quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Comunidade da Vila Itagiba celebra abertura da 5ª Festa de Nossa Senhora da Conceição, nesta quinta-feira (28)

Procissão da Bandeira e Celebração Eucarística marcarão o início do novenário em preparação para a Festa de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da comunidade.

A programação festiva em honra à Nossa Senhora da Conceição, na Comunidade da Vila Itagiba, em Bom Jardim, no Agreste pernambucano, terá início nesta quinta-feira, dia 28 de novembro, com a Procissão da Bandeira, que sairá da residência da Sra. Antônia Aleixo (Dona Beza), localizada na Travessa do Derby (próximo ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais), rumo à Capela de Nossa Senhora da Conceição, onde acontecerá a celebração da Santa Missa, presidida pelo Padre Severino Fernandes, Pároco local.


Com o tema central “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo”, a festividade seguirá até o dia 07 de dezembro, com: Ofício da Imaculada Conceição, Recitação do Santo Terço, Ladainha de Nossa Senhora e Celebração Eucarística/da Palavra, sempre a partir das 19h00, na Capela de Nossa Senhora da Conceição, localizada próximo ao Quartel da Polícia Militar.

“É com muita alegria e fé que convidamos todo o povo de Deus, para participar da 5ª Festa de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira da Comunidade da Vila Itagiba, de 28 de novembro a 07 de dezembro de 2019. Venha participar e traga toda a sua família. Preparamos tudo com muito carinho e zelo para acolher os fiéis devotos da Imaculada Conceição”, frisou Flora Arruda, organizadora da festa.


A novidade ficou por conta da procissão do dia 07 de dezembro, que, neste ano, sairá da Praça Barão de Lucena (pátio da igreja matriz), às 18h30, rumo à Capela de Nossa Senhora da Conceição, onde será dado início a Missa de conclusão da festividade.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Comunidade dos Freitas pronta para celebrar a 82ª festa em honra a sua Padroeira, Nossa Senhora da Conceição

Programação religiosa irá acontecer no período de 28 de novembro a 07 de dezembro de 2019.

A Comunidade dos Freitas, em Bom Jardim, no Agreste de Pernambuco, dará início, nesta quinta-feira, dia 28 de novembro, ao novenário preparatório para a 82ª Festa de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da localidade, com o Santo Ofício da Imaculada Conceição, às 19h00, seguido de celebração da Santa Missa, presidida pelo Padre Marcos Antônio, Vigário Paroquial da Paróquia de São Sebastião, de Lagoa de Itaenga – PE.


Toda a programação religiosa acontecerá na Capela de Nossa Senhora da Conceição, sempre a partir das 19h00, com o Santo Ofício da Imaculada Conceição, seguido de Celebração Eucarística/da Palavra, com a animação de Ministérios e Grupos convidados.

“Contamos com sua honrosa presença e de toda a sua família, para, juntos, invocarmos a poderosa intercessão da Virgem Santíssima, a fim de que cresçam em nós a fé, a esperança e a caridade”, destaca a comissão organizadora da festa.


No dia 07 de dezembro, sábado, dia da festa, a programação contará com: alvorada festiva, girândola e repique de sino, às 06h00. 12h00, girândola e repique de sino. 18h00, girândola e toque da Ave Maria. 19h00, procissão conduzindo a Imagem de Nossa Senhora da Conceição, pelas ruas da comunidade, seguida de celebração da Santa Missa, na Capela de Nossa Senhora da Conceição.

domingo, 24 de novembro de 2019

Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo

Naquele tempo, os chefes zombavam de Jesus dizendo: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!”. Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre, e diziam: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”. Acima dele havia um letreiro: “Este é o Rei dos Judeus”. Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”. Mas o outro o repreendeu, dizendo: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”. E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”. Jesus lhe respondeu: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”. (Lc 23,35-43)


Permitamos que Cristo reine sobre a nossa vida

Hoje, a Liturgia nos dá a graça de celebrarmos o último domingo do Tempo Comum, encerrando o ano litúrgico com a grande Solenidade de Cristo Rei e Senhor do Universo. O que estamos aclamando e proclamando em alto e bom tom para todos é que somente Ele é o nosso rei. Rei é aquele que é o primeiro, é aquele que tem a primazia e reina sobre tudo e todos. Cristo tem a primazia da Igreja, que é Seu corpo, da qual Ele é a cabeça, da qual Ele está à frente. E nós que fazemos parte desse corpo, que é a Igreja, estamos submissos a Ele e temos n’Ele a nossa cabeça, o nosso rei e nosso Senhor. Quanto nós, como corpo, precisamos de uma cabeça que nos governe, porque, como perece o corpo quando não tem uma cabeça governando! E precisamos ser essa cabeça do nosso próprio corpo, pois tem muito corpo desgovernado porque não tem cabeça ajuizada governando. A Igreja, a humanidade e a sociedade estão “batendo cabeça”, os corpos estão se perdendo e a vida está perecendo. Estamos vivendo uma vida desgovernada porque não há quem nos governe. Quem nos governa, quem está à nossa frente é Cristo Jesus. Sabemos que, na história do povo de Deus, houve um período em que o povo era governado sem rei, era o próprio Deus quem governava. E o povo pediu a Deus um rei, e Ele deu um rei, segundo o Seu coração, como deu Davi e Salomão. O grande rei que Deus nos deu é o Seu próprio Filho, não para um governo político e monárquico na compreensão dos tempos de hoje. Ele nos deu um rei para governar a nossa vida, para direcionar as nossas atitudes, para iluminar a sociedade e a humanidade. Ele nos deu um rei para que reine sobre nós, para que reinemos com Ele para sempre na eternidade. Ele nos deu um rei que trouxe o Seu reinado para a Terra, mas o reinado de Cristo não é como os reinos deste mundo. Ele mesmo disse: “O meu reino não é deste mundo pagão, mundanizado”. O Reino de Deus é para quem obedece o Evangelho, para quem segue o Seu coração, para quem entrega a Ele o coração em espírito e verdade. Proclamemos e aclamemos Cristo Rei e Senhor do Universo, mas proclamemos e aclamemos Cristo Rei e Senhor da vida. Permitamos que a partir da cabeça, Cristo reine sobre os nossos pensamentos, sentimentos, nossa vontade e todo o nosso ser. Aclamemos Jesus como nosso Rei e Salvador.

domingo, 17 de novembro de 2019

Evangelho do 33º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: “Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. Mas eles perguntaram: “Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?”. Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente! Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”. E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu. Antes, porém, que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. Todos vos odiarão por causa do meu nome. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!”. (Lc 21,5-19)


Coloquemos em Cristo a nossa confiança

Estamos caminhando para a reta final do nosso ano litúrgico e, de fato, a Liturgia nos coloca nos acontecimentos finais da nossa vida, da humanidade, daquela constante vigilância do Senhor que vem. A primeira coisa que a Palavra de Deus nos chama a atenção é que nós precisamos ficar alertas porque o Senhor está no meio de nós mas, sobretudo, alertas para não sermos enganados e iludidos. Diante das ansiedades dos tempos, das tragédias e coisas da vida é muito fácil e sintomático escutarmos as pessoas pregando tragédias, pregando: “Olha, Jesus está voltando, e será logo”. Eu sei que o Senhor está vindo, está voltando, mas O espero não no desespero, mas na confiança, porque os profetas dos desastres querem colocar o nosso coração no medo e a conversão que é feita pelo medo não é verdadeira, autêntica e nem alicerçada no amor. Quando Jesus anuncia todas as tragédias é para dizer que o mundo em que estamos, cercado de terremotos, guerras e conflitos é um mundo sem Deus, mas que o próprio Senhor virá para abreviar essas coisas para implantar de forma definitiva o Senhor em nosso meio. Depois, ao mesmo tempo que precisamos estar alertas para não sermos enganados, iludidos, confundidos e ao mesmo tempo criarmos confusão com a própria Palavra do Senhor. A Palavra de Deus também nos alerta que seremos perseguidos, odiados, rejeitados por sermos discípulos de Jesus. Temos que permanecer firmes, perseverantes porque o mundo pode se voltar inteiramente contra nós, mas não poderão nos derrotar porque o nosso Senhor é mais do que vencedor. Portanto, não precisamos ter receio, medo ou temor porque o Senhor é quem cuida de nós. O importante é permanecer firme na fé, porque é só permanecendo firme na fé que iremos ganhar a eternidade. Não desanimemos, não entreguemos o nosso coração ao medo, ao temor ou entreguemos o nosso coração as ansiedades dos tempos, mas coloquemos em Cristo Jesus a nossa confiança e nossa fé porque é Ele quem cuida de nós.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Todos por Kallyne Aleixo: Campanha mobiliza internautas para compra de prótese

Na luta contra o câncer, jovem de 22 anos tem perna amputada. Objetivo da campanha é arrecadar R$ 10 mil para compra de uma prótese.

A jovem Kallyne Aleixo, de 22 anos, lançou na última quarta-feira (13), por meio das suas redes sociais, com o apoio de familiares e amigos, a campanha “Todos por Kallyne Aleixo”, que tem como objetivo arrecadar o valor de R$ 10 mil, para a compra de uma prótese, após ter a perna amputada em razão de um tratamento contra o câncer, descoberto aos 20 anos.


“Venho, por meio das redes sociais, contar um pouco da minha história e pedir ajuda a vocês. Em 2017, fui diagnosticada com um tumor no joelho, que passou também para o fêmur, da perna esquerda. Passei por nove sessões de quimioterapia. Logo após, fiz uma cirurgia para a retirada do fêmur e colocar uma prótese. Voltei a fazer quimioterapia. Mais nove sessões. Totalizando, dezoito sessões. Pensei que estava curada. Mesmo tendo perdido o movimento da minha perna, estava feliz por tudo ter dado certo e estar livre dessa doença tão triste. Quando menos esperei, agora em outubro de 2019, precisei realizar mais exames, pois estava sentindo dores na parte de trás do joelho, e o mesmo começou a inchar. Para minha surpresa, o tumor havia voltado, ainda mais agressivo. Inclusive, se aproximando de uma veia importante, arriscando minha vida. O médico me deu apenas uma opção: amputar a minha perna. Fiquei triste, mas confiante, que, mesmo perdendo a perna, Deus me daria a oportunidade de viver. Hoje, estou há poucos dias pós cirurgia, sem minha perna. Venho aqui, pedir ajuda a vocês, para comprar a minha prótese. Minha mãe recebe apenas um salário, que nos mantêm. Não temos como comprar a prótese, porque temos muitas despesas. Principalmente agora, que estou em uma cama, sem poder andar. Qualquer valor será bem-vindo e ficarei muito grata. Me ajudem a ter a oportunidade de voltar a andar. Obrigada a todos. Que Deus abençoe grandemente a cada um de vocês”, descreve a jovem por meio das suas redes sociais.


Saiba como colaborar:




quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Qual a vontade de Deus para os jovens?

A juventude é chamada de “a flor da idade”; porque é bela, forte, pujante, cheia de vida e de desafios. Mas, muitos jovens estão sofrendo em nossos dias porque não sabem o sentido da vida e porque não lhes foi mostrada a sua beleza, conforme a vontade de Deus. Muitos, perdidos no tempo e no espaço, debatem-se no tenebroso mundo do crime, das drogas, da violência, do sexo sem compromisso, e de outras mazelas. Que tristeza!


O jovem não tem o direito de abandonar ou deixar estragar a sua vida; pois ele é a mais bela Obra do Criador!

Paul Claudel, um teatrólogo francês, disse que “o jovem não foi feito para o prazer, mas para o desafio”.

Mas, só Cristo pode dar ao jovem o máximo. Jesus lhe revela a sua beleza e o seu valor; e mostra-lhe a grandeza de ser “filho amado de Deus”.

O jovem cristão deve honrar os seus pais, como ensina o quarto Mandamento; deve ser fiel a seus amigos e irmãos, deve estudar e trabalhar, nunca perder tempo e jamais jogar a vida fora com coisas vazias. Terá que descansar e se divertir, mas de maneira saudável, sem pecar, sem fazer do prazer um fim, mas apenas um meio de descansar e poder viver bem e fazendo o bem aos outros.

É na juventude que Deus nos chama a um encontro pessoal com Ele; para alguns será o chamado para a vida sacerdotal ou religiosa, vivendo no celibato e entregando a sua vida radicalmente a Deus a serviço do seu Reino. Não existe nada mais belo para um jovem do que a vocação sacerdotal. Sem o sacerdote não há Igreja, não há o perdão sacramental dos pecados, não há a Eucaristia, não há salvação.

O jovem cristão é também um evangelizador; especialmente com seu exemplo no meio de seus amigos, sem ter vergonha de sua fé e de sua Igreja. Hoje é difícil dar testemunho de Jesus; viver como a Igreja ensina, rejeitando o sexo fora e antes do casamento, fugindo das diversões perigosas e de todo pecado; mas, quanto mais isso for difícil, mais necessário será para a sociedade voltar para Deus.

O jovem cristão precisa conhecer a doutrina católica; ler e estudar o Catecismo para saber dizer a seus parentes e amigos qual a sua esperança e as “razões de sua fé” (1 Pe 3,15).

Sabemos que o jovem tem grande dificuldade para a perseverança religiosa; por isso precisa rezar constantemente; participar dos sacramentos da Eucaristia e Confissão, meditar a Palavra de Deus e se engajar em um trabalho pastoral. Tudo isso sem descuidar de sua formação humana, seus estudos, trabalhos e ajuda à família. Assim será um jovem de Deus e que faz a sua vontade.

A maioria dos jovens é chamada à vida matrimonial; então, cabe-lhes começar bem se preparando para o matrimônio. Essa preparação exige uma vida de estudo e trabalho para encontrar o seu lugar no mercado de trabalho, e, no momento adequado começar um namoro cristão para procurar a pessoa com quem se casar um dia.

Deus quer o jovem alegre, casto e dedicado ao que faz. Que espalhe a alegria no seu rosto, viva a castidade no pensamento, nas leituras, no que assiste e no namoro; estude com seriedade e trabalhe com dedicação. É na juventude que se constrói o futuro próprio, da família e da sociedade. A juventude é a força motriz da sociedade, o perfume saudável da vida. O jovem cristão deve imitar Aquele que viveu em Nazaré, e que deu a vida por todos.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Quando os homens rezam

Quando os homens se manifestam, a graça acontece e Deus age. Nós homens somos convidados a ser intercessores: guerreiros que combatem na oração. Para isso, precisamos ser cheios do Espírito Santo, para assumir a missão que o Senhor nos confia.


O mundo está perecendo por falta de homens que rezam e assumam o ministério da intercessão, clamando pela misericórdia do Senhor. Deus quer resgatar no coração deles o gosto pela oração e pelo louvor.

Nós homens precisamos ser adoradores em espírito e em verdade, e assumir uma postura de guerreiros diante das forças do mal. A Igreja necessita de homens que ofereçam sacrifícios pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas. Isso só será possível se nós homens deixarmos a nossa má vontade, o nosso comodismo e formos dóceis à vontade do Senhor.

Infelizmente, muitos deixaram de rezar, afirmando que oração é coisa de mulher e de criança. Mas é o próprio Espírito Santo quem convoca a nós homens. É a Palavra de Deus que testemunha isso:

“Antes de tudo, eu recomendo que se façam pedidos, orações, súplicas, ações de graças por todos os homens. Quero, portanto, que os homens orem em toda parte, erguendo para o céu mãos santas, sem ira nem discussão” (I Tm 2, 1.8).

Muitas famílias estão se desestruturando porque o homem não assume a Igreja doméstica que é o seu lar. Por isso vemos o caos em que se transformaram as nossas famílias, porque os homens não se decidiram por Deus.

Quando o homem não assume o senhorio de Jesus em sua família, a conseqüência é a destruição do próprio lar. Digo a todos os homens: é tempo de retomada. Comecemos a rezar! Não se sinta envergonhado! Se você não sabe rezar, procure ajuda. É assim que se começa. Comece a falar com Deus, a desabafar com Ele do jeito que você souber. Não existem fórmulas ou maneiras estabelecidas para isso. Com o Senhor, você pode ser espontâneo.

O homem é a “cabeça” da família. Ele é o primeiro que precisa tomar posse do plano de salvação, a qual Deus lhe confiou para a edificação do seu Reino. Os homens são escolhidos pelo Senhor para serem os dirigentes, os governantes, os administradores, aqueles que têm nas mãos as decisões, aqueles que fazem chegar a transformação na política, na administração, na economia, na saúde…

O Senhor está convocando os homens para serem homens de Deus, homens de oração, para que as decisões d’Ele se realizem aqui na terra.

O nosso chamado é para sermos homens de oração, que se deixam conduzir pelo Espírito Santo, tornando-nos uma brasa viva do amor de Deus. Faça da sua vida uma oração e a cada dia você poderá testemunhar as maravilhas que o Senhor tem operado em sua vida.

domingo, 10 de novembro de 2019

Evangelho do 32º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva, a fim de garantir a descendência para o seu irmão. Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. Também o segundo e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. Por fim, morreu também a mulher. Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram casados com ela”. Jesus respondeu aos saduceus: “Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor de ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’. Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele”. (Lc 20,27-38)


Desejemos o Reino dos Céus

A Palavra de Deus que vem ao nosso encontro, no dia de hoje, é, na verdade, uma oportunidade para levantarmos a nossa fé, para acendermos a chama da fé em nós. Muitas vezes, estamos tão presos a esse mundo que perdemos o sentido da eternidade, o sentido do Céu e, realmente, encaramos a morte como o fim, como se nós não tivéssemos fé. Se aqueles que são pagãos ou incrédulos não creem na ressurreição e, veja que, no Evangelho de hoje, são saduceus, são homens religiosos que não se convencem da possibilidade da ressurreição dos mortos e colocam uma situação muito questionadora para Jesus. “Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. Também o segundo e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. Por fim, morreu também a mulher. Na ressurreição, ela será esposa de quem?” (Lucas 20,29-33). No Reino dos Céus não seremos de ninguém, seremos todos de Deus porque estaremos todos na presença d’Ele, pois, foi para vivermos para sempre com Ele que fomos criados. Não percamos a dimensão da eternidade, pois estamos de passagem nesta vida. Neste mês, onde celebramos todos os santos e os fiéis falecidos, a Igreja nos convida a cada dia a mergulharmos a nossa fé na esperança da ressurreição final. A esperança não é só de algo que virá depois; é uma esperança que nos mantenha vivos e convictos da certeza de que Deus nos criou para a vida. Deus não nos criou para a morte, o nosso Deus não é o Deus da morte. O nosso Deus é o Deus da vida. Alguém ainda diz: “Por que Deus tirou? Deus levou”. Deus não tira a vida, mas Ele é Aquele que dá a vida. Se alguém morreu por circunstâncias dolorosas, desagradáveis e trágicas ou se alguém morreu muito cedo, você pode ter a certeza de que Deus não quer a morte de nenhum pecador, mas que ele se converta e tenha a vida. O nosso Deus é o Deus da vida, somos nós quem cuidamos da nossa vida e, muitas vezes, por descuido em diversas situações, a nossa vida se vai cedo, de forma desastrosa, de forma inesperada, mas o mais importante é sabermos que, independente da hora que sairmos dessa vida, o mais importante é estarmos ansiosamente esperando pela vida que nos aguarda. Achamos a vida aqui na Terra boa porque não sabemos o que é a eternidade. Deus que nos deu a vida aqui, com todas as belezas e a graça de viver, se Ele nos deu isso, imagine o que Ele dará para aqueles que forem dignos da vida futura com Ele, da vida eterna. Olhos não viram e a capacidade humana não é capaz de compreender o que Deus tem reservado para aqueles que O amam, por isso, aspiremos aos Céus, busquemos os Céus vivendo a cada dia a nossa vida nesta terra, neste vale de lágrimas, sem perder a dimensão da eternidade, mas termos sempre a convicção de que o nosso Deus é o Deus da vida; e a vida eterna é o que Ele quer conceder a todos nós.

sábado, 9 de novembro de 2019

Qual a vocação do ser feminino?

A mulher deve entender sua realização como pessoa, sua dignidade e vocação a partir da imensa riqueza da feminilidade que ela recebeu no dia da criação e que herdou como expressão da imagem e semelhança de Deus.


O Senhor, desde o início, teve uma ideia a nosso respeito. Desejar conhecer essa ideia é descobrir a nossa vocação. E para cumpri-la, precisamos desenvolver nossa própria personalidade e identidade como ser feminino que somos. Portanto, vocação tem relação direta com o ‘ser’ e não com o ‘fazer’!

Nosso estado de vida, nossa profissão, nossas escolhas  e atividades devem ser um caminho de expressão do nosso ser. Nossa jornada, neste mundo, só atingirá seu fim último se, no dia em que estivermos diante de Deus e ao Lhe contarmos quem fomos, percebermos que nos aproximamos o máximo possível da ideia que Ele tinha a nosso respeito quando nos criou.

Chamada ao dom de si, à vida espiritual e a viver uma vida fundada na humildade e no segredo, a mulher é o sustento e o pilar da humanidade decaída.

Por isso, toda mulher precisa ser bem formada em sua identidade, com autenticidade para que possa realizar a missão para a qual é chamada, seja ela qual for. Sua vida no lar ao lado do marido e dos filhos, sua carreira profissional, uma vida consagrada… Tudo isso precisa ser bem construído e fecundo, cheio de sentido. Quer a mulher passe o dia dedicada aos filhos e ao marido, quer esteja entregue plenamente a outras tarefas, quer tenha renunciado ao casamento por outra razão mais nobre, cada uma em seu próprio caminho, deve ser fiel à vocação humana e divina, realizando, de fato, a plenitude da personalidade feminina.

Há uma espiritualidade própria da mulher, que consiste no centro de sua vocação, na resposta ao amor de Deus que a chama à santidade, na imitação da Santíssima Virgem, na união com Cristo de modo muito íntimo e pessoal.

O cultivo de certas virtudes muito caras à mulher também estão diretamente atreladas à sua vocação como a delicadeza, a generosidade, a temperança, o equilíbrio, a prudência e a firmeza.

A capacidade de silenciar, de realizar as coisas não para ser notada, mas simplesmente por amor, para edificar e construir. Estes devem ser os pilares do projeto de vida de toda mulher.

O projeto central de nossa vida deve ser algo que possamos levar conosco depois da morte, para a eternidade, para continuarmos no céu!

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Como devo me preparar para o Natal?

Charles Dickens, um famoso romancista inglês, escreveu certa vez: “Honrarei o Natal em meu coração e tentarei conservá-lo durante todo o ano”. Penso que ele estava certo, pois o Natal precisa novamente ser honrado com urgência, porque, há muito tempo, as pessoas têm simplesmente ignorando o real sentido dessa data.


O que é o Natal?

Papa Francisco, em uma de suas homilias sobre o Natal, não hesitou em afirmar à humanidade seu verdadeiro significado: “O Natal é mais! Nós vamos por esse caminho para encontrar o Senhor, porque o Natal é um encontro e nós caminhamos para encontrá-Lo com o coração, com a vida, encontrá-Lo vivo, como Ele é, encontrá-Lo com fé”. O Natal é um encontro. Que bela definição o Santo Padre nos deu! Trata-se, portanto, de um encontro com Jesus, o Menino Deus que traz consigo o segredo da verdadeira paz à alma humana ainda tão agitada. Nesse encontro com Cristo, o Sumo Pontífice nos indica a oração, a caridade e o louvor como caminhos para uma boa preparação para bem celebrarmos o nascimento de Jesus.

Gostaria de deter-me, neste primeiro caminho, que é da oração, para vivenciarmos o Natal como aquilo que ele verdadeiramente é.

O mundo, nesta época, ensina-nos que tudo consiste em caprichar na compra de presentes, fazer aquela ceia maravilhosa com ricas iguarias, ter o maior número possível de enfeites natalinos dentro de casa, chamar todos os parentes para uma confraternização social – mesmo que, durante os outros 364 dias do ano, vocês nem se falem mais! – e dar, além de tudo isso, umas generosas contribuições para as tais “caixinhas de Natal”.

Tudo na vida tem real significado e valor. O Natal é, sobretudo, o aniversário do nascimento de nosso Senhor Jesus Cristo, o Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós para nos salvar. Mas grande parte da nossa sociedade, tão consumista e alienada, simplesmente celebra o aniversário ignorando o aniversariante.

Seguir o conselho da Virgem Maria

Nós cristãos não estamos isentos de tal risco. Podemos cair no mesmo equívoco de celebrar esta grande festa ignorando o aniversariante, que é Cristo. Para que isso não aconteça, segue o conselho constante que a Mãe de Jesus nos dá em Medjugorje: “Queridos filhos, rezem, rezem e rezem”.

Intimidade com Deus

Preparemos o aniversário de Jesus com as nossas orações. Quando nos decidirmos viver o Natal em oração, já estaremos começando a experimentar esse encontro com o Menino Deus. É por meio da oração, dessa busca de uma maior intimidade com Deus, que adentramos no castelo do Rei dos reis e nos livramos daquelas amarras de ressentimentos e lembranças amargas que nos oprimem e estragam o nosso Natal. Porém, não se iluda, meu irmão! Esse “castelo” nos é revelado na pobreza da gruta de Belém, na qual o Trono de Graça se fez simples manjedoura e Aquele que detém todo poder e autoridade nas mãos manifesta-se na fragilidade de uma criança nos braços de Sua Mãe.

Somente aquele que reza consegue contemplar esses sinais escondidos, os quais o mundo ainda não foi capaz de enxergar. Aquele que se decidir a viver o Natal em oração, com certeza o viverá de maneira mais santa, renovada e feliz. Pois o homem que reza jamais se encontra sozinho. Ele é semelhante àqueles Reis Magos que caminhavam por terras desconhecidas sob a guia de uma estrela. A luz que vinha do Alto os direcionava. O mesmo acontece com a alma orante: ela é sempre conduzida pelo Céu e para o Céu.

Não deixe para rezar somente no Dia de Natal

Que tal fazermos essa maravilhosa experiência nesse tempo? Prepare-se bem para o Natal por meio da oração e não deixe para rezar somente no grande dia. Comece antes, comece agora! Reze o Santo Terço em família, leia na Bíblia as verdadeiras histórias do Natal para seus filhos, participe bem das Santas Missas durante este tempo, faça uma boa confissão e, nos últimos dias do Advento, reze a Novena de Natal com os seus.

Enfim, deixe que a força da oração o guie em direção à gruta de Belém. Ali, você contemplará o Filho de Deus que se fez um de nós e aprenderá que o Natal é a oportunidade que a humanidade tem de recordar que o verdadeiro amor consiste em doar-se até o fim com humildade e simplicidade. Ali, naquela manjedoura construída pela paz em seu coração, você poderá admirar o sorriso do Menino Jesus. Diante desse singelo sorriso, é impossível que a alma humana permaneça sofrendo na dor e na solidão!

Desejo a você e a sua família um Natal diferente dos anos anteriores, um Natal preparado em oração, que marque definitivamente esse tempo novo de recomeços e retomadas na sua vida.

domingo, 3 de novembro de 2019

Evangelho do 31º Domingo do Tempo Comum - Solenidade de Todos os Santos

Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”. (Mt 5,1-12a)


Tenhamos a santidade como meta de vida

A Igreja nos dá a graça de celebrar num único dia, todos os Santos. Aquela multidão de homens e mulheres que participam da eternidade feliz junto a Deus. É verdade que conhecemos mais os santos que foram canonizados, que nos foram apresentados pela própria Igreja para serem venerados, reconhecidos e, ao mesmo tempo, invocamos à intercessão deles junto a glória de Deus. Mas a multidão que ocupa o Céu é incontável, tantos homens e mulheres que não serão canonizados, mas, com certeza, estão na glória de Deus. Nossos pais, pessoas que conhecemos, próximas a nós que viveram de fato uma santidade de vida. É, por isso, que Jesus está nos chamando de bem-aventurados, quer dizer felizes para sempre, quer dizer “Eles participam da felicidade feliz junto de Deus”. O que caracteriza a santidade? O que faz alguém, de fato, ser santo? Todos nós precisamos desse passaporte carimbado pela santidade para entrarmos na glória celeste. A primeira coisa é, de fato, termos um coração celeste, cuja a única e maior riqueza é somente Deus, é onde colocamos a riqueza, onde colocamos a razão maior do nosso viver. É Deus, é o Reino dos Céus. O Céu é o lugar dos puros, dos pacíficos, dos mansos, dos humildes, dos justos, dos que são perseguidos e humilhados, daqueles que vivem as bem-aventuranças evangélicas como normas de vida e não se entristecem, não se envaidecem e não se deixam levar pelo sentimento do mundo. Pelo contrário, são movidos pelo amor e pela paixão por Cristo que, por Ele, vivem o desprendimento da alma e do coração. Tenhamos como meta da nossa vida a santidade. Santidade não é privilégio nem luxo para alguns, santidade é a obrigação que nós recebemos com o nosso batismo que nos lavou, nos purificou, nos renovou e somos impulsionados, desde a nossa primeira infância. Os nossos pais nos levaram para sermos santos. Precisamos de crianças santas, de adolescentes santos, de jovens, de homens e mulheres santos. Todos nós tenhamos a santidade como meta de vida. Não façamos da santidade uma coisa aleatória ou uma brincadeira. “Ela é beata, é santa”. É nossa obrigação sermos santos. Neste mundo em que a santidade é desprezada e os valores mundanos tomam conta do coração, precisamos nos impregnar da vontade e do desejo de buscarmos o Céu, porque é lá que estaremos um dia, se vivermos a santidade agora. Junto a todos os nossos que já estão na glória de Deus. Se ontem celebrávamos a Igreja que padece no purgatório, hoje, celebramos a Igreja que triunfa no Céu com Jesus. É para lá que todos nós queremos ir.

sábado, 2 de novembro de 2019

Finados: Não podemos parar na morte

A morte é um mistério e não apenas uma necessidade natural. Jesus de Nazaré, Deus feito homem, aceitou e assumiu a morte como mistério da vida humana, como parte inevitável do destino do ser humano na Terra. Além disso, Jesus assumiu a morte como consequência do pecado. Essa é uma ideia profundamente bíblica. A morte é consequência da desobediência, para restaurar o dom do Espírito Santo para todos nós. Jesus assumiu a morte para superar o pecado e a própria morte.


Jesus veio dar um sentido profundo à vida e à morte do ser humano. Por causa d'Ele , o sofrimento torna-se um canal para Deus. Todo sofrimento, por causa do sofrimento de Jesus, contém uma semente de vida e de eternidade.

O cristão não pára na morte. Nossa fé se expressa na certeza da ressurreição da carne. A ressurreição da carne significa que após a morte não haverá somente a vida da alma imortal, mas que mesmo os nossos corpos mortais (Romanos 8,11) readquirirão vida. Se não há ressurreição dos mortos, Cristo também não ressuscitou (1 Coríntios 15,12-20).

Deus, na sua onipotência, restituirá definitivamente a vida incorruptível aos nossos corpos unindo-os às nossas almas, pela virtude da ressurreição de Jesus, que destruiu a morte (2 Timóteo 1,10).

A morte é uma certeza, não como consequência de uma punição de Deus (Ezequiel 18,32), mas como condição natural de nossa vida, na Terra, depois do pecado: “Não temas a sentença da morte; lembra-te dos que te precederam, e de todos os que virão depois de ti: é a sentença pronunciada pelo Senhor sobre todo ser vivo. Que te sobrevirá por vontade do Altíssimo?” (Eclesiástico 41,5-6).

Jesus é a absoluta certeza de que a morte não tem a palavra final. A morte não tem poder de nos apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor (Romanos 8,38-39).

Depois da morte, só existem três possibilidades para o ser humano: Céu, Inferno e Purgatório. O céu e o inferno são eternos. O Purgatório é temporário, embora esteja fora do tempo e do espaço.

No Céu ficarão os que morrerem com a alma absolutamente sem mancha e que já tiverem confessado seus pecados. No Inferno ficarão os que morrerem em pecado mortal. Nesse caso, a alma já está morta para a eternidade. Porque a Graça de deus é a vida da lama; o pecado é a sua morte. Por isso, quem morre em pecado (mortal) entra na eternidade já com a morte na alma.

A alma se fixa no estado onde se encontrar estado livremente escolhido; não é pois, Deus quem conduz ao Inferno: é ela que para lá se encaminha, por ter preferido as trevas à luz.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

A celebração da Festa de Todos os Santos

No dia 1º de novembro, a Igreja celebra a Festa de Todos os Santos. Segundo a tradição, ela foi colocada neste dia, logo após 31 de outubro, porque os celtas ingleses (pagãos) celebravam as bruxas e os espíritos que vinham se alimentar e assustar as pessoas nesta noite (Halloween).


Nesse dia, a Igreja militante (que luta na Terra) honra a Igreja triunfante do Céu, “celebrando, numa única solenidade, todos os Santos” – como diz o sacerdote na oração da Missa –, para render homenagem àquela multidão de santos que povoam o Reino dos Céus, que São João viu no Apocalipse: “Ouvi, então, o número dos assinalados: 144 mil assinalados, de toda tribo dos filhos de Israel. Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão”. “Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro.” (Ap 7,4-14)

Essa imensa multidão de 144 mil, que está diante do Cordeiro, compreende todos os servos de Deus, aos quais a Igreja canonizou por meio da decisão infalível de algum Papa, e todos aqueles, incontáveis, que conseguiram a salvação, e que desfrutam da visão beatífica de Deus. Lá, “eles intercedem por nós sem cessar”, diz uma de nossas orações eucarísticas. Por isso, a Igreja recomenda que os pais ponham nomes de santos em seus filhos.

Esses 144 mil significam uma grande multidão (12 x 12 x 1000). O número doze e o número mil significavam para os judeus antigos plenitude, perfeição e abundância; não é um valor meramente aritmético, mas simbólico. A Igreja já canonizou mais de 20 mil santos, mas há muito mais que isso no Céu. No livro ‘Relação dos Santos e Beatos da Igreja‘, eu pude relacionar, de várias fontes, quase 5 mil dos mais importantes; e os coloquei em ordem alfabética.

Todos os santos se tornam intercessores no Céu

A Lumen Gentium do Vaticano II lembra: “Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por seguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio” (LG 49) (§956).

Na hora da morte, São Domingos de Gusmão dizia a seus frades: “Não choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte e ajudar-vos-ei mais eficazmente do que durante a minha vida”. E Santa Teresinha confirmava esse ensino dizendo: “Passarei meu céu fazendo bem na terra”.

O nosso Catecismo diz: “Na oração, a Igreja peregrina é associada à dos santos, cuja intercessão solicita” (§2692).

A marca dos santos são as bem-aventuranças que Jesus proclamou no Sermão da Montanha; por isso, esse trecho do Evangelho de São Mateus (5,1ss) é lido nesta Missa. Os santos viveram todas as virtudes e, por isso, são exemplos de como seguir Jesus Cristo. Deus prometeu dar a eterna bem-aventurança aos pobres no espírito, aos mansos, aos que sofrem e aos que têm fome e sede de justiça, aos misericordiosos, aos puros de coração, aos pacíficos, aos perseguidos por causa da justiça e a todos os que recebem o ultraje da calúnia, da maledicência, da ofensa pública e da humilhação.

Somos chamados a ser santos

Essa ‘Solenidade de Todos os Santos’ vem do século IV. Em Antioquia, celebrava-se uma festa por todos os mártires no primeiro domingo depois de Pentecostes. A celebração foi introduzida em Roma, na mesma data, no século VI, e cem anos após era fixada no dia 13 de maio pelo Papa Bonifácio IV, em concomitância com o dia da dedicação do “Panteon” dos deuses romanos a Nossa Senhora e a todos os mártires. No ano de 835, essa celebração foi transferida pelo Papa Gregório IV para 1º de novembro.

Cada um de nós é chamado a ser santo. Disse o Concílio Vaticano II: “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade” (Lg 40). Todos são chamados à santidade: “Deveis ser perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48): “Com o fim de conseguir essa perfeição, façam os fiéis uso das forças recebidas (…) cumprindo em tudo a vontade do Pai, se dediquem inteiramente à glória de Deus e ao serviço do próximo. Assim, a santidade do povo de Deus se expandirá em abundantes frutos, como se demonstra, luminosamente, na história da Igreja pela vida de tantos santos” (LG 40).

O caminho da perfeição passa pela cruz. Não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual (cf. 2Tm 4). O progresso espiritual da oração, mortificação, vida sacramental, meditação, luta contra si mesmo, é isso que nos leva, gradualmente, a viver na paz e na alegria das bem-aventuranças. Disse São Gregório de Nissa (340): “Aquele que vai subindo jamais cessa de ir progredindo, de começo em começo, por começos que não têm fim. Aquele que sobe jamais cessa de desejar aquilo que já conhece” (Hom. in Cant. 8).