sexta-feira, 31 de maio de 2019

Visita de Maria

Toda nossa vida, quando é autenticamente cristã, está orientada para o amor. Só ele torna grande e fecunda nossa existência e nos garante a salvação eterna. Sabemos que esse amor cristão tem duas dimensões: a dimensão horizontal de amar os homens, nossos irmãos; e a dimensão vertical de amar a Deus, nosso Senhor. É fácil falar de amor e de caridade, mas é difícil vivê-los, porque amar significa servir, e servir exige renunciar a si mesmo.


Por isso, o Senhor nos deu como imagem ideal a Santíssima Virgem. Ela é a grande serva de Deus e, ao mesmo tempo, dos homens. Na hora da Anunciação, Ela se proclama escrava do Senhor. Entrega-lhe toda sua vida para cumprir a tarefa que Deus lhe encomenda através do anjo. Ela muda no ato todos seus planos e projetos que tinha, esquece-se completamente de seus próprios assuntos.

O mesmo acontece com Isabel. Maria fica sabendo que sua prima vai ter um filho e parte logo, apesar do longo caminho, para permanecer por três meses com ela, servindo-a até o nascimento de João Batista. Ela não se imagina superior em nenhum momento, não busca pretextos por não poder se arriscar numa viagem tão longa pelo fato de estar grávida. Faz tudo isto, porque sabe que, no Reino de Deus, os primeiros são os que sabem se converter em servidores de todos.

Também nossa própria vida cristã deve formar-se e desenvolver-se nestas mesmas duas dimensões: o compromisso com os irmãos e o serviço a Deus. Não se pode separar uma dimensão da outra. Por isso, quanto mais queremos nos comunicar com os homens, tanto mais devemos estar em comunhão com Deus. E quanto mais queremos nos aproximar de Deus, tanto mais devemos estar próximo dos homens.

O que mais nos diz o Evangelho? Conta-nos alguns acontecimentos milagrosos no encontro das duas mulheres: a criança salta de alegria no ventre de sua mãe; Isabel se enche do Espírito Santo, reconhece o Senhor presente e começa a profetizar. E nós nos perguntamos: é a Santíssima Virgem quem realiza esses milagres? Isto pode ser explicado apenas pela íntima e profunda união entre Maria e Jesus. Essa união começa com a Anunciação e dura por toda sua vida e além dela. Pela primeira vez se manifesta no encontro de Maria com Isabel.

Maria nunca atua sozinha, mas sempre numa união perfeita entre Mãe e Filho. Onde está Maria, ali está também Jesus. É o mistério da infinita fecundidade de sua vida de mãe. E se nós queremos ser como Ela, então deve ser também o mistério de nossa vida. Em que sentido? Unimo-nos, nos vinculamos com Maria, nossa Mãe e Rainha. E então, o que Ela faz? Ela nos vincula, com todas as raízes de nosso ser, com seu filho Jesus Cristo.

Maria é a terra de encontro com Cristo e ela nos conduz até Ele, nos guia, nos cuida e nos acompanha em nosso caminhar rumo a Ele. Mas Maria não apenas nos conduz para Cristo, mas traz, primeiramente, Jesus ao mundo e aos homens. É sua grande tarefa de Mãe de Deus. E em sua visita, a casa de Isabel realiza, por primeira vez, esta sua grande missão: leva a ela seu Filho. E o Senhor do mundo, encarnado em seu corpo maternal, manifesta sua presença por meio daqueles milagres. Maria o fez há mais de 2000 anos. Mas o faz também hoje: traz Cristo a todos nós.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Santa Rita de Cássia

Natural da Província da Úmbria, conhecida região italiana que deu filhos ilustres à Igreja, como São Francisco de Assis e Santa Clara, Santa Rita nasceu em 1381 e morreu aos 22 de maio de 1457. Estas duas datas tradicionais foram consideradas corretas pelo Papa Leão XIII quando a proclamou Santa no dia 24 de maio de 1900.


Rita, filha única de Antonio Lotti e Amata Ferri, nasceu em Roccaporena, a 5 km de Cássia, e foi batizada com o nome de Margherita (Margarida em latim que significa pérola ou pedra preciosa) em Santa Maria do Povo, também em Cássia. Seus pais eram ‘pacificadores de Cristo’ nas lutas políticas e familiares entre os Guelfi e os Ghibelini. Deram o melhor de si mesmo na educação de Rita, ensinando-a, inclusive a ler e escrever.

Rica de oração e virtudes

Aos 16 anos Rita se casou com Paolo di Ferdinando Mancini, jovem de boas intenções, mas vingativo. Tiveram dois filhos. Com uma vida simples, rica de oração e de virtudes, toda dedicada à família, ela ajudou o marido a converter-se e a levar uma vida honesta e laboriosa. Sua existência de esposa e mãe foi abalada pelo assassinato do marido, vítima do ódio entre facções. Rita conseguiu ser coerente com o Evangelho perdoando plenamente todos aqueles que lhe causaram tanta dor. Os filhos, ao contrário, influenciados pelo ambiente e pelos parentes, eram inclinados à vingança. A mãe, para evitar que se destruíssem, humana e espiritualmente, pediu a Deus que tirasse a vida deles, pois ela preferia vê-los mortos que manchados com sangue da vingança. Ambos, ainda jovens, viriam a falecer em conseqüência de doenças naturais.

Rita, viúva e sozinha, pacificou os ânimos e reconciliou as famílias com a força da oração e do amor; só, então, pôde entrar no mosteiro agostiniano de Santa Maria Madalena, de Cássia, onde viveu por 40 anos, servindo a Deus e ao próximo com uma generosidade alegre e atenta aos dramas do seu ambiente e da Igreja do seu tempo.

O estigma de um dos espinhos de Cristo

Nos últimos 15 anos Santa Rita teve sobre a testa o estigma de um dos espinhos de Cristo, completando, assim, na sua carne os sofrimentos de Jesus. Foi venerada como santa imediatamentre após a sua morte, como atestam o sarcófago e o Códex miraculorum, ambos documentos de 1457-1462.

Seus ossos, desde 18 de maio de 1947, repousam no Santuário, em uma urna de prata e cristal fabricada em 1930. Recentes exames médicos informaram que sobre a testa, à esquerda, existem traços de uma ferida óssea (osteomielite). O pé direito apresenta sinais de uma doença sofrida nos últimos anos, talvez, uma inflamação no nervo ciático. Sua altura era de 1,57m. O rosto, as mãos e os pés estão mumificados, enquanto que sob o hábito de religiosa agostiniana existe, intacto, o seu esqueleto.

domingo, 19 de maio de 2019

5º Domingo da Páscoa

Depois que Judas saiu do cenáculo, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”. (Jo 13,31-33a.34-35)


O mandamento do amor renova a nossa vida

O mandamento é novo porque, de fato, nos renova e nos dá vida nova. E o mandamento que nos dá vida renovada é o mandamento do amor. O amor não envelhece porque ele será sempre novo, vai sempre nos renovar, nos revigorar e nos dar uma nova dimensão para viver. Podemos fracassar, encontrar dificuldades em todas as áreas da nossa vida. Só não podemos desistir do amor, porque foi no amor que fomos criados, fomos gerados em Deus e é o amor que faz nova e recomeça todas as coisas, por isso em Jesus amemos uns aos outros. Para sermos discípulos de Jesus, muitas vezes, queremos usar coisas externas. Carrego uma cruz, tenho um terço aqui no meu braço, você carrega outros sinais, mas não é isso que sinaliza que somos seguidores de Jesus. O que demonstra para o mundo, inclusive para nós mesmos que somos discípulos de Jesus, é a vivência do amor, é o mandamento do amor vivido e praticado entre nós. Aqui eu preciso dizer que não é um amor seletivo, não é amor apontado para alguns. Nos decepcionamos muito facilmente, passamos por situações complicadas nos relacionamentos, precisamos até rever certos relacionamentos. Rever, aproximar ou distanciar pode ser uma necessidade, mas que tudo seja por causa do amor. Por causa do amor, precisamos nos aproximar mais das pessoas, por causa do amor, precisamos nos distanciar para purificar a forma de se relacionar e amar outras pessoas. O amor é exigente, é tomada de atitudes, o amor é além dos sentimentos que nós temos, porque podemos ter um bom sentimento para com alguém, mas podemos também ter um sentimento muito negativo. Meu sentimento negativo não pode ser maior do que o amor do coração, porque amor é graça divina, é presença de Deus na minha vida. Sabemos que Deus está presente na vida de alguém quando ela manifesta gestos, atitudes e práticas que revelam o amor. Mais do que qualquer outra coisa, precisamos nos amar, não desistir e nem cansarmos de amar. Se nos cansamos é porque o amor que está em nós não é o de Deus. E se o amor de Deus em nós está pouco, nos enchamos, nos preenchamos desse amor divino porque precisamos dele para viver, conviver, existir e estarmos em Deus. Amemos uns aos outros, porque o amor é Deus.

sábado, 18 de maio de 2019

18 de maio: Igreja recorda nascimento de São João Paulo II

Há 99 anos, São João Paulo II nasceu na pequena cidade de Wadowice, localizada a 50 quilômetros de Cracóvia (Polônia). Neste sábado, 18, fiéis devotos no mundo inteiro recordam o Papa da Juventude. Karol Józef Wojtyla é o nome de batismo do santo que nasceu no dia 18 de maio de 1920. Foi o mais novo de três irmãos: Edmund era médico e Olga faleceu antes dele nascer. Seu pai era Karol Wojtyla, um suboficial do exército que faleceu em 1941, e sua mãe Emilia Kaczorowska, que morreu em 1929 quando São João Paulo II tinha nove anos de idade.


Durante seu pontificado, Papa João Paulo II costumava passar o seu aniversário como um “dia normal” de trabalho, como descreveu em 2004 o então diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Joaquín Navarro-Valls, ao narrar aos meios de comunicação como o Santo Padre comemoraria seus 84 anos de vida, o último aniversário que celebrou antes do seu falecimento.

Naquela oportunidade, Navarro-Valls detalhou que “para o Santo Padre, o dia 18 de maio de 2004 foi um dia de trabalho normal e, sobretudo, de ação de graças a Deus pelo dom da sua vida. A única coisa extraordinária foi convidar para um almoço os colaboradores mais próximos da Cúria.

São João Paulo II costumava receber saudações e felicitações de todo o mundo no dia de seu aniversário, não só de católicos que também lhe ofereciam suas orações, mas também de personalidades da política, empresários, artistas, entre outros.

Logo depois de sua morte em 2005, os fiéis continuaram recordando e festejando a data do seu aniversário. Em 18 de maio de 2011, por exemplo, quando João Paulo II já havia sido proclamado Beato, foi inaugurada em Roma uma grande estátua de bronze dedicada à sua memória.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Nossa Senhora de Fátima, graça e misericórdia

Segundo as memórias da Irmã Lúcia, podemos dividir a mensagem de Fátima em três ciclos: Angélico, Mariano e Cordimariano.


O Ciclo Angélico se deu em três momentos: quando o anjo se apresentou como o Anjo da Paz, depois como o Anjo de Portugal e, por fim, o Anjo da Eucaristia.

Depois das aparições do anjo, no dia 13 de maio de 1917, começa o ciclo Mariano, quando a Santíssima Virgem Maria se apresentou mais brilhante do que o sol a três crianças: Lúcia, 10 anos, modelo de obediência e seus primos Francisco, 9, modelo de adoração e Jacinta, 7, modelo de acolhimento.

Na Cova da Iria aconteceram seis aparições de Nossa Senhora do Rosário. A sexta, sendo somente para a Irmã Lúcia, assim como aquelas que ocorreram na Espanha, compondo o Ciclo Cordimariano.

Em agosto, devido às perseguições que os Pastorinhos estavam sofrendo por causa da mensagem de Fátima, a Virgem do Rosário não pôde mais aparecer para eles na Cova da Iria. No dia 19 de agosto ela aparece a eles então no Valinhos.

Algumas características em todos os ciclos: o mistério da Santíssima Trindade, a reparação, a oração, a oração do Santo Rosário, a conversão, a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria. Enfim, por intermédio dos Pastorinhos, a Virgem de Fátima nos convoca à vivência do Evangelho, centralizado no mistério da Eucaristia. A mensagem de Fátima está a serviço da Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A Virgem Maria nos convida para vivermos a graça e a misericórdia. A mensagem de Fátima é dirigida ao mundo, por isso, lá é o Altar do Mundo.

Expressão do Coração Imaculado de Maria que, no fim, irá triunfar é a jaculatória ensinada por Lúcia: “Ó Meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o Céu; socorrei principalmente as que mais precisarem!”. Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!

domingo, 12 de maio de 2019

4º Domingo da Páscoa

Naquele tempo, disse Jesus: "As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um”. (Jo 10,27-30)


Escutemos a voz do nosso Pastor

Meus amados irmãos e irmãs, somos ovelhas do redil de Jesus. Há boas ovelhas como também há bons pastores, há más ovelhas como há maus pastores. Precisamos ser cada vez mais boas ovelhas, porque a boa ovelha é aquela que escuta a voz do seu pastor e o segue. A ovelha que escuta a voz do pastor não se perde, mas encontra sempre a sua pastagem para repousar e descansar junto ao seu pastor. É muito bela a imagem do pastor conduzindo as ovelhas. Eu pessoalmente vi essa cena algumas vezes no Brasil e em Israel, a terra de Jesus. As ovelhinhas uma atrás das outras; se uma só delas se distrai, as outras se distraem. Veja, se distrair pelo caminho é uma tentação e, hoje, mais ainda, porque vivemos no mundo das distrações, tanta coisa é feita para distrair a nossa atenção. Você, pai e mãe, sabem que se temos uma criança junto de nós no meio da multidão, basta uma distração para a criança se perder. No mundo em que estamos, as distrações que parecem ser boas, podem ser perigo para os nossos se perderem também. O que nos leva a nos perdermos, seja nós adultos ou crianças, é perdermos a voz do Pastor, é nos deixarmos guiar pelas distrações que o mundo nos oferece, que nos tiram do nosso foco, da nossa atenção àquilo que é essencial e fundamental. Nada é mais importante para um discípulo do que escutar a voz do seu Mestre, nada é mais importante para uma ovelha do que escutar a voz do seu pastor, nada é mais importante para um filho do que escutar a voz do seu pai e da sua mãe. Quando não escutamos mais aquela voz, nos perdemos. E, muitas vezes, nos perdermos eternamente, porque nos desviamos, e a vida começa a tomar rumos e proporções que não são de Deus. Muitas pessoas eram da Igreja e, hoje, não são mais; muitas pessoas serviram, testemunharam e falaram de Deus, mas hoje, não falam e nem seguem mais. Pois, aos poucos, foram se deixando distrair, sendo atraídos por outras vozes. E não precisamos julgar e condenar ninguém, porque esse risco todos nós corremos. Mantenhamos nossa atenção num único Pastor que é Jesus e escutemos todos os dias a Sua voz, porque no meio de tanta confusão, o mundo em que vivemos é muito confuso e, muitas vezes, as coisas dentro da própria Igreja são confusas, acabamos nos perdendo, nos magoando, nos ferindo. E, a primeira coisa que se fere é o ouvido da escuta de Deus. Escutamos mais as pessoas, mais os nossos problemas, nossas feridas e nossos dramas do que a Deus. Quando isso acontece, é um péssimo sinal para a ovelha, porque do sinal amarelo para o vermelho falta muito pouco. É preciso acordar, dar atenção à voz do Pastor, para que não arranquem a nossa vida das mãos d’Ele, porque Ele veio para cuidar de nós. É preciso escutar o Pastor para que Ele cuide realmente da nossa vida.

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Saiba como rezar o Santo Terço

Papa São João Paulo II dedicou uma encíclica ao Santo Terço. Nela, o Santo Padre afirma: “O Rosário coloca-se ao serviço do ideal de que pela fé Jesus habita os corações, oferecendo o ‘segredo’ para abrir-se mais facilmente a um conhecimento profundo e empenhado de Cristo. Digamos que é o caminho de Maria, o caminho do exemplo da Virgem de Nazaré, mulher de fé, silêncio e escuta. É, ao mesmo tempo, o caminho de uma devoção mariana animada pela certeza da relação indivisível que liga Cristo a Sua Mãe Santíssima: os mistérios de Cristo são também, de certo modo, os mistérios da Mãe, mesmo quando não está diretamente envolvida, pelo fato de ela viver d’Ele e para Ele. Na Ave-Maria, apropriando-nos das palavras do Arcanjo Gabriel e de Santa Isabel, sentimo-nos levados a procurar sempre de novo, em Maria, nos seus braços e no seu coração, o fruto bendito do seu ventre (cf. Lc 1,42)” – Trecho da Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, do Sumo Pontífice São João Paulo II.


Como rezar o Santo Terço

Inicie: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Em seguida, reza-se a oração do Creio e do Pai-Nosso, três Ave-Marias e o Glória ao Pai.

Depois de realizadas essas orações, contempla-se, antes de cada dezena, o mistério do Terço rezado naquele dia.

Segundo a prática corrente na Igreja:

As segundas-feiras e os sábados são dedicados aos mistérios da alegria – “gozosos”:

1º mistério: Anunciação do anjo a Maria
2º mistério: Visitação de Maria a Santa Isabel
3º mistério: Nascimento do Menino Deus
4º mistério: Apresentação de Jesus no Templo
5º mistério: Perda e encontro de Jesus

As terças e sextas-feiras são dedicadas aos “mistérios da dor”:

1º mistério: Oração e agonia de Jesus no Getsémani
2º mistério: Flagelação de Cristo
3º mistério: A coroação de espinhos
4º mistério: A subida ao Calvário
5º mistério: A morte na cruz

As quarta-feiras e os domingos são dedicados aos “mistérios da glória”:

1º mistério: Ressurreição do Senhor
2º mistério: A ascensão de Jesus
3º mistério: Pentecostes – A vinda do Espírito sobre Maria e os apóstolos
4º mistério: Maria assunta aos céus
5º mistério: Maria coroada Rainha dos anjos e dos santos

A quinta-feira é dedicada aos “mistérios da luz”.

1º mistério: Batismo de Jesus no Jordão
2º mistério: Milagre de Jesus nas bodas de Caná
3º mistério: Anúncio do Reino de Deus com um convite à conversão
4º mistério: Transfiguração do Senhor
5º mistério: Instituição da Eucaristia

Depois de contemplar o mistério referente à dezena rezada, recita-se um Pai-Nosso e dez Ave-Marias.

Finaliza-se o Santo Terço com a Oração da Salve-Rainha.

Abaixo seguem as orações do Santo Terço:

Creio

Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, e em Jesus Cristo, Seu único Filho Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna. Amém.

Pai-Nosso

Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje e perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. Não nos deixeis cair em tentação, mas nos livrai do mal. Amém.

Ave-Maria

Ave-Maria, cheia de graça! O Senhor é convosco e bendita sois vós entre as mulheres. Bendito é o Fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós, os pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Glória ao Pai

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém.

Salve Rainha

Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degradados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia pois advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre. Ó clemente! Ó piedosa! Ó doce sempre Virgem Maria! Rogai por nós Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

“À luz da própria Ave-Maria, bem entendida, nota-se claramente que o carácter mariano não só não se opõe ao cristológico como até o sublinha e exalta” (Rosarium Virginis Mariae).

domingo, 5 de maio de 2019

3º Domingo da Páscoa

Naquele tempo, Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”. Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”. Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?”. Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”. E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas”. Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?”. Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”. Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”. (Jo 21,1-19)


O Ressuscitado cura a nossa alma e o nosso coração

Estamos contemplando a terceira manifestação de Jesus ressuscitado, e agora Ele se manifesta em meio ao lago, Ele aparece ali, junto à beira do mar de Tiberíades, aquele mesmo mar que Ele andou, onde Ele se encontrou com a maioria dos Seus discípulos e apóstolos, e os convidou para segui-Lo, para que caminhassem no caminho da vida. Jesus, o Mestre, é, agora, Jesus ressuscitado, e Ele vem ao encontro dos Seus que ainda estão acordando, ainda estão abrindo os olhos para reconhecer que Ele está vivo e no meio deles. É o que acontece também conosco, ainda estamos acordando, não abrimos totalmente os nossos olhos para reconhecer que Jesus está vivo e no meio de nós. Os discípulos viram o dia amanhecer, mas viram um homem e não sabiam que era Jesus. O próprio Jesus chega até eles e pergunta: “Vocês tem alguma coisa para comer?” Eles não tinham e Jesus disse-lhes: “Lançai as redes à direita do barco e vocês acharão o que precisam para comer”. Quem está com fome, quem está necessitado, o primeiro conselho que alguém dá, a primeira direção que alguém dá, faz o que é possível. Eles fizeram o que o Mestre tinha falado, ainda sem reconhecerem que se tratava de Jesus, e apanharam tamanha quantidade de peixes, e depois não tiveram dúvidas: era Jesus quem estava no meio deles. É assim que o Senhor está no meio de nós e quer abrir os nossos olhos para que O reconheçamos. O Ressuscitado não vem somente para abrir os olhos, para nos permitir reconhecê-Lo, mas vem também para curar as feridas, as mágoas, as decepções que temos e somos. Pedro se encontrava deprimido, depressivo e fechado com o que tinha acontecido com ele, pois ele negou Jesus três vezes. Jesus não veio para jogar na cara de Pedro: “Você me negou”, pelo contrário, Ele veio para amá-lo e curá-lo. Jesus perguntou: “Pedro, tu me ama mais do que a estes?”. Pedro respondeu: “Senhor, tu sabes que eu te amo”. É no amor que tudo se cura, e por isso Jesus, que deu a Pedro o cuidado da sua Igreja, das suas ovelhas antes dos acontecimentos pascais, agora vivo e ressuscitado, vem para confirmar todo o Seu amor a Pedro e dá a ele aquilo que lhe confiou: “Apascenta as minhas ovelhas, apascenta os meus cordeiros”. Podemos estar frustrados, tristes, deprimidos, amargurados e até com sentimento de culpa em nossa alma e em nosso coração, mas quando nos encontramos com o Ressuscitado, Ele cura aquilo que machucou, feriu ou aniquilou a nossa alma e o nosso coração.

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Por que maio é o Mês de Maria?

Durante vários séculos a Igreja Católica dedicou todo o mês de maio para honrar a Virgem Maria, Mãe de Deus.


A tradição surgiu na antiga Grécia. O mês de maio era dedicado a Artemisa, deusa da fecundidade. Algo semelhante ocorreu na antiga Roma, pois maio era dedicado a Flora, deusa da vegetação. Naquela época, celebravam os ‘ludi florals’ (jogos florais) no fim do mês de abril e pediam sua intercessão.

Na época medieval abundaram costumes similares, tudo centrado na chegada do bom clima e o afastamento do inverno. O dia 1º de maio era considerado como o apogeu da primavera.

Durante este período, antes do século XII, entrou em vigor a tradição de Tricesimum ou “A devoção de trinta dias à Maria”. Estas celebrações aconteciam do dia 15 de agosto a 14 de setembro e ainda são comemoradas em alguns lugares.

A ideia de um mês dedicado especificamente a Maria remonta aos tempos barrocos – século XVII. Apesar de nem sempre ter sido celebrado em maio, o mês de Maria incluía trinta exercícios espirituais diários em homenagem à Mãe de Deus.

Foi nesta época que o mês de maio e de Maria combinaram, fazendo com que esta celebração conte com devoções especiais organizadas cada dia durante todo o mês. Este costume durou, sobretudo, durante o século XIX e é praticado até hoje.

As formas nas quais Maria é honrada em maio são tão variadas como as pessoas que a honram.

As paróquias costumam rezar no mês de maio uma oração diária do Terço e muitas preparam um altar especial com um quadro ou uma imagem de Maria. Além disso, trata-se de uma grande tradição a coroação de Nossa Senhora, um costume conhecido como Coroação de Maio.

Normalmente, a coroa é feita de lindas flores que representam a beleza e a virtude de Maria e também lembra que os fiéis devem se esforçar para imitar suas virtudes. Em algumas regiões, esta coroação acontece em uma grande celebração e, em geral, fora da Missa.

Entretanto, os altares e coroações neste mês não são apenas atividades “da paróquia”. Mas, o mesmo pode e deve ser feito nos lares, com o objetivo de participar mais plenamente na vida da Igreja.

Deve-se separar um lugar especial para Maria, não por ser uma tradição comemorada há muitos anos na Igreja ou pelas graças especiais que se pode alcançar, mas porque Maria é nossa Mãe, mãe de todo o mundo e porque se preocupa com todos nós, intercedendo inclusive nos assuntos menores. Por isso, merece um mês inteiro para homenageá-la.