domingo, 30 de julho de 2017

Evangelho do 17º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. O Reino dos Céus é também como um comprador que procura pérolas preciosas. Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola. O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam. Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo. E aí haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes tudo isso?”. Eles responderam: “Sim”. Então Jesus acrescentou: “Assim, pois, todo o mestre da Lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. (Mt 13,44-52)


Deus é a grande riqueza da nossa vida

O Reino dos Céus é o Reino de Deus, o grande tesouro da nossa vida! Quem encontrou o Reino dos Céus encontrou uma razão e um sentido para sua vida. Prestando atenção nas parábolas de hoje, o Reino dos Céus é comparado a um tesouro e também a um comprador que procura pérolas preciosas, e, quando as encontra, vende todos os seus bens para comprá-las. Na vida humana, temos muitas pérolas; aliás, tudo o que temos são coisas valiosas, mas nenhuma pode ser comparada à grandeza do Reino dos Céus, nenhuma pode ser comparada à riqueza e ao valor que tem o Reino de Deus. Isso não quer dizer que precisamos desprezar a nossa vida, as coisas que temos, por exemplo. A família é um tesouro incomparável, mas o que faz a nossa família se tornar um bem maior e mais precioso é quando a transformamos no lugar do Reino dos Céus. Colocamos Deus em primeiro lugar na nossa vida e O trazemos para dentro da nossa casa e da nossa família. Uma pessoa que tem família não pode agora dizer: “Eu vou deixar minha família de lado, porque agora serei só de Deus”, pelo contrário, agora ela precisa cuidar mais da sua família, porque  descobriu em Deus a riqueza que Ele lhe deu, que é a família. Quando buscamos Deus em primeiro lugar, quando O assumimos como a grande riqueza da nossa vida, sabemos que Ele é o único tesouro que não passa nem nos será roubado; é o tesouro que dá sentido, valor. Ele é, na verdade, a grande riqueza da nossa vida. “Tu és Senhor o meu tesouro, a riqueza do meu coração”. Passamos muito tempo da vida buscando pérolas aqui e acolá; e a vida é uma coisa muito interessante, chegamos nela sem nada e saímos dela sem poder levar nada, mas se há algo que ninguém pode nos roubar, é o Reino de Deus, quando conquistamos e somos conquistados pelo Senhor, quando Ele se torna a grande conquista da nossa vida. O que você tem na vida? Eu tenho Deus, e Ele é o maior tesouro que minha mãe me deu, que a Igreja que me deu. Esse tesouro não posso perdê-Lo por nada! O maior tesouro que tenho é Deus e Seu Reino, a esse tesouro eu quero dar toda a minha vida para vivê-lo, dedicar-me a Ele, cuidar d’Ele, porque é isso que dá sentido a minha vida.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Agradecimento

Agradecemos, de modo geral, a todos os Juízes, Noiteiros, Participantes, Homenageados, Organizadores, Comissões, Patrocinadores (Café Santa Clara e Frisco), Colaboradores, Funcionários Paroquiais, Prefeitura Municipal, Rádio Cult FM 98.5, Blogs e Sites, Banda Marcial da EREM Dr. Mota Silveira, Grêmio Lítero Musical Bonjardinense, Polícia Militar, Presbíteros, Religiosos, Seminaristas, Acólitos, MECE's, Grupos e Movimentos Pastorais, que contribuíram para o brilhantismo da Festa da Excelsa Padroeira Sant’Ana 2017; além da presença do nosso Bispo Diocesano, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, que presidiu a Missa Solene e reinaugurou o Centro de Pastoral Cônego Antônio Gonçalves de Sousa. Que Deus renove a nossa fé e o compromisso de sermos sempre cristãos atuantes junto à comunidade, como autêntica “Comunidade do Ressuscitado”.


A todos, nosso muito obrigado!

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Sant’Ana e São Joaquim

Com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant’Ana. Em hebraico, Ana exprime “graça” e Joaquim equivale a “Javé prepara ou fortalece”.


Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant’Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora. Sant’Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.

O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant’Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça. A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José.

A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI. São Joaquim e Sant’Ana, rogai por nós!

terça-feira, 25 de julho de 2017

Dia dos Avós

São Joaquim e Santa Ana são os avós de Jesus, pais de Maria Santíssima. Ela é filha única do casal. Ana era estéril e os dois já estavam em idade avançada; no tempo em que eles viveram era considerada uma maldição o casal que não tinha filhos, era até mesmo rejeitado pela sociedade. Isso os fazia sofrer muito.


Assim aconteceu com muitos casais. Por exemplo, os pais de Samuel, Zacarias e Isabel – pais de João Batista – e outros. Joaquim e Ana viviam esta dura realidade. Ana clamou com muitas lágrimas, pedindo a Deus um filho… Pedindo que Deus tirasse da vida deles este opróbio.

Joaquim também clamava ao Senhor e Deus concedeu a eles esta graça de serem pais. Deus ouviu as orações do casal e os presenteou com uma filha, a qual recebeu o nome de Maria, que veio a ser a esposa de José – o pai adotivo de Jesus – o qual foi o seu educador.

Como hoje é o dia dedicado aos avós, é importante refletir sobre este papel tão importante na vida dos netos. Ser avô é uma dádiva de Deus tão importante, como a dádiva dos pais. Uma grande responsabilidade na vida dos avós.

Dizem que o avô estraga a educação dos netos, mas vejo que se isso acontece é apenas com uma minoria. Os avós já experimentaram na vida muitas situações difíceis, momentos de dor que só com a graça de Deus conseguiram vencer.

Os avós tratam seus netos com uma doçura diferente dos afetos dos pais. Não é dizer que os avós educaram seus filhos com certa dureza e hoje a seus netos trata diferente, mas, ao contrário, como os avós hoje têm muito mais experiência do que então, eles já perceberam que a maioria dos pais poderia educar seus filhos de uma maneira diferenciada; percebe que o amor, o carinho, o diálogo é mais forte do que certa correção agressiva, que não traz efeitos benéficos na vida dos netos.

O carinho, o diálogo, principalmente o amor… O amor faz a diferença! Os benefícios são superiores a todos os tipos de métodos que já foram aplicados na educação.

O papel dos avós na família vai muito mais além do carinho dado aos netos. A presença dos avós torna-se um suporte afetivo e, às vezes, financeiro dos pais e filhos. É aí que podemos dizer: os avós são pais duas vezes.

A vovó é chamada também de “segunda mãe”. Às vezes, elas estão do lado e até à frente da educação dos netos com experiência e sabedoria que vão se acumulando ao longo dos anos. Com certeza, este é um sentimento lindo: estar vivenciando assim os frutos de seu fruto, ou melhor, dando vida as gerações. Digo com muita humildade: nós trazemos uma carga bem grande de riquezas que com o tempo fomos acumulando.

O Dia dos Avós é muito significativo, pois celebrar este dia é reconhecer o valor da sabedoria adquirida; o valor da experiência de vida que foi se acumulando com o tempo. Essa escola de vida se aprende no convívio com as pessoas, com o doar-se inteiramente sem vacilar, e em contato com a natureza que vai nos moldando cada dia assim. Os avós estão carregados de sabedoria que nessa estrada da vida, foram aprendendo e hoje é direcionada aos netos.

Aos nossos avós, com todo carinho e amor queremos dizer: vocês são muito importantes a nós, agradecemos de todo coração. Obrigada querida vovó, obrigado querido vovô! São Joaquim e Santa Ana roguem a Deus por nós!

domingo, 23 de julho de 2017

Evangelho do 16º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, Jesus contou outra parábola à multidão: “O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?’. O dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’. Os empregados lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’. O dono respondeu: ‘Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e amarrai-o em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!’”. Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos”. Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”. Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta: “Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo”. Então Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!”. Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifeiros são os anjos. Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará seus anjos, e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; e depois os lançarão na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”. Mt 13,24-43


A misericórdia de Deus transforma o joio em trigo

Muitas vezes, perguntamo-nos por que existe o mal no mundo, por que pessoas boas convivem ao lado de pessoas más, por que existe tanta coisa errada ao lado de tantas coisas certas. Isso causa uma certa indignação no meio de nós. O Pai, verdadeiro e único agricultor, só criou o que é bom, porque Ele é bom. No entanto, aquele que se opõe a Ele e não quer o bem, é mau e veio ao mundo para semear o mal. A verdade é que aqueles que são de Deus se deixaram contaminar pelo joio, e nós somos essa contradição. Não dá para dizer que eu sou bom e você é ruim. Eu sou uma pessoa boa, eu tenho consciência disso, mas tenho consciência também de que, dentro de mim, existem coisas que não são boas, existem pecados, mazelas, más inclinações, existem coisas para as quais não tive discernimento e acabei fazendo o que era errado, achando que era certo. Não cometemos erros? Será que você tem aquela pretensão, aquele conceito errado de si mesmo, de que é sempre uma pessoa certa, boa e justa? Não vamos fazer aquela comparação: “Eu não sou o bandido, não sou um ladrão”. Ora! Dentro de nós há sementes do mal, há coisas que nós fazemos que não sei se é maior ou menor do que alguém. Aqui, não faço um juízo de comparação, mas é uma advertência para nós esse Evangelho de hoje. Se Deus fosse levar em conta os critérios que nós temos, separaria logo o que é mau do que é bom, o ruim daquilo que é errado. Desculpe-me, mas pouquíssimos de nós escaparíamos. A misericórdia de Deus age com paciência, porque Ele espera que o joio, que somos nós, transformemo-nos num bom trigo de Cristo. Nós fomos errados um dia, fomos pecadores, e a graça de Deus nos alcançou. Queremos que essa mesma graça alcance tantos que estão longe e distantes, porque queremos que essa mesma graça transforme o joio que há dentro de nós. A paciência e a misericórdia de Deus estão nos transformando, dia a dia, quando permitimos que Ele nos transforme. Então, tenhamos paciência e misericórdia, trabalhemos não para eliminar o mal, mas para não permitir que ele reine em nós. No mundo em que estamos, semeemos a boa semente, o bom trigo de Deus, porque só no Reino d’Ele o joio se transforma em trigo.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Nota aos paroquianos

A Paróquia de Sant’Ana, por meio das Comissões de Reforma do Centro de Pastoral e Festa da Excelsa Padroeira Sant’Ana 2017, vem a público comunicar o ADIAMENTO do III Arraiá das Pastorais, em razão da insistente chuva, que compromete a logística e realização do mesmo, previsto para este sábado, dia 22 de julho de 2017, às 20h30, no Pátio da Igreja Matriz de Sant’Ana. No ensejo, comunicamos que uma nova data já foi estabelecida pelas Comissões para a realização do evento: dia 12 de agosto, véspera do Dia dos Pais. Aos que reservaram mesa, como também aos grupos, movimentos e colaboradores envolvidos na organização do III Arraiá das Pastorais, reafirmamos o nosso compromisso de manter as reservas e as barracas para a nova data, contando com o apoio e participação de todos. A Paróquia de Sant’Ana coloca-se à disposição para maiores esclarecimentos, através do Tel.: (81) 3638-1274. Desde já, desculpamo-nos por qualquer transtorno causado, agradecendo a compreensão de todos!


quinta-feira, 20 de julho de 2017

Amizade, um dom de amor

A amizade é um dom do amor. Surge sem escolha e, muitas vezes, une pessoas completamente diferentes. Quem ama respeita, compreende e admira o que há de diferente e especial no outro. Amizade verdadeira não sufoca, não oprime, amizade de verdade constrói, potencializa, engrandece.


Para os filósofos gregos a amizade era sempre expressão da virtude. Pitágoras, que dirigia pessoalmente um grupo filosófico de amigos, chamava a amizade de mãe de todas as virtudes. Por isso só podem firmar uma amizade pessoas que se esforçam para ser virtuosas e nas quais está uma boa semente.

Quem só gira em torno de si é prisioneiro de si mesmo e incapaz de amizade. Platão, um dos mais importantes filósofos gregos, afirma: “Deus faz os amigos; Deus traz o amigo para o amigo.” Na amizade – diz Platão – cintila um pouco o mistério de Deus.

A amizade não pode ser fabricada, portanto, cultive a amizade daqueles que o Senhor colocou em sua vida como canal de bênção, verdadeiros amigos.

Todos nós precisamos de amor puro uns dos outros, os homens precisam receber o amor puro das mulheres, as mulheres precisam receber amor puro dos homens. Fomos criados para amar e receber amor. Precisamos do amor puro dos amigos.

Amigo não é um conhecido. Amigo é amigo. Consegue nos corrigir, dizer as coisas como elas são, as verdades que não queremos ouvir. Até ficamos chateados, nos afastamos deles, mas passam as horas, os dias e… voltamos atrás, nos entendemos, nos humilhamos e tudo muda.

Falando em mudança, amigo tem o poder de nos transformar e faz isso porque nos conhece e nos ama como somos.

Neste dia entrego cada um de meus amigos em Tuas mãos, Senhor. Se não fui ou não sou tudo aquilo que eles precisam ou esperam, completa, Senhor, restaura, cuida…

Precisamos eternizar as pessoas nos nossos corações, assim elas nunca morrerão; continuarão vivas e perto! Neste Dia do Amigo, a você, meu tesouro, que já é eterno em mim, a gratidão!

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Convite

Caríssimos irmãos e irmãs, aproxima-se mais uma festa de Sant'Ana, mãe de Nossa Senhora e padroeira de Bom Jardim. A festa da padroeira é sempre um tempo importante para juntos refletirmos sobre a Palavra de Deus, que é fonte de vida e salvação. Esta Palavra foi vivenciada de um modo muito especial por Sant'Ana. Nós, seus devotos, devemos fazer o mesmo.


Dando ênfase ao Ano Mariano, e já no segundo ano de preparação para o Centenário Diocesano, vamos refletir sobre o seguinte tema: “Igreja: Comunidade do Ressuscitado”. Nós fazemos parte desta comunidade, por isso, devemos participar das Celebrações durante todo o novenário.

Você é nosso convidado especial. Venha participar desta festa com o coração cheio de fé e alegria no “Cristo Ressuscitado, constituído por Deus como Cabeça da Igreja”, como nos ensina São Paulo.

Venha participar desta festa com sua família, de 17 a 26 de julho de 2017, na Igreja Matriz de Sant’Ana. Sua presença nos alegra!

domingo, 16 de julho de 2017

Evangelho do 15º Domingo do Tempo Comum

Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do mar da Galileia. Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso, Jesus entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia. E disse-lhes muitas coisas em parábolas: “O semeador saiu para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram. Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda. Mas, quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz. Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas. Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. Quem tem ouvidos, ouça!”. Os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: “Por que falas ao povo em parábolas?”. Jesus respondeu: “Porque a vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é dado. Pois à pessoa que tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas à pessoa que não tem será tirado até o pouco que tem. É por isso que eu lhes falo em parábolas: porque olhando, eles não veem, e ouvindo, eles não escutam nem compreendem. Desse modo se cumpre neles a profecia de Isaías: ‘Havereis de ouvir, sem nada entender. Havereis de olhar, sem nada ver. Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com os olhos, nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que se convertam e eu os cure’. Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram. Ouvi, portanto, a parábola do semeador: Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho. A semente que caiu em terreno pedregoso é aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento; quando chega o sofrimento ou a perseguição, por causa da palavra, ele desiste logo. A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a palavra, e ele não dá fruto. A semente que caiu em terra boa é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta”. (Mt 13,1-23)


A Palavra de Deus transforma nossa vida

A riqueza da parábola do semeador é demonstrar justamente como é o nosso coração, porque ele é o lugar onde a Palavra de Deus é semeada. O Pai enviou Jesus para semear a boa semente no nosso coração. Muitas vezes, não acolhemos a Palavra ou a acolhemos da forma com que a parábola está nos contando, de forma distraída; assim, deixamos que ela seja roubada do nosso coração ou de outra maneira, deixamos que as preocupações do mundo, as vaidades e ilusões roubem do nosso coração as riquezas da Palavra. Deixe-me dizer a você: encare de forma positiva os inimigos da Palavra, pois esta, quando cai em nosso coração, renova nossa alma e mente, coloca o Reino de Deus dentro de nós. Por que, muitas vezes, o Reino não está dentro de nós? O Reino de Deus não está dentro de nós quando não acolhemos a Palavra e não permitimos que ela produza frutos em nós. Não basta escutar a Palavra, é preciso introjetá-la, trazê-la para dentro de nós; e quando a trazemos para dentro de nós, precisamos que ela venha para fora, que ela produza frutos em nossa vida. Você pode me escutar agora e dizer: “Que bonito, padre! É isso mesmo. Que bom que você falou!”; depois guardar essa Palavra e continuar a vida do mesmo jeito. A Palavra de Deus é eficaz quando produz transformação na nossa vida, quando gera reflexão dentro de nós, quando nos dá forças para mudarmos nossos atos e nossas atitudes, quando permitimos que ela exerça domínio sobre nossa vontade, sobre nossas escolhas e decisões. Só somos transformados por Deus quando permitimos que a Sua Palavra penetre no nosso interior e nos transforme por dentro e por fora! Permita que a Palavra de Deus produza muitos frutos no seu coração, não deixe que o inimigo roube a Palavra, que ela seja sufocada, pisoteada, mas que, em nosso coração, possamos produzir muitos frutos pelo poder da Palavra de Deus.

sábado, 15 de julho de 2017

Nossa Senhora do Carmo

Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor à Virgem Mãe de Deus: é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o cardeal Piazza: “O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual”.


Carmelo (em hebraico, “carmo” significa vinha; e “elo” significa senhor; portanto, “Vinha do Senhor”): este nome nos aponta para a famosa montanha que fica na Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi prefigurada pelo primeiro numa pequena nuvem (cf. I Rs 18,20-45).

Estes profetas foram “participantes” da Obra Carmelita, que só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos, chegaram fugidos na Europa e elegeram São Simão Stock como seu superior geral; este, por sua vez, estava no dia 16 de julho intercedendo com o Terço, quando Nossa Senhora apareceu com um escapulário na mão e disse-lhe: “Recebe, meu filho, este escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno”.

Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII chegou a escrever: “Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo – e ainda – escapulário não é ‘carta-branca’ para pecar; é uma ‘lembrança’ para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte”.

Neste dia de Nossa Senhora do Carmo, não há como não falar da história dos Carmelitas e do escapulário, pois onde estão os filhos aí está a amorosa Mãe.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

As Nossas Senhoras são a mesma Virgem Maria?

A devoção a Nossa Senhora se manifesta, na Igreja Católica, sob os mais diversos títulos. É praticamente incontável o número de títulos atribuídos a Santíssima Virgem Maria. Em cada país, ela é invocada das mais diversas formas, com nomes diferentes, conforme a fé e a devoção do povo. Em muitos países, houve aparições de Nossa Senhora e, a partir destas, surgiram muitos outros títulos marianos. Para completar a lista, há também os títulos que derivam de um dos dogmas relativos a Virgem Maria.


Os títulos de Maria com origem na devoção popular

A grande maioria dos títulos atribuídos a Virgem Maria tem sua origem na devoção popular. Na maioria das vezes, a devoção surge a partir de uma imagem de Nossa Senhora. A veneração de ícones de Maria remonta a era apostólica. Alguns ícones da Virgem são até mesmo atribuídos a São Lucas, considerado o pintor de Nossa Senhora. Dentre eles, alguns são muito conhecidos, como “Nossa Senhora do Perpétuo Socorro”, a “Theotokos de Vladimir” e “Nossa Senhora de Czenstochowa”. Casa um desses ícones ressalta uma particularidade da Santíssima Virgem, que nos ajuda a conhecer melhor a sua presença materna na Igreja e em nossas vidas.

Para exemplificar como nasce a devoção popular, trazemos um caso mais recente: a devoção a Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Essa devoção surgiu, em 1700, na cidade de Ausburgo, na Alemanha. Um artista desconhecido pintou uma imagem da Virgem Maria, inspirado na célebre frase de Santo Irineu de Lião: “O nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria; e aquilo que a virgem Eva atou, com a sua incredulidade, desatou-o a Virgem Maria com a sua fé”. Esse quadro foi então exposto para veneração na pequena igreja de Saint Peter am Perlach, em Ausburgo, e onde permanece até. Nessa igreja começou a devoção a Nossa Senhora Desatadora dos Nós, que se espalhou pelo mundo todo, por causa de devoção popular.

Os títulos das aparições e manifestações de Nossa Senhora

Há muitos títulos que nasceram de aparições ou manifestações da Santíssima Virgem. Alguns desses nomes são muito conhecidos, outros menos, mas, de qualquer forma, expressam a fé e a devoção dos fiéis a Nossa Senhora, que se manifestou a eles de modo particular. Como exemplo, é significativo recordar dois títulos muito caros à devoção popular: Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora Aparecida.

Em 1917, aconteceram as aparições de Nossa Senhora em Fátima, Portugal, aos três pastorinhos: Lúcia, Francisco e Jacinta. Estamos no ano jubilar, em comemoração dos 100 anos. Nelas, a Virgem Maria apresentou-se com o nome de Senhora do Rosário, de Senhora do Carmo e de Imaculado Coração. A partir das aparições, espalhou-se pelo mundo inteiro a devoção a Nossa Senhora do Rosário de Fátima, e fortaleceram-se as devoções a Nossa Senhora do Carmo e ao Imaculado Coração de Maria.

Em 1717, três pescadores encontraram uma pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição nas suas redes; primeiro o corpo, depois a cabeça. Como todos sabem, depois seguiu-se a pesca milagrosa, de belos e grandes peixes, depois de horas a fio sem pegar nada. Aqueles simples pescadores perceberam que, naquele fato, havia uma ação sobrenatural. A partir de então, passaram a venerar a pequena imagem. A devoção daqueles pescadores se espalhou rapidamente e cada vez mais pessoas passavam a visitar aquela pequena imagem, chamada carinhosamente de Nossa Senhora Aparecida.

Os títulos dogmáticos da Virgem Maria

Os títulos de Nossa Senhora, que tem sua origem nos dogmas marianos, são os menos numerosos. São apenas quatro. No entanto, não são menos importantes. Ao contrário, são particularmente importantes para a nossa fé. Esses dogmas foram proclamados justamente para firmar as bases da nossa fé.

O primeiro dos dogmas marianos é o da maternidade divina, proclamado solenemente pelo Terceiro Concílio Ecumênico, realizado em Éfeso, em 431, no qual a Virgem Maria é proclamada de Mãe de Deus. Num momento no qual muitos hereges negavam a divindade de Jesus, era necessário que a Igreja confirmasse a doutrina de que a Virgem Maria é verdadeiramente Mãe do Verbo de Deus encarnado, da segunda pessoa da Santíssima Trindade, e não apenas da humanidade de Jesus Cristo.

O segundo dogma é o da Virgindade Perpétua de Maria, que afirma a sua virgindade antes, durante e depois do parto. Essa doutrina, que já era dogma de fé, foi reafirmada solenemente no Concílio de Trento, no ano de 1555. No entanto, esses ensinamentos já faziam parte da doutrina dos Padres da Igreja, como São Justino, o Mártir e Orígenes.

O terceiro é o dogma da Imaculada Conceição de Maria, que define como fé da Igreja Católica a concepção de Nossa Senhora sem a mancha do pecado original. O dogma da Imaculada Conceição foi definido pelo Beato Papa Pio IX, na Bula Ineffabilis Deus, no dia 8 de Dezembro de 1854.

Finalmente, o quarto é o dogma da Assunção de Maria. Esse dogma significa que devemos crer com fé católica que a Virgem Maria, ao fim de sua vida terrena, foi elevada de corpo e alma à glória dos Céus. Essa doutrina foi definida dogmaticamente pelo Papa Pio XII, através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, no dia 1º de novembro de 1950.

A importância de invocar a Santíssima Virgem Maria

Assim, vimos que os vários títulos marianos têm origens diferentes. Podem ter sua origem na devoção popular, nas aparições e manifestações de Nossa Senhora e nos dogmas marianos. Mas todos esses títulos têm algo em comum. Todos esses nomes dizem respeito a uma pessoa, que é a Santíssima Virgem Maria, a Mãe de nosso Senhor Jesus Cristo. Desde os primórdios da Igreja Católica, a devoção a Virgem Maria, sob seus diversos títulos, ajuda-nos a perseverar na fé e combater as heresias.

Mais do que em outros tempos, precisamos invocar a Santíssima Virgem, sob seus mais diversos títulos, para que a nossa fé não desfaleça. Sobre a importância da devoção a Nossa Senhora, o então Cardeal Joseph Ratzinger já dizia: “Hoje, neste confuso período, em que todo tipo de desvio herético parece se amontoar às portas da fé católica, compreendo que não se trata de exageros de almas devotas, mas de uma verdade hoje mais forte do que nunca”.

terça-feira, 11 de julho de 2017

São Bento, vida de oração e meditação

Abade vem de “Abbá”, que significa pai, e isto o santo de hoje bem soube ser do monaquismo ocidental. São Bento nasceu em Núrcia, próximo de Roma, em 480, numa nobre família que o enviou para estudar na Cidade Eterna, no período de decadência do Império.


Diante da decadência – também moral e espiritual – o jovem Bento abandonou todos os projetos humanos para se retirar nas montanhas da Úmbria, onde dedicou-se à vida de oração, meditação e aos diversos exercícios para a santidade. Depois de três anos numa retirada gruta, passou a atrair outros que se tornaram discípulos de Cristo pelos passos traçados por ele, que buscou nas Regras de São Pacômio e de São Basílio uma maneira ocidental e romana de vida monástica. Foi assim que nasceu o famoso mosteiro de Monte Cassino.

A Regra Beneditina, devido a sua eficácia de inspiração que formava cristãos santos por meio do seguimento dos ensinamentos de Jesus e da prática dos Mandamentos e conselhos evangélicos, logo encantou e dominou a Europa, principalmente com a máxima “Ora et labora”. Para São Bento a vida comunitária facilitaria a vivência da Regra, pois dela depende o total equilíbrio psicológico; desta maneira os inúmeros mosteiros, que enriqueceram o Cristianismo no Ocidente, tornaram-se faróis de evangelização, ciência, escolas de agricultura, entre outras, isso até mesmo depois de São Bento ter entrado no céu com 67 anos.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

O papel da Virgem Maria na Igreja

São Bernardo, doutor da Igreja, disse que “Deus quis que recebêssemos tudo por Maria”. De fato, por ela nos veio o Salvador e tudo o mais. Sem dúvida, o papel preponderante da Santíssima Virgem na vida da Igreja é o de Mãe.


A Igreja, como o Cristo, nasce no seu regaço: “Todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, em companhia de algumas mulheres, entre as quais Maria, a Mãe de Jesus e de Seus irmãos” (At 1,14).

Neste quadro de Pentecostes São Lucas destaca a pessoa de Nossa Senhora, a única que é recordada com o próprio nome, além dos apóstolos. Ela promove, na Igreja nascente, a perseverança na oração e a concórdia no amor. É o papel de mulher e de Mãe. São Lucas também faz questão de apresentá-la explicitamente como “a mãe de Jesus” (cf. At 1,14), de forma a dizer que algo da presença do Filho, que subiu ao céu, permanece na presença da Mãe. Ela, que cuidou de Jesus, passa agora a cuidar da Igreja, o Corpo Místico do Seu Filho. Desde o começo a Virgem Maria exerce o seu papel de “Mãe da Igreja”.

Com essas palavras pronunciadas na Cruz: “Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19, 26), Cristo lhe dá a função de Mãe universal dos crentes. Entregando-a ao discípulo amado como Mãe, Nosso Senhor Jesus Cristo quis também indicar-nos o exemplo de vida cristã a ser imitado. Se Cristo no-la deu aos pés da Cruz, é porque precisamos dela para a nossa salvação. Não foi à toa que o Resssuscitado nos deu a Sua Mãe…

Esta missão materna e universal da Santíssima Virgem Maria aparece na sua preocupação para com todos os cristãos, de todos os tempos. Sem cessar ela socorre a Igreja e os seus filhos. Os cristãos a invocam como “Auxiliadora”, reconhecendo-lhe o amor materno que socorre os seus filhos, sobretudo quando está em jogo a salvação eterna. A convicção de que Nossa Senhora está próxima dos que sofrem ou se encontram em perigo levou os fiéis a invocá-la como “Socorro”. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro!

A mesma confiante certeza é expressa pela mais antiga oração mariana, do século II, na época das perseguições romanas, com as palavras: “Sob a vossa proteção recorremos a vós, Santa Mãe de Deus: não desprezeis as súplicas de nós que estamos na prova, e livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!” (Do Breviário Romano).

Na sua peregrinação terrena, a Igreja experimenta continuamente a eficácia da ação da “Mãe na ordem da graça”. Ela tem um lugar especial no coração de cada filho. Não é um sentimento superficial, mas afetivo, real, consciente, vivo, arraigado e que impele os cristãos de ontem e de hoje a recorrerem sempre a ela, para entrarem em comunhão mais íntima com Cristo.

Nossa Senhora une não só os cristãos atuantes, mas também o povo simples e até os que estão afastados. Para esses, muitas vezes, a Virgem Maria é o único vínculo com a vida da Igreja. Ela nos educa a viver na fé em todas as situações da vida, com audácia e perseverança constante. A sua maternal presença na Igreja ensina os cristãos a se colocarem na escuta da Palavra do Senhor. O exemplo da Virgem Maria faz com que a Igreja aprenda o valor do silêncio. O silêncio de Maria é, sobretudo, sabedoria e acolhimento da Palavra.

A Igreja aprende a imitá-la no seu caminho cotidiano. E assim, unida com a Mãe, conforma-se cada vez mais com seu Esposo.

domingo, 9 de julho de 2017

Evangelho do 14º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a mim, todos vós, que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. (Mt 11,25-30)


Sejamos pequeninos e humildes

Do coração e dos lábios de Jesus brotaram esse hino de louvor, de gratidão e engrandecimento ao Pai do Céu. Não foram aos grandes, sábios, inteligentes, ricos e poderosos, àqueles que mais podem, que Deus revelou a grandeza do Seu Reino, mas sim aos pequeninos, desprezados e humildes que o Reino de Deus foi, é e sempre será revelado. Se nós não estamos tocando na graça do Reino de Deus ou se Ele não está tocando em nós, o problema não é Ele, mas nosso coração. Qual é o sentimento que toma conta da nossa alma e do nosso ser? Será que nós, muitas vezes, não somos levados por aquele sentimento terrível da soberba, orgulho e exaltação? Será que, muitas vezes, estamos com o sentimento de grandeza tomando conta de nós? É muito ruim quando conversamos com uma pessoa que tudo sabe, que se acha, é sempre a melhor, a mais importante. Ela sabe, já conhece e não temos nada de novo para lhe ensinar. Deus fala, ensina e manifesta-se naquele que se faz pequeno, naquele que quer aprender e abre-se às grandezas do Reino de Deus. Observamos, em nossas assembleias e comunidades, aqueles que já se acham conhecedores de tudo, que nem se abrem para escutar o Evangelho: “Esse Evangelho eu já conheço. Esse Evangelho eu já sei”. É uma tentação terrível para o nosso coração e para nossa alma o espírito do “já sei”, “já conheço”! É uma tentação terrível nos sentirmos grandes naquilo que fazemos e somos. A maior conquista que podemos ter, nesta vida, é que ela nos faça menores e mais humildes. Não podemos nos engrandecer nem envaidecer, não peçamos nem supliquemos reconhecimento humano. Se formos pequeninos e levarmos uma vida humilde, se não formos importantes, reconhecidos nem aplaudidos, mais encontraremos Deus presente em nossa vida. Não há grandeza maior do que essa! Que sejamos cada vez menores, para que maior seja a graça de Deus em nossa vida!

terça-feira, 4 de julho de 2017

Em julho, Papa reza por pessoas que se afastaram da fé

Nesse mês de julho, a intenção de oração do Papa Francisco vai para as pessoas que se afastaram da fé. O vídeo em que o próprio Pontífice convida os fiéis a seguirem sua intenção de oração foi divulgado nesta terça-feira, 4.


“Pelos nossos irmãos que se afastaram da fé, para que, através da nossa oração e do nosso testemunho evangélico, possam redescobrir a proximidade do Senhor misericordioso e a beleza da vida cristã”, reza o Papa.

No vídeo, Francisco recorda que Jesus Cristo é a alegria, tem um amor fiel e inesgotável. “Quando um cristão está triste, isso significa que ele se afastou de Jesus”, diz o Santo Padre, acrescentando que, nesses momentos, eles não devem ficar sós, mas os fiéis devem levar a eles a esperança cristã, com a palavra e, sobretudo, com o próprio testemunho.

domingo, 2 de julho de 2017

São Pedro e São Paulo, apóstolos

Naquele tempo, Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. (Mt 16,13-19)


São Pedro e São Paulo, rogai por nós!

Hoje, celebramos a Solenidade de São Pedro e São Paulo, celebramos também o dia do Papa. Pedro foi o primeiro Papa, o primeiro “pai” de toda a Igreja, aquele que assumiu a paternidade, o cuidado, a responsabilidade, o primado sobre toda a Igreja. De onde vem o primado de Pedro? Vem da sua profissão de fé, pois foi ele quem professou: “Eu creio que Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. A Igreja está fundamentada nesta verdade, a pedra angular da Igreja é o próprio Cristo, e aqueles que estão no cuidado, na responsabilidade, na direção da Igreja estão sobre essa profissão de fé. Em Cristo está a nossa confiança, a nossa esperança e a nossa vida. N’Ele cremos e acreditamos, e é por essa verdade que nos deixamos guiar. Coube a Pedro guardar, professar e levar adiante essa fé. É verdade que, no caminhar do barco da vida, no barco da Igreja, muitas vezes, essa fé foi balançada e contestada, mas ela é mantida como a pedra fundamental, a qual nos leva a crer que Cristo é a razão da nossa vida. O primado de Pedro é também o primado da unidade, e ele a garante a todos os crentes, a todos aqueles que creem verdadeiramente no Cristo. Cada um pode ter a sua forma de crer e acreditar, mas uma só fé, um só batismo nós temos quando nos colocamos sobre o domínio de Cristo. Pedro é para nós a garantia da fé verdadeira e única no Cristo Jesus Nosso Senhor! Junto com Pedro está Paulo, aquele que foi o apóstolo dos gentios, das nações, aquele que foi essencial para que o Evangelho fosse levado aos quatro cantos da Terra, para que o Evangelho se expandisse e chegasse a todos os corações. O ímpeto missionário de Paulo é para nós essencial na propagação da fé. Sobre essas duas colunas, uma chamada Pedro (o governo e a unidade), e Paulo (o impulso missionário da Igreja), é que o Evangelho chega ao nosso coração. Rezemos pelo Pedro de hoje, que se chama Francisco, o sucessor de Pedro de número 266. Que Deus o abençoe no governo da Igreja, que ele seja para nós a continuidade, o representante dessa missão que a Igreja tem no mundo. São mais de dois mil anos de caminhada, e só podemos ter, no nosso coração, alegria, certeza, convicção e fé plena de que vencemos a Igreja fundada em Jesus e por Ele.