quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

O que é ser missionário?

Missionário é aquele que anuncia o Evangelho, fazendo suas as palavras e o testemunho de Jesus Cristo; mas é também aquele que, mesmo sem anúncio explícito, encarna e vive cada uma dessas palavras, transformando-as em gestos concretos de solidariedade.


Missionário é aquele que está disposto a sair, lançar-se em terras estranhas e inóspitas, abrir veredas novas no deserto ou na selva; mas é também aquele que se dispõe a ficar, convertendo-se em presença viva e atuante em cada dor humana e em cada porão de sofrimento.

Missionário é aquele que, por seus feitos e dedicação, ganha imagens impressas e coloridas, fixadas em profusão nas paredes de templos e casas; mas é também aquele que, desconhecido e silencioso, oferece no altar do anonimato sua vida e suas forças.

Missionário é aquele cuja voz e ação entusiasma e congrega ao seu redor multidões; mas é também aquele que, caso a caso, faz-se o companheiro mudo de cada solidão, o refúgio e bálsamo para o abandono e a exclusão.

Missionário é aquele cuja face divino-humana espelha os traços de um Deus pai e mãe, cheio de amor, misericórdia e compaixão; mas é também aquele em cujo rosto humano-divino; imprimem-se as angústias e esperanças dos pobres.

Missionário é aquele que sobe à montanha, onde reza e se deixa interpelar pela presença do Pai; mas é também aquele que desce à rua e aos campos e, no contato vivo com mulheres e homens desfigurados, questiona e pugna por uma sociedade justa e solidária.

domingo, 28 de janeiro de 2018

Oração da Novena, Procissão e Celebração da Eucaristia marcam o Quarto Dia do Novenário da 92ª Festa do Glorioso Mártir São Sebastião, em Bom Jardim

Uma multidão de fiéis e centenas de veículos ganharam as ruas do município de Bom Jardim, no Agreste pernambucano, para celebrar a memória de São Cristóvão, padroeiro dos condutores de veículos, dentro da programação do Quarto Dia do Novenário da 92ª Festa do Glorioso Mártir São Sebastião, celebrado na noite do último sábado (27), na Capela de São Sebastião (Centro).


A devoção a São Cristóvão é uma das mais antigas e populares da Igreja. Muito conhecido pelo episódio da criança no rio (carregador de Cristo), São Cristóvão é considerado o padroeiro dos motoristas, condutores e viajantes, já que um dia carregou o menino Jesus nos ombros. Sua imagem representa exatamente esse momento: o menino Jesus em seus ombros e o cajado na mão.

A tradicional “Noite dos Motoristas” contou com a Oração da Novena, Procissão de São Cristóvão, saindo da encruzilhada, e Celebração da Eucaristia, presidida pelo Pe. Cleydson da Silva Ferreira, Vigário Paroquial da Paróquia de São José – Surubim, e concelebrada pelos Padres Severino Fernandes (Pároco), Jorge Sousa (Vigário Paroquial) e Marcos Antônio (Diocese de Alagoinhas – BA).

Para 2018, algumas mudanças foram estabelecidas pela Comissão Organizadora da Festa em comunhão com os Juízes do Andor de São Cristóvão, com o objetivo de promover uma melhor catequese e participação dos condutores de veículos na Celebração do Quarto Dia do Novenário em preparação para a 92ª Festa do Glorioso Mártir São Sebastião – “Noite dos Motoristas e Motoqueiros”.

“Em diversas Paróquias por onde passei, identifiquei a necessidade de catequizar e a importância de vivenciar a liturgia do dia patrocinado pelos motoristas e motoqueiros, nas tradicionais festas, pelos próprios condutores de veículos. Portanto, a tradicional bênção aos motoristas e motoqueiros, para ganhar um autêntico sentido, principalmente dentro da vivência litúrgica do Quarto Dia do Novenário, foi conferida no término da Santa Missa àqueles que realmente participaram. Sendo assim, voltamos o nosso olhar para Quem realmente celebramos durante todo o novenário e dia da festa: Jesus Cristo, fonte de toda santidade”, destacou Pe. Severino Fernandes, Pároco de Bom Jardim.

O novenário se estenderá até a próxima quinta-feira, dia 01 de fevereiro, sendo o dia 2 de fevereiro a grande festa em honra ao Glorioso Mártir São Sebastião.

Evangelho do 4º Domingo do Tempo Comum

Na cidade de Cafarnaum, num dia de sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei. Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: “Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”. Jesus o intimou: “Cala-te e sai dele!”. Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu. E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!”. E a fama de Jesus logo se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia. (Mc 1,21-28)


O poder de Jesus intimida os espíritos malignos

Jesus não queria aquele homem dominado pelo espírito do mal, Ele não queria que o espírito maligno tirasse a vida, o vigor daquele homem. É assim que os espíritos malignos fazem com a nossa vida, eles tiram a nossa alegria de viver e nos dominam. Às vezes ficamos pensando: “Como o espírito do mal toma conta de nós?”. De diversas maneiras. Várias vezes estamos verdadeiramente possuídos; eu vejo desde crianças pequenas até idosos, deixando-se levarem pelas fraquezas mais congênitas, e muitos espíritos têm nos dominado, um dos mais terríveis, talvez seja a raiva. Veja como age uma pessoa dominada pela raiva, ela torna-se violenta. A violência toma conta do homem que deixa-se levar pela ira; ficar chateado é uma coisa, passar por momentos complicados é outra, mas, não podemos ser levados pela ira. Uma pessoa irada comete tragédias e poderia ser dominada pelo espírito do medo, da inveja, do rancor, do ressentimento. Muitos podem dizer: “Eles sacodem a nossa vida. Eles comandam a nossa vida”. Os ímpetos da alma, as palavras que saem da nossa boca são dominados por esses espíritos que nos agitam por dentro e por fora. Jesus está nos purificando, nos libertando; Ele está intimando esses espíritos terríveis para que não agitem mais a nossa vida. Para que isso aconteça em nós, precisamos ser o início para Jesus. Os demônios escutam e saem e esse homem pode ser novamente um homem puro, porque dele saiu um espírito mal. A autoridade de Jesus é para nos libertar e nos restaurar. Permitamos que a Palavra poderosa e restauradora de Jesus transforme hoje a nossa vida.

sábado, 27 de janeiro de 2018

São Cristóvão

A devoção a são Cristóvão é uma das mais antigas e populares da Igreja. São centenas de igrejas dedicadas a ele em todos os países do mundo. Também não faltam irmandades, patronatos, conventos e instituições que tomaram o seu nome, para homenageá-lo. Ele consta da relação dos “quatorze santos auxiliadores” invocados para interceder pelo povo nos momentos de aflições e dificuldades.


Entretanto são poucos os dados precisos sobre sua vida. Só se tem conhecimento comprovado de que Cristóvão era um homem alto e musculoso, extremamente forte. Alguns escritos antigos o descrevem como portador de “uma força hercúlea”. Pregou na Lícia e foi martirizado, a mando do imperador Décio, no ano 250. Depois disso, as informações fazem parte da tradição oral cristã, propagada pela fé dos devotos ao longo dos tempos, e que a Igreja respeita.

Ela nos conta que seu nome era Réprobo e que nasceu na Palestina. Como um verdadeiro gigante Golias, não havia quem lhe fizesse frente em termos de força física. Assim, só podia ter a profissão que tinha: guerreiro. Aliás, era um guerreiro indomável e invencível. A sua simples presença era garantia de vitória para o exército do qual participasse.

Conta-se que, estando cansado de servir aos caprichos de um e outro rei, apenas porque fora contratado para lutar em seu favor, foi procurar o maior e mais poderoso de todos, para servir somente a este. Então, ele se decidiu colocar a serviço de satanás, pois não havia quem não se curvasse de medo ao ouvir seu nome.

Mas também se decepcionou. Notou que toda vez que seu chefe tinha de passar diante da cruz, mudava de caminho, evitando o encontro com o símbolo de Jesus. Abandonou o anjo do mal e passou, então, a procurar o Senhor. Um eremita o orientou a praticar a caridade para servir ao Todo Poderoso como desejava, então ele abandonou as armas imediatamente. Integrou-se a uma instituição de caridade e passou a ajudar os viajantes. De dia ou de noite, ficava às margens de um rio onde não havia pontes e onde várias pessoas se afogaram por causa da profundidade, transportando os viajantes de uma margem à outra.

Certo dia, fez o mesmo com um menino. Mas conforme atravessava o rio, a criança ia ficando mais pesada e só com muito custo e sofrimento ele conseguiu depositar com segurança o menino na outra margem. Então perguntou: “Como pode ser isso? Parece que carreguei o mundo nas costas”. O menino respondeu: “Não carregou o mundo, mas sim seu Criador”. Assim Jesus se revelou a ele e o convidou a ser seu apóstolo.

O gigante mudou seu nome para Cristóvão, que significa algo próximo de “carregador de Cristo”, e passou a peregrinar levando a palavra de Cristo. Foi à Síria, onde sua figura espetacular e nada normal chamava a atenção e atraía quem o ouvisse. Ele, então, falava do cristianismo e convertia mais e mais pessoas. Por esse seu apostolado foi denunciado ao imperador Décio, que o mandou prender. Mas não foi nada fácil, não por causa de sua força física, mas pelo poder de sua pregação.

Os primeiros quarenta soldados que tentaram prendê-lo converteram-se e por isso foram todos martirizados. Depois, quando já estava no cárcere, mandaram duas mulheres, Nicete e Aquilina, à sua cela para testar suas virtudes. Elas também abandonaram o pecado e batizaram-se, sendo igualmente mortas. Foi quando o tirano, muito irado, mandou que ele fosse submetido a suplícios e em seguida o matassem. Cristóvão foi, então, flagelado, golpeado com flechas, jogado no fogo e por fim decapitado.

São Cristóvão é popularmente conhecido como o protetor dos viajantes, assim como dos motoristas e dos condutores, comemoramos no dia 25/07 a memória deste santo. São Cristóvão, rogai por nós!

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

A devoção a São Sebastião, em Bom Jardim

Em meados de 1925, a peste bubônica assolava toda a região, pondo em risco a vida de muitas pessoas.


Conforme a tradição do lugar, a peste bubônica atingiu a Vila de Queimadas, hoje município de Orobó, consequentemente a Comunidade de Tamboatá, as imediações do Engenho Passassunga e a Comunidade de Bizarra.

Em decorrência do temor e da preocupação causados pela peste, surgiu a ideia de fazer uma promessa para evitar a terrível ameaça. O Sr. Napoleão Gonçalves Souto Maior, sugeriu à Dona Maria de Jesus, sua esposa, fazer uma promessa a São Sebastião, para interceder a Deus contra a peste bubônica, já que o santo mártir é protetor contra as epidemias, fome e guerra.

Caso fossem atendidos, teriam que pedir esmolas de porta em porta, para distribuir entre as famílias carentes do lugar. Desesperados, sem saber o que fazer, resolveram aceitar de Dona Júlia do Nascimento a sugestão de rezar, todos os anos, um novenário em louvor a São Sebastião. A verdade é que a epidemia não atingiu a cidade de Bom Jardim.

A festa entusiasmou muita gente, em especial, a Senhorita Otília Engrácia de Oliveira (Tila), que deixou em segundo plano as suas atividades na igreja matriz, para dedicar-se exclusivamente à novena do santo.

Em 1926, foi realizada a primeira Missa/festa em honra ao Glorioso Mártir São Sebastião, tido como co-padroeiro do município.

Trecho adaptado do Livro “Histórias da Festa de São Sebastião” / Paróquia de Sant'Ana Bom Jardim - Pernambuco

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Procissão da Bandeira e Celebração Eucarística marcam o início do Novenário preparatório para a 92ª Festa do Glorioso Mártir São Sebastião, em Bom Jardim

A abertura do Novenário preparatório para a 92ª Festa do Glorioso Mártir São Sebastião, em Bom Jardim, no Agreste de Pernambuco, celebrada na noite da última quarta-feira (24), levou uma multidão de fiéis a participarem da Procissão da Bandeira, que partiu da residência da Sra. Terezinha Liberato, na Rua José Gomes Cabral – Catolé, rumo à Capela de São Sebastião (Centro), onde aconteceu a Celebração da Eucaristia, presidida pelo Pe. Luíz Benevaldo dos Santos, Pároco da Paróquia de São Geraldo, de Arcoverde, e concelebrada pelos Padres Severino Fernandes (Pároco) e Jorge Sousa (Vigário Paroquial).


Durante homilia, Pe. Luíz Benevaldo, com base na temática diária “Princípios Doutrinários da Missão”, provocou os fiéis ao auto-questionamento sobre a vivência autêntica do cristianismo.

“O mau cristão, não irá para lugar nenhum. Pôr em prática o Evangelho de Deus é sinônimo de trilhar o caminho certo. Longe da presença de Deus, só obteremos escuridão. Tudo ganha um novo sentido quando Jesus Cristo é o centro da nossa fé, mesmo diante das tribulações. Nos abramos para Seu amor, para Sua bondade. A Graça Divina existe para nos ser conferida com abundância, assim nós queiramos”, destacou Pe. Luíz Benevaldo.

O novenário da 92ª Festa do Glorioso Mártir São Sebastião acontece no período de 24 de janeiro a 01 de fevereiro, sendo o dia 2 de fevereiro a grande festa, na Capela de São Sebastião, no Centro da cidade, com Recitação do Santo Terço, Oração da Novena e Celebração da Eucaristia, sempre a partir das 18h30.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Convite

92ª Festa do Glorioso Mártir São Sebastião, de 24 de janeiro a 02 de fevereiro de 2018.


“Queridos irmãos e irmãs, aproxima-se mais uma Festa do Glorioso Mártir São Sebastião. 'Este santo lutou até a morte pela lei de seu Deus e não temeu as palavras e ameaças dos malvados. Pois se apoiou sobre a Rocha Viva, que é Jesus Cristo. Por isso superou as tentações deste mundo e ao Reino dos Céus chegou feliz.' Nós também devemos lutar para vencer as tentações do mundo moderno e chegarmos um dia à pátria definitiva, que é o céu. A Igreja diz que o maior testemunho cristão é o martírio, isto é, dar a vida por causa da fé no Deus Vivo e Verdadeiro. Dentro das comemorações dos 100 anos de nossa Diocese, vamos refletir neste novenário sobre o seguinte tema: Missão: Servir sem medo. Celebramos também no dia 29 de dezembro de 2017, os 260 anos da Paróquia de Sant’Ana de Bom Jardim. Mais um motivo para louvarmos e bendizermos Àquele que é o Senhor de nossas vidas Jesus Cristo, nosso Deus. O novenário começa no dia 24 de janeiro de 2018 e termina no dia 01 de fevereiro. E o encerramento, como de costume, no dia 02 de fevereiro. Venha com sua família celebrar conosco esta festa religiosa. Sua presença nos alegra.”

Pe. Severino Fernandes de Moura – Pároco
Pe. Jorge José de Sousa – Vigário Paroquial

domingo, 21 de janeiro de 2018

3º Domingo do Tempo Comum

Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”. E, passando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus lhes disse: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”. E eles, deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus. Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes; e logo os chamou. Eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados, e partiram, seguindo Jesus. (Mc 1,14-20)


O Evangelho transforma a nossa vida

Muitos de nós perguntamos onde o Reino de Deus vai chegar, onde o Reino de Deus vai se estabelecer no meio de nós. A verdade é que o Reino de Deus já está no meio de nós, ele está próximo de nós. O Reino de Deus é construído a cada dia por cada um de nós. Jesus instaurou no meio de nós o Reino de Deus e nos aproximou, colocou-nos dentro dele. Mas, para entrar no Reino de Deus é preciso se converter, mudar a mentalidade, a cabeça, os nossos pensamentos e, muitas vezes, as nossas próprias convicções. Com a mentalidade mundana, com as coisas do mundo, não conseguimos aderir ao Reino de Deus, por isso é necessário crer no Evangelho. E para tal, não é simplesmente dizer “amém”, mas é ter a convicção de que o Evangelho vivido e praticado na nossa vida faz o Reino de Deus acontecer. O Evangelho transforma a nossa vida, as nossas famílias, as nossas casas, a nossa sociedade. Ele tem o poder transformador e renovador que o mundo tanto necessita! Se olharmos para a história, veremos homens e mulheres ao longo desses mais de dois mil anos, que foram totalmente renovados e transformados, porque levaram a vida segundo o Evangelho. No meio de nós, nos dias de hoje, encontramos tantas pessoas que são para nós testemunhas vivas de que o Evangelho faz milagres em nossa vida. Precisamos testemunhar isso para o mundo também, porém, se não nos convertemos, se apenas observamos o Evangelho, o achamos bonito e maravilhoso, isso não é suficiente para nos converter e transformar. O convite de Jesus: “Segue-me” é feito a nós a cada dia, para nos tornamos Seus discípulos, para que em nossa vida o Evangelho seja praticado. O Reino de Deus está vivo e presente no meio de nós quando nos convertemos. Quando aceitamos o Evangelho, o Reino de Deus acontece no meio de nós.

sábado, 20 de janeiro de 2018

São Sebastião

O santo de hoje nasceu em Narbonne; os pais eram oriundos de Milão, na Itália, do século terceiro. São Sebastião, desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à dos irmãos.


Ao entrar para o serviço no Império como soldado, tinha muita saúde no físico, na mente e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do Império. Esse grande homem de Deus ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem – nesse tempo, no Império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos –, porque o imperador adorava os deuses. Enquanto os cristãos não adoravam as coisas, mas as três Pessoas da Santíssima Trindade.

Esse mistério o levava a consolar os cristãos que eram presos de maneira secreta, mas muito sábia; uma evangelização eficaz pelo testemunho que não podia ser explícito.

São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir. E um apóstata denunciou-o para o Império e lá estava ele, diante do imperador, que estava muito decepcionado com ele por se sentir traído. Mas esse santo deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o Império era esse serviço; denunciando o paganismo e a injustiça.

São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus. O imperador, com o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensarem que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele. Ao recobrar sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o imperador, pois queria o seu bem e o bem de todo o Império. Evangelizou, testemunhou, mas, dessa vez, no ano de 288 foi duramente martirizado. São Sebastião, rogai por nós!

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

O martírio dos cristãos

Muitos cristãos, em todos os tempos, deram a sua vida pelo Evangelho e pelo Reino de Deus, imitando o próprio Cristo, que se entregou para a salvação do mundo. Jesus é o "Mártir dos mártires"; pois a sua entrega foi voluntária.


O cristianismo venceu o Império Romano somente depois que milhares de mártires derramaram seu sangue como tributo da implantação do Evangelho na Roma pagã. Na verdade, em todos os lugares onde o Evangelho entrou e floresceu, o sangue dos mártires foi derramado como semente lançado na terra nova.

O martírio cristão é diferente dos outros "martírios". O cristão morre por fidelidade ao Evangelho e a Cristo, ao passo que o maometano, mulçumano, morre por nacionalismo, fundido entre si religião e etnia dentro de um contexto de "guerra santa". Jamais isso poderá ser caracterizado como martírio, pois alem de ser um suicídio, provoca a morte de pessoas inocentes.

A palavra mártir vem do grego "martys", "martyros" que significa testemunha. O papa Bento XVI assim se exprime: "O martírio e a morte voluntariamente aceita por causa da fé cristã ou por causa do exercício de outra virtude relacionada com a fé.".

O martírio é uma graça que Deus concede a alguns; nem por isso o cristão deve procurar o martírio, e nem provocar os adversários da fé. A Igreja não aprova isso, pois poderia ser presunção e seria provocar o pecado do próximo ou dos algozes.

Para que haja martírio cristão é necessário que o fiel morra livremente por causa da fé. Não é qualquer pessoa que morra defendendo uma causa que é mártir. Tem havido confusão sobre isto; as vezes são declarados, apressadamente, e sem o aval da Igreja, como "mártires", alguns que na América Latina defenderam alguma causa política e não de fé.

Para que a Igreja declare oficialmente que alguém é mártir da fé, são feitas pesquisas a respeito da verdadeira causa da morte; a livre aceitação da morte; graças ou milagres obtidos por intercessão do (a) servo (a) de Deus. O sangue dos mártires continua a ser semente de novos cristãos, e será até a volta do Senhor.

domingo, 14 de janeiro de 2018

Evangelho do 2º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, João estava de novo com dois de seus discípulos e, vendo Jesus passar, disse: “Eis o Cordeiro de Deus!”. Ouvindo essas palavras, os dois discípulos seguiram Jesus. Voltando-se para eles e vendo que o estavam seguindo, Jesus perguntou: “O que estais procurando?” Eles disseram: “Rabi (que quer dizer: Mestre), onde moras?”. Jesus respondeu: “Vinde ver”. Foram pois ver onde ele morava e, nesse dia, permaneceram com ele. Era por volta das quatro da tarde. André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram as palavras de João e seguiram Jesus. Ele foi encontrar primeiro seu irmão Simão e lhe disse: “Encontramos o Messias” (que quer dizer: Cristo). Então André conduziu Simão a Jesus. Jesus olhou bem para ele e disse: “Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado Cefas” (que quer dizer: Pedra). (Jo 1,35-42)


O caminho da salvação apontemos para as pessoas

João é a seta que aponta o caminho de salvação para os homens. João tinha seus discípulos, mas não os tinha para si, ele os preparava os para que se tornassem verdadeiros discípulos seguidores do Mestre Jesus. Ele não arrogou para si o mérito de salvador, libertador, pelo contrário, João sabia que é Jesus que liberta e salva cada pessoa humana, sendo assim, precisamos levar as pessoas para Jesus, apontar para elas o caminho da salvação e da libertação. Vivemos num mundo onde as pessoas estão em busca de caminhos, soluções, um sentido para a sua vida, de uma direção para tantas situações da vida. No mundo onde parece ser tudo prático, onde as pessoas querem respostas imediatas, acaba que não querem olhar para Aquele que traz a salvação e luz à nossa vida. É preciso ir ao encontro de Jesus, é preciso conhecer onde Ele está e permanecer com Ele. Não basta olhar para Jesus, conhecê-Lo, é necessário permanecer com Ele, porque é permanecendo com Jesus que teremos luz, vida e graça para aquilo que a nossa vida tanto necessita. Apontemos Jesus para os outros, apontemos a nossa vida na direção de Jesus, mas, permaneçamos n’Ele, permitamos que a nossa vida seja transformada, iluminada, guiada e direcionada pela vida do Mestre Jesus. Ele quer dar sentido e luz à nossa vida, precisamos permanecer com Ele.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Paróquia de Sant’Ana anuncia mudança para a 92ª Festa do Glorioso Mártir São Sebastião

A Paróquia de Sant’Ana emitiu aos paroquianos uma nota, na manhã desta quinta-feira (11), por meio da sua página na rede social Facebook, sobre a mudança para a 92ª Festa do Glorioso Mártir São Sebastião.

O principal beneficiado com a mudança será o Quarto Dia do Novenário – “Noite dos Motoristas e Motoqueiros”, que, tradicionalmente, acontece no sábado após o início da Novena. Neste ano de 2018, a “Noite dos Motoristas” realizar-se-á no dia 27 de janeiro, com a Procissão conduzindo a Imagem de São Cristóvão, saindo da Encruzilhada, às 18h00, rumo à Capela de São Sebastião (Centro), onde acontecerá a celebração da Santa Missa.


A sugestão partiu de um paroquiano, e foi bem acolhida pelos Padres Severino Fernandes (Pároco) e Jorge Sousa (Vigário Paroquial), pela Comissão Organizadora e pelos Juízes do Andor de São Cristóvão e demais Juízes, Noiteiros e Coordenadores de Grupos, Pastorais e Movimentos, presentes na reunião que definiu as atribuições dos comprometidos com a organização da 92ª Festa do Glorioso Mártir São Sebastião, realizada na última terça-feira (9), no Centro de Pastoral Cônego Antonio Gonçalves.

Confira, na íntegra, o comunicado:

Nota aos Paroquianos

              Com o objetivo de promover uma melhor catequese e participação dos condutores de veículos na Celebração do Quarto Dia do Novenário em preparação para a 92ª Festa do Glorioso Mártir São Sebastião – “Noite dos Motoristas e Motoqueiros”, no dia 27 de janeiro de 2018, foi definido pela Comissão Organizadora e acordado com os Juízes do Andor de São Cristóvão, que a tradicional Bênção dos Motoristas e Motoqueiros, até então conferida através de aspersão dos veículos durante a passagem da Procissão pela Praça de São Sebastião (Centro), será unicamente conferida no término da Celebração Eucarística àqueles que participarem e estiverem, consequentemente, sob posse da chave dos seus respectivos veículos. A medida de caráter catequético tem o total respaldo dos Padres Severino Fernandes (Pároco) e Jorge Sousa (Vigário Paroquial), estando a mesma em vigor a partir deste ano de 2018, para uma melhor vivência litúrgica da festividade.

Desde já, agradecemos a compreensão de todos.

“Em diversas Paróquias por onde passei, identifiquei a necessidade de catequizar e a importância de vivenciar a liturgia do dia patrocinado pelos motoristas e motoqueiros, nas tradicionais festas, pelos próprios condutores de veículos. Portanto, a tradicional bênção aos motoristas e motoqueiros, para ganhar um autêntico sentido, principalmente dentro da vivência litúrgica do Quarto Dia do Novenário, será conferida no término da Santa Missa àqueles que realmente participarem. Sendo assim, voltaremos o nosso olhar para Quem realmente celebramos durante todo o novenário e dia da festa: Jesus Cristo, fonte de toda santidade”, destacou Pe. Severino Fernandes, Pároco da Paróquia de Sant’Ana.

Além da mudança com relação ao modo que será conferida a Bênção aos motoristas e motoqueiros, também foi discutido a organização da Procissão de São Cristóvão, ficando estabelecido que todos os veículos, com exceção da viatura policial, seguirão atrás do carro andor, para evitar possíveis transtornos no fluxo do cortejo.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Solenidade da Epifania do Senhor

Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”. Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém. Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. Eles responderam: “Em Belém, na Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo”. Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. Depois os enviou a Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo”. Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho. (Mt 2,1-12)


Precisamos adorar Jesus

Hoje, celebramos a Solenidade da Epifania do Senhor, e “Epifania” quer dizer manifestação. É Deus que se manifesta ao mundo, é Jesus que manifesta-se a todos os povos, é a graça de Deus que chega a todos os corações que abrem-se para adorá-Lo e reconhecê-Lo como o Salvador da humanidade. Todas as vezes que nos abrimos para adorar e buscar Jesus, a luz d’Ele brilha sobre nós. Os magos que vieram do Oriente viram uma estrela, e ela os conduziu até Jesus. Os magos não estavam à procura da estrela, eles estavam a procura do Salvador. “Vimos a estrela. Vimos um sinal”. Há muitos sinais de Deus no mundo, mas não estamos a procura desses sinais; eles nos conduzem, apontam e direcionam. Podemos ser um sinal de Deus para as pessoas; podemos e devemos ser um sinal de Deus para a nossa casa, para a nossa família, para aqueles que convivem conosco. Porém, não temos luz própria, pois a luz é de Jesus. Direcionemos as pessoas, e a nossa própria vida ao encontro de Jesus. No meio do caminho, os Magos encontraram Herodes, esse quis confundir a eles, os atrapalhar e enganar. Encontramos com tantos “Herodes” no meio do caminho, nas estradas da vida; que nos iludem e nos confundem. Herodes queria a glória de Deus para ele. Herodes dizia: “Me diga onde esse menino está? Eu quero também adorá-Lo”. O mundo que não adora Jesus quer se colocar no lugar d’Ele e, infelizmente, deixamos de adorar a Jesus para adorar aos ídolos desse mundo, adorar o que esse mundo coloca aos nossos pés. Os magos encontraram o menino e sua mãe, prostram-se diante d’Ele e O adoraram, depois ofereceram seus presentes: ouro, incenso e mirra. Precisamos primeiro adorar a Jesus, nos colocar na presença d’Ele, pois é somente Ele que devemos adorar. Se temos algo que nos pertence, e está à nossa frente, coloquemos aos pés de Jesus, aos cuidados d’Ele. Coloque a sua casa, a sua família aos cuidados do Senhor para que Ele seja Senhor da nossa casa, da nossa família e daquilo que somos. Jesus, queremos te adorar com todo o nosso coração e com a nossa vida.

sábado, 6 de janeiro de 2018

Epifania do Senhor

A festa da Epifania é conhecida também como a festa dos reis magos que irão representar a aceitação futura de toda mensagem de Jesus nas diversas etnias e culturas da terra. Que possamos sempre nos desacomodar e ir de encontro ao que o Senhor nos pede em relação a nós e aos nossos irmãos.


“Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo’. Ao saber disto, o rei Herodes ficou perturbado assim como toda a cidade de Jerusalém. Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da lei, perguntava-lhes onde o messias deveria nascer. Eles responderam: ‘Em Belém, na Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: e tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo’. Então Herodes chamou em segredos os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. Depois os enviou a Belém, dizendo: ‘Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo’. Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no oriente, ia diante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho”. (Mt 02, 01-12)

“Onde está o Rei dos Judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo”.

Quando fizemos uma análise do que significava a figura do rei para o povo de Israel no início da sua história, percebemos que era um líder responsável pela manutenção do povo em todos os sentidos. Infelizmente esta figura foi se deteriorando no decorrer do tempo e o mal exemplo doas outras nações, bem como a dominação romana, fez que o rei estivesse mais em busca de seu prazer do que da salvação de seu povo.

Percebemos em Herodes o homem que recebe um poder de Deus mas não sabe utilizá-lo. Fica perdido em seu egoísmo lhe levando automaticamente a sentir medo de suas próprias atitudes.

Os reis magos representam a aceitação do projeto de Deus em outros povos que com humildade reconhecem a presença de Deus na história. O povo de Israel não soube aproveitar a Aliança que Deus fez com eles. Muitas vezes temos grandes tesouros escondidos e não temos coragem de descobri-los e utilizá-los para o nosso bem
e para o bem do próximo.

Os presentes oferecidos a Jesus menino são o futuro de sua missão. O ouro representa o reinado, o incenso a sua divindade e a mirra o seu sofrimento. Quando queremos realmente fazer a vontade de Deus teremos que enfrentar a nós mesmos. Precisamos sair de nosso comodismo e relativizar nossas posições. Se Herodes fosse mais corajoso em relação a sua própria pessoa, como foram os magos, certamente iria ir de encontro ao projeto de Deus em Jesus Cristo. O comodismo pode nos levar a morte quando passamos a nos preocupar só com nossos interesses pessoais.

Quanto mais poder temos, mais responsabilidade assumimos não em favor de nós mesmos mas em relação a nossa missão. A humildade dos reis magos é muito importante para nós hoje que pensamos ser os protagonistas da história deixando Deus o nosso Criador em segundo plano.

Devemos nesta festa dos reis magos dar o verdadeiro presente a Jesus que é o nosso coração. Não podemos nos iludir com a compra e a venda do mundo moderno. O ser humano vale muito mais do que isto. Fomos criados para Deus e só nele poderemos encontrar a razão de nossa vida.