quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Espetáculo de fé: Paixão de Cristo de Umari, um compromisso missionário e social

O Grupo Cultural “Onda Jovem”, movimento que desenvolve ações relacionadas à cultura, cidadania e espiritualidade no Povoado de Umari, município de Bom Jardim, no Agreste de Pernambuco, promoveu no último domingo (25) o primeiro grande ensaio para a temporada 2018 da Paixão de Cristo de Umari, espetáculo que conta os últimos momentos vividos por Jesus Cristo aqui na terra, Sua paixão, morte e ressurreição.


A produção artística, também conhecida pelo seu compromisso cultural e social, vem promovendo um trabalho inclusivo, voltado principalmente para o público juvenil, contemplando jovens de toda Região.

“O diferencial da Paixão de Cristo de Umari é, justamente, o seu compromisso de evangelizar junto à comunidade, promovendo a vida através da arte. Confere protagonismo aos múltiplos jovens talentos, livrando-os, muitas vezes, da marginalização e da descredibilidade. Vai além de um simples espetáculo anual, é um compromisso social com o povo de Umari e Região. Aqui, a nossa ‘grande produção’ não é estruturas faraônicas, nem atores renomados, mas gente como a gente, que espera o ano todo para viver um sonho. Sonho de também brilhar, como luzes acesas pelo Senhor”, destaca Bruno Araújo, coordenador pastoral da Paróquia de Sant’Ana (Bom Jardim-PE).

A temporada 2018 será realizada nos dias 29 e 30 de março, no Ginásio Esportivo Deoclécio Mendes, com duas sessões por dia de espetáculo.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Como me confessar?

Algumas dicas para fazer uma boa confissão:


1) Para se confessar bem é necessário preparar-se com uma oração. Em seguida, faz-se um atento exame de consciência a partir da última confissão bem feita. Isso significa confrontar-se com a Palavra de Deus para distinguir as próprias incoerências, os defeitos e as fraquezas em pensamentos, palavras, atos e omissões frente às exigências do Evangelho;

2) Sentir dor e aversão aos pecados cometidos com o propósito de não mais incorrer nos mesmos erros;

3) Confessar ao sacerdote, “embaixador de Deus”, todos os pecados graves ou mortais, segundo a espécie e o número; é muito útil confessar-se com frequência, mesmo os pecados veniais, porque se recebe um dom da graça que dá força no caminho de imitação de Cristo;

4) Fazer tudo o que for possível para reparar o mal. A absolvição apaga o pecado, mas não corrige todas as desordens que ele causou. Por isso, perdoado o pecado, o pecador deve ainda recuperar a plena saúde espiritual. O exercício penitencial que o confessor sugere não é dado só para expiação dos pecados cometidos e para reparar eventuais danos causados, mas também como forma de ajuda para iniciar uma vida nova e favorecer a plena reparação da enfermidade do pecado.

Essa reparação é a expressão de uma revisão autêntica da vida, na qual o penitente procura suportar e reparar os efeitos maléficos de suas ações ou omissões, no seguimento de Cristo e em solidariedade com seus irmãos, sobretudo com aqueles diretamente atingidos pelos seus pecados. Ela pode consistir em orações, mortificações e em obras de misericórdia.

Como fazer durante a confissão?

Depois de preparar-se para a confissão com a oração e o exame de consciência, aguarde pacientemente sua vez, invocando para si e para o próximo a luz do Espírito Santo e a graça de uma conversão radical. Aproximando-se do sacerdote, faça o sinal da cruz. O penitente pode escolher confessar-se com ou sem confessionário, ficar de joelhos ou sentado (onde houver possibilidade).

Então, pode iniciar a confissão dizendo: “Abençoa-me, padre! Eu pequei.” Em seguida, diz com a maior precisão possível o tempo transcorrido, desde a última confissão, seu modo de vida (celibatário, casado, viúvo, estudante, consagrado, noivo ou namorado) e se cumpriu a penitência recebida na última confissão. Pode ainda levar ao conhecimento do confessor os acontecimentos nos quais se sentiu particularmente perto de Deus, os progressos feitos na vida espiritual.

Segue-se, a partir daí, a confissão dos pecados, com simplicidade e humildade, expondo os fatos que são transgressões da lei de Deus e que, intensamente, pesam na consciência. São confessados, primeiro, os pecados graves ou mortais; segundo, sua espécie e número sem perder-se em detalhes e sem diminuir a própria responsabilidade.

Para obter-se um aumento da graça e força no caminho de imitação de Cristo, confessam-se também os pecados veniais. Em seguida, disponha-se a acolher os conselhos e advertências do confessor aceitando a penitência proposta. O penitente reza o ato de contrição e o sacerdote pronuncia a fórmula de absolvição.

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Evangelho do 2º Domingo da Quaresma

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!”. E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. Eles observaram essa ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”. (Mc 9,2-10)


Jesus nos convida para subirmos ao monte com Ele

Neste segundo domingo da Quaresma contemplando Jesus no Monte Tabor. A passagem da transfiguração tem um valor muito profundo para a nossa vida prática: subir ao “monte” não significa que estamos fugindo da realidade ou do mundo, ao contrário, as realidades visíveis e mundanas que nós vivemos, nós as transformamos e as transfiguramos pelo poder da oração. “Transfiguramos” pela graça de Deus a nossa realidade humana. Nós somos seres humanos, mas viemos de Deus que é puro Espírito e, quando nos transfiguramos pela via espiritual, podemos ter a certeza de que olhamos e transformamos o mundo que está ao nosso lado. Podemos dizer que as coisas não mudam, e elas podem até não mudar “lá fora”, porém, quando mudamos o “mundo” dentro de nós, passamos a olhá-lo de uma forma totalmente diferente: um olhar da fé. Transformados e transfigurados, as coisas mudam dentro de nós. O convite de Jesus a nós, é o mesmo que Ele fez a Pedro, Tiago e a João. Ele quer nos pegar pela mão e nos levar para o monte, e assim, ficarmos diante da presença de Deus, e diante dela, o Senhor, transfigura e transforma os nossos sentidos. Diante da presença do Senhor, nós O enxergamos dentro de nós e O ouvimos falar ao nosso coração. Diante dela proclamamos a glória de d’Ele entre nós e podemos dizer: “Como é bom, Senhor, estar contigo, estar ao Teu lado”. Por isso, é importante a cada dia da nossa vida, “subirmos ao monte”, ou seja, deixarmos de lado o que fazemos, a rotina da vida e as ações cotidianas, para nos colocarmos na presença do Senhor. Assim, o nosso ser é transformado, os nossos sentidos são iluminados pela graça e pela presença divina. O poder sagrado da oração transforma e muda aquilo que nós não mudamos só com a força humana. Não podemos abrir mão de estarmos no monte e a sós com Jesus, para que a nossa vida seja, a cada dia, transfigurada pela Sua presença.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Evangelho do 1º Domingo da Quaresma

Naquele tempo, o Espírito levou Jesus para o deserto. E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam. Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”. (Mc 1,12-15)


Deus se faz presente nesses quarenta dias de penitência e conversão

O Espírito do Senhor nos conduz para o “deserto da vida”. Todos nós, na nossa caminhada, rumo à terra prometida e ao céu, precisamos atravessar ao deserto que é a nossa vida. O deserto acontece, estritamente, aqui no meu e no seu coração, pois o deserto é o nosso interior, é a nossa alma. O deserto é o lugar do encontro com Deus e nesse deserto somos tentados, pois, o tentador não nos quer em comunhão com Deus; ele não quer que nos autoconheçamos, não quer que entremos com profundidade na nossa alma, por isso, caminhamos muitas vezes na superficialidade e não nos autoconhecemos como realmente deveríamos. Não entramos na comunhão com Deus como precisaríamos entrar, porque o tentador nos mantém na inércia, e assim, não travamos o “combate”, o combate dos exércitos, o combate espiritual, o combate de dizer não às tentações. O máximo que o tentador consegue fazer é nos tentar, mas ele não nos faz sucumbir à tentação, somos nós que cedemos a ela. No “deserto da vida” nós estamos cercados por “animais selvagens” e pelos “anjos” que os servem. Os animais selvagens dessa vida são muitos e muitas vezes eles vêm, querendo nos roubar de Deus e nos atacar. Não paremos nos animais selvagens, e nem nos tornemos selvagens, pois, uma legião de anjos, a presença angelical e divina, estão no meio de nós. Nesse contexto os animais selvagens aos quais me refiro, simbolizam os poderes do mal. Eles não podem nos derrubar ou destruir, quando vivemos em comunhão com Deus no deserto da vida. Nele Deus não nos deixa sozinhos, nós até sentimos a solidão, o abandono e a tristeza, mas, também, nesse deserto temos a certeza de que a nossa alma e o nosso coração, estão envolvidos com Deus e que os Seus anjos estão ao nosso serviço. Não tenhamos medo do combate espiritual e não entremos no combate esmorecidos, desanimados ou como fracassados, porque ao nosso lado está o Senhor nosso Deus, e em cada batalha que enfrentamos nessa vida, a graça d’Ele nos socorre, nos levanta e nos ajuda no combate. Esses quarenta dias que vivemos na Quaresma, simbolizam justamente os quarenta dias vividos por Jesus no deserto e ali Ele foi tentado. Esses quarenta dias têm um significado espiritual profundo, de como devemos enfrentar a “grande Quaresma da vida”. No combate espiritual temos a certeza de que Deus está ao nosso lado.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

A cruz representa Cristo e o amor que Ele tem por nós

A cruz é poderosa e tem força de vitória. Sim, nela, temos salvação e vida. Quem nela permanecer terá a vida do Evangelho, a vida de Cristo neste mundo e, a vida eterna. A cruz tem, dá, traz e oferece a vida de Cristo. Quem vive dela, quem vive o mistério da cruz, terá sua vida revestida de Cristo, por dentro e por fora. Estes somos nós, os batizados, como afirma São Paulo: “pois todos vocês, que foram batizados em Cristo, se revestiram de Cristo” (Gl 3,27).


Muitas pessoas gostam de levar uma cruz, pendurada no pescoço; outros a têm em casa, nos seus espaços de vida. Óbvio, não deve ser só mais um pendurico. Deve ser, isto sim, sinal da vida de Cristo abraçada; deve ser sinal do mergulho na vida ressuscitada de Cristo.

A cruz dá conforto, segurança, proteção, força, companhia – ela é companheira de vida. Mas, o que é a cruz? Quem é, quando falamos em “força da cruz”? É Aquele que padeceu a morte na cruz, por amor a nós, em Sua obediência ao Pai; é Aquele que se entregou por nós e que ressuscitou dos mortos, vencendo a morte, matando a morte, na Sua morte. Cruz é, ainda, a vida entregue de Cristo. É o símbolo do próprio Cristo, “que se humilhou por nós, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl 2,8). É, por isso, toda a vida de Jesus Cristo, vida entregue, vida ressuscitada e exaltada pelo Pai (Fl 2,9). Aquele que morreu na cruz destruiu a nossa morte e, ressurgindo, restaurou a nossa vida (SC 5). Ela é o patíbulo donde pendeu a salvação do mundo. É mistério, é o jeito de Deus ser, é a força de Deus, que aos nossos olhos é fraqueza (2Cor 12,10).

Quando a Cruz é força? O Autor sagrado da carta aos Hebreus nos ajuda: “Embora sendo Filho de Deus, aprendeu a ser obediente através de seus sofrimentos. E tornou-se a fonte de salvação eterna para todos que lhe obedecem” (Hb 5,8-9). Então, ela é força na sua vida, se e quando você obedece ao Filho de Deus. Vivendo no seguimento do Senhor Jesus, fazendo o que Ele diz, buscando ser como Ele, trazendo dentro os Seus sentimentos e pensamentos, você escolhe a cruz como sua força e companheira de vida, você escolhe deixar que a cruz de Cristo salve você. Ela não é algo mágico. É a vida doada de Cristo – em perfeita obediência ao Pai –, que pede para fazer a mesma coisa (Lc 22, 42).

A Cruz é sinal e reconhecimento da salvação dada por Deus por meio do seu filho Jesus Cristo. Por isso, é o lenho da vida. Nela resplandece a vida, a nossa vida, a vida divina que nos foi merecida por Cristo. Beija-la é beijar a vida de Cristo, é beijar o própria Cristo, é adorar o Filho de Deus que se entregou por nós, para nossa salvação.

Termino destacando: “Na cruz, a salvação e a vida!”. Porquanto, chegamos à salvação por meio da cruz de Cristo. Cruz de Cristo, sinal do amor de Cristo Jesus pela humanidade. É a força de Deus. Ela indica o sentido da vida, a esperança do viver, um viver que não para na morte, mas, como Cristo, passa da morte à vida. É a proposta de vida de Jesus: dar a vida, entregar a vida, viver, no amor do Pai, em favor dos outros. A “cruz-entrega- no-amor- morte-ressurreição” é a fonte da vida.

Agarrar-se à Cruz é radicar-se na vida de “Cristo, que nos amou e se entregou por nós” (Gl 2,20). A cruz de Cristo é um símbolo forte de esperança e vida, vida plena, vida de filho(a) de Deus. Assim, creio e sei que Jesus me ama, pois Ele deu a sua vida por mim, por nós, na cruz. Ela representa Cristo e o amor que Ele tem por nós. Fomos salvos pela cruz (Gl 2,20). Cruz é presente valente, divino: a vida de Cristo dada a nós. Cruz é a força de Cristo.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

CNBB prepara lançamento da Campanha da Fraternidade 2018

A Campanha da Fraternidade (CF) 2018 está em fase final de preparação. A edição deste ano será lançada em uma cerimônia no auditório da sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF). O evento acontecerá no dia 14 de fevereiro às 10h.


Com o tema “Fraternidade e superação da violência” e lema “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8), a solenidade de lançamento da CF 2018 apresentará histórias de pessoas que lutam pela superação da violência. Um videodocumentário da CF, trabalho do padre Vilson Groh, e a mensagem do Papa Francisco para o período da Quaresma serão apresentados no dia do evento. Ao final da cerimônia de lançamento, a CNBB realizará uma coletiva de imprensa.

Sobre a importância do tema e da vivência dele por toda a sociedade, padre Luís Fernando da Silva, coordenador executivo das Campanhas da Fraternidade, afirmou que superar a violência em vista de uma cultura da paz exige o enfrentamento da realidade de exclusão. Segundo ele, sem a justiça social não haverá superação da violência.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Evangelho do 6º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, um leproso chegou perto de Jesus e, de joelhos, pediu: “Se queres, tens o poder de curar-me”. Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero: fica curado!”. No mesmo instante a lepra desapareceu e ele ficou curado. Então Jesus o mandou logo embora, falando com firmeza: “Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!”. Ele foi e começou a contar e a divulgar muito o fato. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade; ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo. (Mc 1,40-45)


Jesus nos pede para amar e cuidar dos nossos

Sabe, meus irmãos, nós não podemos olhar somente para a lepra como mais uma doença e enfermidade. A lepra que, hoje, conhecemos como hanseníase tem cura e tratamento, mas antigamente não. E, não era só a questão da erupção da pele da pessoa, porque aquela carne ficava fedorenta, apodrecia e ninguém chegava perto daquela pessoa pelo medo de ficar igual a ela, tinha também a questão do leproso ter que se afastar de todos. A primeira leitura de hoje prescreve justamente isso, alguém aparentando ter lepra era levado ao sacerdote e só depois que fosse purificado, poderia voltar para junto das pessoas, caso contrário, ele viveria marginalizado. Toda doença ou enfermidade mal compreendida e mal cuidada, não era bem vista pelos outros e levava a pessoa a viver distante dos outros. Quando a AIDS chegou ao nosso meio, ninguém queria saber de olhar para uma pessoa que sofria desse mal. Quantas outras doenças ainda há no meio de nós, e as pessoas que as têm, são vistas com certo cuidado, não pode aproximar-se delas. Na verdade, a lepra é o coração contaminado por qualquer espécie de preconceito, é aquele coração que não sabe enxergar os que sofrem. Seja qualquer doença ou enfermidade é preciso da presença amorosa de Deus. Quantos de nós precisam cuidar; ser presença; abraçar e dar o melhor de nós ao outro, por meio do amor que temos em nosso coração por aqueles que sofrem. Jesus tem compaixão desse homem. Ele aproxima-se e diz: “Senhor se queres, o Senhor pode me curar. Primeiro, se queres, o Senhor pode me acolher”. Jesus disse: ‘Sim, eu quero! Quero te acolher, te amar, cuidar e quero que você fique curado’”. Nós precisamos querer amar, cuidar, curar e ser presença de Deus em qualquer enfermidade que os nossos possam viver, sofrer ou passar. O nosso coração não pode ser, de forma nenhuma, movido pelo preconceito, pela ignorância ou pela falta do amor verdadeiro. Quem é curado por Jesus, se enche da compaixão. E essa compaixão não é dó e nem pena, mas é amar, sofrer e estar junto. É dizer que “estou com você no que estiver vivendo”. Que o nosso coração encha-se da compaixão de Deus, para cuidarmos das dores e das enfermidades daqueles que sofrem.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Carnaval

Esta festa profana (civil) teve origem no Egito, onde há 4000 a.C., povos antigos celebravam a fertilidade e a colheita das primeiras lavouras. Os povos antigos cultuavam aos deuses, pois não conheciam o Único e Verdadeiro Deus, adorado pelos cristãos.


Portanto se explica a consagração das festas carnavalescas à deusa Ísis no Egito Antigo, e mais tarde, às Divindades Dionisus, Baco, Saturno e Pã do mundo greco-romano.

Com a evangelização dos povos, as festas pagãs não foram abolidas em seu caráter positivo marcado pelas músicas, danças, celebrações e outras manifestações culturais, mas purificadas dos excessos carnais que tinham reduzido as festas carnavalescas em manifestações do sexo, bebidas e cultos idolátricos.

No Cristianismo o carnaval foi se tornando ao longo da história um festejo das vésperas da Quaresma e de autêntica alegria, tanto assim, que no século XV o Papa Paulo II permitiu um carnaval romano em frente do seu palácio, e outras manifestações populares que irradiavam uma verdadeira inculturação do Evangelho.

Hoje muitos escolhem regredir ao modo pagão de viver o carnaval, e estes são os mesmos que correm os riscos de colherem as desgraças próprias do pecado. A Igreja não desistiu da festa do carnaval, por isso se multiplicam os retiros e acampamentos que promovem a verdadeira e sadia alegria, nestes dias que antecedem a Quaresma e próprios para festejarmos com segurança nos caminhos de Jesus.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Carnaval: dois caminhos, uma escolha

Como passar o Carnaval? Para onde ir? Onde ficar? O que fazer?


Normalmente, dois grupos tomam caminhos bem opostos. O primeiro dá vazão à carne e cai na folia, aproveita para passear, assiste aos desfiles, come, bebe, diverte-se segundo os desejos próprios da carne. O outro grupo costuma tomar um rumo bem oposto: deixa tudo e retira-se para encontros e retiros espirituais. Participa de retiros abertos ou fechados, assiste ou ouve as pregações desses encontros pelo rádio ou pela TV. De sexta a Quarta-feira de Cinzas dedica-se a estar com o Senhor: ouvindo a Palavra, louvando-O e adorando-O. Para este [grupo], aplica-se e torna-se realidade esta Palavra de Neemias: "Não haja tristeza, porque a alegria do Senhor será a vossa força" (Ne 8,10).

Trata-se, porém, de uma festa e de uma alegria bem diferentes daquelas que o mundo oferece. Nos retiros espirituais não há preocupação com droga, camisinha ou contaminação com doenças. O único contágio que geralmente acontece com esse grupo é o da alegria. Uma alegria que só o Senhor Deus pode oferecer.

Há dois caminhos totalmente opostos. Mas, você pode escolher apenas um deles. Jesus lembrou: "Não podeis servir a dois senhores" (Mt 6, 24). Uma escolha que cada um de nós deverá fazer, sabendo que: "Os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da carne; pois são contrários uns aos outros. É por isso que não fazeis o que queríeis" (Gl 5,17).

Cada caminho leva a um destino e um final diferentes. Por isso, Jesus nos preveniu: "Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram" (Mt 7,13-14).

E quanto a você? Qual dos dois caminhos escolherá?

Há outros alternativos, mas esses dois são os mais marcantes na maior festa popular do país. Cristo falou e nos alertou sobre as festas que o mundo oferece: um dia, elas seriam parecidas com o que já aconteceu na face da terra, nos tempos de Noé: "Como ocorreu nos dias de Noé, acontecerá do mesmo modo nos dias do Filho do Homem. Comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Veio o dilúvio e matou a todos" (Lc 17, 26-27).

É importante que estejamos bem atentos e procuremos fazer como Maria "que escolheu a melhor parte" (cf. Lc 10, 42): ficou aos pés de Jesus.

O efeito de cada uma das escolhas aparecerá claramente na Quarta-feira de Cinzas. Todos podem até estar cansados; mas, o estado de ânimo será bem diferente. Enquanto uns estarão curtindo a ressaca e o vazio; outros estarão com o coração exultante da alegria do Senhor.

Sejamos espertos: escolhamos a melhor parte, como Jesus mesmo afirmou: "Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada" (Lc 10, 42). Bom retiro!

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Evangelho do 5º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los. À tarde, depois do pôr do sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. A cidade inteira se reuniu em frente da casa. Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era. De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”. Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. E andava por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios. (Mc 1,29-39)


Jesus quer nos curar de todas as enfermidades

Jesus é o Senhor da vida, por isso, ela precisa ser colocada na presença de Jesus. Tudo aquilo que somos, temos e vivemos, precisam ser colocados na presença do Senhor. A nossa saúde, enfermidade e o nosso ser sadio, mas também, quando estamos enfermos, então, hoje, estamos colocando diante da presença de Jesus todas as enfermidades. Não deixe para procurar Jesus quando ficar doente ou enfermo. Entregue-se para Jesus, para que Ele cuide e ensine a viver uma vida sadia, mas, não podemos negar que todos nós experimentamos a fragilidade da vida, em qualquer época. Crianças ficam doentes pequenas, nossos idosos são frágeis, a nossa juventude não está imune, e tantas fragilidades da existência humana. Precisamos orar pelos doentes e enfermos, mas também, precisamos entregar as nossas fragilidades a Jesus, e deixar que Ele toque em nós. Necessitamos do toque, da graça e da presença de Jesus, para vivermos na saúde ou na doença em comunhão com Ele. A grande doença e enfermidade da vida é não termos em nós o Senhor da vida. Quando Jesus está em nós, somos curados da grande enfermidade do mal, que nos afasta da presença de Deus. Pode ser que enfrentemos uma enfermidade, até por um longo período, mas não podemos ficar longe da presença de Deus. Até podemos estar sadios, aparentemente bem, mas, a nossa alma está tão contaminada pelo mal que acabamos não vivendo a presença de Deus em nossas vidas. Jesus está curando as nossas enfermidades e expulsando os demônios da nossa vida. Os demônios que nos confundem, que nos afastam da presença de Deus, e que nos levam a voltarmos para nós mesmos, para o nosso ego, nossas vontades, e acabamos centrando o mundo em nós. O demônio não tem outra missão a não ser nos afastar de Deus. Não pense que o demônio age no mundo somente tornando as pessoas más. A grande maldade dele é a de enganar e iludir; e a maior ilusão da vida é achar que podemos viver sem Deus.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

São Brás - Médico e pastor das almas

O santo de hoje nasceu na cidade de Sebaste, Armênia, no final do século III. São Brás, primeiramente, foi médico, mas entrou numa crise, não profissional, pois era bom médico e prestava um ótimo serviço à sociedade. Mas nenhuma profissão, por melhor que seja, consegue ocupar aquele lugar que é somente de Deus. Então, providencialmente, porque ele ia se abrindo e buscando a Deus, foi evangelizado. Não se sabe se já era batizado ou pediu a graça do Santo Batismo, mas a sua vida sofreu uma guinada. Esta mudança não foi somente no âmbito da religião, sua busca por Nosso Senhor Jesus Cristo estava ligada ao seu profissional e muitas pessoas começaram a ser evangelizadas através da busca de santidade daquele médico.


Numa outra etapa de sua vida, ele discerniu que precisava se retirar. Para ele, o retiro era permanecer no Monte Argeu, na penitência, na oração, na intercessão para que muitos encontrassem a verdadeira felicidade como ele a encontrou em Cristo e na Igreja. Mas, na verdade, o Senhor o estava preparando, porque, ao falecer o bispo de Sebaste, o povo, conhecendo a fama do santo eremita, foi buscá-lo para ser pastor. Ele, que vivia naquela constante renúncia, aceitou ser ordenado padre e depois bispo; não por gosto dele, mas por obediência.

Sucessor dos apóstolos e fiel à Igreja, era um homem corajoso, de oração e pastor das almas, pois cuidava dos fiéis na sua totalidade. Evangelizava com o seu testemunho.

São Brás viveu num tempo em que a Igreja foi duramente perseguida pelo imperador do Oriente, Licínio, que era cunhado do imperador do Ocidente, Constantino. Por motivos políticos e por ódio, Licínio começou a perseguir os cristãos, porque sabia que Constantino era a favor do Cristianismo. O prefeito de Sebaste, dentro deste contexto e querendo agradar ao imperador, por saber da fama de santidade do bispo São Brás, enviou os soldados para o Monte Argeu, lugar que esse grande santo fez sua casa episcopal. Dali, ele governava a Igreja, embora não ficasse apenas naquele local.

São Brás foi preso e sofreu muitas chantagens para que renunciasse à fé. Mas por amor a Cristo e à Igreja, preferiu renunciar à própria vida. Em 316, foi degolado.

Conta a história que, ao se dirigir para o martírio, uma mãe apresentou-lhe uma criança de colo que estava morrendo engasgada por causa de uma espinha de peixe na garganta. Ele parou, olhou para o céu, orou e Nosso Senhor curou aquela criança.

Peçamos a intercessão do santo de hoje para que a nossa mente, a nossa garganta, o nosso coração, nossa vocação e a nossa profissão possam comunicar esse Deus, que é amor. São Brás, rogai por nós!

Missas, procissão e bênção do Santíssimo Sacramento marcam festa em honra ao Glorioso Mártir São Sebastião, em Bom Jardim

A maior festa religiosa de Bom Jardim e da região Agreste de Pernambuco, celebrada na última sexta-feira (02), levou uma multidão as ruas da cidade para venerar a memória de um dos santos mais populares do mundo católico, São Sebastião, aclamado como co-padroeiro do município.


O novenário preparatório transcorreu no período de 24 de janeiro a 01 de fevereiro, com recitação do Santo Terço, Oração da Novena, Procissões e Celebrações da Eucaristia, na Capela de São Sebastião (Centro), refletindo a temática “Missão: Servir Sem Medo”.

A festa, tradicionalmente celebrada no dia 02 de fevereiro, é resultado do livramento da terrível peste bubônica, que assolava toda a região, em meados de 1925. Conforme a tradição do lugar, a peste bubônica atingiu a Vila de Queimadas, hoje município de Orobó, consequentemente a Comunidade de Tamboatá, as imediações do Engenho Passassunga, e a Comunidade de Bizarra.

Em decorrência do temor e da preocupação causados pela peste, surgiu a ideia de fazer uma promessa para evitar a terrível ameaça. O Sr. Napoleão Gonçalves Souto Maior, sugeriu à Dona Maria de Jesus, sua esposa, fazer uma promessa a São Sebastião, para interceder a Deus contra a peste bubônica, já que o santo mártir é protetor contra as epidemias, fome e guerra. Auxiliados por Dona Júlia do Nascimento e a Senhorita Otília Engrácia de Oliveira (Tila), em 1926, foi realizada a primeira Missa/festa em honra a São Sebastião.


A programação religiosa da última sexta-feira (02), dia da festa, contou com alvorada festiva, Missa Solene, presidida pelo Padre Antônio Inácio Pereira, Vigário Geral Diocesano, e concelebrada pelos Padres Artur Alexandre, Amaro Manoel, Severino Fernandes e Jorge Sousa, Celebração da Eucaristia (às 15h30), presidida pelo Padre Francisco do Nascimento, procissão com as imagens de São Sebastião e Nossa Senhora da Saúde, percorrendo as principais ruas da cidade, sermão de encerramento e bênção do Santíssimo Sacramento, conduzida pelo Padre Antônio Valentim.


Há 92 anos que Bom Jardim festeja o soldado romano convertido ao cristianismo, que morreu martirizado por testemunhar sua fé em Jesus Cristo, celebrado pela Igreja no dia 20 de janeiro.