domingo, 31 de janeiro de 2016

Evangelho Dominical

Naquele tempo, estando Jesus na sinagoga, começou a dizer: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?”. Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”. Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho. Lc 4,21-30

Homilia

Jesus estava exercendo Seu ministério público, atuando no meio do povo, anunciando o Reino de Deus, curando, libertando e fazendo a graça do Pai acontecer. Nem sempre Ele era bem recebido e aceito, sobretudo entre seus conhecidos e parentes. Conheciam Jesus desde pequeno, conheciam Sua humanidade; e quando conhecemos uma pessoa desde muito cedo, nós o tratamos como um de nós; algumas vezes, até como menos do que nós.

Escutamos o conselho de todo mundo, menos da mãe e do pai. Damos atenção para todos, menos para o irmão da própria casa. Gostamos demais do padre da outra comunidade, e só enxergamos os limites do nosso padre e do nosso pastor. Muitas vezes, valorizamos o que é de fora e não sabemos valorizar a riqueza de dentro; assim, desprezamos uns aos outros, porque não sabemos colher e acolher o bom de quem está ao nosso lado.

Meu filho, escute seu pai e sua mãe. Por mais defeitos, limites e fragilidades que possam ter, eles são os profetas da sua casa. “Ah, meu pai é desse jeito!”. Relativize, dê desconto, peneire o que não edifica e fique com o que é bom. Não despreze seu pai e sua mãe, aqueles que estão próximos de você, porque o outro eles têm sempre algo a ensinar, estão ao nosso lado!

Precisamos apanhar na vida para aprendermos a ter juízo. Escutamos, nossa vida inteira, nossa mãe nos ensinar, mas, como era a mãe falando, ficávamos bravos, pulávamos, esperneávamos; mas, depois que apanhávamos da vida, damos valor à palavra de nossos pais. A nossa memória nos diz: “Bem que a minha mãe falou!”.

Que aprendamos, hoje, o que muitos judeus não aprenderam: não souberam acolher os profetas da própria terra, da própria casa. Que saibamos acolher os que estão próximos de nós e fiquemos com a sabedoria que vem do coração de cada um!

Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 30 de janeiro de 2016

Os motoristas e São Cristóvão

Todos precisamos de proteção. Dependemos de Deus. Para as situações de risco, como é o caso de quem está na direção de um veículo, não elevar o pensamento para o alto ao ocupar seu posto de pilotagem será sempre uma temeridade. Em velocidade, os motorizados ajudam a encurtar distâncias, mas ao mesmo tempo nos colocam em estado de menor segurança e adiantam situações inesperadas. A fé vem em nosso socorro: Deus é Pai. Os santos, na glória, unem nossa pobre condição humana à santidade divina e diante do trono do Altíssimo, oram por nós, imersos na intercessão de Cristo. Costume antigo entre os cristãos é solicitar a companhia orante destes irmãos que nos precederam na fé e viveram situações semelhantes às nossas. Nós os chamamos de Padroeiros.

São Cristóvão é o anjo protetor dos motoristas. Mas, além da intercessão, o fiel deve olhar para os santos procurando exemplo de vida. Cristóvão, antes de se tornar cristão, se chamava Réprobo. Era um cananeu rude, alto de estatura. Inculto, mas inteligente, desejava conhecer e servir ao rei mais poderoso da terra.

Certo dia lhe apresentaram um. Foi com ele a uma peça de teatro na qual o nome do diabo era repetido com freqüência. A cada vez que o ouvia, o rei fazia o sinal da cruz. – “Por que fazes este sinal”, perguntou Rébrobo. – “Para me livrar das artimanhas do demônio”, respondeu. O escravo não se conformou. “Se há alguém de quem tens medo, então não és mais poderoso que ele”. Começou então a procurar o diabo para servi-lo, admitindo ser ele o maioral da terra. Um ser bem apessoado, atraente e forte iniciou por encantar o servo gigante.

Porém, um dia andando com ele pela estrada, viu que em certo sítio, o demônio desviou caminho. Perguntou: “por que desvias?” – “Porque neste trecho há cruz igual à de um tal Jesus de quem tremo de medo”. Constatou Réprobo: “então este é maior do que ti”. Abandonou-o de imediato e andou a procura do novo rei. Encontrou-o através de um eremita que lhe falou sobre o Salvador. O cristão lhe explicou que para encontrar a Cristo era necessária a oração. O convertido entristeceu-se e disse: “não sei rezar ainda”. “Então, podes jejuar”. – “Para mim esta prática é ainda muito difícil, pois preciso de muito alimento para manter meu pesado corpo”. – “Então”, disse-lhe o catequista, “comece pela caridade e chegarás ao encontro com Cristo”. Como era alto, pôs-se misericordiosamente a transportar nos ombros pessoas que precisavam atravessar um rio sem pontes.

Certo dia, chegou à margem uma criança que com caridade pôs em travessia. Pesava muito; peso descomunal. Correu risco de não suportar e se afogar nas águas caudalosas. Ao chegar ao outro lado, reclamou: “você me causou perigo e quase me levou à morte. Porque pesa tanto? Parecia-me ter o mundo inteiro sobre os ombros”. O menino então esclarece: “tranquiliza-te; sou o Cristo a quem serves. Transportastes o rei da terra, o criador do mundo”. Por isso, terminada a catequese, o santo eremita o batizou com o nome de Cristóvão, que significa Transportador de Cristo.

Cristóvão a partir de então se tornou um cristão tão fiel e exemplar que a muitos outros converteu para Deus. Certa vez, o imperador mandou soldados para prendê-lo obrigando-o a adorar deuses pagãos. Ele, ao encontrá-los impressionou-os tão bem com sua bondade e fé que eles desistiram de prendê-lo. Cristóvão não aceitou. “Levem-me”, disse-lhes. No caminho os soldados se transformaram e se fizeram cristãos. Para levar Cristóvão a pecar, o rei mandou duas belas moças o tentarem. Uma chamava-se Nicéia outra Aquilina. Antes que elas iniciassem seus afagostatura, que alguns o achavam quase um gigante. consideram l atraes, Cristóvão lhes falou sobre a fé e a moral cristã e elas se arrependeram e pediram o batismo, deixando a vida de prostituição. Tão forte foi a conversão delas que nem diante das torturas voltaram atrás, mas enfrentaram corajosamente o martírio. Cristóvão foi perseguido, torturado, açoitado e por fim decapitado, mas nunca deixou de amar e servir ao maior e único Rei do mundo que em sua estrada teve a graça de encontrar.

Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Quais são os efeitos da Misericórdia?

A misericórdia não é sinal de fraqueza, é qualidade da onipotência divina

A audaciosa convocação do Ano Santo da Misericórdia comprova a intuição singular do Papa Francisco no exercício de sua missão. É pelo caminho da misericórdia que a humanidade alcançará as mudanças e respostas que a contemporaneidade espera, com urgência. É remédio incidente. Pode ocorrer de se pensar, equivocadamente, que agir de modo misericordioso se trata de fraqueza e conivência. Mas, assinala o Papa Francisco, reportando-se a palavras de Santo Tomás de Aquino, que a misericórdia não é sinal de fraqueza, é qualidade da onipotência divina.


Efeitos da misericórdia

A experiência da misericórdia alimenta a esperança. Permite a compreensão lúcida da fraternidade e da solidariedade como pilares indispensáveis da sociedade. Bases que devem substituir a lógica perversa da economia que gera ganância, raiz de um “desenvolvimento” que recai como peso sobre os ombros de todos, particularmente dos pobres e indefesos. Para encontrar um rumo novo, todos são convocados a compreender que Deus é misericordioso, fonte da misericórdia. E Jesus Cristo é o rosto dessa misericórdia do Pai porque n’Ele, Jesus, a misericórdia se tornou viva, visível e chegou ao seu ápice. Esse é o mistério da fé cristã.

Ato último e supremo pelo qual Deus vem ao encontro de todos

Ser cristão é, portanto, contemplar o mistério da misericórdia, revelado por Jesus Cristo, fonte da alegria, da serenidade e da paz. Uma interpelação incidente, pois permite reconhecer que a misericórdia é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao encontro de todos. Pertinente é a indicação do Papa Francisco, quando sublinha que “a misericórdia é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação de nosso pecado”.

Critério para reconhecer os verdadeiros filhos de Deus

Coluna mestra de sustentação da Igreja, a experiência da misericórdia é indispensável para conseguir respostas novas e transformadoras, diante dos desafios da atualidade. Sem o remédio da misericórdia, crescerão os fundamentalismos, não se controlará a intolerância, haverá sempre mais polarização de grupos políticos e religiosos, um contínuo desgaste da cultura da vida e da paz. Investir na misericórdia começa pela competência indispensável de perdoar, como Jesus indicou a Pedro, ao responder a sua pergunta a respeito de quantas vezes deve-se perdoar. O perdão é núcleo central do Evangelho e da autenticidade da fé cristã. Por isso, Jesus mostra que a misericórdia não é apenas o agir de Deus Pai, mas é o verdadeiro critério para reconhecer quem são os verdadeiros filhos de Deus.

O Ano da Misericórdia, experiência de fé na Igreja, com incidência na vida das famílias e comunidades, marcado por testemunhos, significativos gestos de reconciliação e perdão, é necessário para se alcançar nova etapa no cuidado das fraquezas e dificuldades dos irmãos. Um convite para que se busque a sabedoria da misericórdia. Em lugar de violência e disputas, que surja um tempo novo, pela força da misericórdia e da compaixão.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Como alcançar indulgências plenárias no Ano da Misericórdia

Conforme o ensinamento da Igreja Católica, “Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos” (Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, 1967, Papa Paulo VI, Sobre a doutrina das indulgências, n.1).


Embora, no Sacramento da Penitência, a culpa do pecado seja perdoada, tirada e com ele o castigo eterno por motivo dos pecados mortais, ainda permanece a pena temporal exigida pela Justiça Divina, e essa exigência deve ser cumprida na vida presente ou depois da morte, isto é, no Purgatório. Uma indulgência oferece ao pecador penitente meios para cumprir essa dívida durante sua vida na terra ou oferecer pelas almas do Purgatório. O Catecismo da Igreja Católica afirma: “Pelas indulgências, os fiéis podem obter para si mesmos e também para as almas do Purgatório, a remissão das penas temporais, sequelas dos pecados” (CIC, 1498).

A misericórdia é mais forte que os pecados

“No sacramento da reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos permanece. A misericórdia de Deus, porém, é mais forte também do que isso. Ela torna-se indulgência do Pai que, por meio da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e o liberta de qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a crescer no amor em vez de recair no pecado” (Misericordiae Vultus, Papa Francisco).

O Papa Paulo VI, na Constituição Apostólica Doutrina das Indulgências (DI), ensina toda a verdade sobre essa matéria. Começa dizendo: “A doutrina e o uso das indulgências vigentes na Igreja Católica, há vários séculos, encontram sólido apoio na Revelação divina, a qual, vindo dos Apóstolos ‘se desenvolve na Igreja sob a assistência do Espírito Santo”,  enquanto “a Igreja no decorrer dos séculos, tende para a plenitude da verdade divina, até que se cumpram nela as palavras de Deus (Dei Verbum, 8)’” (DI, 1). Assim, fica claro que as indulgências têm base sólida na doutrina católica (Revelação e Tradição) e, como disse Paulo VI, “desenvolve-se na Igreja sob a inspiração do Espírito Santo”.

Como obter indulgências no Jubileu da Misericórdia?

“Para lucrar a indulgência plenária, além da repulsa de todo afeto a qualquer pecado, até venial, requerem-se a execução da obra enriquecida da indulgência e o cumprimento das três condições seguintes: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice” (Normas,7-10).

Sendo o Ano Santo um período em que se enfatiza o perdão, a libertação e a misericórdia, a Igreja propõe, de modo especial, nessas ocasiões, as indulgências.

O Papa Francisco anunciou o Jubileu da Misericórdia, um Ano Santo Extraordinário, instituído por ele e que terá como centro a misericórdia de Deus. O Jubileu da Misericórdia é extraordinário, e seu início foi no dia oito de dezembro, dia da Imaculada Conceição. O encerramento do Ano Santo será no dia 20 de novembro de 2016: “Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da misericórdia”.

O que significa viver a indulgência no Ano Santo

“Viver a indulgência no Ano Santo significa aproximar-se da misericórdia do Pai, com a certeza de que o seu perdão cobre toda a vida do crente. A indulgência é experimentar a santidade da Igreja, que participa em todos os benefícios da redenção de Cristo, para que o perdão se estenda até às últimas consequências aonde chega o amor de Deus. Vivamos intensamente o Jubileu, pedindo ao Pai o perdão dos pecados e a indulgência misericordiosa em toda a sua extensão”.

Será, portanto, um Ano Santo extraordinário para viver, na existência de cada dia, a misericórdia que o Pai, desde sempre, estende sobre nós. Neste Jubileu, deixemo-nos surpreender por Deus. Ele nunca se cansa de escancarar a porta do Seu coração, para repetir que nos ama e deseja partilhar conosco a Sua vida. A Igreja sente, fortemente, a urgência de anunciar a misericórdia de Deus. A sua vida é autêntica e credível, quando faz da misericórdia seu convicto anúncio.

O que um católico deve fazer para receber indulgências?

Segue o que o Papa Francisco diz:

“Para viver e obter a indulgência, os fiéis são chamados a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta da Santa, aberta em cada catedral ou nas igrejas estabelecidas pelo bispo diocesano, e nas quatro Basílicas Papais, em Roma, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão. Estabeleço igualmente que se possa obter a indulgência nos santuários onde se abrir a Porta da Misericórdia e nas igrejas que, tradicionalmente, são identificadas como jubilares. É importante que esse momento esteja unido, em primeiro lugar, ao sacramento da reconciliação e à celebração da Santa Eucaristia, com uma reflexão sobre a misericórdia. Será necessário acompanhar essas celebrações com a profissão de fé e com a oração por mim e pelas intenções que trago no coração para o bem da Igreja e do mundo inteiro”.

E as pessoas enfermas?

“Penso também em quantos, por diversos motivos, estiverem impossibilitados de ir até a Porta Santa, sobretudo os doentes e as pessoas idosas e sós, as quais, muitas vezes, se encontram em condições de não poder sair de casa. Para eles será de grande ajuda viver a enfermidade e o sofrimento como experiência de proximidade ao Senhor, que, no mistério da Sua Paixão, Morte e Ressurreição, indica a via mestra para dar sentido à dor e à solidão. Viver com fé e esperança jubilosa esse momento de provação, recebendo a comunhão ou participando da Santa Missa e da oração comunitária, inclusive nos vários meios de comunicação, será para eles o modo de obter a indulgência jubilar”.

E os encarcerados?

“O meu pensamento se dirige também aos encarcerados, que experimentam a limitação da sua liberdade. O jubileu constituiu sempre a oportunidade de uma grande anistia, destinada a envolver muitas pessoas que, mesmo merecedoras de punição, todavia tomaram consciência da injustiça perpetrada e desejam sinceramente inserir-se de novo na sociedade, oferecendo o seu contributo honesto. A todos eles chegue concretamente a misericórdia do Pai que quer estar próximo de quem mais necessita do seu perdão. Nas capelas dos cárceres, poderão obter a indulgência, e todas as vezes que passarem pela porta da sua cela, dirigindo o pensamento e a oração ao Pai, que esse gesto signifique para eles a passagem pela Porta Santa, porque a misericórdia de Deus, capaz de mudar os corações, consegue também transformar as grades em experiência de liberdade”.

Padre Mário Marcelo Coelho - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Bonjardinenses celebram abertura da tradicional festa em honra ao seu co-padroeiro, São Sebastião

Procissão da Bandeira e Missa marcam início do novenário preparatório para a grandiosa festa, no dia 02 de fevereiro

Os tradicionais festejos em honra ao glorioso mártir São Sebastião, em Bom Jardim, no Agreste pernambucano, tiveram início na noite do último domingo (24) com a Procissão da Bandeira saindo da residência dos Juízes da Festa, o casal Leonardo Vieira e Maria Regina de Aguiar, na Rua Israel Fonseca, e percorrendo as principais ruas da cidade rumo à Capela de São Sebastião, onde aconteceu a Missa de abertura do novenário, presidida pelo Pe. Elias Roque (Pároco local) e animada pelo Ministério Viver de Fé (Orobó-PE).


A Festa do Glorioso Mártir São Sebastião, há 90 anos, encanta pela sua religiosidade e expressividade cultural. Oriunda de uma promessa fortalecida pela Senhora Otília Engrácia de Oliveira (Tila), em virtude do livramento da Peste Bubônica que assolava toda região, a Festa de São Sebastião, hoje, é conhecida como a maior festa religiosa do município, apesar de não tê-lo como padroeiro.


Para este ano, em sua nonagésima edição, o novenário transcorrerá baseado na temática “Jesus, Rosto da Misericórdia do Pai”, dentro da proposta do Ano Santo da Misericórdia.

A programação religiosa se estenderá até o próximo dia 02 de fevereiro, terça-feira, com recitação do Santo Terço e Celebração Eucarística, sempre a partir das 19h00, na Capela de São Sebastião.


Por Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

domingo, 24 de janeiro de 2016

Tradicional Festa do Glorioso Mártir São Sebastião começa neste domingo (24), em Bom Jardim

Procissão da Bandeira e Celebração Eucarística abrirão programação religiosa da 90ª Festa do Glorioso Mártir São Sebastião

O município de Bom Jardim, no Agreste pernambucano, dará início neste domingo (24), às 18h30, com a Procissão da Bandeira seguida de Celebração Eucarística, aos tradicionais festejos em honra ao seu glorioso co-padroeiro, o mártir São Sebastião.

O novenário preparatório acontecerá na Capela de São Sebastião (centro), no período de 24 de janeiro a 02 de fevereiro de 2016, com recitação do Santo Terço e Celebração Eucarística, sempre a partir das 19h00.

A Procissão da Bandeira sairá da residência dos Juízes da Festa, o casal Leonardo Vieira e Maria Regina de Aguiar, na Rua Israel Fonseca (em frente ao Varejão Bonjardinense), e percorrerá as principais ruas da cidade rumo à Capela de São Sebastião, onde acontecerá a Missa de abertura do novenário, presidida pelo Pároco local (Pe. Elias Roque).



“Com este espírito somos convidados a celebrar, com júbilo, a Festa do Glorioso Mártir São Sebastião em nossa Paróquia, neste ano proclamado pelo Papa Francisco como o ‘Ano da Misericórdia’. Aproveitando o ensejo, vamos contemplar o mistério da misericórdia – fonte de alegria, serenidade e paz. Venha e participe conosco. A vossa presença será de suma importância para o brilhantismo desta festa”, destaca a mensagem sacerdotal.

Com o tema central: “Jesus, Rosto da Misericórdia do Pai”, dentro da proposta do Ano Santo da Misericórdia – 08/12/2015 a 20/11/2016, o festejo pretende despertar nos fiéis o desejo de vivenciar substancialmente o Jubileu, através de iniciativas que podem ser praticadas no decorrer deste período, como: realizar peregrinações, praticar as obras de misericórdia, intensificar a oração, passar pela Porta Santa, perdoar, buscar o Sacramento da Reconciliação, superar a corrupção, participar da Eucaristia, fortalecer o ecumenismo; converter-se, dentre outras práticas.

Por Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 23 de janeiro de 2016

Evangelho Dominical

Muitas pessoas já tentaram escrever a história dos acontecimentos que se realizaram entre nós, como nos foram transmitidos por aqueles que, desde o princípio, foram testemunhas oculares e ministros da palavra. Assim sendo, após fazer um estudo cuidadoso de tudo o que aconteceu desde o princípio, também eu decidi escrever de modo ordenado para ti, excelentíssimo Teófilo. Deste modo, poderás verificar a solidez dos ensinamentos que recebeste. Naquele tempo, Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam. E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga, no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor”. Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. Lc 1,1-4;4,14-21

Evangelho Dominical / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Saiba como viver bem o Ano da Misericórdia

O jubileu do Ano da Misericórdia é um convite a olhar para o próximo sem julgar e condenar, com amor e perdão sem medida


Vivendo de maneira concreta

Uma maneira concreta para viver o Ano Santo é a prática das obras de misericórdia corporais e espirituais. O Papa Francisco expressou seu vivo desejo de que os cristãos reflitam essas práticas e despertem da indiferença diante da pobreza, já que “os pobres são os privilegiados da misericórdia divina”.

Obras de Misericórdia Corporais e Espirituais

O convite é, portanto, de uma redescoberta. São obras de misericórdia corporais: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos e enterrar os mortos.

Obras de misericórdia espirituais são: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas e rezar a Deus pelos vivos e defuntos.

Perdão a quem cometeu aborto

Entre as graças disponibilizadas para o Ano da Misericórdia, destaque para o perdão concedido a quem cometeu aborto. “Decidi conceder a todos os sacerdotes a faculdade de absolver do pecado de aborto quantos o cometeram e, arrependidos de coração, pedirem que lhes seja perdoado”, escreveu Francisco.

O Papa não ameniza a gravidade do aborto e diz na carta que “o drama do aborto é vivido por alguns com uma consciência superficial, quase sem se dar conta do gravíssimo mal que um gesto semelhante comporta. “O perdão de Deus não pode ser negado a quem quer que esteja arrependido, sobretudo, quando com coração sincero se aproxima do Sacramento da Confissão para obter a reconciliação com o Pai”, acrescenta.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Dia de São Sebastião

O santo de hoje nasceu em Narbonne; os pais eram oriundos de Milão, na Itália, do século terceiro. São Sebastião, desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à dos irmãos.

Ao entrar para o serviço no Império como soldado, tinha muita saúde no físico, na mente e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do Império. Esse grande homem de Deus ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem – nesse tempo, no Império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos –, porque o imperador adorava os deuses. Enquanto os cristãos não adoravam as coisas, mas as três Pessoas da Santíssima Trindade.

Esse mistério o levava a consolar os cristãos que eram presos de maneira secreta, mas muito sábia; uma evangelização eficaz pelo testemunho que não podia ser explícito.

São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir. E um apóstata denunciou-o para o Império e lá estava ele, diante do imperador, que estava muito decepcionado com ele por se sentir traído. Mas esse santo deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o Império era esse serviço; denunciando o paganismo e a injustiça.

São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus. O imperador, com o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensarem que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele. Ao recobrar sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o imperador, pois queria o seu bem e o bem de todo o Império. Evangelizou, testemunhou, mas, dessa vez, no ano de 288 foi duramente martirizado. São Sebastião, rogai por nós!

Santo do Dia - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Vaticano apresenta nesta sexta mensagem do Papa para Dia Mundial das Comunicações

“Comunicação e Misericórdia: um encontro fecundo” é o tema da mensagem do Papa para a data que será celebrada em 8 de maio

O Vaticano apresenta nesta sexta-feira, 22, a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2016. O tema da mensagem é “Comunicação e Misericórdia: um encontro fecundo”.


A data é celebrada sempre no domingo que antecede a Festa de Pentecostes; em 2016, será no dia 8 de maio.

Ainda na sexta-feira, o presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, vai presidir a Santa Missa na Igreja de Santa Maria em Traspontina, na Via da Conciliação em Roma. Estão convidados a participar da celebração todos os profissionais da área de comunicação.

Ambas as atividades – apresentação da mensagem e celebração da Missa – acontecem nesta sexta-feira por ocasião da proximidade ao dia de São Francisco de Sales, celebrado pela Igreja em 24 de janeiro. Ele é o padroeiro dos jornalistas e dos trabalhadores da área de comunicação.

Em comunicado emitido nesta segunda-feira, 18, o Vaticano informou que quem vai atender a imprensa na coletiva será o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, o prefeito da Secretaria para a Comunicação, monsenhor Dario Edoardo Viganò, o diretor da TV 2000, Paolo Ruffini, e a professora Marinella Perroni, da Universidade Pontifícia Santo Anselmo, de Roma.

Sobre o Dia Mundial das Comunicações

O Dia Mundial das Comunicações Sociais é a única data instituída pelo Concílio Vaticano II (Decreto Inter Mirifica, 1963), no pontificado de Paulo VI.

No ano passado, a mensagem de Francisco para a ocasião teve relação com as famílias. “Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor” foi o tema, indo ao encontro do contexto da época, já que 2015 teve Sínodo dos Bispos sobre Família e o Encontro Mundial das Famílias na Filadélfia, Estados Unidos.

Já em 2016, o tema escolhido pelo Papa está em sintonia com o Ano da Misericórdia, que começou em 8 de dezembro de 2015 e termina em 20 de novembro de 2016.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Evangelho Dominical

Naquele tempo, houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”. Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”. Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros. Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho bom até agora!”. Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele. Jo 2,1-11

Homilia

No Evangelho de hoje, estamos contemplando e admirando o início do ministério e da vida pública de Jesus. A primeira coisa: Jesus inicia Sua vida e Seu ministério em meio a uma festa de casamento, uma celebração de bodas. A graça de Deus começa a agir no meio da família.

A nova criação de Deus começou com a família de Nazaré, por isso, em cada casamento que se inicia, a graça do Senhor ali começa a agir também.

No início do ministério de Jesus, Sua Mãe se faz presente, como se fez presente no início de Sua vida. Jesus veio ao mundo, porque foi concebido no ventre de Maria; e para agir no mundo, fez-se presente também no milagre final e definitivo da cruz, quando nos deu Maria como nossa Mãe.

Maria, presente no primeiro milagre público de Jesus, é aquela que adianta a hora de Deus, é aquela que sabe a hora em que passamos necessidades, as aflições e os apertos, que precisamos de uma intervenção divina.

Mesmo que a hora de Deus não tenha chegado em nossa vida, não tenhamos receio, medo de suplicar, de socorrer e pedir, porque a Mãe foi a primeira a interceder [nas bodas de Caná] quando o vinho havia acabado.

Muitas vezes, o melhor vinho, aquele que traz alegria e bênção, que acaba nos casamentos e nas famílias, é o vinho do diálogo, que faz com que a família seja lugar de bênção e alegria. Se está faltando esse vinho em casa, no casamento, na família, não tenhamos medo de socorrê-los. Por mais que pareça que não é a hora, sempre é hora de recorrermos à Mãe! Ela só tem um conselho a nos dar: “Façam tudo o que Ele vos disser!”. Se ouvirmos esse conselho de Maria, podemos ter a certeza de que o vinho que faltava vai se multiplicar em nossa casa.

O que nossas famílias estão precisando resgatar é, justamente, a graça de fazer tudo aquilo que Jesus nos fala. É hora de recapitularmos a Palavra de Deus, é hora de lermos com mais atenção, em nossa casa e na família, os mandamentos, os preceitos e as leis divinas.

O que vai secando o pote, fazendo minar a graça é a nossa falta de atenção para com Deus e Sua Palavra. Chame os seus para que a hora da graça aconteça, para que o milagre da multiplicação do vinho seja abundante em sua casa.

Seja qual for a necessidade pela qual estamos passando, seja material, espiritual ou de qual ordem for, a graça de Deus vem em nosso auxílio, só precisamos fazer o que Jesus nos fala.

Padre Roger Araújo - Liturgia Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 16 de janeiro de 2016

Campanha da Fraternidade tem atividades para crianças

A Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 terá início na Quarta-feira de Cinzas, 10 de fevereiro, e prosseguirá até o Domingo de Ramos, 20 de março. A reflexão central da CEF traz como tema “Casa comum, nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24).

Este ano, a Campanha da Fraternidade é realizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em parceria com o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic). A proposta está em sintonia com a Encíclica do papa Francisco, Laudato Si, visando debater com a sociedade questões do saneamento básico a fim de garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida aos cidadãos.

Materiais

Com o objetivo de auxiliar as comunidades na vivência da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 (CFE), a Comissão Organizadora elaborou diversos materiais de apoio. São oferecidos o manual, Texto Base, Círculos Bíblicos, Encontros Catequéticos para crianças e adolescentes, Encontros para jovens do Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio, Encontros para Famílias e Via-Sacra Ecumênicas, além de Vigílias e celebração da misericórdia.

O roteiro de “Atividades para crianças” está disponível gratuitamente para download, contendo sugestões de encontros de evangelização. De acordo com a Comissão, a reflexão sobre o saneamento básico, também, deve ser estimulada entre as crianças.

“Sabemos que se as crianças não forem orientadas e despertadas para o cuidado com a criação pouca esperança teremos. Cabe a nós ensiná-las a amar e cuidar da nossa Casa Comum”.

Os demais subsídios podem ser adquiridos nas Edições CNBB, por meio do site: www.edicoescnbb.com.br

Baixe, também, outros materiais da Campanha da Fraternidade Ecumênica. Acesse: campanhas.cnbb.org.br

CNBB / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Publicada mensagem do Papa para Jubileu dos Adolescentes

Papa escreveu mensagem por ocasião do Jubileu dos Adolescentes que será celebrado em abril, no Ano da Misericórdia

O Vaticano publicou nesta quinta-feira, 14, a mensagem do Papa Francisco para o Jubileu dos Adolescentes, que será celebrado de 23 a 25 de abril, no contexto do Ano da Misericórdia.


Francisco explica que o Jubileu não tem fronteiras, abrange todos, grandes e pequenos, inclusive os adolescentes. É um Ano em que todo momento é santo, para que toda a existência humana se torne santa. “Espero-vos, em grande número, no próximo mês de Abril”, disse o Papa já convidando os meninos e meninas a participarem do evento.

O tema do Jubileu dos Adolescentes é “Crescer misericordiosos como o Pai”, o que também constitui, segundo o Papa, uma oração que se faz pelos jovens. Ele explicou que crescer misericordioso significa aprender a ser corajoso no amor desinteressado, tornando-se uma pessoa grande no físico e no íntimo.

Francisco lembrou que essa idade – 13 a 16 anos – é uma fase de “mudanças incríveis”, em que tudo parece possível e impossível. O Papa convidou, então, os adolescentes a permanecerem firmes no caminho da fé, com segurança em Deus. “Aqui está o segredo do nosso caminho! Ele dá-nos a coragem de ir contra a corrente”, disse, repetindo o convite para que os jovens apostem em grandes ideias.

O Santo Padre não esqueceu, na mensagem, de mencionar a realidade dos adolescentes marcados pela guerra, pela pobreza extrema e pelo abandono. “Não percais a esperança! O Senhor tem um grande sonho a realizar juntamente convosco (…) Não acrediteis nas palavras de ódio e terror que se repetem com frequência; pelo contrário, construí novas amizades”.

Consciente de quem nem todos poderão ir a Roma nesse Ano Jubilar, o Papa disse que os jovens não devem preparar apenas as mochilas, mas também os corações e as mentes. “Quando passardes pela Porta Santa, lembrai-vos de que vos comprometeis a tornar santa a vossa vida, a alimentar-vos do Evangelho e da Eucaristia, que são a Palavra e o Pão da vida, para poderdes construir um mundo mais justo e fraterno”.

Jéssica Marçal - Canção Nova Notícias / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Como ajudar os filhos a viverem o Ano da Misericórdia?

Saiba como ajudar os filhos a viverem o Ano da Misericórdia

O Papa Francisco nos convida à misericórdia de Deus. Do dia 8 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de 2016, somos chamados a refletir, vivenciar e ensinar nossos filhos a obterem as graças deste ano e ajudarem o mundo a ser mais cristão nos anos vindouros. Nossa bússola é o documento do Papa, que nos recorda as obras de misericórdia corporais e espirituais.


Convido os pais a seguirem a trilha. Em primeiro lugar, “não nos deixemos cair na indiferença que humilha, na habituação que anestesia o espírito e nos impede de descobrir a novidade, no cinismo que destrói”. Precisamos acordar desse torpor que nos invade e adormece a consciência de muitos. Quantas notícias, em jornais e televisão, de catástrofes com nossos irmãos, e continuamos a nossa vida normalmente! Diante da lama derramada numa cidade de Minas Gerais, quem contribuiu para alimentar os famintos e enviar água para os sedentos, ou preferiu apenas discursar na mesa sobre o fato?

Continuando a nossa caminhada, o Papa nos convida a irmos ao encontro dos irmãos. “Abramos nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda.” Abramos nossos armários de comida e de louças, e ensinemos nossos filhos a abrirem os seus armários de roupas e brinquedos, para dividir com quem não os tem, ou seja, viver o Evangelho.

Nessa trilha, no entanto, nossas obras não se restringem apenas às coisas materiais, mas nos pede que “as nossas mãos apertem suas mãos e os estreitemos a nós, para que sintam o calor da nossa presença, amizade e fraternidade”. Precisamos aprender a sair do individualismo e levar nossos filhos a auxiliar os enfermos, visitar presos e enterrar os mortos. A maioria dos pais querem poupar os filhos da dor do mundo, mas com isso os isolam dos acontecimentos que fazem parte do ciclo da vida familiar. Imagine se querem os filhos em contato com as dores do mundo! Com isso, nossas consciências estão adormecidas e as de nossos filhos nem foram despertadas.

Nessa reflexão, temos de nos lembrar não só das pessoas de fora, mas também de dentro dos lares e “que o seu grito se torne nosso e, juntos, possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a hipocrisia e o egoísmo”. Isso acontece, porque o egoísmo está sendo gestado dentro dos lares, com o “discurso do meu”, onde as crianças não estão sendo ensinadas a partilhar com os irmãos de sangue. Como ensiná-las e fazê-las partilharem com estranhos?

Somos chamados neste ano a buscar a perfeição, abrir mão dos pecados e confessá-los para sermos perdoados, mas também a buscar a indulgência plenária para a reparação desse mal. Muitas famílias não conhecem o que significa isso, mas precisam aprender a partilhar com os filhos essa encíclica de acordo com a faixa etária. Para os filhos pequenos, nossa ação será a melhor forma de eles entenderem ou não sobre a Misericórdia de Deus. Para filhos maiores, é preciso conscientizá-los, a fim de que conheçam e busquem a misericórdia de Deus e do Evangelho, em especial a oferecida neste ano.

Se nos colocarmos como peregrinos, com o coração aberto e a mente transformada, com certeza estaremos mostrando aos nossos filhos a meta a ser alcançada: “Sermos misericordiosos como o Pai é misericordioso”, motivá-los à conversão e ao mergulho neste Ano da Misericórdia.

Ângela Abdo - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

domingo, 10 de janeiro de 2016

Evangelho Dominical

Naquele tempo, o povo estava na expectativa e todos se perguntavam no seu íntimo se João não seria o Messias. Por isso, João declarou a todos: “Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo”. Quando todo o povo estava sendo batizado, Jesus também recebeu o batismo. E, enquanto rezava, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre Jesus em forma visível, como pomba. E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem-querer”. Lc 3,15-16.21-22


Homilia

O batismo é a grande graça que podemos receber do Céu, é a grande graça que Deus concede a todos nós! O batismo, de forma maravilhosa, realiza graças invisíveis em nossa alma e em nosso coração.

Se o pecado nos separou do amor de Deus, se Ele nos colocou como criaturas indignas do Senhor, é a graça do batismo que nos torna novamente filhos d’Ele. Se por um lado, a inclinação ao mal está dentro do nosso coração, o batismo, de forma sacramental e sagrada, direciona nossa alma e nosso coração para Deus.

Hoje, celebramos o batismo de Jesus! Você poderia dizer: “Por que Ele foi batizado?”. Porque também precisou da unção do Pai para cumprir Sua missão entre nós. Veja: quando Jesus é batizado, o Céu se abre, porque toda Trindade está em festa. Jesus é o Filho, e é o Pai quem diz: “Este é o meu Filho amado; o Espírito desce sobre Ele em forma de pomba” (Mateus 3,16-17).

Quando somos batizados, a Trindade faz morada em nós, ela nos torna templo vivo do Deus vivo, a Santíssima Trindade faz morada em nós!

Precisamos parar para meditar, agradecer e reconhecer a importância do batismo em nossa vida. Aquele dia em que nossos pais nos levaram às águas do batismo, não foi um rito social ou uma cerimônia religiosa bonita; muito mais do que isso, tornamo-nos para sempre morada de Deus, lugar da habitação do Espírito.

É verdade que o batismo não é algo mágico nem supersticioso, mas é a ação poderosa de Deus em nossa vida. Se cuidarmos da sacralidade do nosso batismo e tomarmos consciência dela, tornamo-nos pessoas melhores, mais santas, sagradas e responsáveis pelo amor que Deus derrama em nós!

Se existem tantos cristãos néscios e sem juízo neste mundo, se andamos perambulando, sem saber para onde ir, é porque nos falta tomar consciência daquilo que o batismo realizou em nós.

No batismo de Jesus, queremos renovar as graças do nosso batismo, voltar à pia batismal, naquele dia santo e sagrado quando nos tornamos filhos de Deus e fomos lavados da mancha do pecado e agraciados com o dom do Espírito. Que Deus realize em nós as maravilhas que recebemos no dia do nosso batizado!

Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Sete conselhos do Papa Francisco para viver bem o Ano da Misericórdia

Alguns conselhos para viver bem o Ano da Misericórdia

Deus manifesta seu carinho e cuidado pela criação e por Seus servos. Neste tempo, o Senhor nos enviou um servo muito querido e estimado até pelos não cristãos, Papa Francisco. Ele nos presenteia com seus discursos e reflexões, com uma vida cristã que transborda Jesus e Sua misericórdia.


Que ano é este?

O Papa, por inspiração divina, anunciou o Ano da Misericórdia. Mas que ano é esse? Como devemos vivê-lo? Dentre tantos passos apresentados por Francisco na bula Misericordie Vultus (O Rosto da Misericórdia), posso ousar em elencar dez conselhos.

Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai

1) Reconhecer a misericórdia do Pai em Jesus é o tema do Ano Santo: “Misericordiosos como o Pai”. Logo no início da bula, Francisco ensina: “Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai”. Mas como imitá-Lo em Sua misericórdia? Por meio do Filho, Jesus, reconhecer a misericórdia do Pai. Com o olhar no Cristo, é possível verificar que Deus é Pai, misericórdia, amor e vida, Ele é Emanuel, o Santo. O primeiro conselho é reconhecer o Pai no Filho e seguir o que Ele ensinou e viveu.

A misericórdia do Senhor é para todos

2) Se é possível ver a misericórdia do Pai no Filho, se Ele é Santo, o segundo conselho é reconhecer-se pecador. No entanto, a misericórdia do Senhor é para todos, não podemos temê-Lo, mas confiar que Ele não se cansa de perdoar. “Nós é que nos cansamos de pedir perdão”, já frisou o Papa em seus ensinamentos. Reconhecer-se pecador é o mesmo que dizer “sou alvo da misericórdia do Pai”.

Tempo de busca pelo sacramento da reconciliação

3) Ir em busca do perdão. O Papa ressalta que é tempo de misericórdia; então, é tempo de buscar o sacramento da reconciliação, fazer um bom exame de consciência, estar arrependido, ter a firme resolução de não pecar mais, confessar e viver uma vida nova em Cristo. Francisco chamou à atenção os confessores e sacerdotes, para que tenham um especial cuidado de acolher, orientar e perdoar os penitentes.

Perdão para si ou para algum falecido

4) Nesse Ano da Misericórdia, a Igreja oferecerá abundantes graças aos fiéis, oferecerá indulgências e o perdão dos pecados devido às suas consequências. Perdão para si ou para algum falecido. Quem poderá recebê-lo? Aqueles que estiverem em estado de graça, que participarem da comunhão eucarística, rezarem pelo Papa e fizerem uma peregrinação passando pela Porta Santa.

A misericórdia não é algo abstrato

5) A misericórdia não é algo abstrato, mas muito concreto como o amor de mãe, ou seja, provém do íntimo de Deus, ensina o Papa. A mãe ama com carinho, afeto e, ao mesmo tempo, com firmeza e verdade; assim, Deus nos ama e nos convida a fazer o mesmo.

Diante da misericórdia que se recebe, como concretamente traduzi-la?

As obras de misericórdia

6) Concretamente, o Papa recorda algo que a Igreja ensina e vive há muito tempo: as obras de misericórdia, que podem ser espirituais e corporais. As obras de misericórdia espirituais são: instruir, aconselhar, corrigir, perdoar e ter paciência. Já as obras de misericórdia corporais são: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir o nu, dar abrigo a quem não tem, visitar os doentes e presos, sepultar os mortos, praticar a justiça e dar esmola.

Porta-voz da misericórdia do Pai

7) Anunciadores da misericórdia, a Igreja deve ser porta-voz da misericórdia do Pai. Francisco recordou São João Paulo II, quando este, na sua encíclica Dives in Misericordia, falou sobre o esquecimento dessa palavra e atitude: agir com misericórdia. Neste mundo, a Igreja tem a missão de chegar ao coração e à mente de cada pessoa com a misericórdia divina. A Igreja, claro que não apenas as pessoas que fazem parte do clero ou fizeram algum tipo de voto, mas todos os batizados e ungidos pelo Senhor são instrumentos, são os braços, os pés, as mãos do Senhor. O clero e os leigos, juntos, revelam o Rosto da Misericórdia.

Por fim, acredito que poderíamos elencar outros conselhos e passos a serem dados, pois estes nos ajudam a tomar posse desse Deus Pai Misericordioso, que enviou Seu Filho e, assim, revela-nos seu Rosto de Misericórdia. O Senhor, Pai da Providência, concede-nos, neste tempo, a graça por meio da Igreja, de seu servo o Papa Francisco, que conta com tantos outros servos que, banhados pela misericórdia, só podem responder com misericórdia. Que a nossa resposta hoje e sempre seja de misericórdia com palavras e gestos concretos.

Padre Márcio do Prado - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Os Reis Magos, uma lição de fé

O Filho de Deus nasceu revestido de nossa miséria humana, escondendo-se sob as feições de um menino comum toda a “plenitude de sua divindade” como disse São Paulo

Assim quase ninguém pôde suspeitar que naquele Menino chamado Jesus se ocultasse Deus. Mas Deus, de sua maneira, quis manifestar a sua glória, dignidade e a divindade.


Houve a primeira manifestação aos pastores pobres de Belém, os primeiros judeus a reconhecerem o seu Deus; eles contemplaram os Anjos cantando o “Glória in excelsis Deo”. Esses pastores, avisados pelos Anjos, naquela mesma noite reconheceram e adoraram o recém-nascido Salvador do Mundo.

Uma segunda manifestação da divindade de Jesus aconteceu quarenta dias após o nascimento, em sua apresentação no Templo. Simeão e Ana manifestaram a sua glória. Uma terceira vez, ainda mais solene, aconteceu por meio de ilustres personagens, provenientes de longe: é a terceira Epifania (manifestação) de Jesus ao mundo, mas agora aos pagãos.

Enquanto os anjos, com seus cânticos, anunciavam nos campos de Belém o nascimento de Jesus, uma nova Estrela anunciava-O no Oriente de maneira misteriosa. Os representantes dos pagãos foram os Magos; homens que se ocupavam das ciências, especialmente da astronomia, da medicina e da matemática.

Pouco sabemos sobre esses reis Magos; eram pequenos reis soberanos de tribos primitivas do Oriente, viviam como patriarcas, senhores de rebanhos. Não há consenso sobre o país exato de onde vieram. São Jerônimo (†420) e Santo Agostinho (†430) diziam que os Magos vieram da Caldéia.

Os Padres gregos, a tradição da Síria, vários doutores da Igreja, afirmam que vieram da Pérsia. São Clemente de Alexandria (†215), São João Crisóstomo (†407), Santo Efrém (†373), S. Cirilo de Alexandria (†442), doutores da Igreja, afirmam que vieram da Pérsia, onde eram sacerdotes e pertenciam à uma casta religiosa e científica. Esses têm a seu favor as pinturas das Catacumbas de Roma, dos primeiros séculos, que os representam sempre com roupas persas: chapéus altos com abas caindo sobre os dois lados do rosto; túnica branca e comprida presa na cintura, sobre a qual cai longo manto para trás.

Segundo esses Padres, os reis Magos eram cultos, conheciam os livros dos judeus e professavam uma religião muita acima do paganismo; conheciam a ciência dos astros e liam pergaminhos antigos. De alguma forma conheciam a fé do povo judeu, a espera do Messias que traria salvação não só para Israel, mas também para as demais nação. Não podemos esquecer daquele eunuco etíope, evangelizado e batizado por S. Felipe (At 8,29ss).

E este oriental lia o profeta Isaias, e exatamente o trecho que falava do Servo Sofredor (Is 53,7). Este fato é uma prova de que muitos no oriente conheciam a glória de Israel e a sua fé.

E não podemos esquecer também que: “A rainha de Sabá, tendo ouvido falar de Salomão e da glória do Senhor, veio prová-lo com enigmas.(1Rs 10,1-2).

Ora, se a rainha de Sabá conhecia a fama de Salomão, 900 anos antes de Cristo, então, os reis Magos também podiam conhecer a fé judaica. Eles possuíam os livros dos hebreus deixados no exílio; e neles se falava de um Salvador que nasceria de uma virgem em Israel, e que seria adorado por todas as nações do mundo, e que seria o redentor da humanidade.

Neste tempo muitos no Oriente já usavam o astrolábio para conhecer as estrelas e estudavam atentamente o céu. Não é fantasioso imaginar que no mesmo dia do nascimento de Jesus eles possam ter vislumbrado um astro diferente no céu, de uma beleza singular, que os fez concluir que aparecera  a “estrela de Jacó”, que se movia do sul para o norte, em sentido contrário aos demais astros.

Santo Inácio de Antioquia (†107), mártir em Roma, diz na Carta aos Efésios que este astro que guiou os Magos era como aquela coluna de fogo que guiou Israel pelo deserto em sua marcha à Terra Prometida. Enfim, a fé os levou em busca do Salvador, e eles não desanimaram até encontrá-Lo. Segundo uma tradição esses reis magos simbolizavam as três raças humanas: a amarela, a negra a e branca, descendentes dos três filhos de Noé: Sem (Gaspar), Cam (Balthazar) e Jafé (Melchior).

Gaspar que dizer: “ele vai levado pelo amor”; Balthazar quer dizer: “sua vontade é rápida como a flecha e faz a vontade de Deus”; Melchior significa: “Ele penetra docilmente”. Os reis da Abissínia reivindicam a honra de serem descendentes dos reis Magos.

A estrela milagrosa, servindo-lhes de guia, conduziu-os até a Cidade Santa e desapareceu. A tal desaparecimento, pensaram os Magos que o Menino tivesse nascido nessa cidade, razão pela qual perguntaram: “Onde nasceu o Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-Lo.” (Mt 2, 2)

Eles esperavam encontrar Jerusalém exultante e em festa, mas ficaram decepcionados ao perceber que ninguém ali sabia informar sobre o “Rei dos Judeus”. Certamente um desânimo profundo os abateu; mas a fé e a coragem reviveram em seus pobres corações. Quem acendera no firmamento aquela Estrela brilhante e os trouxera de tão longe, não os abandonaria agora que chegaram.

Deus age assim mesmo com os seus escolhidos; é para lhes testar a fé e aumentar ainda mais os seus méritos. Conosco também é assim quando somos guiados por Deus para fazer sua obra.

As caravanas desses reis entraram em Jerusalém e assustaram a cidade; deixando Herodes preocupado e sentindo-se ameaçado por aquele Menino. Isto mostra que não estamos diante de uma lenda ou fantasia, mas algo histórico. Herodes I, chamado o Grande, era descendente de Esaú e não de Jacó, era de Edom, não era judeu. Fez-se eleger rei da Judéia por ser adulador de Julio César.

Os Magos concordaram com a “proposta” de Herodes, saindo da cidade, foram novamente guiados pela estrela até o lugar onde se encontravam José, Maria e o Menino. Aqueles reis compareceram com seus servos diante da Sagrada Família e lhes deram presentes, depois de adorar o Menino. Encontraram e viram o Criador feito Menino, no regaço de Maria, que em sua simplicidade se preparara para receber a singular visita, e, humildemente prostrados a seus pés, cheios de fé e veneração, adoraram-No e se ofereceram a si mesmos juntamente com as suas nações. É incrível que na fé régia os Magos não tivessem se abalado diante da pobreza do Rei dos Judeus. Como pode um rei nascer tão pobre e abandonado?

É um milagre não terem voltado atrás desiludidos; esta é a maior prova de que foram conduzidos por Deus até Belém para em nome dos pagãos de todos os tempos prestarem o culto de adoração ao Menino Deus. Souberam deixar que Deus lhes governasse os corações. Tomaram portanto os vasos preciosos, expostos pelos servos em cima dos tapetes, e, abrindo-os, ofereceram ao Menino, ouro, incenso e mirra: misteriosa oblação em sinal dos profundos sentimentos de fé, amor e veneração que lhes enchiam a alma, e símbolo da divindade do Menino, de sua majestade e de sua missão redentora.

Após os mais vivos agradecimentos, regressaram, e, avisados em sonho pelo Anjo do Senhor para não tornarem a Herodes, por outro caminho voltaram à sua pátria. Estava cumprida a sua missão. Uma bela missão de fé.

Prof. Felipe Aquino / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/