quinta-feira, 30 de julho de 2015

Posso usar uma figa?

“É no Senhor que confia quem O teme: Ele é seu auxilio e o seu escudo.” (Sl 155, 11)

Quantas vezes podemos ver pessoas e mais pessoas carregando uma figa junto ao seu corpo. Seja por meio de um colar, pulseiras, brincos, bijuterias e etc…. Existem famílias que é costume dar uma figa quando um bebê nasce, e não sei de onde surgiu tal costume, mas de fato muitas vezes vejo bebês utilizando este tipo de objeto.

Para quem ainda talvez não saiba sobre o que eu estou falando, estou falando deste símbolo na qual se é representado por uma mão, e que o dedo polegar é colocado entre o dedo indicador e o dedo médio; como vocês podem ver na Imagem ao lado.

A origem da figa vem do povo Europeu, mais precisamente do povo Italiano, na qual se explica que a figa já há muitos séculos era utilizada como um amuleto. Para eles a figa era uma forma de representar o ato sexual, e ainda representava e se fazia da figa uma associação à FERTILIDADE e ao EROTISMO.

Como para os povos mais antigos existia também um tipo de mentalidade na qual ensinavam que mulheres que não tivessem filhos eram amaldiçoadas por Deus, geralmente as mulheres se utilizavam da figa, que era um modo de espantar qualquer tipo de mal e desgraça sobre a sua fertilidade.

Existe ainda historias ou lendas, não se sabe se isso era um costume que os povos antigos realmente adotaram, que era usar a figa como um símbolo de EROTISMO para que de alguma forma o Mal fosse distraído pela figa e a imagem obscena que a mesma transmitia; sendo assim o Mal não investiria sobre a fertilidade da pessoa que estava usando a figa.

A verdade é que com o passar do tempo, a figa e o seu significado foram sendo distorcidos, e a figa se tornou então uma espécie de amuleto para espantar o mau olhado, para espantar olho gordo, inveja, espantar o azar e trazer todo o tipo de sorte.

Concluindo: A Figa é usada hoje como um objeto de superstição!

E qual é o ensinamento que a Igreja Católica Apostólica Romana através do Catecismo nos ensina sobre a Superstição?

Vamos então ao numero 2111 do Catecismo:

“A superstição é um desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Também pode afetar o culto que prestamos ao verdadeiro Deus: por exemplo, quando atribuímos uma importância de algum modo mágica a certas práticas, aliás legítimas ou necessárias. Atribuir só à materialidade das orações ou aos sinais sacramentais a respectiva eficácia, independentemente das disposições interiores que exigem, é cair na superstição.”.

Estamos colocando num objeto uma importância, um poder que não é real! Estamos confiando naquele objeto, que é o objeto em si que contem a força e o poder para realizar algo em meu favor!

A superstição é pecado, pois não atribuímos à Deus o bem que Ele nos oferece, a proteção e a graça, mas colocamos num objeto a nossa crença! Nos desviamos e podemos chegar a pecar gravemente contra Deus quando O excluímos da nossa vida porque estes objetos “pode me dar” o que eu preciso!

Para aqueles que já foram também em terreiros de Candomblé, a determinados centros espiritas, casas de Umbanda, puderam notar que existe também grandes figas postas sobre estes lugares, e também são utilizadas como proteção do local. Existem pais de santo que dão uma figa para quem os procura pedindo ajuda, para que a mesma tenha o que eles chamam de “Corpo Fechado“. Significa que a pessoa que utiliza a figa, terá de determinada entidade que foi ligada a figa a proteção de todo o seu corpo, que nada poderá atingi-lá.

Pode então um verdadeiro cristão utilizar figa?

Claro que não! Não convém, não diz daquilo que cremos, não condiz com a nossa fé!

O que fazer com a figa que tenho?

Sem duvida nenhuma jogar fora! Não dê para ninguém! Se você não quer algo que não é bom para você, também não dê a mais ninguém! E se você tiver uma figa que é de ouro e por isso não quer joga – lá no lixo, então que ao menos derreta e faça um crucifixo para substitui – lá, peça para um sacerdote abençoa – lá, vai condizer mais com sua fé!

A nossa proteção esta em Deus, esta é a nossa fé! Foi por isso que iniciei este artigo com este versículo do Salmo: “É no Senhor que confia quem O teme: Ele é seu auxilio e o seu escudo.” (Sl 155, 11)

Danilo Gesualdo - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

domingo, 26 de julho de 2015

Sant'Ana e São Joaquim, pais de Nossa Senhora

Com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant’Ana. Em hebraico, Ana exprime “graça” e Joaquim equivale a “Javé prepara ou fortalece”.


Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant’Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora. Sant’Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.

O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant’Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça. A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José.

A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI. São Joaquim e Sant’Ana, rogai por nós!

Santo do Dia - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 25 de julho de 2015

Os “Cantores de Deus” se apresentam neste domingo (26), no Pátio de Eventos João Salvino Barbosa, encerrando a Festa da Excelsa Padroeira de Bom Jardim

De volta a Pernambuco, três das grandes vozes da música católica nacional estarão em Bom Jardim, encerrando a Festa da Excelsa Padroeira Sant’Ana

O município de Bom Jardim, no Agreste pernambucano, está vivenciando os louvores em honra de sua excelsa padroeira, a Senhora Sant’Ana, com novena, missas e procissões, no período de 17 a 26 de julho do ano em curso.


Os tradicionais festejos são realizados há mais de dois séculos, reunindo fiéis da localidade e de toda região, para render louvores a Deus por intermédio dos avós terrenos de Jesus, Sant’Ana e São Joaquim.

Com o tema “A Vocação e a Missão da Família na Igreja, no Mundo Contemporâneo”, o novenário terá conclusão neste domingo (26), com Missa Solene na Igreja Matriz de Sant'Ana às 09h00, segunda Missa às 16h00 (seguida de procissão percorrendo as principais ruas da cidade) e show com o grupo “Cantores de Deus”, às 20h00, no Pátio de Eventos João Salvino Barbosa.

Os “Cantores de Deus”, grupo católico formado por Andréia Zanardi, Dalva Tenório e Karla Fioravante, colecionam apresentações por todo o Brasil e exterior, tendo 18 anos de história, 9 CDs gravados, 1 DVD ao vivo, 2 prêmios como melhor grupo vocal católico no “Troféu Louvemos o Senhor” (TV Século 21), melhor DVD de 2011 do seguimento e indicação ao Grammy Latino como melhor álbum cristão (CD Mulheres - Ao Vivo).

Com uma história sólida na música católica, o grupo retornará a Pernambuco, precisamente no município de Bom Jardim (a 110 km do Recife), para a alegria dos fãs de todo o Nordeste.

Por Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Evangelho Dominical: A multiplicação dos pães

Depois disso, Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, ou seja, de Tiberíades. Uma grande multidão o seguia, vendo os sinais que ele fazia a favor dos doentes. Jesus subiu a montanha e sentou-se lá com os seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Levantando os olhos e vendo uma grande multidão que vinha a ele, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que estes possam comer?”. Disse isso para testar Filipe, pois ele sabia muito bem o que ia fazer. Filipe respondeu: “Nem duzentos denários de pão bastariam para dar um pouquinho a cada um”. Um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse: “Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas, que é isso para tanta gente?”. Jesus disse: “Fazei as pessoas sentar-se”. Naquele lugar havia muita relva, e lá se sentaram os homens em número de aproximadamente cinco mil. Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. Depois que se fartaram, disse aos discípulos: “Juntai os pedaços que sobraram, para que nada se perca!”. Eles juntaram e encheram doze cestos, com os pedaços que sobraram dos cinco pães de cevada que comeram. À vista do sinal que Jesus tinha realizado, as pessoas exclamavam: “Este é verdadeiramente o profeta, aquele que deve vir ao mundo”. Quando Jesus percebeu que queriam levá-lo para proclamá-lo rei, novamente se retirou sozinho para a montanha. Jo 6,1-15

Jesus é atento às necessidades da multidão

O relato da multiplicação dos pães precede o longo discurso do “pão da vida” (Jo 6,35-58). Encontramos esse relato também na tradição sinótica (Mt 14,13-21; Mc 6,30-44; Lc 9,10-17). A multidão é atraída a Jesus pelos sinais que realiza em favor dos doentes. Para o evangelista, o que Jesus pratica em favor dos enfermos é “sinal”, mas a multidão não se dá conta disso. Basta nos remetermos à crítica que Jesus faz aos que o procuram, depois do acontecimento dos pães (cf. Jo 6,26). Por sua própria natureza o sinal é ambíguo; precisa ser compreendido e discernido para que remeta a pessoa à realidade para a qual ele aponta. Os sinais que Jesus realiza fazem os que creem entrar no mistério de Deus e do seu desígnio de salvação. A evocação da Páscoa dos judeus (v. 4) é importante, uma vez que ela nos faz ler e compreender o relato à luz da Páscoa de Jesus Cristo, em que Deus selou uma Aliança definitiva com o seu povo. Jesus é atento às necessidades da multidão que vem a ele, por isso, toma a iniciativa de perguntar a Filipe onde comprar pães para alimentá-la (vv. 5-6). Para Filipe não há saída, pois seria necessária uma quantia significativa de dinheiro para que cada um comesse ao menos um pouco. Intervém outro discípulo, André, dizendo que há um menino com cinco pães e dois peixes. Mas ele mesmo se encarrega de observar que isso não é nada para tanta gente. Contudo, Jesus toma a iniciativa: depois de fazer com que se assentassem na relva, ele dá graças e distribui os pães de cevada e os peixes, até ficarem saciados. Sobraram doze cestos, o que mostra a importância do sinal realizado por Jesus. Ele manifesta o seu amor para conosco dando-nos a abundância da sua graça. Diante do acontecido, a multidão exclama que Jesus é o profeta prometido. Jesus se distancia da multidão porque querem pegá-lo para fazê-lo rei, e recusa-se a identificar o seu messianismo com um projeto puramente humano e político. Trata-se de uma verdadeira tentação à qual o Senhor não cede. Lido à luz da Páscoa do Senhor, o relato põe implicitamente para o leitor outra questão: Qual é o verdadeiro alimento do povo que o Cristo atrai e reúne? A resposta será exaustivamente explicitada no longo discurso do pão da vida.

Pe. Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Cantores de Deus: Conheça a trajetória musical do grupo católico, conhecido em todo o Brasil, que encerrará a Festa da Excelsa Padroeira Sant’Ana

São 18 anos de história, 9 CDs gravados, 1 DVD ao vivo e centenas de viagens por todo o Brasil e fora!


O grupo Cantores de Deus nasceu do desejo do Pe. Zezinho, scj, de criar um grupo vocal que o acompanhasse em suas viagens. O grupo inicialmente era integrado por Luan, Vanessa, Suely Ferreira, Dalva Tenório e Karla Fioravante. Com essa formação o grupo gravou os CDs Em verso e em canção (1997), En verso y en Canción (1998), Iguais (2000) e De olho no mundo (2002). No ano de 2003, Luan e Vanessa mudaram-se para os EUA, deixando de integrar o grupo. No mesmo ano, entrou o Robson Jr, e em 2004, com a saída de Suely, veio a somar ao grupo a Andréia Zanardi. Com a nova formação, o grupo gravou o CD Nas ruas do país (2004).

Durante o ano de 2000 a 2002, o grupo apresentou o programa de TV Palavras que não passam na Rede Vida de Televisão, Juntamente com o Pe. Zezinho, scj. Pouco tempo depois o CDD ganhou seu próprio programa de TV, o Universo em Canção, também exibido pela Rede Vida.

Com o lançamento do CD “Nas ruas do país” na nova formação, agora com Karla Fioravante, Dalva Tenório, Andréia Zanardi e Robson Jr, o grupo recebe de sua gravadora, Paulinas Comep, o disco de ouro duplo, pela vendagem dos CDs: Em verso e em canção e Iguais. Em dezembro de 2006, Robson Jr. vem a falecer, e então, mesmo com tantas mudanças, o grupo Cantores de Deus decide continuar. Em 2007, em comemoração aos 10 anos de evangelização do grupo, é lançado o CD Nossa História que conta com a participação dos ex-integrantes e regravações de músicas desde o primeiro CD com novos arranjos e uma nova roupagem. Neste mesmo ano, o grupo participa da visita do Papa Bento XVI ao Brasil, bem como a missa de canonização de Frei Galvão.

Em Agosto de 2009, lança o CD Mulheres, o sétimo da carreira, retratando a nova fase do grupo com as três integrantes: Karla, Dalva e Andréia.

Em Dezembro de 2011, é lançado o DVD Mulheres ao vivo, que firma a nova identidade do grupo e no início de 2012, o CD Mulheres ao vivo.

O DVD Mulheres tem uma seleção de músicas que marcaram os 15 anos de história do grupo, além de duas canções inéditas. Participaram desse momento os amigos da música católica: Pe Zezinho,scj, Ziza Fernandes, Suely Façanha, Walmir Alencar, Eliana Ribeiro além de Oswaldinho do Acordeon.

Além de dois prêmios como melhor grupo vocal católico no “Troféu Louvemos o Senhor” realizado pela TV Século 21, em 2012 o Grupo Cantores de Deus recebe o troféu como melhor DVD de 2011 e também a indicação ao Grammy Latino como melhor álbum cristão, com o CD Mulheres ao vivo.

Em 2011 o grupo teve a honra de participar da JMJ em Madrid com o Papa Bento XVI e em 2013, no Rio de Janeiro com o Papa Francisco.

Com uma história sólida na música católica, em 2015 lança o CD inédito intitulado Mulheres em foco, força e fé.

Os Cantores de Deus continuam fazendo história e firmes no desejo de transformar corações pela música que evangeliza. Que essa canção alcance cada dia mais!

Cantores de Deus / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Família, lugar da bênção de Deus

Família é lugar de acolher essa bênção e de multiplicá-la

Esta é uma das mais fundamentais verdades da fé cristã: a família é o privilegiado lugar escolhido por Deus, para aí derramar a sua bênção.


Muito acima do sentido humano de proteção e convivência, ou seja, o papel sociológico, a família é um lugar teológico. É o lugar onde Deus se revela; é lugar onde se revela Deus. Nela, o ser humano aprende a crescer segundo o projeto de Deus. É lugar de humanização divina.

O ser humano aprende a ser humano dentro da família. Jesus crescia em estatura, em sabedoria e em graça diante de Deus e dos homens (cf. Lucas 2:25). Interessante esta anotação, pois para esse crescimento integral o próprio Jesus precisou de uma família humana. A bênção divina sobre a família não é somente uma questão espiritual, envolve também o físico e o psíquico. Ninguém é humanamente equilibrado sem alimentar essa tríplice dimensão da existência humana.

O ser humano aprende a ser humano dentro da família. Graça significa o alimento do espírito. O ser humano é físico, psíquico e espiritual. Contudo, lamentavelmente, muitas famílias se preocupam bastante apenas com a dimensão física – uma ótima casa, conforto, estudo, roupas –, mas se esquecem das outras duas dimensões. Infelizmente, a família não está sendo o lugar dessa bênção de Deus para a afetividade das pessoas.

Família deve ser o lugar onde a gente aprende a amar. Se a família é a mais perfeita semelhança de Deus, – que é amor e cria ser humano por amor e para o amor, e o cria família – ela tem de ser o lugar onde aprendemos a exercer o amor.

Para ser lugar da bênção de Deus, muitas vezes, não se precisa de muita coisa. Pequenos detalhes fazem um grande amor. Um grande amor não é feito de grandes coisas, não. Grandes coisas qualquer pessoa faz, tanto para o bem, quanto para o mal, se ela estiver no desespero. Agora, fazer a cada dia pequenas coisas de modo extraordinariamente maravilhoso, só quem tem o Espírito Santo de Deus; do contrário, não consegue. E aí está a santidade. Esse é o segredo.

Ser uma família cristã no meio do mundo é muito mais do que se dizer católico ou frequentar determinadas práticas religiosas. Ser cristão é adequar nossa vida ao projeto de Deus, ensinado e vivido por Jesus Cristo. Ser cristão é imitar Jesus, especialmente em sua constante luta por permitir que Deus reinasse neste mundo. Uma família cristã é o espaço privilegiado para se gestar e praticar esse projeto. O casal cristão procura, a dois, realizar esse projeto de vida, e depois com todos os seus familiares e nos seus relacionamentos. É uma união de carismas e de dons para se alcançar uma meta comum.

Sendo uma realidade dinâmica, o matrimônio está aberto à construção e também às feridas que machucam e atrapalham o crescimento da vida familiar. Algumas situações acabam sendo grandes possibilidades de ruptura, mas também podem se transformar em momentos de graça e de vida plena. É preciso aprender a construir a restauração da família.

Texto extraído do livro “Famílias restauradas” de padre Léo - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

domingo, 19 de julho de 2015

Jesus encheu-se de compaixão

Os apóstolos se reuniram junto de Jesus e lhe contaram tudo o que tinham feito e ensinado. Ele disse-lhes: “Vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco!”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo, que não tinham nem tempo para comer. Foram, então, de barco, para um lugar deserto, a sós. Muitos os viram partir e perceberam a intenção; saíram então de todas as cidades e, a pé, correram à frente e chegaram lá antes deles. Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão e encheu-se de compaixão por eles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas. Mc 6,30-34

A compaixão abre o coração

O profeta Jeremias exerceu o seu ministério no século VI a.C., numa época particularmente difícil da história de Israel, em que Jerusalém foi sitiada, o Templo destruído e uma pequena parte da população de Judá exilada na Babilônia. O texto de Jeremias deste domingo é uma dura crítica de Deus aos pastores do seu povo, porque dispersaram e abandonaram o rebanho. Deus promete reunir ele mesmo o resto de suas ovelhas dos lugares para onde foram dispersas e, em seguida, dar a elas pastores que cuidem delas e as protejam. O oráculo de Jeremias faz referência a um sucessor de Davi que será um pastor justo e sábio e será chamado “Senhor, nossa justiça”. Esse oráculo se cumpre plenamente em Jesus, o Bom Pastor que ama as suas ovelhas a ponto de dar a vida por elas. O trecho do evangelho narra a volta dos Doze da missão para a qual foram enviados (cf. Mc 6,6b-12). A indeterminação do período de duração da missão parece querer fazer o leitor compreender que a missão se estende para além de qualquer circunscrição histórica. Depois da partilha (v. 30), os discípulos são convidados por Jesus a um lugar distante para descansar. O “descanso” é o que permite ver que é Deus quem está na origem de todo o bem feito. O descanso é dado para recordar o quanto o Senhor fez por seu povo. A proposta não pôde ser levada a termo em razão do grande número de pessoas que procuravam Jesus (cf. tb. Mc 3,20) e do sentimento que move Jesus na realização de sua missão: a “compaixão” (v. 34). A compaixão é um sentimento divino que faz agir em favor das pessoas, socorrendo-as em suas necessidades; não se confunde com a simples pena ou dó, mas abre o coração para que a pessoa ofereça o melhor de si mesma em favor dos demais. O abandono do povo por aqueles que deviam cuidar dele qual pastor cuida do seu rebanho é a causa da compaixão de Jesus (cf. v. 34; ver: Nm 27,17; 1Rs 22,17). O seu ensinamento orienta e congrega. Nosso texto serve de introdução ao relato da “multiplicação dos pães” (vv. 35-44).

Pe. Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Convite

A família é a Igreja doméstica onde aprendemos, desde cedo, os valores cristãos. Porém, num mundo marcado por tantas crises e turbulências, a família, nos últimos tempos, vem sofrendo muitos abalos. Por isso, somos chamados a reavivar a chama do amor e da esperança, não permitindo que a família seja sufocada pelos falsos valores impostos por uma sociedade incrédula. Assim sendo, em comunhão com toda a Igreja que celebrará o Sínodo sobre a família, vamos refletir dentro dos festejos celebrativos a nossa excelsa padroeira Sant’Ana, o tema: “A Vocação e a Missão da Família na Igreja, no Mundo Contemporâneo”, Que, ao término desta, possamos dizer: “Eu e a minha família serviremos ao Senhor” (Josué 24,15). Com fé, alegria e entusiasmo, tenham todos uma boa festa.


Pe. Elias Roque – Pároco
Pe. Jorge Sousa – Vigário Paroquial

Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Nossa Senhora do Carmo

Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor à Virgem Mãe de Deus: é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o cardeal Piazza: “O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual”.

Carmelo (em hebraico, “carmo” significa vinha; e “elo” significa senhor; portanto, “Vinha do Senhor”): este nome nos aponta para a famosa montanha que fica na Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi pré-figurada pelo primeiro numa pequena nuvem (cf. I Rs 18,20-45).

Estes profetas foram “participantes” da Obra Carmelita, que só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos, chegaram fugidos na Europa e elegeram São Simão Stock como seu superior geral; este, por sua vez, estava no dia 16 de julho intercedendo com o Terço, quando Nossa Senhora apareceu com um escapulário na mão e disse-lhe: “Recebe, meu filho, este escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno”.

Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII chegou a escrever: “Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo – e ainda – escapulário não é ‘carta-branca’ para pecar; é uma ‘lembrança’ para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte”.

Neste dia de Nossa Senhora do Carmo, não há como não falar da história dos Carmelitas e do escapulário, pois onde estão os filhos aí está a amorosa Mãe. Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

Santo do Dia - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

terça-feira, 14 de julho de 2015

Qual o verdadeiro significado do escapulário?

Muitas pessoas utilizam o escapulário por modismo ou simplesmente porque outros o usam, mas qual é o verdadeiro significado dele?

Muitas pessoas usam o escapulário ou outros objetos de devoção sem saber o seu verdadeiro significado, pior ainda quando o usam como um amuleto, algo mágico que “dá sorte”, que livra de “mau olhado” ou coisa semelhante. Como se o verdadeiro sentido não viesse do coração daquele que usa tal objeto, o qual, conhecendo o seu verdadeiro significado, o usa para sinalizar algo que está em seu íntimo, em sua fé, em seus propósitos e em sua conversão. Muitos usam cruzes, medalhinhas, terços e vários escapulários de Nossa Senhora do Carmo como modismo, porque todo mundo está usando ou aquele artista usou na novela. Mas qual o verdadeiro significado do escapulário?

O escapulário ou bentinho do Carmo é um sinal externo de devoção mariana, que consiste na consagração a Santíssima Virgem Maria, por meio da inscrição na Ordem Carmelita, na esperança de sua proteção maternal. O escapulário do Carmo é um sacramental. No dizer do Vaticano II, “um sinal sagrado, segundo o modelo dos sacramentos, por intermédio do qual significam efeitos, sobretudo espirituais, que se obtêm pela intercessão da Igreja”. (SC 60)

“A devoção do escapulário do Carmo fez descer sobre o mundo copiosa chuva de graças espirituais e temporais”. (Pio XII, 6/8/50).

A devoção ao escapulário de Nossa Senhora do Carmo teve início com a visão de São Simão Stock. Segundo a tradição, a Ordem do Carmo atravessava uma fase difícil entre os anos 1230-1250. Recém-chegada à Europa como nômade, expulsa pelos muçulmanos do Monte Carmelo, a Ordem atravessava um período crítico. Os frades carmelitas encontravam forte resistência de outras ordens religiosas para sua inserção. Eram hostilizados e até satirizados por sua maneira de se vestir. O futuro dos carmelitas era dirigido por Simão Stock, homem de fé e grande devoto de Nossa Senhora.

O escapulário era um avental usado pelos monges durante o trabalho para não sujar a túnica. Colocado sobre as escápulas (ombros), o escapulário é uma peça do hábito que ainda hoje todo carmelita usa. Com o tempo, estabeleceu-se um escapulário reduzido para ser dado aos fiéis leigos. Dessa forma, quem o usasse poderia participar da espiritualidade do Carmelo e das grandes graças que a ele estão ligadas; entre outras o privilégio sabatino. Em sua bula chamada Sabatina, o Papa João XXII afirma que aqueles que usarem o escapulário serão depressa libertados das penas do purgatório no sábado que se seguir a sua morte. As vantagens do privilégio sabatino foram ainda confirmadas pela Sagrada Congregação das Indulgências, em 14 de julho de 1908.

O escapulário é feito de dois quadradinhos de tecido marrom unidos por cordões, tendo de um lado a imagem de Nossa Senhora do Carmo, e de outro o Coração de Jesus, ou o brasão da Ordem do Carmo. É uma miniatura do hábito carmelita, por isso é uma veste. Quem se reveste do escapulário passa a fazer parte da família carmelita e se consagra a Nossa Senhora. Assim, o escapulário é um sinal visível da nossa aliança com Maria. É importante destacar algumas atitudes que devem ser assumidas por quem se reveste desse sinal mariano:

• Colocar Deus em primeiro lugar na sua vida e buscar sempre realizar a vontade d’Ele.
• Escutar a Palavra de Deus na Bíblia e praticá-la na vida.
• Buscar a comunhão com Deus por meio da oração, que é um diálogo íntimo que temos com Aquele que nos ama.
• Abrir-se ao sofrimento do próximo, solidarizando-se com ele em suas necessidades, procurando solucioná-las.
• Participar com frequência dos sacramentos da Igreja, da Eucaristia e da confissão, para poder aprofundar o mistério de Cristo em sua vida.

Padre Luizinho - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

domingo, 12 de julho de 2015

Evangelho Dominical: O envio dos Doze

Ele chamou os Doze, começou a enviá-los dois a dois e deu-lhes poder sobre os espíritos impuros. Mandou que não levassem nada pelo caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro à cintura, mas que calçassem sandálias e não usassem duas túnicas. Dizia-lhes ainda: “Quando entrardes numa casa, permanecei ali até a vossa partida. Se em algum lugar não vos receberem, nem vos escutarem, saí de lá e sacudi a poeira dos vossos pés, para que sirva de testemunho contra eles”. Eles então saíram para proclamar que o povo se convertesse. Expulsavam muitos demônios, ungiam com óleo numerosos doentes e os curavam. Mc 6,7-13


A disponibilidade para a missão

O tema central da liturgia deste domingo é a missão. No evangelho, Jesus, pela primeira vez, envia os Doze em missão; o trecho do livro de Amós fala da resistência que o profeta enfrenta no seu ministério junto ao santuário de Betel. Quando do chamado dos Doze sobre o monte (Mc 3,13-19), o autor do evangelho já informou ao ouvinte e ao leitor que a vocação dos discípulos tem duplo aspecto: união a Jesus e disponibilidade para serem enviados em missão. O texto do evangelho de hoje é o relato do envio em missão dos Doze. A iniciativa de enviá-los é de Jesus. Em todo o Antigo Testamento não encontramos episódio comparável a este. Não há nenhuma notícia de que, por exemplo, um profeta tenha escolhido um grupo de discípulos para enviá-los em missão. A pregação deles, como a de Jesus (cf. Mc 1,15) e a de João Batista (cf. Mc 1,4), é um apelo à conversão. Há uma longa tradição bíblica que perpassa, de algum modo, todos os textos da Escritura que interpelam o povo a uma profunda e verdadeira conversão, condição para viver fielmente a Aliança e reconhecer o tempo da visita salvífica de Deus em Jesus Cristo. Sem conversão, sem um coração aberto, não é possível receber como Boa-Notícia a mensagem do evangelho, tampouco os frutos da graça que Deus nos concede por meio de Jesus Cristo. O poder que eles recebem é o poder do Senhor (cf. Mc 1,21-28); poder de fazer o bem, de amar as pessoas que irão encontrar pelo caminho. Nas recomendações para a missão estão as exigências que associam os discípulos a Jesus e os identificam com ele: para a missão devem levar somente o estritamente necessário para não impedir a mobilidade e a disponibilidade: cajado e sandálias, instrumentos de viagem (cf. Ex 12,11); é necessário desapego, pois a confiança não pode estar nos meios, mas no próprio Senhor que os envia. O desapego total é fundamental, pois uma pessoa apegada aos próprios interesses não pode ser testemunha e mensageira do amor de Deus. Dito de outra maneira, as pessoas devem ver realizado nos discípulos o que eles anunciam. O relato tem um forte apelo eclesial: a missão da Igreja está fundamentada num mandato do Senhor. A missão não é feita somente de êxitos; é preciso contar com o fracasso e a rejeição. Desde a época profética, os mensageiros de Deus não eram bem acolhidos, como foi o caso de Amós, no santuário de Betel. Seja como for, a alegria, a confiança em Deus, o amor às pessoas devem sustentar a vida do missionário.

Pe. Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 11 de julho de 2015

São Bento, vida de oração e meditação

Abade vem de “Abbá”, que significa pai, e isto o santo de hoje bem soube ser do monaquismo ocidental. São Bento nasceu em Núrcia, próximo de Roma, em 480, numa nobre família que o enviou para estudar na Cidade Eterna, no período de decadência do Império.


Diante da decadência – também moral e espiritual – o jovem Bento abandonou todos os projetos humanos para se retirar nas montanhas da Úmbria, onde dedicou-se à vida de oração, meditação e aos diversos exercícios para a santidade. Depois de três anos numa retirada gruta, passou a atrair outros que se tornaram discípulos de Cristo pelos passos traçados por ele, que buscou nas Regras de São Pacômio e de São Basílio uma maneira ocidental e romana de vida monástica. Foi assim que nasceu o famoso mosteiro de Monte Cassino.

A Regra Beneditina, devido a sua eficácia de inspiração que formava cristãos santos por meio do seguimento dos ensinamentos de Jesus e da prática dos Mandamentos e conselhos evangélicos, logo encantou e dominou a Europa, principalmente com a máxima “Ora et labora”. Para São Bento a vida comunitária facilitaria a vivência da Regra, pois dela depende o total equilíbrio psicológico; desta maneira os inúmeros mosteiros, que enriqueceram o Cristianismo no Ocidente, tornaram-se faróis de evangelização, ciência, escolas de agricultura, entre outras, isso até mesmo depois de São Bento ter entrado no céu com 67 anos. São Bento, rogai por nós!

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quarta-feira, 8 de julho de 2015

Deus é misericordioso

Em 1933, Deus ofereceu à Irmã Faustina uma impressionante visão de Sua Misericórdia. A Irmã nos conta:

‘Vi uma grande luz, e nela Deus Pai. Entre esta luz e a Terra vi Jesus pregado na Cruz de tal maneira que Deus, querendo olhar para a Terra, tinha que olhar através das chagas de Jesus. E compreendi que somente por causa de Jesus Deus está abençoando a Terra.’

Jesus disse à Santa Irmã Faustina:

‘Às três horas da tarde implora à Minha Misericórdia, especialmente pelos pecadores, e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Esta é a hora de grande Misericórdia para o mundo inteiro. Permitirei que penetres na Minha tristeza mortal. Nessa hora nada negarei à alma que Me pedir em nome da Minha Paixão.' (Diário no. 1320)

‘Lembro-te, Minha filha, que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-a e glorificando-a. Invoca a sua onipotência em favor do mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque nesse momento ela está largamente aberta para cada alma. Nessa hora, conseguirás tudo para ti e para os outros. Naquela hora, o mundo inteiro recebeu uma grande graça: a Misericórdia venceu a Justiça. Procura rezar nessa hora a Via-Sacra, na medida em que te permitirem os teus deveres, e se não puderes rezar a Via-Sacra, entra ao menos por um momento na capela, e adora a meu Coração, que está cheio de Misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes ir à capela, recolhe-te em oração onde estiveres, ainda que seja por um breve momento.' (Diário, no. 1572)

São poucas as almas que contemplam a Minha Paixão com um verdadeiro afeto. Concedo as graças mais abundantes às almas que meditam piedosamente sobre a Minha Paixão.’ (Diário, no. 737)

Uma invocação que se pode dizer às três horas da tarde é:

‘Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de Misericórdia para nós, eu confio em Vós.'(Diário no. 187)

Jesus estabeleceu três condições indispensáveis para atender às orações feitas na Hora da Misericórdia:
– a oração deve ser dirigida a Jesus;
– deve ter lugar às três horas da tarde;
– deve apelar ao valor e aos méritos da Paixão do Senhor.

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segunda-feira, 6 de julho de 2015

A misericórdia de Deus é infinita

No diário de Santa Faustina encontramos a seguinte passagem de um dos seus diálogos com Jesus Misericordioso: ‘Coloquem a esperança na Minha misericórdia os maiores pecadores. Eles tem mais direitos do que os outros à confiança na Minha misericórdia. Minha filha, escreve sobre a minha misericórdia para as almas atribuladas. Causam-Me prazer as almas que recorrem à minha misericórdia. A estas almas concedo graças que excedem os seus pedidos. Não posso castigar, mesmo o maior dos pecadores, se ele recorre a minha compaixão, mas justifico-o na Minha insondável e inescrutável misericórdia. Escreve: Antes de vir como justo juiz, abro de par em par as portas da Minha misericórdia. Quem não quiser passar pela porta de misericórdia, terá que passar pela porta da Minha justiça…‘ ( D. 1146).


Quanta bondade do coração de Jesus para conosco! Mesmo que sejamos pecadores, e principalmente se somos muito pecadores, Jesus vem ao nosso encontro e nos convida a entrarmos na fonte de sua misericórdia, ou seja, a nos aproximarmos Dele com confiança pelo sacramento da confissão e da Eucaristia.

Não há pecado que seja capaz de afastar de nós o amor e a misericórdia de Deus, ao contrário, quanto mais pecadores, mais a misericórdia nos persegue porque deseja nos ver limpos e puros de toda mácula e muito perto Dele pela santidade.

O que você está esperando para se lançar nos braços de Jesus misericordioso? Ele te espera. Esqueçamos a errada concepção que temos de que Deus é um Pai severo e que está a todo momento nos acusando, isso não é real, mas uma grande mentira que o demônio quis incutir em nós. A misericórdia de Deus é INFINITA.

Estamos no tempo da misericórdia, tempo onde o próprio Deus vem ao nosso encontro e nos mostra que muito mais do que nós desejamos encontrá-lo, é Ele quem deseja e espera ansioso a nossa volta para os seus braços. Tome posse dessa graça e se deixe inundar pela presença da Misericórdia Divina.

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sábado, 4 de julho de 2015

Evangelho Dominical: Que sabedoria é esta que lhe foi dada?

Saindo dali, Jesus foi para sua própria terra. Seus discípulos o acompanhavam. No sábado, ele começou a ensinar na sinagoga, e muitos dos que o ouviam se admiravam. “De onde lhe vem isso?”, diziam. “Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E esses milagres realizados por suas mãos? Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, Joset, Judas e Simão? E suas irmãs não estão aqui conosco?”. E mostravam-se chocados com ele. Jesus, então, dizia-lhes: “Um profeta só não é valorizado na sua própria terra, entre os parentes e na própria casa”. E não conseguiu fazer ali nenhum milagre, a não ser impor as mãos a uns poucos doentes. Ele se admirava da incredulidade deles. E percorria os povoados da região, ensinando. Mc 6,1-6

Apesar da incredulidade, Jesus leva adiante a sua missão

O texto não o diz explicitamente, mas, certamente, é para Nazaré que Jesus foi. Jesus é um judeu praticante, piedoso. É o que o evangelho nos dá a entender, quando diz que num dia de sábado ele foi à sinagoga para escutar a Palavra de Deus, meditá-la, ouvir comentários sobre os textos e, por vezes, ele mesmo, comentá-la. O que propriamente Jesus ensinava, Marcos não nos diz. Não somos informados do conteúdo, porque o interesse maior, nesse episódio, está centrado na reação dos ouvintes. O certo é que o seu ensinamento causava admiração nas pessoas, porque certamente fazia sentido e porque ele ensinava como quem tem autoridade (cf. Mc 1,21-22.27). Não obstante a admiração, vêm a resistência, a dúvida, a incredulidade. “Ele (Jesus) se admirava da incredulidade deles” (v. 6). Se a fé, em certo sentido, é confiança, abertura de coração que permite reconhecer a presença e ação de Deus, a incredulidade é fechamento, impede de ver além das aparências, ou melhor, impede de reconhecer nas palavras e gestos de Jesus os sinais que remetem a Deus, e impede de receber o dom. “De onde lhe vem isso?”; “Que sabedoria é esta que lhe foi dada?” (v. 2). De onde vem a falta de fé? Em primeiro lugar, da estreiteza de visão de que alguém do convívio deles, como eles, pudesse ter tal sabedoria e realizar tais atos de poder, como Jesus o fazia. “Não é ele o carpinteiro”; “Suas irmãs não estão aqui conosco?” (v. 3). Em segundo lugar, do fechamento à surpresa de Deus, o qual impede ultrapassar fronteiras e reconhecer nas palavras e gestos de Jesus os sinais que remetem à vida de Deus que o habita. É por essa incredulidade que Jesus não pode fazer nada ali. Se os concidadãos de Jesus se perguntam sobre a identidade dele, eles nada respondem. A falta de humildade cega. Apesar da incredulidade dos de sua própria pátria, Jesus leva adiante a sua missão. O texto conclui afirmando que Jesus percorria os povoados da região, ensinando. Jesus é um Messias itinerante, está sempre a caminho. Não há quem Jesus não acolha, a todos ouve e socorre em suas aflições.

Pe. Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sexta-feira, 3 de julho de 2015

A ousadia de Tomé

O que levou esse homem a duvidar tão veementemente? Seria mesmo a incredulidade uma parte tão forte em seu perfil?

Diante da atitude do discípulo Tomé, ao fato da Ressurreição do Cristo, nós, muitas vezes, temos ouvido, e assim tomamos partido, que esse discípulo representa a falta de fé. Quem não se lembra da sua frase? “Se não vir, nas mãos d’Ele o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no Seu lado, não acreditarei!” (cf. Jo 20, 25).

O que levou esse homem a duvidar tão veementemente? Seria mesmo a incredulidade uma parte tão forte em seu perfil? Vejamos!

Tomé, um dos doze apóstolos de Jesus, sem grande destaque nos escritos bíblicos, ganha importância no fim do Evangelho de São João. Jesus “conhecia aqueles que chamou” (cf. Jo 13, 18) e não quis nenhum sem motivo. O Mestre convidou Seus discípulos, sabendo de suas potencialidades e defeitos, características fundamentais para a missão que cada um seguiria. Em suas pequenas participações narradas, encontramos pontos importantes da personalidade do Israelita Tomé, um homem ousado.

No trecho do Evangelho citado, bastante conhecido, temos a presença de Tomé, que participou ativamente do fato narrado. O contexto é o seguinte: Jesus morreu na cruz, fora sepultado e, no domingo, as mulheres voltaram do túmulo noticiando que o corpo de Cristo não estava mais lá. Em seguida, Jesus apareceu para Maria Madalena, que logo levou a notícia para todos: “Eu vi o Senhor”.

No versículo 19, ao anoitecer daquele dia, no domingo, Jesus apareceu para todos eles que estavam reunidos, de portas fechadas e com medo. O texto em questão também nos mostra a ausência de um deles, Tomé, que não estava com os apóstolos. Onde estaria ele? Ele não se escondeu, e enquanto os outros se fecharam, ele estava fora. Não que seja melhor, mas mostra que não temia dar as caras em público.

Tomé também é, antes, citado em outras passagens do Evangelho de João, e suas participações mostram uma característica forte: ele não era de fugir. No Evangelho de São João, capítulo 11, temos a narração da morte e ressurreição de Lázaro. Jesus decidiu voltar à Judeia, mas Seus discípulos se mostraram temerosos, pois acabaram de ameaçá-lo na mesma região. Mas Tomé se coloca, ousadamente, com o Mestre: “Vamos nós também para morrermos com Ele” (cf. Jo 11,16). O apóstolo não teme seguir o Mestre e morrer com Ele.

Tomé confia em Jesus, ama-O e não tem reservas com o Mestre. Seu desejo de segui-Lo fica claro quando o Cristo fala da casa do Pai e de um lugar que irá preparar para eles. Vemos Tomé questionar Jesus: “Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” (cf. Jo 14, 5).

Talvez, ele não tenha parado na experiência vivida por seus irmãos, e queria fazer sua experiência própria.

Com todo o amor que sentia por Jesus, o desejo de estar ao lado d’Ele e, assim como todos os outros, a culpa por tê-Lo abandonado em Sua agonia, Tomé não aceitará apenas ouvir de seus irmãos “Nós vimos o Senhor”. Para ele, não bastava ouvir, porque não queria parar na experiência feita por Pedro, João e os outros. Tomé não aceitava apenas ouvir a narração de Madalena, que contou com detalhes o momento em que se encontrou com o Mestre. Tomé, ousadamente, expressa seu desejo profundo. Quem sabe, além da dúvida nas palavras de seus irmãos, ele revela a agonia pessoal de sua alma? Ele quer fazer a sua experiência, e ouvir seus companheiros fez aumentar seu desejo.

Tomé é um homem que não tem medo, um homem que sabe o que quer. Não apenas isso, mas também pede ao Senhor, expõe-se e, com isso, se compromete. Um homem a quem Deus não deixa de ouvir e atender.

Muitos ouvem a experiência de pessoas que, verdadeiramente, viram o Senhor e se encantaram com Ele, encheram-se de desejo de viver a mesma coisa, pois um testemunho encheu o coração deles.

Como Tomé, você precisa pedir a Deus aquilo de que necessita para crer mais. Esse homem não permitiu que sua fé estacionasse, pois, vendo sua debilidade, sua descrença, coloca diante de Deus seu coração. Homens que não têm reservas diante do Senhor são os que tocam na intimidade do Rei. Tomé deu a Deus seus limites e Ele o fez adentrar em Sua intimidade.

Paulo Pereira - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 1 de julho de 2015

OVS: Diocese promove encontro de espiritualidade

Aconteceu no dia 28 de junho (solenidade de São Pedro e São Paulo), em Carpina-PE, no Centro Diocesano de Pastoral, o Encontro de Espiritualidade da O.V.S, com zeladores, sócios, benfeitores e amigos da Obra das Vocações Sacerdotais da Diocese de Nazaré


O Encontro teve a representação de 35 paróquias das 42 que compõem a Diocese, incluindo as áreas pastorais. O Encontro contou com a participação do Seminarista Alex representando o SAV. (Serviço de Animação Vocacional) da Diocese de Nazaré. O mesmo fez um breve relato do trabalho desenvolvido por esta equipe que tem como responsável Padre Eduardo Tenório. Na sua fala, Alex relatou que atualmente há 19 jovens fazendo os encontros vocacionais que acontecem a cada dois meses. Por fim, ele convidou aos jovens presentes a aderirem a esta causa e pediu a todos que incentivassem e acompanhassem os jovens nas paróquias, ajudando-os a seguirem o chamado de Deus ao sacerdócio. O Encontro contou também com a representação dos seminaristas do Propedêutico - Nossa Senhora de Lourdes, em Surubim, que tem como Reitor o Padre João Santana, bem como a representação dos seminaristas do Seminário Maior Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, em Olinda, que tem como Reitor o Padre Sergio Ramos. Os mesmos se apresentaram e agradeceram ao trabalho, zelo e orações dos Sócios, Zeladores, Benfeitores e Amigos da Obra das Vocações Sacerdotais. O Coordenador Diocesano, Sílvio, fez um chamado aos presentes para que aumente o número de Zeladores nas Paróquias, pois atualmente temos 975 Zeladores e um pouco mais de 23.000 sócios em toda Diocese. Ele Frisou que estes números ainda são insuficientes comparados às dificuldades enfrentadas pela Diocese para manter e formar novos sacerdotes, em vista de altos custos com faculdade, alimentação, formação, transportes e outros. Atualmente, temos no Seminário em Olinda, estudando Filosofia e Teologia na UNICAP (Universidade Católica de Pernambuco) 37 jovens. No Seminário Nossa Senhora de Lourdes, em Surubim, temos 12 jovens. Antes da celebração eucarística, foram entregues os Diplomas aos novos Zeladores(as). A celebração da Santa Missa foi presidida pelo Bispo Diocesano Dom Severino Batista e concelebrada pelo Padre Elias Roque, Assessor Eclesiástico da Obra das Vocações Sacerdotais.  O Bispo ressaltou a importância dos apóstolos Pedro e Paulo como pilares fundamentais para o cristianismo e para a Igreja, bem como a sucessão apostólica na pessoa do Papa Francisco. Ele, recém-chegado de sua viagem a Roma, citou o contato que teve com o Papa Francisco, que foi de muita alegria e entusiasmo. Por fim, conclamou aos presentes a amarem a pessoa de Jesus Cristo, vivo e presente na Eucaristia, bem como a virgem Maria, modelo de missionária e serva do Evangelho. Um exemplo que deve ser colocado em prática por cada um de nós que compomos a Obra das Vocações Sacerdotais e  assim,  vivermos uma Igreja em saída para anunciar a pessoa de Jesus Cristo a todos. Ainda agradeceu o trabalho de cada um para com a OVS, pois tudo só é possível porque temos vocês, citou o Bispo. O Padre Elias Roque, na sua fala, também conclamou aos presentes a aderirem cada vez mais a este chamado, de manter os seminários, não só pelo material, mas também e principalmente pelas orações. Agradeceu o empenho de todos para a realização deste evento, bem como a equipe diocesana, Sílvio e Carlos, as Coordenações Paróquias e todos os envolvidos.