sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Comissão disponibiliza subsídios para o Mês da Bíblia, celebrado em setembro

Agosto foi mês das vocações, setembro é mês da Bíblia, outubro será mês das missões. Assim segue o ano pastoral no Brasil, destacando aspectos da vida e missão da Igreja. Buscando auxiliar às comunidades, paróquias e dioceses, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Brasil (CNBB) disponibilizou dois subsídios de apoio aos fiéis que desejam celebrar o Mês da Bíblia, agora em setembro. A data foi criada em 1971, com a finalidade de instruir os fiéis sobre a Palavra de Deus. Este ano o tema é “Para que n’Ele nossos povos tenham vida – Livro da Sabedoria” e o lema “A sabedoria é um espírito amigo do ser humano”.


Em 2018, o texto-base para o Mês da Bíblia se propõe a auxiliar a leitura e o estudo da primeira parte literária do Livro da Sabedoria (Sb 1,1-6,21). Como objetivo principal, prevê que as pessoas, de forma individual, e as comunidades, em grupo, cheguem à leitura do texto bíblico, por mais que este se revele exigente. O itinerário foi organizado de modo simples, a fim de que se tornasse o mais prático possível, colocando-se a serviço da compreensão daquilo que o Livro da Sabedoria expõe em seus primeiros capítulos.

Segundo o arcebispo de Curitiba e presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom José Antônio Peruzzo, será muito importante estudá-lo. “Teremos eleições neste ano de 2018. É possível antever um quadro de fortes tensões. A situação social e política do nosso Brasil, sabemos, é de muitas inquietações. E o Livro da Sabedoria nos oferecerá muitas inspirações para temas como justiça, sentido da vida e o bem comum. É preciso que compreendamos que quem não ama a sabedoria, buscará argumentos até para a violência”, afirmou o arcebispo.

Organizado de forma simples, a fim de que se tornasse o mais prático possível e colocando-se a serviço da compreensão daquilo que o Livro da Sabedoria expõe em seus primeiros capítulos, o texto-base inicialmente apresenta informações introdutórias sobre o conceito da “sabedoria”, o contexto histórico-geográfico do Livro da Sabedoria e a organização literária desse escrito. Além disso, o subsídio apresenta um estudo das cinco unidades literárias que configuram a primeira parte do Livro da Sabedoria. Sua última parte se propõe a enfrentar o desafio de uma leitura do Livro da Sabedoria à luz da fé em Jesus Cristo.

“A Igreja Católica sempre manteve a fé de que a Palavra de Deus, de forma misteriosa, faz-se presente na Bíblia. Que a leitura e o estudo do Livro da Sabedoria favoreçam, no Mês da Bíblia de 2018, um encontro autêntico com a Palavra de Deus, capaz de nos iluminar na busca da verdade e justiça”, diz um trecho da parte introdutória do texto-base.

Encontros Bíblicos

Além do texto-base, a Comissão também disponibiliza um roteiro de encontros bíblicos, com cinco encontros, que tem a finalidade de ajudar os grupos de reflexão a aprofundarem a espiritualidade pessoal e comunitária. “Este é para que com ele possamos nos deixar iluminar pela Palavra Orante que a sabedoria nos proporciona”, afirma dom José Antônio Peruzzo.

Os cinco encontros estão na metodologia da Leitura Orante, que já é bem conhecida na Igreja no Brasil. Os dois materiais, tanto o texto-base quanto os encontros bíblicos podem ser adquiridos por meio da editora da CNBB, a Edições CNBB. Eles estão disponíveis para compra por meio do site: www.edicoescnbb.com.br.

Fonte: CNBB

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Martírio de São João Batista, o último e maior dos profetas

Com satisfação lembramos a santidade de São João Batista que, pela sua vida e missão, foi consagrado por Jesus como o último e maior dos profetas: “Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista…De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar.” (Mt 11,11-14)


Filho de Zacarias e Isabel, João era primo de Jesus Cristo, a quem “precedeu” como um mensageiro de vida austera, segundo as regras dos nazarenos.

São João Batista, de altas virtudes e rigorosas penitências, anunciou o advento do Cristo e ao denunciar os vícios e injustiças deixou Deus conduzí-lo ao cumprimento da profecia do Anjo a seu respeito: “Pois ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e ele mesmo caminhará à sua frente…” ( Lc 1, 15)

São João Batista desejava que todos estivessem prontos para acolher o Mais Forte por isso, impelido pela missão profética, denunciou o pecado do governador da Galileia: Herodes, que escandalosamente tinha raptado Herodíades – sua cunhada – e com ela vivia como esposo.

Preso por Herodes Antipas em Maqueronte, na margem oriental do Mar Morto, aconteceu que a filha de Herodíades (Salomé) encantou o rei e recebeu o direito de pedir o que desejasse, sendo assim, proporcionou o martírio do santo, pois realizou a vontade de sua vingativa mãe: “Quero que me dês imediatamente num prato, a cabeça de João, o Batista” (Mc 6,25)

Desta forma, através do martírio, o Santo Precursor deu sua vida e recebeu em recompensa a Vida Eterna reservada àqueles que vivem com amor e fidelidade os mandamentos de Deus.

sábado, 25 de agosto de 2018

Catequistas, vocação gerada no coração de Deus

Catequista, você é uma pérola especial e um tesouro para Deus e sua amada Igreja. A sua singular vocação foi gerada no coração de Deus Pai, para que pudesse chegar aos corações dos seus filhos e filhas com a mensagem da vida – Jesus Cristo. Catequista, você não é apenas um transmissor de ideias, conhecimentos, doutrina ou, mais ainda, um professor de conteúdos e teorias, mas é um canal da experiência viva do encontro intrapessoal com a pessoa de Jesus Cristo.


Essa experiência é comunicada pelo Ser, Saber e Saber Fazer em comunidade, no coração da missão catequética. O ser e o saber do catequista se fundamentam numa dinâmica divina pautada na espiritualidade da gratuidade, da confiança, da entrega, da certeza de que somos impulsionados pelo Espírito Santo, fortalecidos pelo Cristo e amparados pelo Pai.

Catequista, com certeza são muitos, grandes e difíceis os desafios hoje de nossa catequese. Vivemos numa realidade que muitas vezes é contrária àquilo que anunciamos em nossa missão de levar e testemunhar a mensagem de Jesus Cristo. Mas temos a certeza de que não caminhamos sozinhos, somos assistidos pela grande catequista, a Virgem Santíssima.

Por isso, peço-lhe que a experiência do encontro com Jesus Cristo seja a força motivadora capaz de lhe trazer o encantamento por esse fascinante caminho de discipulado, cheio de desafios, mas que o faz crescer e acabam gerando profundas alegrias.

“A catequese é uma educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos, a qual compreende especialmente um ensino da doutrina cristã, dado em geral de maneira orgânica e sistemática, com o fim de iniciá-los na plenitude da vida cristã” (CT). Ensina o Catecismo da Igreja Católica: “no centro da catequese encontramos essencialmente uma Pessoa, a de Jesus Cristo de Nazaré, Filho único do Pai…”(cf CIC 1992). A finalidade definitiva da catequese é levar à comunhão com Jesus Cristo: só Ele pode conduzir ao amor do Pai no Espírito e fazer-nos participar da vida da Santíssima Trindade. Todo catequista deveria poder aplicar a si mesmo a misteriosa palavra de Jesus: ‘Minha doutrina não é minha, mas Daquele que me enviou’ (Jo 7,16) (CIC, 426-427).

Catequista, acolha o afetuoso abraço de gratidão de nossa amada mãe Igreja, nos seus bispos, padres e de milhares de pessoas, vidas agradecidas pela sua presença na educação da fé de nossos catequizandos, crianças, adolescentes, jovens e adultos. Em sua ação se traduz, de uma forma única e original, a vocação da Igreja-Mãe que cuida maternalmente dos filhos que gerou na fé, pela ação do Espírito.

Poderíamos dizer muitas coisas, palavras eloquentes e profundas, mas uma só é necessária: Deus lhe pague! E que a força da Palavra continue a suscitar-lhe a fé e o compromisso missionário!

Que a comunidade continue sendo o referencial da experiência do encontro com Cristo naqueles que sofrem, naqueles que buscam acolhida e necessitam ser amados, amparados e cuidados.

A ternura amorosa do Pai, a paz afável do Filho e a coragem inspiradora do Espírito Santo que cuida com carinho dos seus filhos e filhas, que um dia nos chamou a viver com alegria a vocação de catequista discípulo missionário, estejam na sua vida, na vida da sua comunidade hoje e sempre!

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Nossa Senhora Rainha

Instituída pelo Papa Pio XII, celebramos hoje a Memória de Nossa Senhora Rainha, que visa louvar o Filho, pois já dizia o Cardeal Suenens: “Toda devoção a Maria termina em Jesus, tal como o rio que se lança ao mar”.


Paralela ao reconhecimento do Cristo Rei encontramos a realeza da Virgem a qual foi assunta ao Céu. Mãe da Cabeça, dos membros do Corpo místico e Mãe da Igreja; Nossa Senhora é aquela que do Céu reina sobre as almas cristãs, a fim de que haja a salvação: “É impossível que se perca quem se dirige com confiança a Maria e a quem Ela acolher” (Santo Anselmo).

Nossa Senhora Rainha, desde a Encarnação do Filho de Deus, buscou participar dos Mistérios de sua vida como discípula, porém sem nunca renunciar sua maternidade divina, por isso o evangelista São Lucas a identifica entre os primeiros cristãos: “Maria, a mãe de Jesus” (Atos 1,14). Diante desta doce realidade de se ter uma Rainha no Céu que influencia a Terra, podemos com toda a Igreja saudá-la: “Salve Rainha” e repetir com o Papa Pio XII que instituiu e escreveu a Carta Encíclica Ad Caeli Reginam (à Rainha do Céu): “A Jesus por Maria. Não há outro caminho”.

domingo, 19 de agosto de 2018

Assunção de Nossa Senhora

Hoje, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial.”


Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o Ocidente, chamava-se “Dormição”, porque foi sonho de amor. Até que se chegou ao de “Assunção de Nossa Senhora ao Céu”, isto significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.

Maria contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro do Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho e, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua morte.

É probabilíssima, e hoje bastante comum, a crença de a Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos Apóstolos e a perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos de idade. A tradição antiga, tanto escrita como arqueológica, localiza a sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrou os mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os Apóstolos.

Não subiu ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe concedeu como a Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, como a Mãe de Deus.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

O papel dos cristãos nas eleições

A principal arma dos cidadãos no regime democrático é o voto. É através dele que o povo pode fazer valer a sua vontade e o seu legítimo poder. É pelo voto que cada cidadão participa dos destinos de sua nação. É pelo voto que ajuda a nação a mudar de rumo, que elimina os maus governantes, etc.


Diz a nossa Constituição que "todo poder emana do povo e que em seu nome é exercido". Portanto, como dizem os sociólogos, "todo povo tem o governo que merece". O governante sai do meio do povo e é escolhido pelo povo.

O cristão precisa exercer sua cidadania na construção de uma sociedade justa e solidária. Por isso é importante despertar o senso global das responsabilidades políticas. Se o povo sabe votar bem e escolher homens e mulheres honestos e capazes para dirigir a cidade, o estado e a nação, então, esse povo terá bons governantes, honestos e justos, que saberão priorizar bens os recursos públicos, os impostos pagos pelos cidadãos, etc. No entanto, se o povo votar mal, escolher seus governantes por motivos escusos e egoístas, interesseiros, sem escolher bem os candidatos, então, terá certamente governantes que serão politiqueiros, e não políticos. Qual é a diferença entre uns e outros?

O político verdadeiro é aquele que governa e dirige "para o bem comum"; para o bem do povo; priorizando certamente os mais necessitados e as medidas mais urgentes que beneficiem a todos de modo geral. O verdadeiro político decide em função do bem comum e não de seus interesses eleitoreiros ou corruptos. Infelizmente muitos deles "se servem da política" ao invés de servir ao povo; muitos fazem da oportunidade de exercer um cargo público uma maneira de se enriquecer, empregar os familiares mais próximos, etc. É por isso que hoje o conceito dos políticos está lá em baixo; mas o povo tem culpa também nisso, pois é ele quem elege esses maus políticos. Se o povo escolhesse melhor, com mais consciência e seriedade, conhecendo cada um, as coisas seriam diferentes.

O verdadeiro político olha somente para o bem dos cidadãos e não para os seus interesses pessoais; não fica de olho "na próxima eleição", mas realiza hoje o que é necessário para a cidade e para o povo, independente se isto ou aquilo que faz vai lhe dar mais ou menos votos. Alias, o que dá voto é exatamente o bom governo, a honestidade e o caráter do governante.

Quantas obras importantes e urgentes de serem realizadas não são feitas, simplesmente porque "não dão votos". Mas, a politicagem um dia aparece clara aos olhos do povo. Disse alguém que é possível enganar a muitos durante pouco tempo, ou a poucos durante muito tempo, mas que é impossível enganar a todos o tempo todo. Um dia a casa cai.

Para o cristão, a política tem uma importância enorme, tanto para aquele que é simples eleitor, como para aquele que é candidato a algum cargo. O eleitor cristão precisa ter em mente que quando ele vota está exercendo um certo poder, e Jesus disse que todo poder vem do alto e é dado por Deus. Nos regimes totalitários, como o comunismo, o povo não pode votar com liberdade; as eleições são "simulacros de eleições"; mas nas verdadeiras democracias o povo vota livremente. Então o cristão tem dupla responsabilidade de votar bem, como cristão e como cidadão.

É pecado "vender" o seu voto ou votar mal; isto é, dar o seu voto a alguém que não merece, que ele sabe que não é competente e nem honesto. O cristão não pode votar com "segundas intenções", só porque aquele candidato vai-lhe ajudar depois de eleito, com um emprego, facilidades outras, etc. O cristão deve votar com a consciência, escolhendo entre todos os candidatos o melhor, independente de interesses, sentimentalismos ou grau de parentesco ou amizade. Também disso vamos prestar contas a Deus um dia.

O cristão não pode votar em candidatos que sejam inimigos da fé católica ou da Igreja; especialmente aqueles que apoiam os procedimentos morais condenados pela Igreja: aborto, distribuição de "camisinhas", distribuição de pílulas do dia seguinte, que são abortivas, eutanásia, manipulação de embriões, etc.

No entanto; às vezes o cristão pode se ver diante de uma situação em que não sabe em quem votar, uma vez que nenhum dos candidatos merecem o seu voto e não lhe inspiram confiança. O que fazer? Votar em branco? Anular o voto? Não; esta medida não resolve nada porque alguém será eleito de qualquer forma.

O que se deve fazer é votar no "menos ruim", já que todos lhe parecem ruins. Votando em branco ou anulando o voto, podemos estar beneficiando o mais ruim.

Para que o cristão tenha uma participação ativa na política é necessário incentivar o levantamento e o debate dos problemas sociais em cada município, os problemas do estado e do pais. Sem informação, sem estar inteirados dos problemas do povo, não se pode votar bem. É importante participar de debates, diálogos entre amigos e familiares no sentido de instruir os que não têm informações corretas para que não sejam manipulados pelas propostas eleitoreiras.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Mensagem do Bispo Diocesano para a SNF 2018

Agosto é o mês das Vocações. Na segunda semana, recordamos a vocação à vida matrimonial e familiar, a fim de refletirmos e rezarmos pelas nossas famílias. Por isso, está em foco a família com a figura especial do pai, pois no segundo domingo de agosto se comemora o Dia dos Pais. Entre os dias 12 e 18 de agosto de 2018, em todo o Brasil, vivemos a Semana Nacional da Família, que tem como tema: “O Evangelho da Família, alegria para o mundo”. Participemos das atividades da Semana da Família em nossas comunidades, paróquias desta querida Diocese Centenária de Nazaré; e durante a semana façamos, em grupo, algum momento de oração pelas famílias, pela vida.


A família é o ventre natural de cada nova vida, acolhida como dom, presente de Deus. Vivemos numa sociedade tendencialmente marcada por uma cultura que perdeu a percepção de que um filho é um grande dom que vem do alto. Algumas vezes, perde-se até o sentido de Deus, e o homem sente-se senhor da própria vida. Estamos vendo a discussão que ocorre em nosso país nestes dias entre a cultura da vida e a cultura de morte, com alguns pretendendo condenar à morte as crianças inocentes de até 12 semanas, quando deveriam dar dignidade às mulheres e respeitar as duas vidas.

Celebrando o Dia dos Pais e a Semana da Família, vemos que Pai significa, antes de tudo, amor, carinho, cuidado e ternura. O pai nos dá abrigo, segurança. Tantas vezes, mesmo cansado das fadigas do cotidiano de trabalho, não hesita em nos ouvir, atende sempre quando o chamamos de pai.

Quem de nós não guarda na memória aqueles momentos vividos ao lado de nossos pais, especialmente na infância, quando tantas vezes nos sentíamos inseguros perante às indecisões e situações de medo. Era o nosso pai o porto seguro, porque ser pai é ser presença que anima, segurar pela mão e acompanhar na vida. Deus também não age assim com a gente? Sim, Deus é o Pai por excelência, e cuida de nós com amor eterno, por isso a figura do pai está associada ao Pai do céu. Deus é modelo de Pai, sim, um Pai misericordioso, que sempre nos acolhe, nos perdoa e nos ama incondicionalmente.

Hoje, queremos dar graças ao Pai do Céu pelos pais, nossos pais - aos que estão do nosso lado, no dia a dia; e aos de longe, que por diversas circunstâncias precisam viver distante dos seus filhos.

Sim, é o Dia dos Pais! Então, não podemos esquecer que mais que um presente, um abraço, uma oração especial, um desejo de parabéns, nossos pais precisam de cuidado, de amor, como Deus nos ama. Neste dia, queremos louvar e render graças a Deus Pai pelos pais já falecidos, de quem recordamos com tanta saudade.

Saibamos louvar e agradecer ao Pai do céu porque nos deu um pai na terra para nos proteger, nos acompanhar, cuidar de nós e, sobretudo, nos amar. O testemunho de nossos pais sempre nos marcou, na caminhada cristã do Povo de Deus.

Celebrar o Dia dos Pais é celebrar a família dom de Deus, e ninguém melhor que a família para ampliar os horizontes da cultura da vida no mundo. Que a família, diante dos desafios atuais, tenham o Cristo Senhor como meta, referencial e sustento. A família é o santuário da vida.

Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena
Bispo de Nazaré - PE

domingo, 12 de agosto de 2018

Evangelho do 19º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, os judeus começaram a murmurar a respeito de Jesus, porque havia dito: “Eu sou o pão que desceu do céu”. Eles comentavam: “Não é este Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como então pode dizer que desceu do céu?”. Jesus respondeu: “Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai, e por ele foi instruído, vem a mim. Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo, quem crê, possui a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”. (Jo 6,41-51)


Jesus é o alimento que nos dá a vida

Precisamos do alimento para nos dá a vida, para que possamos sobreviver. Mas, às vezes, nos centramos no alimento terreno: o arroz e o feijão. O “pão de cada dia” precisamos para a nossa subsistência, para os nossos filhos, entretanto, esse pão não sacia a nossa fome. Porém, por vezes, nos deixa saciados até demais, mas sem permitir que encontremos o sentido da nossa própria vida. Jesus está dizendo: “Eu sou o Pão da vida. Quem come desse Pão, jamais terá fome”. Precisamos nos alimentar de Jesus e permitir que Ele seja o alimento da nossa vida. Jesus alimenta a nossa espiritualidade, a nossa alma, os nossos sentimentos e os nossos afetos. A luz de Jesus penetra o nosso interior e dá sentido à nossa vida e à nossa existência. Alimentar-se de Jesus não é apenas receber a Eucaristia. A Eucaristia é o Sacramento por excelência, é o nosso ponto de chegada na dimensão da nossa caminhada espiritual. Mas, nos alimentamos de Jesus quando assumimos em nós os sentimentos d’Ele, o pensamento e a vida d’Ele. Alimentamo-nos de Jesus quando nos alimentamos de Suas Palavras, quando nos alimentamo-nos da Bíblia que é a Palavra de Deus por excelência. Alimentamos a nossa vida espiritual pela via da oração quando nos colocamos na presença d’Ele, para nos esvaziar de nós e nos preencher da presença do Senhor. A nossa alma está sedenta, o nosso coração está faminto e anseia pela presença de Deus. Quando vamos ao encontro do Senhor é preciso que esvaziemos a alma e o coração, para que eles se preencham da presença d’Ele.  É preciso que os sentimentos e os pensamentos, tão cheios de devaneios, acalmem-se para que Deus direcione a nossa vida. “Senhor, Tu és o alimento da vida eterna, queremos nos alimentar de Ti para que o nosso coração esteja na eternidade.”.

sábado, 11 de agosto de 2018

Semana Nacional da Família 2018

A Semana Nacional da Família, promovida pela Comissão da Vida e Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, que acontecerá dos dias 12 a 18 de agosto, é um privilegiado momento para refletir sobre a grandeza do projeto de Deus revelado na família desde a criação. O tema proposto para a edição de 2018 é: O Evangelho da Família, alegria para o mundo, que se coloca em plena comunhão com outro evento da Igreja: o Encontro Mundial da Famílias com o Papa que acontecerá em Dublin, na Irlanda também no mês de agosto. O tema é interessante e abre o horizonte para inúmeros aprofundamentos e, por isso, vamos nos debruçar sobre algumas ideias para a reflexão e para o debate sobre o tema, convicto que o Evangelho da Família é alegria para o mundo.


A família cristã nasce do sacramento do matrimonio instituído por Jesus com a sua própria vida; os cristãos quando se esposam dizem o sim no altar e naquele momento se tornam verdadeira imagem do amor de Cristo e da Igreja; portanto o Evangelho da família é alegria para o mundo por que nasce do amor de Cristo e é, segundo o projeto do Criador, elevado por Ele (Cristo) à dignidade de sacramento. O sacramento do matrimonio que se celebra na Igreja anuncia a beleza da celebração a vida que deverão construir sobre a sólida base do sacramento que, contudo, não termina ali, mas continua no quotidiano dos esposos, no quotidiano da comunidade em que são inseridos.

Os sacramentos operam mudanças na vida dos homens e, também, inaugura novas formas de relação com Deus e com os homens. Em especial, aqueles que dizem sim um ao outro não podem mais serem reconhecidos somente de maneira singular; a outra parte se torna carne da carne, e ossos dos ossos e assim são reconhecidos diante de Deus até que a morte os separe. Ora, se Deus que opera o grande milagre de unir duas pessoas e os reconhece como um só corpo e uma só carne, também a Igreja e a sociedade assim devem reconhecê-los. Particularmente a Igreja não somente reconhece a família como instituição privilegiada criada por Deus, mas afirma que a família é uma Pequena Igreja Doméstica. Do ponto de vista social, no entanto observamos os muitos ataques que se faz contra a instituição familiar (e temos visto muitos) e nós cristãos temos que lutar contra e, ao mesmo tempo, apresentar a beleza da proposta de Deus para o homem e mulher.

A nova vida, como esposos, inaugurada na recepção do sacramento do matrimonio, por outro lado, coloca os esposos em privilegiada posição na missão da Igreja. A partir do momento que dizem sim, se tornam imagem do amor de Cristo e da Igreja e o modo de viver o matrimonio cristão no dia-a-dia é anúncio de Cristo no meio da sociedade. Os esposos são testemunhas do Amor, são testemunhas da fidelidade de Deus para com os homens, são testemunhas do perdão, são testemunhas da bondade da criação e da comunhão, e tantas outras realidades em que se descobre e revela Cristo e o Evangelho. É necessário recordar sempre que o primeiro lugar de comunicação do Evangelho foi a família.

Outro ponto importante para a reflexão, encontramos na Exortação Amoris Laetitia, ao número 211, que diz: A pastoral pré-matrimonial e matrimonial deve ser uma pastoral do vínculo. O vínculo, que nasce também do sacramento, é sagrado e todo o esforço da pastoral da família deve ser para acompanhá-lo e sustentá-lo. O sacramento do matrimonio, salvo particulares exceções estabelecidas pelo Direito Canônico, se recebe publicamente e, por isso, a Igreja, a Comunidade que participa do consentimento é também responsável pelos matrimônios que ali nascem. Seria de particular interesse que em cada paróquia e cada Diocese tivesse um centro de acompanhamento das famílias, não para sustentá-las somente quando os problemas surgem, mas em toda a caminhada da vida, afinal a Exortação Amoris Laetitia e todos os documentos da Igreja sobre a família a veem de maneira positiva e especial, é necessário ter consciência do dever de sustentar o vínculo – lugar onde Deus habita – para descobrir os tesouros da vida familiar e não esperar os problemas advirem.

Ao viver a Semana Nacional da Família, após a comemoração do Dia dos Pais, somos chamados a trabalhar juntos nessa pastoral e em especial nesta semana, todos os movimentos, associações, pastorais ligadas a família para propor ao mundo a verdadeira face cristã da família. Que nesta semana especial possa ser ainda mais aprofundado “O Evangelho da família” que é alegria para o mundo e isso porque é sacramento; porque é vida nova doada por Cristo segundo o projeto de Deus, porque tem posição privilegiada na missão da Igreja uma vez que testemunha o amor de Cristo e da Igreja no meio da sociedade e, por fim, é uma instituição da qual todos os católicos são responsáveis em acompanhar e sustentar. Desejo a todos, por intercessão da Sagrada Família de Nazaré, uma excelente Semana da Família!

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

São Lourenço

Festejamos, neste dia, a vida de santidade e martírio do Diácono que nem chicotes, algozes, chamas, tormentos e correntes puderam contra sua fé e amor ao Cristo. Lourenço, espanhol, natural de Huesca, foi um Diácono de bom humor que servia a Deus na Igreja de Roma durante meados do Século III.


Conta-nos a história que São Lourenço como primeiro dos Diáconos tinha grande amizade com o Papa Sisto II, tanto assim que ao vê-lo indo para o martírio falou: “Ó pai, aonde vais sem o teu filho? Tu que jamais ofereceste o sacrifício sem a assistência do teu Diácono, vais agora sozinho, para o martírio?”. E o Papa respondeu: “Mais uns dias e te aguarda uma coroa mais bonita!”. São Lourenço era também responsável pela administração dos bens da Igreja que sustentava muitos necessitados.

Diante da perseguição do Imperador Valeriano, o prefeito local exigiu de Lourenço os tesouros da Igreja, para isto o Santo Diácono pediu um prazo, o qual foi o suficiente para reunir no átrio os órfãos, os cegos, os coxos, as viúvas, os idosos… todos os que a Igreja socorria, e no fim do prazo – com bom humor – disse: “Eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda parte”.

Sentindo-se iludido, o prefeito sujeitou o santo a diversos tormentos, até colocá-lo sobre um braseiro ardente; São Lourenço que sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos, e mesmo assim encontrou no Espírito Santo força para dizer no auge do sofrimento na grelha: “Vira-me que já estou bem assado deste lado”.

A Roma cristã venera o santo espanhol com a mesma veneração e respeito com que honra seus primeiros Apóstolos. Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi Santo Estevão em Jerusalém, isso mesmo o foi São Lourenço em Roma.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Não ao aborto!

Convocamos você, cristão católico, para lutar conosco em defesa da vida! Entre os dias 12 e 18 de agosto, durante a Semana Nacional da Família 2018, estaremos intensificando a mobilização de recolhimento de assinaturas para a aprovação do Estatuto do Nascituro. Procure a Secretaria Paroquial ou os nossos Agentes da Pastoral Familiar e participe também desta iniciativa que resguarda a vida e seus direitos constituídos.


A Constituição Federal brasileira garante o direito à vida, à saúde, e muitos outros direitos. Apoiados nela, e em declarações internacionais assinadas pelo Brasil, já foram aprovadas algumas normas legais de grande importância para grupos de cidadãos, especialmente os mais vulneráveis, como o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Idoso, o Estatuto da Pessoa com Deficiência e outros. Com o mesmo objetivo, foi proposto no Congresso Nacional o Estatuto do Nascituro (da criança por nascer).

Representado pelo Projeto de Lei nº 478/07, o Estatuto do Nascituro é uma importante disposição legal que protege a vida humana desde a concepção e reforça os direitos e garantias fundamentais presentes, especialmente no Artigo 5º da Constituição Federal.

Sua aprovação é necessária para que a proteção da vida humana não-nascida tome seu lugar prioritário de importância na aplicação das leis e na formulação e execução de políticas públicas.

domingo, 5 de agosto de 2018

Evangelho do 18º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?”. Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”. Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?”. Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”. Eles perguntaram: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obra fazes? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”. Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”. Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”. (Jo 6,24-35)


Jesus é o pão que sacia a nossa fome mais profunda

Jesus é o alimento da nossa vida. Quando falo em Jesus como alimento, não pense no sentido material da palavra, porque, por sermos pessoas materialistas e vivermos por cuidar da matéria – o nosso corpo é matéria, e não o estou desprezando –, precisamos ser alimentados; e o homem também vive de pão, por isso Jesus, antes de fazer esse discurso, multiplicou os pães, porque Ele não queria ninguém passando fome e sede. O Pai criou o mundo com essa abundância de alimento, porém, na busca desenfreada por eles, alguns homens os retiveram para si, e não permitiram que outros tivessem o que comer. Jesus está ensinando que precisamos multiplicar os pães da nossa casa com aqueles que não os têm. Quem tem muito alimento ou não tem nenhum precisa, primeiro, saciar-se dele, que é Jesus. O alimento, que é o próprio Jesus, cria dentro de nós o senso do amor, da justiça, da verdade e partilha. Se não soubermos partilhar o nosso pão com o irmão, não teremos Jesus dentro de nós; se não soubermos partilhar o amor que temos em nós com o nosso próximo, não teremos Jesus dentro de nós. Vivemos um sentimento de vazio dentro de nós, por isso, muitas vezes, comemos e bebemos várias coisas, mas continuamos vazios. Estamos engordando apenas a matéria, e o nosso espírito está padecendo, está macérrimo, sedento de um alimento que o sacie de verdade. Deixemos que Jesus sacie a nossa fome mais profunda. Não trabalhemos apenas pelo alimento dessa terra, porque, depois, perecemos pelo excesso de comer, enquanto outros perecem, porque passam fome. Trabalhemos pelo Pão que entra em nós e jamais nos deixa ter fome ou sede, porque nos sacia para a eternidade. Permitamos que Jesus sacie a nossa fome e sede de eternidade.

sábado, 4 de agosto de 2018

Dia do Padre

O Dia do Padre é celebrado oficialmente em 4 de agosto, data da festa de São João Maria Vianney, desde 1929, quando o Papa Pio XI o proclamou “homem extraordinário e todo apostólico, padroeiro celeste de todos os párocos de Roma e do mundo católico”.


Padroeiro é o representante de uma categoria de pessoas, cuja vida e santidade comprovadas estimulam a uma vida de fé em comunhão com a vontade de Deus. Tendo em vista essa explicação, vamos entender por que a Igreja o escolheu como exemplo a ser seguido pelos sacerdotes, na condução de seus rebanhos.

Esse santo homem nasceu na França, no ano de 1786, e depois de passar por muitas dificuldades, por conta das poucas habilidades, foi ordenado sacerdote. Mas o bispo que o ordenou acreditou que o seu ministério não seria o do confessionário, entendendo que sua capacidade intelectual seria muito limitada para dar conselhos.

Então, ele foi enviado para a pequenina Ars, no interior da França, como auxiliar do padre Balley, o mesmo que vislumbrou, por santa inspiração, seu dom de vocação, e por confiar nele o preparou para o sacerdócio. E esse pároco, outra vez inspirado, acreditou que o dom dele [São João Maria Vianney] era justamente o do conselho e o colocou servindo no confessionário.

Assim, padre João Maria Vianney, homem justo, bom, extremado penitente e caridoso, converteu e uniu toda Ars. Amado e respeitado por todos os fiéis e pelo clero da Igreja, sua fama de conselheiro correu por todo o mundo cristão. Assim, ele se tornou um dos mais famosos confessores da história da Igreja. Conhecido também como "Cura d'Ars", mais tarde, foi o pároco da cidade, onde morreu em 1858, sendo canonizado em 1925.

Sem dúvida, São João Maria Vianney é o melhor exemplo das palavras profetizadas pelo apóstolo Paulo: “Deus escolheu os insignificantes para confundir os grandes”. Ser padre é isso, exatamente a vida inteirinha do seu padroeiro.

Ele entende o chamado para ser um servo de Deus, um sacerdote, um “pai” (padre) à semelhança de Cristo, que amou e deu a vida ao povo pobre, simples e marginalizado. Nunca hesita. Tudo aceita, confia e acredita em Deus e na sua Providência, e caminha seguro para missão que lhe é designada.

A vida simples e a simplicidade dos ensinamentos Jesus Cristo são o fundamento do seu ministério, único parâmetro e exemplo a seguir. A sua tarefa é continuar a missão de Jesus Cristo, o único e eterno Sacerdote. É o padre, que através do Evangelho, leva os homens a Deus, pela conversão da fé em Cristo. Por isso, são pessoas que nascem com esse dom e, logo cedo ou no momento oportuno, ouvem o chamado de Deus para se consagrarem a servir à comunidade, nos assuntos que se referem a Ele.

Ser padre é ser “pai” de uma comunidade inteira. Como tal, é o homem da Palavra de Deus, da Eucaristia, do perdão e da bênção, exemplo de humildade, penitência e tolerância; o pregador e conversor da fé cristã. Enfim, um comunicador e entusiasta da Igreja, que luta por uma vivência cristã mais perfeita. Dessa Igreja missionária, que não sobreviveria sem o sacerdote, como indicou o próprio Jesus Cristo, seu fundador pela Paixão por nós.

Sua missão é construir comunidades, entender a alma humana e perdoar os pecados, evangelizar, unir e alimentar a comunidade pela Eucaristia. Entendem, como diz Lucas 21, 15: “Eu vos darei eloquência e sabedoria, às quais nenhum de vossos adversários poderá resistir nem contradizer” , e são verdadeiras testemunhas da fé, por sua oração, sacrifício e coragem cristã.