sexta-feira, 29 de abril de 2016

Quem é Maria Santíssima?

1. O caminho da salvação

Por meio dela Deus quis que o Salvador viesse a nós. Deus quis precisar de Maria (Gen 3,15)…´Ela te esmagará a cabeça´. É por Maria que devemos ir a Jesus, porque Jesus veio a nós por Ela.


2. É Mãe de Deus

Jesus é Deus. E Maria é Mãe de Jesus. Isabel lhe disse: ´A que devo a honra de receber a Mãe do meu Senhor?´(Lc 1,43) Os santos a chamam de ´Onipotência Suplicante´, isto é, pode tudo com as suas súplicas a seu Filho. TEOTHOKOS (Mãe de Deus) (Gal 4,4)

3. É Imaculada (08 de dezembro)

Isto é, foi concebida no seio de sua mãe (Sta. Ana) sem o pecado original, que todos os homens herdam dos pais. Maria foi preservada do pecado original pelo sacrifício de Jesus na Cruz. Deus antecipou para Ela a redenção. Para Deus o tempo não é obstáculo. Este doma foi proclamado pelo Papa Pio IX, 1854, solenemente, e confirmado pela própria Virgem em Lourdes, 4 anos depois, quando disse à menina Bernadete: ´Eu sou a Imaculada Conceição´, em 1858. Maria foi livre do pecado para que Jesus também o fosse; isto é, livre das cadeias do pecado, da morte e de Satanás, para poder vencê´lo e libertar a humanidade escrava.

4. Maria é sempre Virgem

Maria sempre quis ser Virgem, isto é, consagrada inteiramente a Deus. Mas Deus precisou dela para Mãe de seu Filho. Como para Deus tudo é possível, Ele a preservou Virgem perpetuamente. A Igreja ensina que Ela é ´Virgem antes do parto, Virgem no parto e Virgem após o parto´. É uma glória que Deus quis lhe dar. É dogma de fé. É um milagre, que não pode ser entendido pela ciência. (Concílio de Cápua, Itália, ano 381)

5. É a predileta do Pai

Maria foi a eleita do Pai entre todas as mulheres de todos os tempos e lugares. Isabel, cheia do Espírito Santo lhe disse; ´Bendita és tu entre as mulheres´(Lc 1,42). Foi a sua profunda humildade a razão de sua escolha por Deus. Ela mesma nos ensina isto no Magnificat: ´Ele olhou para a humildade de sua serva´(Lc 1,48). Quem se humilha será exaltado, disse Jesus. Ninguém se humilhou tanto como Maria, por isso ninguém foi tão exaltada como Ela. Ela mesma diz: ´Todas as gerações me proclamarão bem aventurada´(Lc 1,48). Sendo Mãe de Deus , o Rei, Ela foi humilde, simples, silenciosa, sofredora…. Maria só apareceu nas horas difíceis: Em Caná da Galiléia, no Calvário, na fuga para o Egito, no serviço a Isabel, etc… Os humildes são ocultos. Ela é ´cheia de graça´(Lc 1,30 e 28)

6. Maria é a Esposa do Espírito Santo

Ela concebeu Jesus pelo poder do Espírito Santo (Lc 1,35). Ele é seu Esposo. Onde está Maria está o Espírito Santo. Foi Ela que o trouxe em Pentecostes (At 2). Diz São Luiz de Montfort: ´Quanto mais o Espírito Santo encontra Maria em um coração, mais Ele vem a este coração e o santifica´. Deus quis ter Mãe, escolheu Maria, quis ter uma filha especial, imaculada, escolheu Maria, quis ter uma esposa, escolheu Maria. Que glória a de Maria!

7. Jesus foi submisso a Maria e a José

O criador se fez sujeito à sua criatura ´E ele lhes era submisso´ (Lc 2,51). Também no céu Maria continua Mãe de Jesus, a quem Ele tem a alegria de ´obedecer´. São José, depois de Maria, é o santo de maior glória e poder junto a Deus, por ter sido o eleito para pai adotivo (legal) de Jesus.

8. Maria é vitória de Deus contra o mal

Ela esmaga a cabeça da serpente infernal (Gen 3,15). É preciso estar protegido pelo seu manto virginal. É Ela que está arregimentando hoje o seu Exército de filhos fiéis para dar combate aos pecados do mundo: drogas, vícios, prostituição, homossexualismo, violências, ódios, assassinatos, corrupção, etc… É preciso rezar o Terço todos os dias, até o Rosário todo, para ter a força de Maria. Falar aqui sobre a importância do Rosário. Rezando´o, contemplamos a vida toda de Jesus. Em cada Ave´Maria lhes saudamos com a mesma saudação do Arcanjo Gabriel e Sta. Isabel, e pedimos que ela rogue por nós.

9. Ela é medianeira de todas as graças

Maria é o canal de todas as graças. Se Jesus, a maior graça, a salvação, veio por Maria, é lógico que as outras graças, que são menores que essa, também vêm por Maria. Ela é a ´Avenida´ ampla e perfumada que Deus abriu para chegarmos a Ele. Não queira usar outro caminho. As bodas de Caná mostra o poder intercessor de Maria (Jo 2). Explorar isto. ´Pede á Mãe que o ´Filho atende´.

10. Maria é nossa Mãe

Jesus no´la deu como Mãe, na Cruz. Na hora de sua morte, isto é muito significativo. Ela oferecia Jesus na cruz ao Pai, por nós, ao mesmo tempo Jesus a fazia nossa Mãe. De verdade, não só de palavras.(Jo 19,25´27) ler. Ela é a nossa Mãe espiritual. É ela que forma e modela a nossa alma para Deus. Ela nos leva ao caminho da santidade, de modo rápido, fácil, seguro e curto. Ela ´adocica´ a nossa cruz de cada dia, como a Mãe adocica o remédio amargo que o filho precisa beber. Leve Maria para sua casa (no seu coração) como São João o fez. Ela o guiará, sustentará na fé, protegerá nos perigos e ensinará na lei de Deus.

11. Maria foi Assunta ao céu (15 de agosto)

Levada ao céu de corpo e alma. Só Ela e Jesus estão com os seus corpos no céu. Os santos só estão com as sus almas. Os corpos só ressucitarão no juízo final. Maria já ressucitou, está gloriosa de corpo e alma diante de Deus e intercede por cada um de seus filhos com poder. Ela prepara para nós um lugar no céu. ´Nós somos cidadãos do céu´(Fil 3,20) disse São Paulo. Maria nos espera lá. É dogma de fé proclamado por Pio XII em 195.

12. Maria é a Rainha do Universo

Veja (Apoc 12,1). É o universo glorificando a sua Rainha. O sol, a lua e as estrelas era tudo o que os antigos conheciam do universo. A Mãe do Rei é Rainha. Festa celebrada pela Igreja em 22 de agosto. Todo o poder foi dado a Maria abaixo de Deus, no céu, na terra e nos infernos. Todos lhe foram submissos: anjos, homens, demônios.

Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Família, escola do perdão e da vida

Sabe qual é a melhor família que existe? É a que nós possuímos, por mais frágil e complicada que ela seja.

Sabe qual é o pior inimigo do real? Pensou? O pior inimigo do real – da família real, daquela que temos – é o ideal. É aquela “ideia” que carregamos acerca de um modelo, cuja realidade toda é “obrigada” a se adequar, mas que – definitivamente – não corresponde à nossa realidade.


Nem sempre o real corresponderá aos nossos ideais, e quase perenemente precisaremos, com leveza e maturidade, reconciliarmo-nos com o real para podermos, a partir dele, construir uma encarnada felicidade. A felicidade só será possível a partir da verdade e da realidade que, verdadeiramente, nos compõem.

Precisamos tomas as rédeas de nossa história

Como dizia o poeta: “Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será, mas isso não impede que eu repita: é bonita, é bonita e é bonita (‘O que é? O que é?’, Gonzaguinha). E por mais que a vida nos apresente problemas e deformidades, ela sempre será um palco de belezas, no qual precisaremos protagonizar nossa história.

Nossos familiares são mesmo, inúmeras vezes, imperfeitos e muito difíceis de conviver. Todavia, é no solo dessa verdade (de nossa verdade) que precisamos nos assumir e, com bravura e heroísmo, lançar-nos na construção da felicidade e de suas específicas exigências.

Valorizar a própria família

Precisamos amar e valorizar a família que temos: o pai, a mãe, os irmãos que Deus nos deu, independentemente de como são. Sem dúvida, isso não é fácil e se revela como realidade muito desafiadora. Entretanto, ninguém poderá construir uma vida verdadeiramente feliz sem ter a consciência tranquila pelo fato de ter lutado pelos seus e de não os ter abandonado em virtude de suas fraquezas.

Percebo como muito sábio e real o ditado que diz: “Quer conhecer alguém? É só observar como ele trata seus pais”, pois uma consciente e constante atitude de desamor com relação aos próprios pais revela uma séria e profunda deficiência no caráter e na forma de se relacionar.

Nossos familiares (os pais e os demais) manifestam nossas raízes e nossa identidade, e negá-los seria negarmos a nós mesmos.

Nossa família sempre oferecerá possibilidades, seja por meio de alegrias ou de dores, para nos tornarmos pessoas melhores. Nela, poderemos viver a relação e a abertura aos demais (não sem conflitos, é claro), assim compreendendo que não somos o centro “absoluto” do mundo.

Compreender as fragilidades

Na família aprendemos – por bem ou por mal – a repartir o que temos e o que somos, com a possibilidade de, constantemente, frequentar a escola do perdão. Assim aprenderemos a oferecer aos outros e a nós mesmos uma nova chance diante de cada circunstância ou erro cometido.

Pela família aprendemos a compreender a imensa fragilidade humana que envolve a todos, percebendo-nos também como seres fracos e constantemente necessitados de ajuda e atenção.

Enfim, a família é uma escola de vida e de construção da felicidade; nela, o ser tem espaço para, de fato, “ser” e acontecer.

domingo, 24 de abril de 2016

Evangelho do 5º Domingo da Páscoa

Depois que Judas saiu do cenáculo, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”. Jo 13,31-33a.34-35


Homilia

Meus irmãos e irmãs, no mundo em que vivemos, necessitamos de identificação, hora usamos um crachá, um uniforme, algo que vai identificar o que somos. Às vezes, sem aquela identidade não sabemos o que a pessoa é. Por isso, cada vez mais, em todas as esferas da sociedade, procuramos identificar as pessoas.

Nós, cristãos, não precisamos disso! É verdade que alguns, talvez, usem uma cruz, um crucifixo, um símbolo de devoção, mas não quer dizer que aquilo que usamos, vestimos e falamos justifica nossa identidade ou o que somos.

O Senhor nos diz, hoje, que nossa identidade é o amor! É a maneira com que amamos uns aos outros que nos edifica como discípulos de Cristo.

Foi em Antioquia que os seguidores de Cristo foram identificados e chamados, pela primeira vez, como cristãos. E não é porque eles diziam “Olha, eu sou cristão!”; pelo contrário, foi pelas obras que faziam, pelo amor vivenciado entre eles. É assim que diziam: “Vejam como eles se amam!”.

As pessoas precisam nos reconhecer pela intensidade do nosso amor. Não se constrói uma fé verdadeira, não se vive uma fé autêntica se não houver a marca do amor!

O amor é capaz de superar as decepções, as mágoas e diferenças. Nós não podemos ficar com aquele amor amarrado e egoísta. Desculpe, mas amar quem gosta de nós, quem pensa como nós, quem nos agrada é muito simples. Os que não creem em Cristo, às vezes, fazem até melhor do que nós. Mas somos chamados a uma identidade com o Cristo, a vivermos um amor sem barreiras, que supera tudo.

A primeira coisa que precisamos fazer é parar de falar mal uns dos outros, saber respeitar quem pensa e fala diferente de nós. Precisamos viver o amor que supera as mágoas e decepções. Não podemos viver o amor recheado por picuinhas, que se machuca e se ressente por qualquer coisa.

O amor que somos chamados a viver não nos permite viver semeando intrigas, fofocas, inimizades no Reino de Deus. Não são esses frutos que o Senhor espera de nós, mas sim o amor, o perdão, a reconciliação e o acolhimento; o amor que não rejeita, ao qual somos chamados a dar vida, como Cristo deu por nós!

Liturgia Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 23 de abril de 2016

São Jorge

Conhecido como ‘o grande mártir’, foi martirizado no ano 303. A seu respeito contou-se muitas histórias. Fundamentos históricos temos poucos, mas o suficiente para podermos perceber que ele existiu, e que vale à pena pedir sua intercessão e imitá-lo.

Pertenceu a um grupo de militares do imperador romano Diocleciano, que perseguia os cristãos. Jorge então renunciou a tudo para viver apenas sob o comando de nosso Senhor, e viver o Santo Evangelho.

São Jorge não queria estar a serviço de um império perseguidor e opressor dos cristãos, que era contra o amor e a verdade. Foi perseguido, preso e ameaçado. Tudo isso com o objetivo de fazê-lo renunciar ao seu amor por Jesus Cristo. São Jorge, por fim, renunciou à própria vida e acabou sendo martirizado.

Uma história nos ajuda a compreender a sua imagem, onde normalmente o vemos sobre um cavalo branco, com uma lança, vencendo um dragão:

“Num lugar existia um dragão que oprimia um povo. Ora eram dados animais a esse dragão, e ora jovens. E a filha do rei foi sorteada. Nessa hora apareceu Jorge, cristão, que se compadeceu e foi enfrentar aquele dragão. Fez o sinal da cruz e ao combater o dragão, venceu-o com uma lança. Recebeu muitos bens como recompensa, o qual distribuiu aos pobres.”

Verdade ou não, o mais importante é o que esta história comunica: Jorge foi um homem que, em nome de Jesus Cristo, pelo poder da Cruz, viveu o bom combate da fé. Se compadeceu do povo porque foi um verdadeiro cristão. Isto é o essencial.

Ele viveu sob o senhorio de Cristo e testemunhou o amor a Deus e ao próximo. Que Ele interceda para que sejamos verdadeiros guerreiros do amor.

Santo do Dia - Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

terça-feira, 19 de abril de 2016

Santo Expedito

Hoje nossa Igreja comemora o dia de Santo Expedito, Soldado Romano, traja uma capa vermelha e está com o pé em cima de um corvo, ave conhecida pelos atrasos intermináveis. O corvo grita sem fim Cras! Cras!, que significa amanhã! e, Santo Expedito que apresenta em uma das mãos, a cruz com a inscrição Hodie, que significa hoje, consegue a pronta solução de algumas questões. Na outra mão, Santo Expedito carrega uma palma, símbolo do martírio. É conhecido como padroeiro dos militares, dos estudantes, dos viajantes e patrono nas causas urgentes. A utilização do nome Expedito e o seu significado não é tão certo como a época e local em que o santo morreu, tem várias explicações: A primeira delas é que existiam duas espécies de soldados: o “expeditus” e o “impeditus”. O expeditus” recebida essa designação porque carregava um armamento leve e era desembaraçado do encargo ao qual o “impeditus” recebia. A parte formada pelos “expeditus” podia seguir a frente do exército formando um corpo inteiro na defesa do território. Coincidentemente, Santo Expedito fazia parte desse grupo e o nome “Expeditus” teria se tornado nome próprio.

Outra explicação vem da característica frequente dos romanos em apelidar as pessoas, assim, o nome Expedito foi dado devido a um traço de caráter desse santo, que é a presteza e a prontidão no cumprimento de seu dever. Ele era chefe da 12 Legião Romana, sediada em uma das províncias romanas da Armênia. O fato de ter ocupado cargo tão elevado pode ser explicado pela preferência pelos cristãos, dada pelo imperador Dioclesiano para os postos importantes na administração e no exército. Por ordem de César Galero, o imperador Diocleciano tinha obrigado os oficiais cristãos de seu exército a renunciarem a religião. Muitos oficiais já haviam pago com a vida pela recusa. Santo Expedito, a exemplo de São Sebastião, que também participou de cargos importantes em outras legiões e que se recusou a renunciar a religião, foi flagelado até derramar sangue e então teve a cabeça decepada. Acredita-se que Santo Expedito tenha nascido na cidade de Malatia, situada entre Armênia e Capadócia.

Segundo a história, a Armêniua foi considerada uma terra de predileção. A Sagrada Escritura conta que foi nas montanhas armênicas do Ararat que a Arca de Noé parou quando as águas do diluvio começaram a baixar. Também foi essa mesma região que recebeu as pregações dos Apóstolos Judas Tadeu, Simão e Batolomeu. A devoção a memória de Santo Expedito começou em sua pátria, tomando proporção maior e atingindo o Oriente, depois o Ocidente, especialmente a Alemanha. Seu nome espalhou-se pela Itália, Espanha e França. Em 1894, teve um altar dedicado a ele na capela das Religiosas Mínimas com sua estátua.

Cléofas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

domingo, 17 de abril de 2016

Evangelho do 4º Domingo da Páscoa

Naquele tempo, disse Jesus: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um”. Jo 10,27-30


Homilia

As ovelhas de Jesus conhecem a voz do Pastor, a voz de Seu Mestre. Sabe, meus irmãos, no mundo em que vivemos, existem muitas vozes clamando dentro de nós, batendo ao nosso ouvido e em nosso coração, querendo nos seduzir para lá e para cá, levar-nos pelas veredas e estradas dessa vida e, muitas vezes, para paisagens e passagens que não são do Senhor.

Somos, muitas vezes, iludidos, enganados até por nossas convicções tantas vezes não segmentadas, alimentadas, orientadas e iluminadas. Por isso, precisamos, mais do que nunca, manter a sintonia com o coração de Deus, pois assim nosso coração baterá forte por Ele e reconheceremos Sua voz que nos comanda.

Quando uma pessoa está apaixonada, o coração dela está em sintonia com a pessoa que ela ama; ela escuta a voz da pessoa amada até quando está dormindo, quando está longe ou quando está no meio de uma multidão, porque aquela voz está gravada em seus ouvidos e coração. Assim é também quando nosso amor pelo Senhor é autêntico, verdadeiro, profundo e purificado pela verdade.

Escutamos a voz do Senhor quando estamos dormindo, quando acordamos, quando estamos perdidos pelas sendas deste mundo. A voz de Deus clama e está em nós, ainda que não seja uma voz de compreensão material e humana. Essa voz é percebida e assimilada pela nossa mente, consciência e espírito, porque Deus fala a nós.

Amados irmãos, é preciso ouvir a voz do Senhor, do Bom Pastor! A criança que deixa de ouvir a voz de seus pais se perde, não sabe o que fazer; ela pode estar longe, no meio de qualquer confusão, mas quando escuta a voz de seu pai, de sua mãe, ela corre, vai atrás, deixa-se conduzir e orientar-se pela voz daquele que o chama.

Precisamos estar em sintonia com Deus. É preciso deixar que o nosso coração tenha essa docilidade para escutarmos a voz do Senhor. Ele cuida de Suas ovelhas, dá uma atenção única e especial às ovelhas que estão em Seu redil e não permite que elas se percam. Se, por algum motivo, nos perdermos por alguma circunstância da vida, a voz do Bom Pastor há de nos salvar, resgatar e conduzir pelas estradas da vida. Não percamos a sintonia com a voz do Bom Pastor!

Liturgia Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 16 de abril de 2016

O Bom Pastor

Na Palavra de Deus encontramos a expressão “Bom Pastor”, fazendo referência a Jesus Cristo. Mas Jesus não é apenas um pastor com qualificado de “bom”. Ele é também verdadeiro, autêntico e totalmente preocupado com a vida e a dignidade de Suas ovelhas. Ele ultrapassa o nível da bondade, doando a vida pelos Seus.


Ao olharmos para a figura do Bom Pastor, de Jesus Cristo, devemos olhar para a figura de cada autoridade, para aquelas constituídas no serviço do povo. Servir é um dom, é querer o bem e a prosperidade de quem é servido, superando todo tipo de atitude egoísta, de exploração e desempenho no poder de agir.

Estamos em ano eleitoral outra vez. Está na hora de trabalhar para identificar quem tem atitudes de bom pastor, de serviço e de doação, desinteressada, para com as pessoas mais sofridas. A decisão está nas mãos dos eleitores, de escolher, com o voto consciente, quem realmente vai respeitar e agir em benefício do bem comum e do povo.

Sofremos o peso da corrupção e do descaso para com as pessoas menos favorecidas. Os pobres são sugados no momento do voto. São comprados com dinheiro e com promessas utópicas e esquecidos pela gestão pública. É por isso que não podemos agir como cegos e sem liberdade, vendendo nossa capacidade de decidir.

Jesus Cristo é o Pastor que veio trazer vida plena para todos, diferente daqueles que vêm para roubar, sacrificar e destruir as pessoas. Está aí o grande contraste entre o falso e o verdadeiro pastor. O falso é mercenário, que cuida só dos próprios interesses. O verdadeiro pastor se sacrifica para o bem das ovelhas.

É interessante observar que a má autoridade tem medo do povo e não trabalha, com determinação, para que ele seja organizado e o deixa continuar ignorante para não ter força de ação, ficar sempre de longe e não se envolver. A boa autoridade é aquela que convive e sente as dificuldades do povo e trabalha para o seu bem.

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quarta-feira, 13 de abril de 2016

A sacralidade do beijo

Em nossa cultura, saudar as pessoas com um beijo é um costume restrito ao nosso círculo de convívio. Não saímos por aí selando rostos com os estalidos de nossos lábios. Geralmente, reservamos essa forma de carinho às pessoas que, ao menos, já têm nossa amizade.


Além disso, beijamos quando somos apresentados a alguém (um ou dois beijinhos no rosto); também beijamos as crianças próximas de nós, por causa de sua pureza, graciosidade e fofura.

O beijo expressa proximidade e gratidão, demonstra querer bem, manifesta perdão, sela pedidos de desculpas. Beijo é reverência nas mãos ungidas do sacerdote. São Paulo recomendava desde as primeiras comunidades: “Saudai-vos uns aos outros com o beijo santo” (Rm 16,16).

Estar entre os escolhidos do Mestre foi o que possibilitou a Judas entregá-Lo com um falso sinal de afeto. “Judas, com um beijo tu entregas o Filho do Homem?” (Lc 22,48).

Beijo é sinal de intimidade, pois aproxima, torna visível o sentimento de admiração e amor, permite que desabroche dos lábios a afeição gestada no coração. Nisso tudo, vemos o quanto nós valorizamos o beijo.

Por que, então, o maior ritual do beijo, os “lábios nos lábios”, o signo de amor apaixonado, é tão banalizado nos dias de hoje, transformando-se em sinal de poder de conquista? O beijo, que antes era reservado aos apaixonados, é distribuído como mercadoria barata, simplesmente para satisfazer o ego e para provar para si mesmo e para os companheiros que se é um sedutor.

Beijar na boca

Na verdade, há uma sacralidade no ato de “beijar boca a boca”, este existe para despertar amores e alimentar o desejo de ter o amado.
O livro sagrado Cântico dos Cânticos inicia-se assim: “Que ele me beije com os beijos de sua boca!” (Ct 1,2). Exegetas (estudiosos da Bíblia) veem todo o livro do Cântico dos Cânticos como a poesia do amor de homem e mulher, no sentido de um povo por sua terra ou de uma mulher por um homem, ou mesmo de Deus por Sua Igreja, Seu povo.

A metáfora da união do Divino com o humano, mostrada no amor de um casal, é inicialmente celebrada com um tocar de lábios, como se o Espírito Santo fosse transferido não mais pelo sopro nas narinas do ser humano (cf. Gn 2, 7), mas por um gesto maior de afeto.

O beijo na boca é um selo de autenticidade do amor entre homem e mulher, mas, na sociedade de hoje, em que mudanças acontecem a toda hora e tudo se reduz à esfera do consumo, diminuímos seu significado. Os jovens vivem em um ritmo frenético de competição, aceleram seus pensamentos e suas atitudes e, motivados pela velocidade das transformações e pressionados a corresponder a tudo isso, procuram ansiosamente novos estímulos para suas emoções.

Consequências do amadurecimento precoce dos adolescentes

As experiências de seus pais já não lhes servem e, às vezes, vivem, aos dez ou onze anos de idade, o que a geração anterior só foi conhecer aos dezoito, dezenove. Buscam muito antes do seu amadurecimento pessoal, as sensações de maior amplitude a que um ser humano pode chegar, pois quase tudo que é próprio do adolescente já está experimentado, desgostoso e vazio.

A descoberta do amor e as primeiras emoções provocadas pelo sexo oposto, que são próprias dessa fase, são como que devoradas no início da pré-adolescência ou talvez ainda no fim da infância; e então o jovem parte para o final, busca o sexo, impulsionado pelas facilidades com que consegue as coisas.

O resultado é uma geração que não vive as fases de desenvolvimento da vida afetiva em sua profundidade, com o conhecimento e o mistério que cada etapa de um namoro equilibrado pode proporcionar.

Resgatar o verdadeiro significado

Os sentimentos humanos são nossa forma de expressar quem somos e quem seremos, e estão tirando do jovem de hoje o direito de chegar a ser alguém fora dos padrões que a mídia e a indústria padronizam para seus interesses.

Banalizou-se o beijo, a castidade e diversos outros valores importantes na construção dos futuros homens e mulheres, que em breve liderarão nosso mundo. É preciso valorizar os pequenos gestos e resgatar o significado que há nos beijos e nos eventos do namoro, tornando-os rituais que fisicamente aproximam quem está cada vez mais presente no coração. Somente dessa forma é possível navegar contra a maré que quer nos arrastar para longe da maior vocação humana: o amor.

Mais do que nunca, é preciso acreditar no respeito, na verdade e no amor. Amar é simples no ser, mas requintado no servir, porque é gesto e vontade de ser melhor para alguém que fará parte da sua existência.

Namore, beije, conheça, encare a outra pessoa como um mistério a ser desvendado, aprofunde a amizade, seja parte da vida do amado e, em pouco tempo, você terá toda a confiança dele. Tenha sentimentos puros, acredite na pessoa e ajude-a a se descobrir nas mais belas aventuras interiores. Direcione sua afetividade, a capacidade de amar que há em você, para onde vale realmente a pena investir.

Seja curado por seus relacionamentos e não destruído por eles. Não aceite ser vítima de si mesmo, sendo um refém do que o mundo nos impõe, ensinando o que é errado como se fosse uma virtude. Corresponda à força do amor que existe em você.

Se for para beijar, faça do seu beijo um gesto único, santo e restaurador. Pare de “ficar” por aí tornando seu beijo “mercadoria barata”. Beijar a pessoa que se tornou especial para você terá sempre o gostinho de primeiro beijo.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Nota aos Paroquianos

A Paróquia de Sant’Ana vem a público, por meio desta nota, esclarecer o motivo pelo qual as transmissões das Missas do sábado (noite) e do domingo (manhã e noite), através da emissora de rádio local, Cult FM 98.5, estavam sob comprometimento técnico. Devido a fiação, que interliga a igreja matriz ao estúdio da emissora, está avariada pelo tempo, implicava na variação dos sinais emitidos da igreja matriz, comprometendo assim a transmissão das celebrações. Uma vez identificado o problema, tomamos as medidas cabíveis e efetivas para solucioná-lo, cientes da relevância de tal ação comunicativa. Informamos que o sinal já foi normalizado, desmistificando a ideia infundada de que alguém estivesse intervindo nos equipamentos de transmissão. Agradecemos a compreensão de todos, estando a Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana disponível para mais esclarecimentos.


Atenciosamente, Bruno Araújo.
Coordenador de Comunicação da Paróquia de Sant’Ana

domingo, 10 de abril de 2016

Evangelho do 3º Domingo da Páscoa

Naquele tempo, Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”. Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”. Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?”. Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”. E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas”. Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?”. Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”. Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”. Jo 21,1-19


Homilia

Jesus ressuscitado, Mestre e Senhor da vida, aparece a Seus apóstolos, come com eles, agracia-os com o dom de poderem pescar onde não era mais possível encontrar peixes. Jesus se faz um só com eles. Na presença de Cristo ressuscitado, com o corpo glorioso no meio de Seus apóstolos, eles fazem memória de tudo aquilo que o Senhor havia lhes ensinado, o que, por medo e descuido, eles mesmos haviam esquecido.

O Ressuscitado no meio deles traz luz, sabedoria, entendimento e compreensão de tudo aquilo que Ele havia ensinado. Um dia, o próprio Senhor confiou a Pedro a direção de Sua Igreja, mas este estava tomado pelo medo, pela vergonha; estava cheio de culpa interior, porque havia negado Jesus três vezes.

Jesus não foi perguntar nenhuma vez a Pedro, se ele O havia negado, nem jogou em sua cara o porquê de ele ter feito aquilo. Jesus fez questão apenas de reafirmar se Pedro ainda O amava, se ainda tinha amor por Ele. Por isso, Jesus perguntou três vezes e, em nenhuma delas foi para jogar na cara de Pedro (o fato de ele ter negado o Senhor), mas para apagar o sentimento de culpa e má lembrança de seu coração. Na terceira vez, Pedro até chorou, mas, a cada afirmação de amor, Jesus confiava a ele as coisas mais caras de Seu coração: “Apascenta as minhas ovelhas, toma conta da riqueza do Reino, toma conta do que o Pai lhe confiou”.

Sabe, meus irmãos, apesar de nossas fraquezas, apesar de tantas vezes termos negado Jesus com nossos pecados e faltas, com os nossos erros, Ele nunca deixou de nos amar e jamais deixará de afirmar o Seu amor por nós. Todas as vezes que pecamos, Ele tem dez vezes mais perdão para nos dar. O perdão de Deus não é para gerar em nós sentimento de culpa, de revolta pelo nosso pecado. O perdão do Senhor é para sanar, sarar e purificar o mal que o pecado fez em nós!

Todos os dias, precisamos reafirmar a nossa profissão de fé e amor. A cada dia, Jesus pergunta-nos: “Tu me amas?”, e todas as vezes precisamos, mesmo com o coração marcado e manchado pela culpa e pelo sentimento de erro, reafirmar o nosso amor ao Mestre.

A nossa confissão de amor paga o nosso sentimento de culpa. A reafirmação de nosso amor ao Mestre eleva nossa alma da culpa à misericórdia, da dor ao revigoramento espiritual. O bálsamo do Mestre é para curar as nossas faltas!

Canção Nova / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 9 de abril de 2016

Ressurreição sim! Reencarnação não!

Ao rezarmos pelos nossos queridos falecidos, somos convidados a renovar a fé num artigo que é fundamental para nossa vida cristã e que nos diferencia de outras expressões religiosas. A cada dia, na Eucaristia, na meditação da Palavra de Deus, na oração pessoal e comunitária, no exercício da caridade e na celebração da vida, precisamos renovar a nossa fé. A fé é um dom de Deus. É uma graça. Deus confiou este tesouro a nós. Assim como a vida, Deus nos dá a fé, e espera que nós cuidemos bem, tanto do dom da vida, como do dom da fé.


É muito comum ouvirmos as seguintes perguntas: Ressurreição ou Reencarnação? Ou ainda: é possível acreditar nas duas coisas? Ou Um católico pode ser espírita? Diante disso, vamos refletir um pouco mais sobre este tema de grande importância, de modo especial, para nós que queremos ver e seguir Jesus, conhecendo e testemunhando o Seu Evangelho para o mundo e para a humanidade. Nós não podemos “fugir” de temas complexos e nem vivermos como se estas questões não existissem. Pela reflexão podemos aprofundar ainda mais a nossa fé. Pelo estudo temos a chance de tornar a nossa fé ainda mais cristalina. Sendo assim, é bom destacar que pelo título deste artigo já começamos a responder a estas perguntas e a outros possíveis questionamentos: “RESSURREIÇÃO SIM! REENCARNAÇÃO NÃO!”.

Lendo e meditando, atentamente, a Bíblia, em nenhum capítulo e em nenhum versículo, do Gênesis ao Apocalipse, encontramos qualquer referência que indique a possibilidade da reencarnação. Fazendo um estudo sério da Bíblia, sem nos deixar influenciar por “leituras tendenciosas” ou interpretações deturpadas, não encontramos nenhum parecer favorável à esta doutrina. Pelo contrário, pelos lábios de Jesus, nos é ensinado: “Eu sou a Ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo 11, 25).

A gente nasce e morre uma única vez. Por isso precisamos viver bem cada instante da nossa história. Depois da morte, vem a Ressurreição: a Vida Eterna! Na carta aos Hebreus encontramos a comprovação exata que diz: “E como é um fato que os homens devem morrer uma só vez” (Hb 9,27). Diante da Bíblia não fica nenhuma sombra de dúvida quanto a este tema. Nós cremos e sempre vamos crer na Ressurreição. A Ressurreição significa a vitória da vida sobre a morte. Cristo inaugurou a Ressurreição, garantindo a todos nós a certeza da nossa ressurreição. Pois, como está na Bíblia: “Se Cristo não Ressuscitou, é vã a nossa fé” (1Cor 15,17). Exatamente, porque Cristo Ressuscitou que a nossa fé não é vã. É na Ressurreição de Jesus e na certeza de que Nele e por Ele nós haveremos de ressuscitar, que a nossa fé se torna sólida, firme e inabalável como a rocha.

Penso que um católico praticante e conhecedor da sua fé, mesmo que desejasse, não consegueria ser espírita. Com esta afirmação, é bom que fique bem claro, que isto não tem nada haver com discriminação ou preconceito. E sim, um esclarecimento catequético para melhor vivermos a nossa fé católica . Pois, as duas doutrinas são opostas. Não se pode acreditar ao mesmo tempo na Doutrina da Ressurreição e na Doutrina da Reencarnação. Nós católicos, com base na Bíblia, na Tradição e no Magistério da Igreja, acreditamos de todo coração na Ressurreição. A Ressurreição é a base da nossa fé. E ao acreditarmos, de todo coração, na Ressurreição, fica descartada, a idéia da Reencarnação. A Santa Mãe Igreja, nos ensina que nós viemos ao mundo, pela Graça de Deus. Aqui vivemos como peregrinos, a caminho da Jerusalém Celeste, ou seja, do Paraíso. E para passarmos da vida terrena para a vida celeste, experimentamos a morte, não como derrota, mas como passagem para a Glória de Deus. O processo é assim: concepção, gestação, nascimento, morte e ressurreição. O Mistério Pascal de Cristo: Paixão, Morte e Ressurreição, é a garantia de que existe Vida Eterna! Que existe Ressurreição!

Como padre católico, desejo respeitar a todos. Sei que há pessoas que acreditam diferente de nós. Contudo, sem faltar com o respeito com meus irmãos quero, em primeiro lugar, respeitar a Jesus e proclamar a sua Santa Palavra. Só há diálogo inter-religioso se temos clareza quanto a nossa fé! Quando dialogamos não devemos colocar tudo misturado, mas sublinhar bem as nossas diferenças que revelam nossas identidades singulares. E é por isso que cada católico precisa ter, claro, na mente e no coração, a certeza da Ressurreição da carne e a certeza da Vida Eterna!

É a certeza da Ressurreição que nos consola na hora da dor e da saudade de um familiar ou amigo nosso que parte para a Eternidade. Nós podemos até chorar diante da morte. A morte é uma experiência muito difícil, inclusive para nós que cremos. O próprio Jesus, o Autor da vida, chorou diante da morte. A morte, é um drama. Mas, a morte não tem e nunca terá a última palavra sobre nós. A vida é que tem. “Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6). Jesus que é Vida, nos dá a garantia da Vida Eterna, onde não haverá nem lágrima e nem dor.

Às vezes, na hora do sofrimento, por conta da morte de alguém muito próximo de nós surge o desespero e a vontade enorme de uma resposta imediata, de uma explicação clara e palpável. É neste momento, que muitos se deixam “seduzir” por doutrinas como a da Reencarnação. Por isso, mais do que nunca, renovemos, pratriquemos e professemos a nossa fé, que de Cristo nós recebemos: “cremos na ressurreição da carne; cremos na vida eterna” (Credo Apostólico) . É somente pela fidelidade à nossa fé que seremos, verdadeiramente consolados e fortalecidos em todas as situações da nossa vida. Se estivermos convictos na certeza da Ressurreição nada e nem ninguém poderá nos confundir; e aconteça o que acontecer iremos sempre testemunhar: RESSURREIÇÃO SIM! REENCARNAÇÃO NÃO!

Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Cinco motivos para rezar todos os dias

A oração é o alimento da alma. Se não ingerirmos uma determinada quantidade de nutrientes necessários diariamente, nosso organismo começará a reagir de modo negativo; com o passar do tempo, vamos adquirir uma anemia. O mesmo processo ocorre com a vida interior. Se, a cada dia, não cultivarmos uma vida de oração, nossa alma contrairá uma anemia espiritual. Precisamos cuidar do coração para que nossa fé seja sempre renovada no amor e na esperança.


Aumentando a imunidade contra os ataques do inimigo

Vamos juntos descobrir cinco motivos para rezarmos todos os dias e aumentarmos a imunidade contra os ataques do inimigo?

1 – Fortalecimento da fé:

Nossa vida de fé se alimenta daquilo que oferecemos à nossa alma. Quando nos descuidamos da oração, nossa vida de fé diminui gradativamente. Muitos se descuidaram a tal ponto da vida de oração, que hoje se encontram espiritualmente anêmicos, sem forças diante das difíceis situações da vida. Quanto mais rezamos, mais nossa fé cresce e se fortalece.

2 – Resistência contra os ataques do mal:

Todos os dias, somos cercados de muitas forças do mal, as quais tentam nos roubar a paz. Uma vida de oração fecunda e intensa afasta de nós as forças das trevas. A luz que irradia de nossa fé deixa cego o inimigo. Mergulhados em Deus, criamos uma resistência espiritual contra todo vírus do mal.

3 – Santificação pessoal:

Os santos alcançaram a glória divina, porque na vida foram pessoas de oração e caridade. A vida de oração caminha de mãos unidas com a ação, e para ser santo é preciso ser pessoa de oração. Quando nossa vida se torna oração por completo, até mesmo em nosso trabalho estamos rezando, porque nos unimos de tal maneira a Deus que não mais podemos nos separar d’Ele.

4 – Imunidade contra o negativismo:

Pessoas mal-humoradas têm tendência a serem de pouca oração. Quem reza é mais animado, olha a vida com mais amor, acolhe com mais carinho seus irmãos, reconhece nos sofredores o próprio Cristo, são promotores da paz, praticam a caridade sem esperar retorno. Invista na oração e verá os benefícios na sua alma.

5 – Amadurecimento espiritual e humano:

Aquele que cultiva uma vida de oração aos poucos vai adquirindo a sabedoria necessária diante das realidades humanas e espirituais. Uma vida de oração assídua desenvolve na alma o amadurecimento espiritual, que nos faz abandonar nas mãos de Deus todas as nossas fragilidades e confiar a sua misericórdia às difíceis situações da vida, para as quais não encontramos solução.

Os benefícios para quem investe um período do seu dia no cultivo da oração são enormes. Não há contraindicações e todos podem ser beneficiados pelo amor misericordioso de Deus, que restaura o coração e devolve a saúde espiritual à alma abatida.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

O que viver na Páscoa?

Cristo ressuscitou! Aleluia! Por Sua Paixão e Morte, um novo tempo foi inaugurado na história da humanidade. As coisas antigas passaram e desabrochou, no alvorecer da vida, as alegrias que rompem as trevas da morte!


O tempo litúrgico da Páscoa é a estação da primavera espiritual, e somos chamados a caminhar pelo jardim da Ressurreição, que é o próprio Cristo presente em nosso meio. Ao longo de cinquenta dias, vamos exalar o suave aroma dessa alegria em nossa alma. O canto de ‘aleluia’ presente em nossas liturgias, mas também aclamado em nosso coração, recorda-nos este tempo novo que Cristo nos oferece por amor e misericórdia.

O Círio Pascal é símbolo dessa presença do Ressuscitado na comunidade que se reúne para celebrar este tempo novo, onde cantamos as glórias do Senhor, que venceu a morte e nos deu a vida eterna.

É tempo de nos despedirmos do homem velho

“Se, pois, ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus” (Cl 3,1). É chegado o momento de nos despedirmos do homem velho, pois Cristo rompeu as trevas do pecado e trouxe-nos a certeza definitiva da vida que vence a morte.

Neste tempo pascal, busquemos as “coisas do alto”. Não nos conformemos com as realidades que oprimem a vida, mas transformemo-las por nosso exemplo e misericórdia. Em nossa comunidade, busquemos viver a paz do Cristo Ressuscitado nos pequenos gestos. Se for preciso, que silenciemos nossas palavras mediante uma crítica que pode ferir e causar constrangimento. Coloquemo-nos a serviço, não buscando elogios, mas fazendo de nosso ato voluntário uma oferta de gratidão a Cristo, por tanto amor a nós doado.

Busquemos as coisas do alto em nossos ambientes familiares, orando em meio às situações complexas e que não apresentam soluções imediatas. Levemos a paz do Ressuscitado como dom a ser ofertado em pequenos gestos que desabrocham como lírios perfumados na alma de quem os acolhe.

Com Cristo ressuscitado celebremos a Páscoa na vida cotidiana, antecipando a gloriosa realidade que vislumbramos, hoje, pela fé e, um dia, junto de Deus, na plenitude da graça que esperamos. Aleluia!

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Projeto “Igreja na comunidade” participa de encontro com grupos da terceira idade, em Bom Jardim

II Chá da Tarde, promovido pela Secretaria Municipal de Assistência Social, reúne grupos da terceira idade e conta com participação dos evangelizadores da Paróquia de Sant’Ana

Após uma extensa agenda de atividades refletindo sobre a espiritualidade da Semana Santa e a proposta socioambiental da CEF 2016, o projeto “Igreja na Comunidade”, uma iniciativa das Pastorais da Acolhida e Comunicação da Paróquia de Sant’Ana, concluiu o seu primeiro ciclo de visitas, com a proposta de estreitar ainda mais os laços entre Igreja e comunidade.


Na tarde da última quinta-feira (31), no Centro de Atividades Sociais – Varonil, os evangelizadores celebraram o sucesso e a repercussão do projeto juntamente com os grupos da terceira idade do município de Bom Jardim, atendendo ao convite da secretária municipal de assistência social, Roseane Mota.



Para Silvânia Andrade, idealizadora do projeto e coordenadora das Pastorais da Acolhida e Liturgia, ‘a iniciativa é algo de grande relevância para toda a comunidade bonjardinense, pois a parceria entre Igreja e escolas, Igreja e organizações, Igreja e grupos comunitários só tende a promover a cultura de paz’.


O “Igreja na comunidade” é um projeto inovador da Paróquia de Sant’Ana, que envolve coordenadores e membros pastorais, com a responsabilidade de vivenciar na comunidade temáticas relacionadas à fé católica.

Por Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana – http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

domingo, 3 de abril de 2016

Evangelho do 2º Domingo da Páscoa

Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”. Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!”. Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!”. Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”. Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome. Jo 20,19-31

Homilia

Neste domingo de bênçãos e graças, celebramos a Misericórdia Divina, recebemos de Deus a misericórdia, dom do Espírito Santo que é derramado em nossos corações. É Ele quem opera isso em nós, que nos perdoa, lava-nos de nossos pecados e dá-nos a graça de perdoarmos uns aos outros pelas falhas e pecados.

O Espírito Santo é derramado como dom primeiro para os apóstolos, que exercem, em nome de Deus, na autoridade apostólica, o sacramento da penitência. Por meio desse sacramento, todos podem ser lavados e redimidos dos pecados de forma objetiva.

A Igreja não perdoa os pecados, entretanto, ela é o canal, o instrumento pelo qual o perdão de Deus chega aos nossos corações. O padre não pode perdoar os nossos pecados, porque, somente Deus pode fazê-lo, mas o sacerdote é o instrumento escolhido e usado pelo Senhor. O ministro, o sacerdote, o bispo, todo aquele que recebeu a ordenação com esse poder, com essa delegação, age pela força do Espírito Santo para perdoar os pecados.

Uma vez que nossos pecados são perdoados por Deus e que somos lavados de nossos pecados, devemos exercer o mesmo perdão para com os nossos irmãos e irmãs. Precisamos ser instrumento da Misericórdia Divina para com todos os pecadores. Primeiro, tendo misericórdia e paciência com os nossos próprios limites e fraquezas; depois, exercendo a misericórdia nos campos da vida, onde estamos presentes.

Nossa casa e família precisam ser o primeiro lugar para vivermos o perdão e a misericórdia. Não se renova uma família se ela vive trabalhando, rodeada de mágoas, ressentimentos, desentendimentos e situações que não deram certo. Não se trabalha em cima de mágoas, mas de perdão, reconciliação, misericórdia, renovação e  superação.

“Ah, mas eu não dou conta!”. Pode ser que humanamente não tenhamos forças para dar conta de praticar o perdão necessário, mas o mesmo Deus que nos perdoa de tantos pecados nos dá força, graça e unção para sermos perdão e misericórdia nos campos de trabalho onde nos fazemos presentes nesta vida.

Neste domingo santo da Misericórdia Divina, sejamos canal da misericórdia de Deus onde quer que estejamos!

Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://www.matrizdesantana.blogspot.com.br/