente, o Papa Francisco fez um breve discurso em inglês, em que se apresentou como filho de emigrantes. “Como filho duma família de emigrantes, sinto-me feliz por ser hóspede nesta nação, que foi construída em grande parte por famílias semelhantes.

Francisco disse que os católicos americanos estão comprometidos na construção duma sociedade tolerante e inclusiva, na defesa dos direitos dos indivíduos e das comunidades, e na rejeição de qualquer forma de discriminação injusta.

“Juntamente com muitas outras pessoas de boa vontade desta grande democracia, eles esperam que os esforços por construir uma sociedade justa e sabiamente ordenada respeitem as suas preocupações mais profundas e os seus direitos inerentes à liberdade religiosa. Esta liberdade permanece como uma das conquistas mais valiosas da América.”

O pontífice destacou a iniciativa de Obama para redução da poluição do ar e disse que diante da urgência desta questão, não se pode deixar para a geração futura a responsabilidade de encontrar uma solução. Francisco citou as palavras do pastor protestante e líder dos direitos dos negros nos Estados Unidos, Martin Luther King: “Podemos dizer que estivemos em falta quanto a alguns compromissos e, agora, chegou o momento de os honrar.”

Ao final do discurso o Papa recordou os esforços feitos recentemente para reconciliar relações que haviam sido rompidas e para a abertura de novas vias de cooperação dentro da família humana.  “Almejo que todos os homens e mulheres de boa vontade desta grande e próspera nação apoiem os esforços da comunidade internacional para proteger os mais vulneráveis no nosso mundo e promover modelos integrais e inclusivos de desenvolvimento.”

Após a cerimônia de boas-vindas, Francisco fez uma visita de cortesia ao Presidente Obama. Os dois líderes tiveram uma reunião privada, ocasião em que aconteceu troca de presentes e apresentação dos familiares do presidente e do vice-presidente ao pontífice.

Após a visita ao presidente Obama, Francisco seguiu para um Encontro com os Bispos dos Estados Unidos na Catedral de São Mateus.

Canção Nova Notícias / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

terça-feira, 22 de setembro de 2015

A diferença entre a Bíblia católica e protestante

Em vários Concílios, ao longo da história, a Igreja, assistida pelo Espírito Santo (cf. Jo 16,12-13) estudou e definiu o Índice (cânon) da Bíblia; uma vez que nenhum de seus livros traz o seu Índice. Foi a Igreja Católica quem berçou a Bíblia. Garante-nos o Catecismo da Igreja e o Concílio Vaticano II que: “Foi a Tradição apostólica que fez a Igreja discernir que escritos deviam ser enumerados na lista dos Livros Sagrados” (Dei Verbum 8; CIC,120). Portanto, sem a Tradição da Igreja não teríamos a Bíblia. Santo Agostinho dizia: “Eu não acreditaria no Evangelho, se a isso não me levasse a autoridade da Igreja Católica” (CIC,119).


Por que a Bíblia católica é diferente da protestante?

Esta tem apenas 66 livros porque Lutero e principalmente os seus seguidores, rejeitaram os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida), 1 e 2 Macabeus, além de Ester 10,4-16; Daniel 3,24-20; 13-14. A razão disso vem de longe. No ano 100 da era cristã, os rabinos judeus se reuniram no Sínodo de Jâmnia (ou Jabnes), no sul da Palestina, a fim de definir a Bíblia Judaica. Isto porque nesta época começavam a surgir o Novo Testamento com os Evangelhos e as cartas dos apóstolos, que os judeus não aceitaram. Nesse Sínodo, os rabinos definiram como critérios para aceitar que um livro fizesse parte da Bíblia, o seguinte:

1 – Deveria ter sido escrito na Terra Santa;
2 – Escrito somente em hebraico, nem aramaico e nem grego;
3 – Escrito antes de Esdras (455-428 a.C.);
4 – Sem contradição com a Torá ou lei de Moisés.

Esses critérios eram puramente nacionalistas, mais do que religiosos, fruto do retorno do exílio da Babilônia em 537aC. Por esses critérios não foram aceitos na Bíblia judaica da Palestina os livros que hoje não constam na Bíblia protestante, citados anteriormente. Mas a Igreja católica, desde os apóstolos, usou a Bíblia completa. Em Alexandria no Egito, cerca de 200 anos antes de Cristo, já havia uma influente colônia de judeus, vivendo em terra estrangeira e falando o grego. O rei do Egito, Ptolomeu, queria ter todos os livros conhecidos na famosa biblioteca de Alexandria; então mandou buscar 70 sábios judeus, rabinos, para traduzirem os Livros Sagrados hebraicos para o grego, entre os anos 250 e 100 a.C, antes do Sínodo de Jâmnia (100 d.C). Surgiu, assim, a versão grega chamada Alexandrina ou dos Setenta, que a Igreja Católica sempre seguiu.

Essa versão dos Setenta, incluiu os livros que os judeus de Jâmnia, por critérios nacionalistas, rejeitaram. Havia, dessa forma, no início do Cristianismo, duas Bíblias judaicas: a da Palestina (restrita) e a Alexandrina (completa – Versão dos LXX). Os Apóstolos e Evangelistas optaram pela Bíblia completa dos Setenta (Alexandrina), considerando inspirados (canônicos) os livros rejeitados em Jâmnia.

Ao escreverem o Novo Testamento, utilizaram o Antigo Testamento, na forma da tradução grega de Alexandria, mesmo quando esta era diferente do texto hebraico. O texto grego “dos Setenta” tornou-se comum entre os cristãos; e portanto, o cânon completo, incluindo os sete livros e os fragmentos de Ester e Daniel, passaram para o uso dos cristãos. Das 350 citações do Antigo Testamento que há no Novo, 300 são tiradas da versão dos Setenta, o que mostra o uso da Bíblia completa pelos apóstolos.

Verificamos também que nos livros do Novo Testamento há citações dos livros que os judeus nacionalistas da Palestina rejeitaram. Por exemplo: Rom 1,12-32 se refere a Sb 13,1-9; Rom 13,1 a Sb 6,3; Mt 27,43 a Sb 2, 13.18; Tg 1,19 a Eclo 5,11; Mt 11,29s a Eclo 51,23-30; Hb 11,34 a 2 Mac 6,18; 7,42; Ap 8,2 a Tb 12,15. Nos séculos II a IV, houve dúvidas na Igreja sobre os sete livros por causa da dificuldade do diálogo com os judeus. Mas a Igreja, ficou com a Bíblia completa da versão dos Setenta, incluindo os sete livros.

Após a Reforma Protestante, Lutero e seus seguidores rejeitaram os sete livros já citados. É importante saber também que muitos outros livros, que todos os cristãos têm como canônicos, não são citados nem mesmo implicitamente no Novo Testamento. Por exemplo: Eclesiastes, Ester, Cântico dos Cânticos, Esdras, Neemias, Abdias, Naum, Rute. Outro fato importantíssimo é que nos mais antigos escritos dos papas da Igreja (patrística) os livros rejeitados pelos protestantes (deutero-canônicos) são citados como Sagrada Escritura.

Será que a Igreja se enganou?

Assim, São Clemente de Roma, o quarto papa da Igreja, no ano de 95 escreveu a Carta aos Coríntios, citando Judite, Sabedoria, fragmentos de Daniel, Tobias e Eclesiástico; livros rejeitados pelos protestantes. Ora, será que o papa S. Clemente se enganou e com ele a Igreja? É claro que não. Da mesma forma, o conhecido Pastor de Hermas, no ano 140, faz amplo uso de Eclesiástico e de Macabeus II; Santo Hipólito (†234), comenta o livro de Daniel com os fragmentos deuterocanônicos rejeitados pelos protestantes e cita como Sagrada Escritura: Sabedoria, Baruc, Tobias, 1 e 2 Macabeus.

Fica assim, muito claro, que a Sagrada Tradição da Igreja e o Sagrado Magistério sempre confirmaram os livros deuterocanônicos como inspirados pelo Espírito Santo. Vários Concílios confirmaram isto: os Concílios regionais de Hipona (ano 393); Cartago II (397), Cartago IV (419), Trulos (692). Principalmente os Concílios ecumênicos de Florença (1442), Trento (1546) e Vaticano I (1870) confirmaram a escolha.

No século XVI, Martinho Lutero (1483-1546) para contestar a Igreja, e para facilitar a defesa das suas teses, adotou o cânon da Palestina e deixou de lado os sete livros conhecidos, com os fragmentos de Esdras e Daniel. Lutero, quando estava preso em Wittenberg, ao traduzir a Bíblia do latim para o alemão, traduziu também os sete livros (deuterocanônicos) na sua edição de 1534, e as Sociedades Bíblicas protestantes, até o século XIX incluíam os sete livros nas edições da Bíblia.

Neste fato fundamental para a vida da Igreja (a Bíblia completa) vemos a importância da Tradição da Igreja, que nos legou a Bíblia como a temos hoje. Disse o último Concílio: “Pela Tradição torna-se conhecido à Igreja o Cânon completo dos livros sagrados e as próprias Sagradas Escrituras são nelas cada vez mais profundamente compreendidas e se fazem sem cessar, atuantes.” (DV,8).

Se negarmos o valor indispensável da Igreja Católica e de sua Sagrada Tradição, negaremos a autenticidade da própria Bíblia. Note que os seguidores de Lutero não acrescentaram nenhum livro na Bíblia, o que mostra que aceitaram o discernimento da Igreja Católica desde o primeiro século ao definir o índice da Bíblia. É interessante notar que o papa São Dâmaso (366-384), no século IV, pediu a S.Jerônimo que fizesse uma revisão das muitas traduções latinas que havia da Bíblia, o que gerava certas confusões entre os cristãos.

São Jerônimo revisou o texto grego do Novo Testamento e traduziu do hebraico o Antigo Testamento, dando origem ao texto latino chamado de Vulgata, usado até hoje.

sábado, 19 de setembro de 2015

Evangelho Dominical: O primeiro é aquele que serve a todos

Partindo dali, Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia, mas ele não queria que ninguém o soubesse. Ele ensinava seus discípulos e dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens, e eles o matarão. Morto, porém, três dias depois ressuscitará”. Mas eles não compreendiam o que lhes dizia e tinham medo de perguntar. Chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “Que discutíeis pelo caminho?” Eles, no entanto, ficaram calados, porque pelo caminho tinham discutido quem era o maior. Jesus sentou-se, chamou os Doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos, aquele que serve a todos!” Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse: “Quem acolhe em meu nome uma destas crianças, a mim acolhe. E quem me acolhe, acolhe, não a mim, mas Àquele que me enviou”. Mc 9,30-37


No seguimento de Cristo, o maior é o que serve

Nosso texto de hoje é o segundo anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Do ponto de vista narrativo, esses relatos têm a função de preparar o leitor para entrar no relato da paixão e morte do Senhor sem ser tomado pela surpresa e sem medo e esmorecimento, mas iluminado e fortalecido pela ressurreição. O Jesus de Marcos é um Mestre que sempre ensina os seus discípulos e a multidão. Aqui neste trecho o conteúdo é o mistério pascal do Filho de Deus. Jesus anuncia claramente sua paixão e ressurreição, mas os discípulos não são capazes de compreender e têm dificuldade em aceitar. Eles estão, por assim dizer, em outro registro, muito distante do que Jesus lhes anuncia. Para eles o Messias deve ser vitorioso e triunfar; eles não podem admitir que o Messias seja humilhado e morto. Naquela época, a ideia da ressurreição era, ainda, muito vaga. Como no primeiro anúncio (Mc 8,31-33), Jesus repreende os discípulos por causa da reação deles e do comportamento inadequado. Na verdade, eles não recebem bem o anúncio da paixão e da ressurreição. A discussão entre eles sobre quem era o maior é expressão da incompreensão acerca do destino de Jesus e de sua missão e, também, da condição deles como discípulos. Jesus revela que será entregue nas mãos dos homens, condenado e morto, e eles aspiram à grandeza. Jesus rejeita toda honra mundana, mas os seus discípulos desejam honra e grandeza. Tudo isso é incoerência. No seguimento de Cristo e, portanto, na vida cristã, o maior é o que serve, à imitação de Jesus que se fez servo de toda a humanidade. No seguimento do Senhor, em que o serviço deve caracterizar a missão, a disputa pelo poder e a defesa de privilégios são absolutamente inaceitáveis. O acolhimento de todos, sem acepção de pessoas, e de modo especial dos que mais precisam de cuidado, é a atitude requerida de todos os cristãos que compreendem a fé que professam. Peçamos ao Senhor que possamos amar o serviço e renunciar a todo tipo de prestígio pessoal e de honrarias mundanas.

Pe. Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Por que ler a Bíblia?

A Bíblia é palavra inspirada, é Deus que se revela aos homens; em contrapartida, é necessária a fé de quem a lê. É preciso a adesão da fé para que essa palavra produza frutos na vida de quem se debruça sobre a Palavra de Deus e acredita na ação divina. E para que esta fé exista é preciso contar com o auxílio do Espírito Santo que nos direciona a Deus e nos dá o entendimento necessário para aceitar e crer na Revelação.


Já nos ensinou São Jerônimo: “Ignorar as Escrituras é ignorar Cristo”. Não podemos ignorar Jesus. Temos de contar com o Espírito Santo, que nos conduz na leitura da Sagrada Escritura e nos põe no caminho do Cristo. Ler e acreditar na Sagrada Escritura é caminhar com o Senhor, é ouvir o Seu convite: “Vem e segue-me!”.

Daí a importância de lermos a Sagrada Escritura, em especial os Evangelhos. Toda a Bíblia é Revelação de Deus. O Antigo Testamento e o Novo Testamento possuem a mesma importância, mas os Evangelhos têm um lugar de excelência, pois ali se encontra a vida de Jesus e todos os outros livros se convergem para o centro que é o Cristo.

Orienta-nos a Dei Verbum, Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina: Ninguém ignora que entre todas as Escrituras, mesmo do Novo Testamento, os Evangelhos têm o primeiro lugar, enquanto são o principal testemunho da vida e doutrina do Verbo encarnado, nosso salvador.

É preciso ler todos os livros da Bíblia, entendendo que tudo converge para Jesus. E quando lemos os quatro Evangelhos não é diferente. É importante ler estes livros para percebermos vários aspectos da vida de Jesus. Os quatro Evangelhos se completam. Cada um possui suas características próprias e vistos em conjunto nos ajudam a conhecer e seguir Jesus.

O Evangelho segundo São Marcos, por exemplo, quer nos apresentar a pessoa de Jesus. Precisamos conhecê-Lo, pois decidimos segui-Lo. Com o Evangelho de São Mateus, considerado o mais catequético dos quatro, aprendemos ensinamentos de Jesus, pois só é possível segui-Lo se soubermos como escolher o Seu caminho nas situações da vida. O Evangelista São Lucas nos apresenta a universalidade da mensagem de Cristo. É para todos! E somos chamados a anunciar essa mensagem a todos. E, por fim, o Evangelho segundo São João, que possui uma literatura mais simbólica, pois nos propõe a fé nos mistérios de Jesus, que é Deus.

Conhecer Jesus, saber Seus ensinamentos, levar a mensagem de salvação aos outros e experimentar fé nos mistérios divinos, eis alguns dos motivos pelos quais devemos ler e estudar os Evangelhos. Além disso, nos permitir compreender que Jesus é o centro da Sagrada Escritura, e assim ler cada um dos outros livros da Bíblia com suas características próprias e relacionando-os com os demais [livros bíblicos], é um bom caminho para aceitar o convite da Igreja de que nos debrucemos gostosamente sobre o texto sagrado (Dei Verbum), ou seja, sintamos seu sabor, seu gosto na nossa vida.

Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Nas dores de Maria encontramos esperança e direção do céu

As dores de Maria não são de desespero, são de confiança, de esperança de uma mãe que nunca tirou o seu coração de Deus!


“Mulher, este é o teu filho”. Depois disse ao discípulo: ‘Esta é a tua mãe’” (João 19, 26-27).

Na sequência da Festa da Santa Cruz, celebramos Nossa Senhora das Dores, a mãe dolorosa de Jesus, aquela de quem o profeta Simeão profetizou quando Jesus ainda era criança nos seus braços: “Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma” (Lucas 2, 35).

A alma de Maria é transpassada por essa espada por toda a vida. Por causa do seu filho, ela não é compreendida num primeiro momento nem por José; por causa do seu filho, ela precisa fugir para o Egito para que Herodes não mate aquela criança. Ela perde seu filho no templo porque, num primeiro momento, não compreendeu qual era a missão d’Ele [seu filho].

Por causa do seu filho Jesus, ela que tinha n’Ele seu filho único, vai viver sozinha porque, Ele vai cumprir sua missão e José vai para a casa de Deus Pai.

Mas, ela é a mãe dolorosa que está aos pés da cruz vendo seu filho sofrer a pior das humilhações humanas; seu filho que derrama Seu sangue por terra, é açoitado, desprezado, é humilhado.

Que doloroso para uma mãe, seja qual mãe for, ver um filho morrer! A Virgem, Mãe das Dores, é a mãe que consola todas as mães: aflitas, agonizantes, que vivem a saudade dos filhos, que choram a perda de seus filhos; mães que tentam engravidar e não conseguem, mães que buscam luz no céu para criarem seus filhos, mães que não são compreendidas e amadas como deveriam ser pelos filhos.

Maria é mãe companheira, consoladora. É a mãe que soube enfrentar todas as dores que uma mãe enfrenta e transformou suas dores não num inferno, mas, como porta de chegar ao céu! Maria é a mãe que olha para o olhar de cada mãe e diz: ‘Você não está sozinha!’. Maria é a mãe que ajuda cada mãe a carregar seus filhos nos braços; filho criança que chora, que está carente; o filho adolescente com todos os seus problemas e dificuldades; o filho que se perdeu no mundo das drogas; o filho que vive o drama do alcoolismo; o filho que busca soluções para sua vida.

Hoje, convido cada mãe a olhar para a Virgem, Mãe das Dores. As dores de Maria não são de desespero, são de confiança, de esperança de uma mãe que nunca tirou o seu coração de Deus!

Que nossas mães possam, a cada dia, olhar para a Virgem Mãe e não perder a esperança nem a direção do céu!

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Encontro para Crismandos reúne centenas de jovens na Quadra Poliesportiva Dr. Oswaldo Lima Filho, em Bom Jardim

Santa Missa, louvor e dinâmica marcam o primeiro encontro preparatório para Crismandos 2015

Foi na perspectiva de despertar entre a juventude bonjardinense o desejo de comprometer-se com a Igreja e suas inúmeras ações de evangelização, através do Sacramento da Crisma (confirmação do Batismo pelo Espírito Santo), que a Paróquia de Sant’Ana, por meio da Pastoral da Catequese, promoveu na manhã do último domingo (13), na Quadra Poliesportiva Dr. Oswaldo Lima Filho, o primeiro Encontro para Crismandos 2015.


O evento, que contou com Santa Missa, louvor e dinâmica, reuniu jovens de mais de 40 comunidades do setor paroquial, com a proposta de prepará-los para receber um dos três sacramentos da iniciação cristã da Igreja Católica: o Crisma.


Segundo Pe. Elias Roque (Pároco), durante homilia, o Crisma é um momento propício para reacender nos jovens a necessidade de engajar-se no serviço missionário de evangelização desempenhado pela Igreja.

“É necessário que saibamos renunciar toda a superficialidade que o mundo nos oferece. Deixar de depositar a nossa felicidade em objetos e roupas de grifes/marcas famosas, festas e nos demais prazeres que satisfazem o corpo. Só assim, enxergaremos o verdadeiro propósito de Deus para nossa vida. O Crisma, recebido em sua plenitude, nos encoraja e nos fortalece para uma vida de testemunho de amor a Cristo”, destacou o Pároco.


A Confirmação/Crisma é um sacramento em que o fiel recebe através da ação do bispo uma unção com o Crisma (óleo). Trata-se de um rito em que o ministro impõe as mãos sobre os confirmandos, invocado o Espírito Santo, e os unge com óleo. Consiste na confirmação do Batismo pelo Espírito Santo, na qual o fiel crismando é enviado ao mundo para testemunhar o Evangelho de Jesus Cristo em atos e palavras. (Canção Nova)

Em Bom Jardim, o Crisma está previsto para o dia 28 de novembro (sábado). Até lá, outros dois encontros serão promovidos pela Pastoral da Catequese paroquial.

Por Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Evangelho Dominical: Tu és o Cristo!

Jesus e seus discípulos partiram para os povoados de Cesareia de Filipe. No caminho, ele perguntou aos discípulos: “Quem dizem as pessoas que eu sou?”. Eles responderam: “Uns dizem João Batista; outros, Elias; outros ainda, um dos profetas”. Jesus, então, perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Pedro respondeu: “Tu és o Cristo”. E Jesus os advertiu para que não contassem isso a ninguém. E começou a ensinar-lhes que era necessário o Filho do Homem sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, depois de três dias, ressuscitar. Falava isso abertamente. Então, Pedro, chamando-o de lado, começou a censurá-lo. Jesus, porém, voltou-se e, vendo os seus discípulos, repreendeu Pedro, dizendo: “Vai para trás de mim, satanás! Pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!”. Chamou, então, a multidão, juntamente com os discípulos, e disse-lhes: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me!”. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; mas quem perder sua vida por causa de mim e do Evangelho, a salvará. Mc 8,27-35

O seguimento de Cristo é participação na vida do Senhor

Com o trecho de hoje, chegamos ao centro do evangelho segundo Marcos. O segundo evangelho é uma “catequese mistagógica” em cujo centro está a pergunta cristológica por excelência: Quem é Jesus? O pano de fundo da dupla pergunta de Jesus a seus discípulos é a incompreensão e a incredulidade tanto da parte das pessoas, em particular os escribas e os fariseus (cf. Mc 8,11-13), como também dos seus próprios discípulos (cf. Mc 8,14-21). É um momento de crise, entenda-se, de discernimento, de tomada de decisão para que a missão recebida do Pai seja levada a termo. Cesareia de Filipe é um vilarejo ao norte do mar da Galileia, onde nasce o rio Jordão. Havia aí um santuário para culto pagão do deus Pan. Mais tarde, Herodes construiu um templo de mármore branco dedicado a Augusto. É exatamente aí, nesse santuário pagão, que Pedro exprime o reconhecimento de Jesus como Messias, como o verdadeiro e único Salvador. Mas, mesmo reconhecendo o messianismo de Jesus, essa profissão não impedirá os discípulos, representados por Pedro, de se oporem ao modo como esse messianismo é vivido por Jesus, passando, inclusive, pela paixão e pela morte. O reconhecimento e a aceitação do messianismo vivido por Jesus têm consequências para a vida dos discípulos. Certamente, num primeiro momento, como podemos notar, é frustrante para Pedro a consciência de que o Messias que ele tem diante de si não é como esperava. A conversão de sua mentalidade exigirá um longo percurso. O seguimento de Cristo exige entrega total, pois é participação na vida do Senhor. A condição do seguimento diz respeito a todos, multidão e discípulos. Renunciar a si mesmo não é a negação do que se é, nem da própria história; é adesão livre e compromisso de viver a existência no dinamismo da entrega a Deus e aos outros. Renunciar a si mesmo é reconhecer a vida como dom e aceitar a vocação de fazer o outro viver, mesmo quando para isso a própria vida é posta em risco, como o foi para a vida de Jesus. Trata-se, portanto, de não se deixar levar pelo instinto de preservar a própria vida, mas de ser movido pelo sopro de Deus. Renunciar a si mesmo é desejar e optar por viver a vida do Senhor, sem perder a própria identidade; é viver o caminho do Senhor como um caminho para a vida.

Pe. Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Natividade de Nossa Senhora, celebramos o nascimento da Mãe de Jesus

Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, para ser a Mãe de Deus

Hoje é comemorado o dia em que Deus começa a pôr em prática o Seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Esta “casa”, que é Maria, foi construída com sete colunas, que são os dons do Espírito Santo.

Deus dá um passo à frente na atuação do Seu eterno desígnio de amor, por isso, a festa de hoje, foi celebrada com louvores magníficos por muitos Santos Padres. Segundo uma antiga tradição os pais de Maria, Joaquim e Ana, não podiam ter filhos, até que em meio às lágrimas, penitências e orações, alcançaram esta graça de Deus.

De fato, Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, para ser a Mãe de Deus. E por isso comemoramos o dia de sua vinda para este mundo, e não somente o nascimento para o Céu, como é feito com os outros santos.

Sem dúvida, para nós como para todos os patriarcas do Antigo Testamento, o nascimento da Mãe, é razão de júbilo, pois Ela apareceu no mundo: a Aurora que precedeu o Sol da Justiça e Redentor da Humanidade. Nossa Senhora, rogai por nós!

Santo do Dia - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Dia da Pátria

Hoje a nossa Pátribrasila tão sofrida comemora mais uma vez sua Independência de Portugal, desde 1822.

Mas que liberdade é essa que comemoramos?

Ter uma nação livre não é simplesmente podermos fazer o que quisermos, nem somente desfrutar de ir e de vir, ou ainda, de poder escolher o próprio caminho a seguir na vida; é muito mais!

Ter uma nação livre não é apenas não sofrer uma escravidão material, é ser uma nação que não violenta os valores morais ou espirituais que caracterizam a verdadeira civilização. As verdadeiras escravidões, além das  que limitam a liberdade física, como acontece nos regimes totalitários, são também as que impõem aos cidadãos, leis e costumes indignos, que violam a Lei de Deus.

Não pode ser livre uma nação que menospreza a vida e aceita discutir a validade de tudo que a ameaça, como a eutanásia, o aborto, a destruição de embriões, o suicídio assistido, a falta de proteção à vida da criança e do ancião; isso não é liberdade.

Não é livre uma nação que não defenda a família, a base natural e divina da sociedade, o “Santuário da Vida”, como disse o Papa João Paulo II, hoje santo.

Que liberdade pode experimentar os cidadãos onde o Estado não protege a família e a vida?

Em nosso país, ” a vida está jurada de morte”, há como dizze João Paulo II, uma “conspiração contra a vida”. Há uma trama para “desconstruir a família, mediante um trabalho sorrateiro para destruir a maternidade e o o casamento natural.

Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, diz o salmista. Feliz e livre é a nação que é dirigida por leis divinas. Feliz e livre a nação onde Deus não é expulso dela por um laicismo ateu. Feliz e livre é a nação onde a vida é protegida do ventre materno até ao túmulo, naturalmente. Feliz e livre a nação cujos dirigentes são exemplos de justiça, de caráter e de idoneidade moral. Feliz e livre a nação onde gestão estatal visa o “bem comum”, e não os interesses vergonhosos de quem deter o poder. Feliz e livre a nação onde os que exercem o poder em nome de Deus, o usam para o bem dos cidadãos.

Mas também é livre a nação onde as pessoas não aceitam a corrupção, os subornos e propinas para conseguir alcançar seus bens, o que não é moral e nem legal.

Uma nação só será livre de verdade, quando os seus filhos forem libertos dos males do Espírito; e quanto este estiver acima da matéria, do lucro, do prazer e da vanglória.

Uma nação só será livre quando cada um dos seus filhos não aceitar corromper, fraudar ou violentar o seu concidadão.

Uma nação só será livre quando todos os seus filhos se reconhecerem como irmãos, se respeitarem, e rejeitarem toda forma de violência, desprezo e utilitarismo do outro.

Uma nação só será livre quando for constituída por homens e mulheres livres, que quebraram as cadeias do egoísmo, da maldade, da maledicência, da ganância,  e do ódio.

Uma nação será livre quando cada um trabalhar pelo bem da pátria sem pensar apenas em si mesmo.

Uma nação será livre e feliz quando Deus reinar em cada coração; quando Suas leis forem amadas e respeitadas, e Sua sabedoria guiar os destinos da pátria.

Uma nação só poderá ser verdadeiramente livre e feliz quando a sua constituição, sua Carta Magna, mais do que um conjunto de leis e normas, forem os preceitos do Sermão da Montanha impressos no coração de Seu povo.

Que neste dia, possamos voltar nosso coração a Deus, consagrando a ele a nossa Pátria, esse país maravilhoso que Ele fez e que aqui nos permitiu viver. Peçamos ao Senhor que abençoe nosso país, nossos governantes, nossas famílias e todas as pessoas que aqui vivem. Rezemos por nossa Pátria amada e clamemos: Reina, Senhor!

Prof. Felipe Aquino / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 5 de setembro de 2015

Evangelho Dominical: “Efatá!”

Jesus deixou de novo a região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole. Trouxeram-lhe, então, um homem que era surdo e mal podia falar, e pediram que impusesse as mãos sobre ele. Levando-o à parte, longe da multidão, Jesus pôs os dedos nos seus ouvidos, cuspiu, e com a saliva tocou-lhe a língua. Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!” (que quer dizer: “Abre-te”). Imediatamente, os ouvidos do homem se abriram, sua língua soltou-se e ele começou a falar corretamente. Jesus recomendou, com insistência, que não contassem o ocorrido para ninguém. Contudo, quanto mais ele insistia, mais eles o anunciavam. Cheios de grande admiração, diziam: “Tudo ele tem feito bem. Faz os surdos ouvirem e os mudos falarem”. Mc 7,31-37


Jesus revela o rosto misericordioso de Deus

Jesus atravessa as aldeias, passa pela vida de cada um de nós praticando o bem, revelando o rosto misericordioso de Deus, fazendo sentir seu imenso amor e suscitando em cada um a fé na vida. O território é pagão, modo de o texto afirmar o chamado dos gentios à salvação. Apresentam a Jesus um homem surdo e com dificuldade de falar. Um surdo-mudo é incapaz de se comunicar por palavras, por isso, é excluído da vida social. A sua situação é humilhante, uma vez que não compreende o que é dito nem pode responder. O seu mal está na sua surdez: ele é mudo porque é surdo. Algumas pessoas levam o homem até Jesus. Quem são os que conduzem a Jesus o surdo que tinha muita dificuldade em falar, o texto nãos nos diz. No entanto, há de supor que se trate de pessoas que creem no poder de Jesus, pois pedem que o Senhor imponha as mãos sobre ele. Jesus age com discrição, levando o homem à parte, longe da multidão. Jesus não busca o sucesso, nem impressionar. Ele quer somente fazer o bem; e o bem, fruto do seu amor, é silencioso e discreto. Jesus toca os ouvidos do homem com os dedos. Os dedos transmitem o poder (cf. Ex 8,15) que abre os ouvidos (cf. Sl 40[39],7). A propriedade terapêutica da saliva, sobretudo, cicatrizante, já era conhecida na antiguidade. É do céu que vem a ajuda, por isso, Jesus olha para o céu, e o seu “gemido” é expressão da súplica a Deus (cf. Rm 8,26). Os gestos são acompanhados da palavra que liberta: “Abre-te!”. A palavra dá o significado dos gestos. A cura remete o leitor ao advento messiânico em que a realidade é transformada (cf. Is 35,5-6). Agora, o homem pode ouvir e falar corretamente. Jesus pede discrição sobre o acontecido. É o que, em Marcos, se chama o “segredo messiânico”. O enorme espanto que se apossa da multidão a faz dizer algo que evoca o relato da criação (Gn 1,10.12.18.21.31): “todo ele tem feito bem”. Em Jesus Cristo se dá, efetivamente, uma nova criação, pois ele devolve à criatura a possibilidade de reconhecer que Deus fez tudo bem.

Pe. Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Qual o propósito da Bíblia?

A Bíblia não é um livro comum, mas de grandes ensinamentos deixados por Cristo

O fator mais importante –que classifica a Bíblia como o livro mais singular– é a influência que ela tem sobre a vida dos homens. Embora a Sagrada Escritura seja um grande tesouro devido à sua contribuição para a humanidade em literatura, filosofia e história, o maior valor desse livro se encontra na grande influência que exerce sobre as pessoas.


Por meio de suas páginas, o homem se vê exposto à sua verdadeira condição diante de Deus; a Palavra é como uma espada que penetra até os pensamentos e propósitos do homem e o convence de seus pecados diante do Todo-poderoso (cf. Hb 4,12). “Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”.

Santo Agostinho era um homem indisciplinado e libertino em sua juventude, porém, sua mãe orava por ele enquanto ele crescia. Depois de levar uma vida dissoluta por muitos anos, certo dia, com trinta e um anos de idade, ao ler a Bíblia debaixo de uma figueira, chegou ao trecho que diz “Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes, mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e nada disponhais para a carne, no tocante às suas concupiscências” (Rm 13,13-14). Essas palavras o convenceram dos seus pecados e ele se arrependeu diante do Senhor e se tornou um servo de Cristo.

No curso da história, muitas pessoas famosas foram movidas a crer em Cristo e a ler a Sagrada Escritura. O imperador francês Napoleão, após ter sido derrotado e exilado na ilha de Santa Helena, confessou que embora ele e outros grandes líderes tivessem fundado seus impérios com uso da força, Jesus Cristo edificou Seu Reino com amor. E também confessou que embora pudesse reunir seus homens em torno dele em prol de sua própria causa, ele teria de fazê-lo falando-lhes face a face, enquanto, por dezoito séculos [na época], incontáveis homens e mulheres se dispuseram a sacrificar, com alegria, a própria vida por amor a Jesus Cristo, sem tê-Lo visto sequer uma vez.

A razão pela qual muitos se dispuseram a deixar tudo para seguir Cristo e serem martirizados por causa d’Ele, é que eles O viram revelado na Bíblia. Esse Livro Sagrado tem sido a fonte de inspiração para que muitos creiam em Nosso Senhor Jesus Cristo. E embora muitos reis, imperadores e governantes tenham tentado erradicar a Bíblia, nos últimos dois mil anos, a começar pelos imperadores romanos do primeiro século até os governos ateus deste século, nenhum poder sobre a terra tem conseguido abalar a atração do homem por esse Livro Sagrado e pela Pessoa maravilhosa que ele revela. O Cristo revelado na Bíblia continua hoje tão vivo como há dois mil anos.

A Bíblia existe para que possamos compreender, temer, respeitar e amar Deus sobre todas as coisas, assim ela se denomina como a Sagrada Escritura: “E desde a infância conheces as Sagradas Escrituras e sabes que elas têm o condão de te proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (cf. II Tm 3,15-17).

A revelação principal da Bíblia é a vida. “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10,10). Por isso, quando lemos a Bíblia, devemos entrar em contato com o Senhor Jesus, orando para que Ele nos dê revelação da palavra lida.

“Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6,17-18). Orando também para que sejamos capacitados pelo Espírito Santo para viver a Palavra de Deus, e não apenas conhecê-la em nossa mente, pois o simples fato de conhecermos a Bíblia não nos faz cristãos; os judeus cometeram esse erro, pois eles examinavam as Escrituras, mas não conheciam a Pessoa de Cristo. “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim. Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida” (Jo 5,39-40). Isso pode ser mais bem compreendido ao analisarmos o versículo de II Coríntios, 3,6: “O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica”.

Não devemos tomar a Bíblia como um livro comum, apenas para trazer algum conhecimento a nossa mente, mas devemos tomá-la como um livro de vida, contatando o Senhor Jesus por meio da oração, para que Ele nos conceda algo vivo em Sua Palavra, ou seja, algo que traga uma lição prática para o nosso viver no dia a dia, pois a intenção de Deus, revelada na Sagrada Escritura, não é apenas a salvação do nosso espírito, como também a salvação de todo o nosso ser, para que consigamos viver coletivamente na Igreja, que é comparada ao Corpo e à Esposa de Cristo: “O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (I Tm 2,4). “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (I Ts 5,23). “Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo” (I Cor 12,27). “Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou” (Ap 19,7).

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Acolher a Palavra de Deus

Como acolher a Palavra de Deus? Como viver uma vida nova? Estas são questões fundamentais para todos os cristãos, pois a Palavra de Deus se fez carne em Jesus Cristo, para que por Ele tenhamos a vida. Somente em Jesus temos uma vida nova, segundo o Espírito; mas como acolher essa vida em nós?

Jesus nos fala, neste versículo do Evangelho de João (cf. Jo 6, 63), sobre uma realidade fundamental de nossa fé. A Sua Palavra é para nós espírito e vida, porém, não uma vida no sentido da carne, da existência biológica, mas a vida segundo o Espírito. Existe um dinamismo para que a Palavra de Deus realize a Sua obra em nós. Esta se realiza segundo o dom do Espírito Santo, que é concedido pelo Pai aos que creem. Temos de acolher os textos bíblicos com o dom da fé que já foi infundido em nós pelo Senhor, para nos encontrar com Cristo, Palavra eterna do Pai.

Tal dinamismo da ação divina aconteceu de forma única na anunciação da encarnação do Verbo, quando o Anjo apareceu a Virgem Maria e lhe revelou o desígnio divino a seu respeito. Ele anunciou que ela seria Mãe do Filho de Deus e que Ele se chamaria Jesus (cf. Lc 1,31-32). Nossa Senhora tinha fé, mas não compreendeu completamente o anúncio do Anjo. Mesmo assim, ela acolheu o desígnio salvífico do Senhor para si, mas também para toda a humanidade. Quando ela acolheu a Palavra, o Verbo de Deus, o Pai enviou o Seu Espírito e esse Verbo se faz carne no ventre de Maria.

O primeiro passo para acolher a Palavra é acreditar, ter fé e acolher o desígnio de Deus a nosso respeito. Ainda que não saibamos como serão todas as coisas, assim como aconteceu com a Virgem Maria, acolhamos Jesus Cristo em nossas vidas. Quando O acolhemos, o Espírito nos dá a vida; não segundo a carne, mas a vida segundo o Espírito. Essa é a vida do próprio Cristo, que é gerada em nós, no ventre de Maria, pela ação do Espírito Santo.

O segundo passo é este que acabamos de mencionar, ou seja, acolher Nossa Senhora em nossas vidas. Foi Maria quem gerou o Verbo de Deus e é ela quem vai gerar a Palavra em nós. É a Virgem Maria, pela ação do Espírito Santo, quem vai gerar a carne de Jesus Cristo em nós. Esta é a vida que o Pai quer nos dar, a vida de Seu Filho Jesus Cristo, que se realiza em nós pelo Espírito Santo.

A Palavra de Deus se realiza em nós do mesmo modo que aconteceu na Encarnação de Jesus, ou seja, no ventre da Virgem Maria. Por isso, nos unamos a Nossa Senhora em oração, como os discípulos e apóstolos de Jesus depois da Sua Ascensão (cf. At 1,14), para que aconteça um novo Pentecostes em nossas vidas (cf. At 2,1-13). Foi a partir do Pentecostes que a Palavra recebida pelos apóstolos e discípulos tornou-se vida e, pela força do Espírito Santo, eles puderam anunciar, com intrepidez, a Boa Nova da salvação em Jesus Cristo.

Espiritualidade - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/