sábado, 31 de outubro de 2015

Evangelho Dominical: As bem-aventuranças

Vendo as multidões, Jesus subiu à montanha e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e ele começou a ensinar: “Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Felizes os que choram, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque receberão a terra em herança. Felizes os que têm fome e sede da justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus. Pois foi deste modo que perseguiram os profetas que vieram antes de vós”. Mt 5,1-12a

Solenidade de todos os Santos

A festa de todos os santos e santas de Deus é uma comemoração antiga na Igreja. No século II, a Igreja já celebrava a memória dos seus mártires para que, inspirados por seu testemunho, os fiéis pudessem se manter firmes no testemunho de Jesus Cristo. É uma festa para todos os fiéis, pois nossa vocação comum é à santidade. A primeira bem-aventurança é o fundamento de todas as demais: “bem-aventurados os pobres em espírito porque deles é o reino dos céus”. No ser humano, há um espírito que ele recebeu de Deus, que o chamou à existência (Gn 2,7). A pobreza de espírito é em relação a Deus, isto é, diante de Deus o ser humano se encontra “desnudo”. Para o discípulo, viver essa realidade de maneira concreta é assumi-la com o coração puro, experimentá-la no mais profundo do ser, lá onde aflora a presença de Deus. Nesse sentido, as bem-aventuranças são um apelo a viver a vida em referência a Deus e na esperança de que a recompensa vem do alto. Não há nenhum espaço para a passividade, pois o Espírito que age em nós nos conduz a um compromisso efetivo com o Reino de Deus. A perspectiva escatológica de cada bem-aventurança é o fundamento da vida moral, do agir concreto do cristão no mundo. As bem-aventuranças, gênero literário bastante atestado no Antigo Testamento, fazem parte do longo discurso denominado sermão da montanha (Mt 5–7). O livro do Apocalipse foi escrito com a finalidade de encorajar os cristãos a que, mesmo na perseguição implacável, guardassem a palavra de Cristo, não renunciassem à fé e aos valores da vida cristã. Ele tira para a vida dos cristãos as consequências do mistério pascal do Senhor. O que encoraja a Igreja peregrina é considerar a Igreja triunfante. A multidão numerosa vestida de branco são os que por Cristo deram a sua vida e no Cristo participam da sua gloriosa ressurreição, e que confiaram plenamente no Senhor: “Todo o que espera nele purifica-se, como também ele é puro” (1Jo 3,3). É preciso, por fim, dizer que o que nos faz santos é a presença de Deus em nós. Acolher essa presença, deixar-se conduzir por ela, é o caminho da santidade.

Pe. Carlos Alberto Contieri – Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Halloween, uma festa inofensiva?

O cristão pode participar do Halloween? Essa é apenas uma prática cultural inofensiva?

O Halloween é uma festa comemorada no dia 31 de outubro, véspera do Dia de Todos os Santos. É realizada em grande parte nos países ocidentais, sendo mais forte nos Estados Unidos, para onde foi levada por imigrantes irlandeses em meados do século XIX. Na valorização da cultura americana, especialmente nas escolas de inglês e nos filmes de Hollywood, essa festa tem se espalhado pelo mundo.


A prática do Halloween vem do povo celta, o qual acreditava que, no último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saíam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos, visitar as famílias e levar as pessoas ao mundo dos mortos. Sacerdotes druístas (religião celta) atuavam como médiuns evocando os mortos. Parece que, para espantar esses fantasmas, os celtas tinham o costume de colocar objetos assustadores nas casas, como caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros. O termo “Halloween” surge mais tarde, no contato da cultura celta com o Cristianismo. Da contração do termo escocês “Allhallow-eve” (véspera do Dia de Todos os Santos), que era a noite das bruxas, surge o “Halloween”.

É aí que surge a dúvida: hoje essa festa tem algum significado espiritual? O cristão pode participar dela? É apenas uma prática cultural inofensiva?

São Paulo diz: “Não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares” (Ef 6,12). O apóstolo também exorta: “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar” (1Pd 5,8). Embora não os vejamos, os espíritos malignos são seres inteligentes que agem tentando perder as almas. Não os vemos, mas sofremos suas investidas. Isso é Doutrina da Igreja Católica.

Significado espiritual

Será que uma festa pagã, que praticava um ato abominável por Deus – a evocação dos mortos (Dt 18,10-11) –, enculturada hoje, não tem significado espiritual nenhum? É difícil que não tenha! Mas onde está o maligno nessa brincadeira de criança? Nós não o vemos, assim como não vemos o vírus ebola que começa a apavorar o mundo. Você faria uma festa numa região que pode estar contaminada com esse vírus? Uma doença que pode roubar sua vida temporal? Eu não! Da mesma forma, e com muito mais razão, é questionável envolver-se numa festa que possa nos deixar sujeitos a um “vírus” que pode roubar nossa vida eterna. Na dúvida, eu me resguardo. Bem, mas essa é uma reflexão para quem tem fé católica e procura ser coerente com ela.

Outra pergunta que me faço é se o contato e a identificação com imagens horríveis de bruxas e monstros não tem significado algum na formação dos jovens. Desconsiderando a expressão de um satanismo evidente, mas indo para reflexão mais cultural, aí também não acredito que o Halloween seja tão inofensivo.

Contemplar o belo

O ser humano é chamado a contemplar o belo, porque é manifestação da harmonia de tudo que é bom e verdadeiro. Deus é belo, mas o ser humano tem uma estranha atração pelo mórbido, o oculto e suas expressões naquilo que tem de horrível. Não tenha dúvida de que educar uma pessoa humana significa, dentre tantas outras coisas, ensiná-la a apreciar, valorizar e identificar o belo com o bom. Não seria o Halloween mais uma forma, dentre tantas outras hoje em dia, de roubar a referência do belo, do verdadeiro, do bom e do honesto? Será que o mal e o monstruoso, quando viram brincadeira, são tão inofensivos à cultura e aos valores do ser humano?

Até o “doces ou travessuras” não surgiu de forma muito pura. Parece que sua origem está na época em que os países anglo-saxônicos se tornaram protestantes, e as crianças protestantes iam às casas das famílias católicas, oprimidas pelo governo, impor suas exigências. Em um mundo onde os jovens diariamente curtem nas roupas, nos filmes e nas festas o mórbido das caveiras e dos zumbis, o horrível dos monstros e das bruxas, é fácil entender uma sociedade tão pobre em cultura e tão abundante em violência e promiscuidade. Se a expressão do mal é brincadeira e moda, que mal faz torná-lo coisa séria?

Festejar os demônios

Voltando ao lado religioso, é curioso que o Halloween se avizinhe da festa católica de Todos os Santos. Não parece que alguém, tão incomodado com os santos, resolveu festejar os demônios?

Não se trata de supervalorizar do mal em detrimento do bem. Menos ainda de uma visão puritana das coisas deste mundo. O mundo é maravilhoso, a vida é bela. O cristão precisa saber acolher essa maravilha, valorizar a vida do homem e cultivar a alegria da criança e do jovem. Contudo, para semear a vida e colher a alegria é preciso saber: “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma” (1Cor 6,12).

André Botelho - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

domingo, 25 de outubro de 2015

É tempo de misericórdia, diz Papa no encerramento do Sínodo

“As situações de miséria e de conflitos são para Deus ocasiões de misericórdia. Hoje é tempo de misericórdia!”, afirmou o Papa Francisco

Na manhã deste domingo, 25, o Papa Francisco presidiu, na Basílica de São Pedro, em Roma, a Missa que conclui oficialmente o Sínodo dos Bispos sobre a Família.


Na homilia, o Santo Padre referiu ao Evangelho de hoje que, segundo ele, liga-se diretamente à primeira Leitura: “como o povo de Israel foi libertado graças à paternidade de Deus, assim Bartimeu foi libertado graças à compaixão de Jesus.” Jesus deixa-se comover e responde ao grito do Bartimeu”.

Tempo de misericórdia

O Papa Francisco destacou as expressões “coragem” e “levanta-te”, usadas pelo discípulos para levar o cego até Jesus. Estas são “palavras de misericórdia”, disse o Santo Padre.

“Primeiro, dizem-lhe “coragem!”, uma palavra que significa, literalmente, “tem confiança, faz-te ânimo!” É que só o encontro com Jesus dá ao homem a força para enfrentar as situações mais graves. A segunda palavra é «levanta-te!», como Jesus dissera a tantos doentes, tomando-os pela mão e curando-os. Os seus limitam-se a repetir as palavras encorajadoras e libertadoras de Jesus, conduzindo diretamente a Ele sem fazer sermões”, explicou.

Em seguida, disse: “A isto são chamados os discípulos de Jesus, também hoje, especialmente hoje: pôr o homem em contacto com a Misericórdia compassiva que salva. Quando o grito da humanidade se torna, como o de Bartimeu, ainda mais forte, não há outra resposta senão adaptar as palavras de Jesus e, sobretudo, imitar o seu coração. As situações de miséria e de conflitos são para Deus ocasiões de misericórdia. Hoje é tempo de misericórdia!”

Espiritualidade de miragem e fé de tabela

Segundo Francisco, há algumas tentações para quem segue Jesus e o Evangelho põe pelo menos duas em evidência. A primeira é viver uma “espiritualidade de miragem”, ou seja, não parar, ser surdo, “estarmos com Jesus mas não sermos como Jesus, estar no seu grupo mas viver longe do seu coração”, esclareceu o Papa.

“Podemos falar d’Ele e trabalhar para Ele, mas viver longe do seu coração, que Se inclina para quem está ferido. Esta é a tentação duma ‘espiritualidade da miragem’: podemos caminhar através dos desertos da humanidade não vendo aquilo que realmente existe, mas o que nós gostaríamos de ver; somos capazes de construir visões do mundo, mas não aceitamos aquilo que o Senhor nos coloca diante dos olhos. Uma fé que não sabe radicar-se na vida das pessoas, permanece árida e, em vez de oásis, cria outros desertos”.

A segunda tentação, segundo o Papa, é a de cair numa “fé de tabela”.

“Podemos caminhar com o povo de Deus, mas temos já a nossa tabela de marcha, onde tudo está previsto: sabemos aonde ir e quanto tempo gastar; todos devem respeitar os nossos ritmos e qualquer inconveniente perturba-nos. Corremos o risco de nos tornarmos como muitos do Evangelho que perdem a paciência e repreendem Bartimeu. Pouco antes repreenderam as crianças (cf. 10, 13), agora o mendigo cego: quem incomoda ou não está à altura há que excluí-lo. Jesus, pelo contrário, quer incluir, sobretudo quem está relegado para a margem e grita por Ele. Estes, como Bartimeu, têm fé, porque saber-se necessitado de salvação é a melhor maneira para encontrar Cristo”, disse.

No final da sua homilia e tomando o exemplo de Bartimeu, o Papa Francisco agradeceu o caminho percorrido pelos padres sinodais convidando-os a continuarem no “caminho que o Senhor deseja” sem se deixarem ofuscar “pelo pessimismo e pelo pecado”.

Canção Nova - com Rádio Vaticano / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 24 de outubro de 2015

Evangelho Dominical: "Filho de Davi, tem compaixão de mim!"

Chegaram a Jericó. Quando Jesus estava saindo da cidade, acompanhavam-no os discípulos e uma grande multidão. O mendigo cego, Bartimeu, filho de Timeu, estava sentado à beira do caminho. Ouvindo que era Jesus Nazareno, começou a gritar: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim”. Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava ainda mais alto: “Filho de Davi, tem compaixão de mim”. Jesus parou e disse: “Chamai-o!”. Eles o chamaram, dizendo: “Coragem, levanta-te! Ele te chama!”. O cego jogou o manto fora, deu um pulo e se aproximou de Jesus. Este lhe perguntou: “Que queres que eu te faça?”. O cego respondeu: “Rabûni, meu Mestre, que eu veja”. Jesus disse: “Vai, tua fé te salvou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho. Mc 10,46-52


Deus ouve o clamor do seu povo e conhece o seu sofrimento

Jericó, um verdadeiro oásis no deserto da Judeia; Jesus está subindo para Jerusalém acompanhado por seus discípulos e por uma grande multidão que deseja ouvi-lo e tocar nele na esperança de ser curada dos seus males. À beira do caminho, estava um cego de nome Bartimeu. Estava à margem de tudo, da sociedade, inclusive de Deus por causa da mentalidade da época; por isso também se diz que ele estava “à beira do caminho”. Grita a Jesus com insistência porque ele tem um grande desejo: “ver”. O seu clamor, não obstante a multidão que comprimia Jesus e o cala-boca de alguns, foi ouvido. Nenhuma súplica do ser humano cai no vazio, pois Deus ouve o clamor do seu povo e conhece o seu sofrimento (cf. Ex 3,7ss). Jesus manda chamá-lo e ele, deixando o manto, foi de um salto até Jesus. O manto era símbolo do poder do homem, por isso se diz que tirou o manto para ir até Jesus. Sem humildade não há possibilidade de receber o dom da visão. Perguntado pelo seu desejo, Bartimeu responde: “que eu veja”. Não há gesto, somente uma palavra declaratória de Jesus, assim como Deus no primeiro dia da criação, quando a luz foi feita. A fé é iluminação que permite ver. Consequência da luz da fé é o seguimento de Jesus Cristo. Bartimeu é o modelo de oração: mesmo quando certo número de pessoas pedia que se calasse, ele gritava mais forte ainda. Ele permanece confiante na sua oração suplicante. Bartimeu sabe que para receber o dom de Deus é preciso humildade e perseverança. Despojando-se do manto, ele confessa sua miséria, pois ninguém pode dar a si próprio o que é pedido a Deus. Bartimeu é, ainda, modelo do discípulo: ele confessa Jesus como Messias. Ele grita: “Filho de Davi, tem compaixão de mim”. De fato, Jesus é o Filho de Davi, o Messias cheio de compaixão. A sua súplica confiante e perseverante toca o coração de Cristo. Sabemos muito bem que, diante do imenso amor de Jesus, nenhuma súplica cai no vazio; mesmo em meio ao rumor de tantas pessoas, e não obstante tantas vozes, o Senhor nos escuta. Recuperada a visão, iluminado pela fé, ele segue Jesus pelo caminho: torna-se discípulo. Ele não se contenta em professar a fé no Messias e escutá-lo; segue Jesus no caminho que o conduz à paixão.

Pe. Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Vaticano desmente notícia infundada sobre saúde do Papa

Padre Lombardi afirmou que notícia sobre saúde do Papa é infundada e sua publicação foi um ato irresponsável

O Vaticano desmentiu, nesta quarta-feira, 21, notícias infundadas sobre a saúde do Papa Francisco. Um órgão de imprensa italiano publicou a informação de que o Papa teria um pequeno tumor curável no cérebro, fato negado pela Santa Sé.


“A difusão de notícias totalmente infundadas sobre a saúde do Santo Padre por parte de um órgão de imprensa italiano é gravemente irresponsável e não digna de atenção. Além disso, como todos veem, o Papa desenvolve sempre sem interrupção a sua intensa atividade de modo absolutamente normal”, declarou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, em nota emitida hoje.

Padre Lombardi voltou a falar do assunto na coletiva desta manhã, sobre o andamento dos trabalhos do Sínodo dos Bispos. Ele disse que confirmou com fontes seguras, inclusive com o próprio Santo Padre, que Francisco não realizou nenhum tipo de exame, como consta na notícia publicada pelo jornal italiano. Nenhum médico japonês esteve no Vaticano para visitar o Papa, disse.

Além da falsa notícia, o jornal publicou uma entrevista com um professor sobre o referido tumor. O próprio professor ligou para padre Lombardi e disse que ficou surpreso com as notícias. Ele contou que, realmente, concedeu entrevista ao jornal sobre tumores cerebrais, mas foi algo genérico, sem referências ao Santo Padre.

“Posso confirmar que o Papa goza de boa saúde”, concluiu padre Lombardi.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Paróquia de Sant’Ana promove ação recreativa para crianças das comunidades de Pau Santo e Chã do Arroz, em Bom Jardim

No Dia Mundial das Missões, Pastoral da Acolhida e Confraria de São Vicente de Paulo levam alegria às comunidades carentes do município

A Paróquia de Sant’Ana de Bom Jardim, no Agreste pernambucano, através da Pastoral da Acolhida e da Confraria de São Vicente de Paulo, promoveu no último domingo (18), dia em que a Igreja celebrou mundialmente as missões, mais uma ação recreativa e social para os moradores de áreas carentes do município, com atividades de lazer, evangelização e distribuição de roupas e cestas básicas.


Além de brincadeiras e muita diversão, a “caravana da alegria”, em visita às comunidades rurais de Pau Santo e Chã do Arroz, levou às famílias uma mensagem de otimismo e esperança, reafirmando o compromisso da Igreja em defesa e assistência aos mais carenciados da sociedade.


De acordo com uma das admiradoras do projeto, Gláucia Alves, a iniciativa é de suma importância para o dinamismo e eficácia das ações pastorais na comunidade, onde os próprios paroquianos são protagonistas de um trabalho de evangelização conjunto, que vem beneficiando, principalmente, os excluídos e marginalizados.

“A verdadeira solidariedade começa quando não esperamos nada em troca. Fico encantada com esse belíssimo trabalho e, ao mesmo tempo, honrada pela oportunidade de também participar do mesmo. Me senti totalmente renovada. Ser feliz é ver a felicidade do outro... E quando se remete à criança, a satisfação é plena”, destacou Gláucia Alves.


“Ampliar os horizontes do serviço missionário, imbuído na essência da mensagem de Jesus: ‘Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de todos’ (Mc 10,44), é o propósito que devemos trabalhar com afinco para obter ganhos substâncias no campo da evangelização. Como comunidade paroquial, somos chamados ao discipulado! E é essa nossa proposta: entrega e doação, sempre a serviço do próximo”, completou Pe. Elias Roque (pároco local).


Por Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 17 de outubro de 2015

Evangelho Dominical: O Filho do Homem veio para servir e dar a vida

Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram- se de Jesus e lhe disseram: “Mestre, queremos que faças por nós o que te vamos pedir”. Ele perguntou: “Que quereis que eu vos faça?”. Responderam: “Permite que nos sentemos, na tua glória, um à tua direita e o outro à tua esquerda!”. Jesus lhes disse: “Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber? Ou ser batizados com o batismo com que eu vou ser batizado?”. Responderam: “Podemos”. Jesus então lhes disse: “Sim, do cálice que eu vou beber, bebereis, com o batismo com que eu vou ser batizado, sereis batizados. Mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não depende de mim; é para aqueles para quem foi preparado”. Quando os outros dez ouviram isso, começaram a ficar zangados com Tiago e João. Jesus então os chamou e disse: “Sabeis que os que são considerados chefes das nações as dominam, e os seus grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deve ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós seja o escravo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos”. Mc 10,35-45

O caminho do discípulo é o caminho do Mestre

Jesus caminha subindo para Jerusalém, para a sua morte, para a sua entrega definitiva, e caminha decididamente (cf. Mc 8,32-38). Os discípulos, ao contrário, iam com medo. O medo é falta de fé (cf. 4,35-41). Depois de cada anúncio da paixão, morte e ressurreição, os discípulos adotam uma atitude inadequada, fruto de sua incompreensão e do desejo de honra e prestígio, o que contrasta profundamente com a atitude de Jesus que renunciou a toda honra deste mundo. No evangelho de hoje, o foco são os filhos de Zebedeu, Tiago e João, dois dos quatro primeiros discípulos chamados por Jesus enquanto estavam com o seu pai no barco, no mar da Galileia (cf. Mc 1,16-20). O pedido que eles fazem a Jesus ocorre depois do terceiro anúncio da paixão. Jesus acaba de anunciar as humilhações e a violência que vai sofrer, e os dois irmãos lhe pedem lugares de honra. Eles não vêm nisso qualquer contradição. Estão cegos. É preciso estarmos atentos, pois isso acontece também conosco, quando buscamos privilégios, vantagens e satisfações pessoais. Tiago e João, dominados pela cegueira, querem garantir seu lugar, não qualquer lugar, mas um posto de privilégio “na glória”. Pelos lugares postulados, à direita e à esquerda, querem ainda participar do julgamento de todo mundo. Ora, o caminho do discípulo é o caminho do Mestre – pois o “discípulo não é maior que o Mestre, mas basta ser como o Mestre” (Mt 10,24-25). É preciso participação efetiva e afetiva na paixão/morte de Jesus: “podeis beber o cálice que eu vou beber? Ou ser batizado com o batismo com o qual eu serei batizado?”. Essa é a decisão que importa: “Podemos”. É Deus quem dá a recompensa. Aos discípulos compete a tarefa de construir uma comunidade de serviço gratuito e generoso, à imitação de Jesus que “não veio para ser servido, mas para servir e dar vida em resgate de muitos”. Não há participação na glória de Cristo sem passar com ele pela paixão e morte.

Pe. Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Papa alerta sobre “vírus” da hipocrisia

Na Missa de hoje, Papa destacou necessidade de oração para não se contagiar pelo vírus da hipocrisia, que nunca leva à luz de Deus

É preciso rezar muito para não se deixar contagiar pelo “vírus” da hipocrisia, disse o Papa Francisco em sua homilia nesta sexta-feira, 16, na Casa Santa Marta. A hipocrisia, disse, seduz o ser humano com o fascínio da mentira.


O Papa recordou a cena retratada por Lucas na passagem do Evangelho do dia – Jesus e os discípulos, no meio de uma multidão, que pisa nos próprios pés, de tão numerosa que é –, chamando à atenção para a advertência sincera de Cristo aos Seus discípulos: “Atentos ao fermento dos fariseus”. “O fermento é uma coisa muito pequena”, observa Francisco, mas como Jesus fala sobre ele, é como se quisesse dizer “vírus”. Como um médico que diz para prestar atenção aos riscos de um contágio.

“A hipocrisia é a maneira de viver, agir e falar, que não é clara. Talvez sorria, talvez seja sério… Não é luz, não é escuridão… Move-se de uma forma que parece não ameaçar ninguém, assim como a serpente, mas tem o fascínio do claro-escuro. Tem o fascínio de não ter as coisas claras, de não dizer as coisas claramente; o fascínio da mentira, das aparências … Aos fariseus hipócritas, Jesus dizia também que eles estavam cheios de si mesmos, de vaidade, que eles gostavam de caminhar nas ruas, mostrando que eram importantes, pessoas cultas”.

Jesus, no entanto, tranquiliza a multidão. “Não tenham medo”, diz Ele, porque “não há nada escondido que não será revelado, nem segredo que não será conhecido”. Como se dissesse, observa ainda Francisco, que se esconder não ajuda, embora o fermento dos fariseus leva as pessoas a amar mais as trevas do que a luz.

“Esse fermento é um vírus que fará com que você fique doente e morra. Cuidado! Esse fermento leva você às trevas. Cuidado! Mas há alguém que é maior do que isso: é o Pai que está nos céus. “Cinco pardais não se vendem por duas moedas? No entanto, nenhum deles é esquecido diante de Deus. Até os cabelos de sua cabeça estão todos contados”. E, em seguida, a exortação final: “Não tenham medo! Vocês valem mais do que muitos pardais”. Diante de todos esses medos que nos colocam aqui e ali, e que nos coloca o vírus, o fermento da hipocrisia farisaica, Jesus nos diz: “Há um pai que ama você, que cuida de você”.

E há uma só maneira de evitar o contágio, diz Papa Francisco. É o caminho indicado por Jesus: rezar. A única solução, para evitar cair naquela atitude hipócrita que não é nem luz, nem escuridão, é a metade de um caminho que nunca vai chegar à luz de Deus.

“Rezemos. Rezemos muito. ‘Senhor, protege a tua Igreja, que somos todos nós: protege o teu povo, o que se tinha reunido e se pisoteava entre eles. Protege o teu povo, para que ame a luz, a luz que vem do Pai, que vem do Teu Pai, que Te enviou para nos salvar. Protege o Teu povo, para que não se torne hipócrita, para que não caia na apatia da vida. Protege o Teu povo, para que ele tenha a alegria de saber que existe um Pai que nos ama tanto”.

Canção Nova Notícias - Rádio Vaticano / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Santa Teresa de Ávila

Com grande alegria lembramos, hoje, da vida de santidade daquela que mereceu ser proclamada “Doutora da Igreja”: Santa Teresa de Ávila (também conhecida como Santa Teresa de Jesus). Teresa nasceu em Ávila, na Espanha, em 1515 e foi educada de modo sólido e cristão, tanto assim que, quando criança, se encantou tanto com a leitura da vida dos santos mártires a ponto de ter combinado fugir com o irmão para uma região onde muitos cristãos eram martirizados; mas nada disso aconteceu graças à vigilância dos pais.


Aos vinte anos, ingressou no Carmelo de Ávila, onde viveu um período no relaxamento, pois muito se apegou às criaturas, parentes e conversas destrutivas, assim como conta em seu livro biográfico.

Certo dia, foi tocada pelo olhar da imagem de um Cristo sofredor, assumiu a partir dessa experiência a sua conversão e voltou ao fervor da espiritualidade carmelita, a ponto de criar uma espiritualidade modelo.

Foi grande amiga do seu conselheiro espiritual São João da Cruz, também Doutor da Igreja, místico e reformador da parte masculina da Ordem Carmelita. Por meio de contatos místicos e com a orientação desse grande amigo, iniciou aos 40 anos de idade, com saúde abalada, a reforma do Carmelo feminino. Começou pela fundação do Carmelo de São José, fora dos muros de Ávila. Daí partiu para todas as direções da Espanha, criando novos Carmelos e reformando os antigos. Provocou com isso muitos ressentimentos por parte daqueles que não aceitavam a vida austera que propunha para o Carmelo reformado. Chegou a ter temporariamente revogada a licença para reformar outros conventos ou fundar novas casas.

Santa Teresa deixou-nos várias obras grandiosas e profundas, principalmente escritas para as suas filhas do Carmelo : “O Caminho da Perfeição”, “Pensamentos sobre o Amor de Deus”, “Castelo Interior”, “A Vida”. Morreu em Alba de Tormes na noite de 15 de outubro de 1582 aos 67 anos, e em 1622 foi proclamada santa. O seu segredo foi o amor. Conseguiu fundar mais de trinta e dois mosteiros, além de recuperar o fervor primitivo de muitas carmelitas, juntamente com São João da Cruz. Teve sofrimentos físicos e morais antes de morrer, até que em 1582 disse uma das últimas palavras: “Senhor, sou filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja Católica quero morrer”.

No dia 27 de setembro de 1970 o Papa Paulo VI reconheceu-lhe o título de Doutora da Igreja. Sua festa litúrgica é no dia 15 de outubro. Santa Teresa de Ávila é considerada um dos maiores gênios que a humanidade já produziu. Mesmo ateus e livres-pensadores são obrigados a enaltecer sua viva e arguta inteligência, a força persuasiva de seus argumentos, seu estilo vivo e atraente e seu profundo bom senso. O grande Doutor da Igreja, Santo Afonso Maria de Ligório, a tinha em tão alta estima que a escolheu como patrona, e a ela consagrou-se como filho espiritual, enaltecendo-a em muitos de seus escritos. Santa Teresa de Ávila, rogai por nós!

Canção Nova - Santo do Dia / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

domingo, 11 de outubro de 2015

Nossa Senhora da Conceição Aparecida - Padroeira do Brasil

A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto (MG).

Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram.

Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu, onde lançaram as redes e apanharam uma imagem sem a cabeça, logo após, lançaram as redes outra vez e apanharam a cabeça, em seguida lançaram novamente as redes e desta vez abundantes peixes encheram a rede.

A imagem ficou com Filipe, durante anos, até que presenteou seu filho, o qual usando de amor à Virgem fez um oratório simples, onde passou a se reunir com os familiares e vizinhos, para receber todos os sábados as graças do Senhor por Maria. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil.

Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha).

No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas.

O Papa Pio X em 1904 deu ordem para coroar a imagem de modo solene. No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor. Grande acontecimento, e até central para a nossa devoção à Virgem, foi quando em 1929 o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil, com estes objetivos: o bem espiritual do povo e o aumento cada vez maior de devotos à Imaculada Mãe de Deus.

Em 1967, completando-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário de Aparecida a Rosa de Ouro, reconhecendo a importância do Santuário e estimulando o culto à Mãe de Deus.

Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção de uma outra igreja, a atual Basílica Nova. Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional, sendo o “maior Santuário Mariano do mundo”.

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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Evangelho Dominical: Que devo fazer para ganhar a vida eterna?

Jesus saiu caminhando, quando veio alguém correndo, caiu de joelhos diante dele e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?”. Disse Jesus: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. Conheces os mandamentos: não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, não prejudicarás ninguém, honra teu pai e tua mãe!”. Ele então respondeu: “Mestre, tudo isso eu tenho observado desde a minha juventude”. Jesus, olhando bem para ele, com amor lhe disse: “Só te falta uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. Ao ouvir isso, ele ficou pesaroso por causa desta palavra e foi embora cheio de tristeza, pois possuía muitos bens. Olhando em volta, Jesus disse aos seus discípulos: “Como é difícil, para os que possuem riquezas, entrar no Reino de Deus”. Os discípulos ficaram espantados com estas palavras. E Jesus tornou a falar: “Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!”. Eles ficaram mais admirados e diziam uns aos outros: "quem então poderá salvar-se?" Olhando bem para eles, Jesus lhes disse: "Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível!". Pedro começou a dizer-lhe: "Olha, nós deixamos tudo e te seguimos". Jesus respondeu: “Em verdade vos digo: todo aquele que deixa casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante esta vida – casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições –, e no mundo futuro, vida eterna. Muitos, porém, que são primeiros, serão últimos; e muitos que são últimos serão primeiros”. Mc 10,17-30

Para seguir Jesus, é preciso um desapego total

Um homem, anônimo, movido por boas intenções, ao que parece, corre ao encontro de Jesus querendo saber o que ele deve fazer para ganhar a vida eterna. Jesus lhe indica por primeiro a via comum, que todo judeu praticante conhece, isto é, cumprir os mandamentos. O homem é uma pessoa de fé, pois ele diz cumprir todos os mandamentos desde a juventude. A resposta dele agrada profundamente Jesus, por isso, se diz que Jesus olhou para ele com amor. Por amor, Jesus propõe a ele algo muito mais difícil, a saber, deixar tudo. Para seguir Jesus, é preciso um desapego total. Mas ao invés de acolher o convite de Jesus, expressão do seu amor e condição para obter o que ele deseja, o homem sai triste porque possuía muitos bens. Jesus é bom, como disse o homem, e ele faz bem todas as coisas. No entanto, Jesus não aceita para si o título de “Bom”; ele o remete a Deus. Se a bondade pode ser experimentada no encontro com Jesus, através de suas palavras e de tudo o que ele faz, é preciso ser remetido, por meio dele, ao Pai, que é a fonte de toda bondade. A absolutização de uma pessoa é um passo da idolatria. A vida eterna que ele deseja é dom e como tal deve ser recebida. Não é merecimento garantido pela prática da Lei nem por qualquer boa obra. Para receber a vida eterna como dom é preciso desapego, pois somente a prática da Lei não é suficiente. Ademais, é no seguimento de Jesus Cristo que se encontra o caminho para a vida eterna (cf. Jo 14,6). Diante da proposta de Jesus, o homem saiu pesaroso. Efetivamente, a riqueza pode constituir um verdadeiro obstáculo para se entrar no Reino de Deus. Não raras vezes, a facilidade dos bens materiais pode se confundir com a vida verdadeira. À objeção dos discípulos, Jesus responde que tudo está remetido à misericórdia de Deus, para quem tudo é possível. Somente Deus pode transformar profundamente a vida do ser humano e lhe dar a alegria de, na fugacidade do tempo, experimentar a vida que Deus dá.

Respondendo a pergunta de Pedro, Jesus afirma que deixando tudo, em razão do chamado ao seu seguimento, é que se tem o cêntuplo. Deixar para ter a plenitude. “Cem vezes mais” não é uma operação matemática; ela simboliza que no seguimento de Jesus Cristo, e para além do tempo de sua vida terrestre, tudo adquire sentido para o discípulo, e tudo ocupa o seu devido lugar. A recompensa do discípulo é o chamado a seguir Jesus e o próprio seguimento, pois ele permite a graça de viver a vida do Senhor. A recompensa não é acerto de contas por algo realizado e merecido. Na vida cristã, a recompensa é dom de Deus. A vida eterna, enquanto dom, é comunhão com o Pai e o Filho (cf. Jo 17,2.3) no Espírito Santo.

Pe. Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Convite

A Paróquia de Sant’Ana tem a grata satisfação de convidar V.Sa. e Família para a Solene Celebração Eucarística em Ação de Graças pelos 20 Anos de Sacerdócio do nosso Vigário Paroquial, Pe. Jorge José de Sousa.

A Celebração Eucarística acontecerá no dia 07 de outubro de 2015, às 19h00, na Igreja Matriz de Sant’Ana.

Com júbilo, vamos louvar e agradecer a Deus pelo dom da vida e vocação do nosso querido Vigário Paroquial.


Venha e participe!

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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Mês de outubro: Igreja se une na Campanha Missionária

O mês de outubro, instituído pelo papa Paulo VI como o Mês Missionário, em 1926, é o tempo em que a Igreja no Brasil realiza a mobilização em torno da Campanha Missionária. A iniciativa deste ano propõe o tema “Missão é servir”, em sintonia com a Campanha da Fraternidade 2015. O lema é “Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de todos” (Mc 10,44).


O objetivo principal da Campanha Missionária é “sensibilizar, despertar vocações missionárias, bem como realizar a Coleta no Dia Mundial das Missões”, que será celebrado no dia 18 de outubro.

Para o bispo auxiliar de São Luís (MA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Esmeraldo Barreto de Farias, é preciso animar as pessoas para que vivam a missão em suas respetivas realidades, não somente no sentido pessoal, como também na família, no ambiente profissional e na comunidade em geral.  “Não sou eu sozinho a viver a missão, mas sou eu e outros cristãos, na comunidade da qual participo e com outras comunidades também”, afirma. “Cada um de nós é chamado a ser missionário e a viver como missionário e que a missão nos faz mergulhar na vida de Jesus”, diz o bispo.

Segundo o bispo, é importante estar atento para as diversas realidades missionárias do Brasil, presentes nas periferias das grandes e pequenas cidades, nas diferentes regiões do País. “Em especial, a Campanha Missionária chama a atenção para a Amazônia, com características muito específicas, e necessidade de pessoas e de ajuda econômica para que o trabalho de evangelização possa ser desenvolvido”, ressalta.

A Campanha Missionária é organizada pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) com a colaboração das Comissões para a Ação Missionária e para a Amazônia da CNBB, em conjunto com outros organismos que compõem o Conselho Missionário Nacional (Comina).

De acordo com as POM, “o tema da Campanha Missionária de 2015 destaca a essência da mensagem de Jesus. Ele veio ‘para servir’”.

Materiais

Os subsídios da Campanha Missionária foram preparados pelas POM e enviados para as 275 dioceses e prelazias do Brasil para serem distribuídos entre as paróquias e comunidades.

O conjunto de materiais é composto por cartaz com o tema e o lema, livrinho da Novena Missionária, um DVD com testemunhos missionários, a mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, e seis versões de marcadores de página com a Oração da Campanha Missionária com as imagens de Santa Teresinha do Menino Jesus, São Francisco Xavier, Nossa Senhora Aparecida, dom Oscar Romero, Charles de Foucauld e do papa Francisco.

Coleta

O Dia Mundial das Missões, que será celebrado no dia 18 de outubro, penúltimo domingo do mês, é o “ponto alto” da Campanha Missionária, quando é feita a coleta.

O diretor nacional das POM, padre Camilo Pauletti, explica que os recursos arrecadados são para ajudar a Igreja em terras de missão. "São muitas Igrejas, muitos projetos. Mais de 3 mil instituições são ajudadas por essa coleta”, diz. O sacerdote também ressalta o crescimento das doações entre 5 e 6%, na comparação do resultado de 2014 com 2013.

CNBB / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 3 de outubro de 2015

Evangelho Dominical: Deixai as crianças virem a mim!

Para experimentá-lo, perguntaram se era permitido ao homem despedir sua mulher. Jesus perguntou: “Qual é o preceito de Moisés a respeito?”. Os fariseus responderam: “Moisés permitiu escrever um atestado de divórcio e despedi-la”. Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés escreveu este preceito. No entanto, desde o princípio da criação Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois formarão uma só carne; assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu o homem não separe!”. Em casa, os discípulos fizeram mais perguntas sobre o assunto. Jesus respondeu: “Quem despede sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. E se uma mulher despede seu marido e se casar com outro, comete adultério também”. Algumas pessoas traziam crianças para que Jesus as tocasse. Os discípulos, porém, as repreenderam. Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse: “Deixai as crianças virem a mim. Não as impeçais, porque a pessoas assim é que pertence o Reino de Deus. Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele!”. E abraçava as crianças e, impondo as mãos sobre elas, as abençoava. Mc 10,2-16

Entrar na dinâmica do olhar divino sobre o ser humano

O nosso texto do evangelho de hoje é um “diálogo didático”, cuja finalidade é instruir os discípulos a se comportarem em conformidade com os ensinamentos de Jesus. A questão posta pelos fariseus a Jesus é mal-intencionada, pois querem colocá-lo à prova e encontrar um motivo para condená-lo à morte. A questão está baseada em Dt 24,1-3. Recorrendo ao projeto original de Deus (Mc 10,6-9; cf. Gn 1,27; 2,24; 5,2), Jesus rejeita uma interpretação em favor do divórcio. Nesse sentido, ele desautoriza a concessão mosaica para esse caso. A incapacidade de perdoar e de reconciliação diz respeito à “dureza do coração” que ameaça o povo de Deus. Jesus põe em pé de igualdade a condição do homem e da mulher. Mas a resposta de Jesus desconcerta os que queriam colocá-lo à prova, pois protege a parte mais frágil em semelhantes casos. Jesus recentra a questão não sobre a ordem jurídica, mas sobre a ordem da criação, sobre o Reino de Deus. Portanto, a questão fundamental é reconciliar tudo com o ideal do Reino de Deus, com o ideal cristão. Trata-se de entrar na dinâmica do olhar divino sobre o ser humano, tal qual pode ser apreendido pelos relatos da criação. Já em casa, algumas pessoas trazem crianças para que Jesus as toque. Toda situação é para Jesus ocasião de ensinar e transmitir algo do Reino de Deus, de sua pessoa e da situação ou condição do discípulo. No tempo de Jesus, as crianças gozavam de respeito e eram bem tratadas. Se tivermos presente os relatos anteriores a este, poderemos notar um contraste entre as crianças levadas a Jesus e a resistência dos discípulos. O papel dos discípulos é conduzir as pessoas a Jesus (cf. Mc 2,1-12), e não impedi-las de se aproximar dele; por isso a indignação de Jesus. A ocasião serviu de oportunidade para Jesus ensinar aos seus discípulos que o Reino de Deus precisa ser acolhido como dom. O Reino de Deus está presente, em primeiro lugar, na pessoa de Jesus; é preciso acolhê-lo como dom do Pai sem opor nenhuma resistência. O exemplo das crianças serve para interpelar os discípulos à abertura generosa ao novo (cf. Mc 2,21-22). As crianças, em geral, são abertas e confiantes. Devemos imitá-las para acolher com simplicidade o Reino de Deus.

Pe. Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Tenha um coração missionário

A missão nasce no coração da Santíssima Trindade, de onde recebemos o chamado para sermos testemunhas do amor no mundo. Em Cristo somos enviados a anunciar a Boa Nova do Reino de Deus entre nossos irmãos e irmãos. O coração da missão está fundamentado no coração missionário de Jesus Cristo. O documento Ad Gentes (Aos Povos) irá nos dizer que: “A Igreja peregrina é, por sua natureza, missionária, visto que tem a sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na «missão» do Filho e do Espírito Santo” (AG, 2). O coração de Cristo na Igreja, a faz missionária por excelência.


Dentre as inúmeras características de um missionário, algumas são fundamentais para quem deseja fazer de sua vida uma Missão de amor e anuncio da Boa Nova:

Missão é sempre uma ponte de amor entre os seres humanos. Não há missão se não ousamos sair de nós mesmos e partir ao encontro do outro. E este encontro acontece a partir da realidade em que nossos irmãos e irmãs vivem. Deus é quem conduz nossos passos e caminhos. Somos peregrinos acompanhados por Deus em terras de Missão. Muitas vezes, o missionário terá de sair de suas certezas e seguranças, confiando na providência divina. “Deus disse a Abrão: ‘Saia de sua terra, do meio de seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei. Eu farei de você um grande povo, e o abençoarei; tornarei famoso o seu nome, de modo que se torne uma bênção'” (Gn 12,1-2).

Semear o amor: A vida missionária faz do mundo um território sem fronteiras, onde a segurança está apenas em Deus. Conduzidos pelo Espírito Santo, Protagonista da Missão, o missionário sabe que é apenas um semeador. Seu trabalho consiste em apenas lançar as sementes do amor nos corações que encontrar ao longo do caminho. Deus é quem irá cuidar. Certeza? Apenas uma: o Senhor é quem faz crescer as sementes do amor plantadas em cada vida e em cada história: “Eu plantei, Apolo regou, mas era Deus quem fazia crescer. Assim, aquele que planta não é nada, e aquele que rega também não é nada: só Deus é que conta, pois é ele quem faz crescer” (1 Cor 3,6-7).

Partilhar seus dons em favor de todos: Missionário é aquele que partilha seus dons em favor da humanidade sofredora. Ele sabe que os dons que possui não são seus, mas sim presentes de Deus a serem ofertados a cada irmão e irmã que encontrar pelos caminhos da vida. Em uma sociedade que oferece, muitas vezes, presentes ilusórios, o missionário é chamado a ofertar generosa e pacientemente  os dons nascidos do amor de Deus por cada filho e filha seus e que conduzem cada um ao caminho da amor, da paz e da esperança.

Buscar Deus nos homens: Missão é sempre partir em busca de Deus em cada ser humano. O missionário não busca certezas, mas, nas incertezas e medos do caminho, busca a presença do Senhor, muitas vezes, escondida e silenciosa no coração de cada pessoa. Esta busca não acontece por acaso; uma vez tendo encontrado Deus escondido em cada coração, o missionário tem a tarefa de despertar cada irmão e irmã do sono espiritual no qual muitos se encontram.

Fazer da missão uma oração: A vida espiritual de todo missionário é alimentada pela oração. Quando a vida espiritual missionária deixa de ser oração, a vocação se torna apenas um ativismo que termina no desânimo, abandonando pelo caminho as sementes que trazia guardadas no coração. Na oração, o missionário faz de sua vida uma entrega total de si mesmo aos planos divinos na sua vida e na vida de todos aqueles que lhe são confiados ao seu cuidado e amor.

Missão é sempre um chamado para a evangelização, na qual o amor anunciado seja fonte de vida em plenitude no coração da humanidade, que busca, a cada dia, a Fonte verdadeira da Água Viva.

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