domingo, 28 de junho de 2020

Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo

Naquele tempo, Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”. Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. (Mt 16,13-19)


Pedro e Paulo nos ensinam a trabalhar pela unidade

Hoje, temos a graça de celebrar os apóstolos Pedro e Paulo, duas colunas fundamentais para a nossa fé. Homens diferentes, com têmperas diferentes, com visões de mundo e de fé diferentes, convertidos em épocas diferentes, vivendo em contextos diferentes, mas unidos em um só coração, no coração de Jesus. Quando falamos naquilo que Deus uniu, imaginamos que seja somente a união conjugal, mas Deus é aquele que une os diferentes. Como Ele une a mulher que é diferente do homem, e eles se tornam uma só realidade, Ele congrega numa mesma fé, no Seu coração, pessoas em contextos políticos, culturais e sociais diferentes. Pedro ignorante, no sentido pejorativo da palavra, um pobre pescador, tornou-se chefe da Igreja. Paulo, um homem hábil, inteligente, sábio, conhecedor como ninguém da religião judaica, convertido muito depois de Jesus já morto e ressuscitado, aquele que perseguia os cristãos, vai agora se associar a esse grupo para se tornar também um pescador e um semeador da Palavra de Deus nos corações. Métodos e formas diferentes até de encarar o próprio Evangelho não os fizeram, de forma nenhuma, distantes um do outro. Pedro, com o dom da unidade, como aquele que representa a cabeça da Igreja; e Paulo com o dom missionário, como aquele que é incansável em levar aos corações a Palavra do Senhor nosso Deus. A Igreja que precisa de Pedro e de Paulo, a Igreja que não precisa de uniformidade, a Igreja que precisa dessa diversidade de carismas, de dons, de talentos, a Igreja que precisa de todos num só coração, e que precisa, primeiro, respeitar as diferenças. No mundo onde cresce a intolerância, inclusive, no mundo religioso, como precisamos das figuras de Pedro e de Paulo, da intercessão desses homens, sobretudo, da escola de vida que vem deles! Que aprendamos a combater o bom combate como nos ensina Paulo. Mas o bom combate não é combater o outro, não é falar mal do outro, não é se colocar contra o outro. O bom combate é combatermos dentro de nós primeiro, nosso orgulho, nossa soberba e pretensão de sermos os donos da verdade e “cairmos do cavalo” como Paulo caiu para nos submetermos a Cristo Jesus. Cairmos das nossas pretensões humanas como Pedro caiu para nos submetermos a Jesus. E assim seremos, juntos, como Pedro e Paulo – de escolas diferentes, de pensamentos diferentes, de situações muito distintas – e trabalharemos com um único empenho: fazer Jesus mais conhecido, amado, adorado e exaltado. Enquanto continuarmos querendo nos promover e nos impor, não iremos evangelizar de verdade, e formaremos discípulos para pensar como nós. Pedro não fez discípulos para si, nem Paulo. Eles tinham companheiros, ajudantes, e fez de todos eles servos de Jesus Cristo, apaixonados pela cruz de Cristo. Pedro e Paulo nos ensinam a trabalhar pela unidade. Por isso, hoje, também é o Dia do Papa. Em Francisco, figura viva, que nos representa Pedro hoje, trabalhemos com empenho, com o ardor apostólico de Paulo submissos à unidade da única Igreja de Cristo.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

COMUNICADO

Em cumprimento do Decreto do Bispo da Diocese de Nazaré, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, emitido no dia 22 de junho de 2020, acerca da retomada gradual das Celebrações Litúrgicas e demais atividades religiosas, a partir do próximo sábado, dia 27 de junho de 2020, no contexto da pandemia do novo coronavírus – COVID-19, em comunhão com as autoridades governamentais e de saúde, a Paróquia de Sant’Ana vem a público comunicar a todos os fiéis que compõe a sua abrangência territorial pastoral as seguintes orientações:


1 – Para participar das Missas, os fiéis deverão fornecer o seu nome, idade, endereço e contato, por método de agendamento prévio, na Secretaria Paroquial ou pelo telefone (81) 3638-1274, nos dias (de terça a domingo) e horários regulares de funcionamento (08h00 às 10h00); exceto os pertencentes ao chamado “grupo de risco”, idosos (acima de 60 anos) e crianças (abaixo de 10 anos).

2 – Só poderão ter acesso ao interior da igreja e participar das Missas aqueles que fazerem uso OBRIGATÓRIO da máscara e corresponderem às exigências antes citadas; e que não apresentem sintomas de gripe ou resfriado, podendo, inclusive, utilizarem o seu próprio álcool 70% ou qualquer outro equipamento que diminua o risco de contaminação, além de água para consumo próprio/individual.

3 – Os participantes deverão respeitar o distanciamento determinado por meio de indicativos/demarcações nos bancos e corredor principal, nas áreas classificadas como de circulação e acesso, ocupando apenas 30% da capacidade da igreja matriz (50 pessoas no total).

4 – Missas e Sacramentos serão realizados, inicialmente, apenas na Igreja Matriz de Sant’Ana, nos seguintes dias e horários:

Quinta-feira
08h00 às 15h00: Exposição do Santíssimo Sacramento
09h00 às 12h00: Atendimento/Confissões
15h00: Hora da Misericórdia

Sábado
19h00: Celebração Eucarística

Domingo
07h30, 10h00 e 19h00: Celebração Eucarística

5 – Fica ainda em caráter de suspensão temporária a realização de festas de padroeiro ou qualquer outra atividade que não atenda às orientações contidas no Decreto da Diocese de Nazaré, emitido no dia 22 de junho de 2020.

Que Sant’Ana, nossa Excelsa Padroeira, interceda a Deus por nós, conferindo saúde, proteção, fortalecimento e esperança de que tudo isso irá passar.

Padre Severino Fernandes de Moura
Pároco

Padre Eduardo José da Silva
Vigário Paroquial

terça-feira, 23 de junho de 2020

Natividade de São João Batista

No dia 24 de junho, a Igreja celebra a festa da natividade de João, o batista. De todos os santos, João é o único do qual celebramos o nascimento. Todos os outros têm a festa celebrada no dia da morte. Conta a tradição que quando João nasceu sua mãe teria acendido uma grande fogueira para anunciar o nascimento do bebê. Assim, sua prima Maria poderia saber do acontecido mesmo de longe, ao ver o sinal de fumaça no céu.


João nasceu de Isabel, que era prima de Maria, mãe de Jesus. De acordo com os evangelhos, João foi o precursor do ministério de Jesus. Ainda no ventre da mãe, João alegrou-se com a chegada de Maria. Foi ele quem batizou Jesus nas águas do rio Jordão e apontou para seus discípulos o “Cordeiro de Deus”.

Os evangelistas apresentam João como precursor do Messias. O dia de seu nascimento é chamado de "Aurora da Salvação". João inicia sua missão alguns anos antes de Jesus iniciar a sua própria missão.

Ele era um filho muito desejado por seus pais, Isabel e Zacarias, ela estéril e ele de origem sacerdotal e já com idade bem avançada. Conforme a indicação de Lucas, Zacarias recebeu o anúncio do anjo de que seria pai. Duvidou e ficou mudo. Isabel, confiante, gerou João, o último profeta. O menino foi crescendo e fortificando-se em espírito e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel.

Com palavras firmes, pregava a conversão e a necessidade do batismo de penitência. Anunciava a vinda do Messias prometido e esperado. Sua originalidade era o convite a receber a purificação com água no rio Jordão, prática chamada batismo. Daí o seu apelido de Batista.

Ele morre degolado sob o governo do rei Herodes Antipas, por defender a moralidade e os bons costumes. O seu martírio é também celebrado na liturgia da Igreja.

terça-feira, 16 de junho de 2020

A Festa do Sagrado Coração de Jesus

A Igreja celebra a Festa do Sagrado Coração de Jesus na sexta-feira da semana seguinte à Festa de Corpus Christi. O coração é mostrado na Escritura como símbolo do amor de Deus. No Calvário o soldado abriu o lado de Cristo com a lança (cf. João 19,34). Diz a Liturgia que "aberto o seu Coração divino, foi derramado sobre nós torrentes de graças e de misericórdia". Jesus é a Encarnação viva do Amor de Deus, e seu Coração é o símbolo desse Amor. Por isso, encerrando uma conjunto de grandes Festas (Páscoa, Ascensão, Pentecostes, Santíssima Trindade, Corpus Christi), a liturgia nos leva a contemplar o Coração de Jesus.


Este sagrado Coração é a imagem do amor de Jesus por cada um de nós. É a expressão daquilo que São Paulo disse: "Eu vivi na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim" (Gálatas 2,20). É o convite a que cada um de nós retribua a Jesus este amor, vivendo segundo a Sua vontade e trabalhando com a Igreja pela salvação das almas.

Muitos Santos veneraram o Coração de Jesus. Santo Agostinho disse: "Vosso Coração, Jesus, foi ferido, para que na ferida visível contemplássemos a ferida invisível de vosso grande amor". São João Eudes, grande propagador desta devoção no século XVII, escreveu o primeiro ofício litúrgico em honra do Coração de Jesus, cuja festa se celebrou pela primeira vez na França, em 20 de outubro de 1672.

Jesus revelou o desejo da Festa ao seu Sagrado Coração à religiosa Santa Margarida Maria Alacoque, na França, mostrando-lhe o “Coração que tanto amou os homens e é por parte de muitos desprezado”. S. Margarida teve como diretor espiritual o padre jesuíta S. Cláudio de la Colombière, canonizado por João Paulo II, e que se incumbiu de progagar a grande Festa.

O Papa Pio XII afirmou que tudo o que S. Margarida declarou "estava de acordo com a nossa fé católica". Este foi um grande sinal a mais da misericórdia e da graça para as necessidades da Igreja, especialmente num tempo em que grassava a heresia do jansenismo (do bispo francês Jansen) que ensinava uma religião triste e ameaçadora.

O Papa Clemente XIII aprovou a Missa em honra do Coração de Jesus e Pio X, dia 23 de agosto de 1856, estendeu a Festa para toda a Igreja a ser celebrada na sexta-feira da semana subseqüente à festa de Corpus Christi. O papa Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus. Paulo VI disse certa vez que ela é garantia de crescimento na vida cristã e garantia da salvação eterna.
Entre as Promessas que Jesus fez à Santa Margarida está a das Nove Primeiras Sextas Feiras do mês: aos fiéis que fizerem a Comunhão em nove primeiras sextas-feiras de cada mês, seguidas e sem interrupção, prometeu o Coração de Jesus a graça da perseverança final, o que significa que a pessoa nunca deixará a fé católica e buscará a sua santificação. São as chamadas Comunhões reparadoras a Jesus pela ofensa que tantas vezes seu Sagrado Coração é tão ofendido pelos homens.

Pio XII disse: "Nada proíbe que adoremos o Coração Sacratíssimo de Jesus Cristo, enquanto é participante e símbolo natural e sumamente expressivo daquele amor inexaurível em que, ainda hoje, o Divino Redentor arde para com os homens".

Essas são as Promessas que Jesus fez:

"No extremo da misericórdia do meu Coração onipotente, concederei a todos aqueles que comungarem nas primeiras sextas feiras de cada mês, durante nove meses consecutivos a graça do arrependimento final. Eles não morrerão sem a minha graça e sem receber os SS. sacramentos. O meu coração naquela hora extrema ser-lhe-á seguro abrigo".

As outras promessas do Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque:

1 – Conceder-lhe-ei todas as graças necessárias ao seu estado.
2 – Porei a paz em suas famílias.
3 – Consolá-los-ei nas suas aflições.
4 – Serei seu refúgio na vida e especialmente na hora da morte.
5 – Derramarei copiosas bênçãos sobre suas empresas.
6 – Os pecadores encontrarão no meu Coração a fonte, oceano infinito de misericórdia.
7 – Os tíbios se tornarão fervorosos.
8 – Os fervorosos alcançarão rapidamente grande perfeição.
9 – Abençoarei os lugares onde estiver exposta e venerada a imagem do meu Coração.
10 – Darei aos sacerdotes a força de comover os corações mais endurecidos.
11 – O nome daqueles que propagarem esta devoção ficará escrito no meu Coração e de lá nunca será apagado.

sábado, 13 de junho de 2020

Santo Antônio

Santo Antônio, no entanto, não é italiano de origem. Ele nasceu em Lisboa, Portugal, o que o une de modo especial a nós brasileiros. É um santo que fala a nossa língua. E, por conta das muitas viagens missionárias que realizou, também é chamado de "o santo de todo mundo".


Uma das coisas que impressiona em Antônio foi a sua convicção vocacional, que o fez perseverar, mesmo quando foi incompreendido pelas pessoas mais próximas. De fato, o seguimento de Cristo implica - talvez mais hoje em dia por conta da constante secularização da cultura - um rompimento com aquilo que é o considerado “normal”. Ser um verdadeiro cristão passa por "estar no mundo, sem ser do mundo". E este mundo não reconhece aqueles que vivem no Espírito da Verdade, o Espírito Santo, justamente porque estão envoltos na mentira. Isso, necessariamente, traz perseguições. Aliás, a liturgia desses dias nos está trazendo o Sermão da Montanha, no qual Jesus justamente nos mostra que o ideal cristão é o contrário daquilo que o mundo considera como ideal.

Outro elemento importante de ressaltar no Santo que celebramos hoje é a sua formação. Como doutor da Igreja, teve todos os seus sermões publicados e escreveu obras importantes de espiritualidade, que certamente podem ajudar para que entendamos melhor a nossa fé, para poder interioriza-la melhor e vive-la melhor.

A formação na fé é uma dimensão que, atualmente, precisa ser sempre reforçada. Se vivemos uma fé muito sentimental, poderia acontecer que esvaziássemos o conteúdo daquilo que acreditamos e deixássemos que os sentimentos falem mais alto que a razão. Isso não significa que os sentimentos sejam algo ruim; pelo contrário, são muito bons mas precisam ser coordenados pela razão, para que possam ajudar que sejamos mais plenos e não o contrário, que nos atrapalhem e nos levem por caminhos que não são os de Deus.

Santo Antônio, com sua perseverança na fé e no chamado de Deus, aliado a seu exemplo de formação na fé e por seus escritos e sermões, certamente pode iluminar a nossa vida, para que seja também uma vida mais santa. Que Santo Antônio interceda por nós em todas as nossas necessidades.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Namorar certo para dar certo

A experiência prova que namorar certo dá certo. Mas como namorar certo? Talvez seja esta a principal questão para quem deseja viver um namoro cristão. A Palavra de Deus diz em Eclesiástico 3 que: “há um tempo para cada coisa debaixo do Céu…”. E acrescenta que não há nada melhor para o homem do que viver bem cada coisa ao seu tempo.


Há um tempo para cada coisa

A fase do namoro é o tempo propício para se conhecer o outro. Entrar na história um do outro, descobrir os gostos, conhecer os sonhos, compreender as lutas, passear de mãos dadas, cultivar a amizade, abraçar, beijar, mas sem ir muito além disso. Uma vez que depois do namoro vem o noivado com aquilo que lhe é próprio.

É no noivado, por exemplo, que se vive o envolvimento maior entre as famílias de ambos e os compromissos mais concretos quanto ao futuro do casal na preparação da casa e a organização do casamento também faz parte dessa etapa.

Depois, sim, vem o tão sonhado dia do casamento e, com ele, abre-se um novo horizonte, no qual a vida a dois trará a feliz descoberta do amor que se realizar na doação de um ao outro a cada dia e para sempre.

Viver bem cada coisa a seu tempo

Tudo isso é lindo, e é plano de Deus para quem tem vocação ao matrimônio, mas é preciso viver bem cada coisa a seu tempo, para experimentar a verdadeira felicidade. Querer desfrutar das etapas fora do momento, certamente não trará bons resultados. Com a natureza aprendemos muito, inclusive que é preciso esperar o tempo certo para colher os frutos mais saborosos. Se tirarmos uma laranja ainda verde do pé, provavelmente perderemos toda a doçura que ela poderia nos oferecer no futuro. Na vida não é diferente e a responsabilidade é ainda maior.

Saber esperar

Quando o assunto é namoro, digo-lhe por experiência, que vale a pena esperar cada instante, mês ou até anos para ver os desígnios de Deus se realizando em sua vida por intermédio do matrimônio com a pessoa certa, no momento certo. Sou casada e quando conheci meu esposo, já de início percebi que ele era o rapaz com quem eu gostaria de formar uma família. Fomos apresentados e quanto mais íamos nos conhecendo, tanto mais íamos nos encontrando nas partilhas, nos sonhos e em todos os sentidos. Por ser um sentimento recíproco, “tínhamos tudo para ficar juntos” em pouco tempo.

Porém, como é próprio nos nossos relacionamentos aqui na Canção Nova, começamos trilhando um caminho de amizade, conhecimento e espera. Um ano depois, demos os passos e iniciamos o namoro, depois o noivado e só depois de três anos é que chegou o momento do casamento. Nem sempre é fácil passar por todo o processo, mas posso afirmar, com segurança, que vale a pena! Hoje, quando olho para nossa história, percebo que toda as etapas vividas foram importantes na construção da nossa família, inclusive o tempo inicial em que cultivamos a amizade.

Cultivar a amizade

Meu esposo é meu melhor amigo e isso faz toda a diferença em nosso relacionamento a partir das coisas simples do dia a dia. Se você aceita um conselho, é este que lhe dou: Seja amigo (a) da pessoa com quem você pretende se casar. “Gaste tempo” conhecendo sua história, seus sonhos, seus gostos, sua alma… Não tenha pressa na conquista, o amor é provado também pelo tempo. E seja qual for o motivo de sua espera ou a etapa em que se encontra hoje, procure dar sentido a este tempo.
Uma coisa é certa: Deus quer sua felicidade e não está alheio às suas necessidades. Enquanto espera, procure descobrir e apreciar a beleza que está à sua volta e abra-se às novidades que a vida lhe oferece. Abra-se aos relacionamentos, seja acolhedor (a), procure ser agradável, preste atenção nas pessoas, exalte as virtudes de quem está à sua volta, não pare nos defeitos, ninguém é perfeito neste mundo e é o amor que nos faz vencer os limites.

Investir na cura interior

Nossa espera precisa ser confiante e ativa. Investir na cura interior, por exemplo, é uma ótima dica para quem deseja namorar certo para dar certo. Leia a respeito do assunto, escute as pessoas e não desanime, nem se deixe vencer pelo cansaço, espere de boa vontade com os olhos fixos no Senhor.

“Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças” (Isaías 40, 31a). Lembra-se de que o tempo de Deus é diferente do nosso, por isso fique atento (a), hoje mesmo Ele pode lhe fazer uma ótima surpresa.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

O que é Corpus Christi?

A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula Transiturus de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.


Juliana nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint Martin. Com 14 anos, em 1206, entrou para o convento das agostinianas em Mont Cornillon, na periferia de Liège. Com 17 anos, em 1209, começou a ter visões, exigindo da Igreja uma festa anual para agradecer o sacramento da Eucaristia. Com 38 anos, em 1230, confidenciou esse segredo ao arcediago de Liège, que 31 anos depois, por três anos, será o Papa Urbano IV (1261-1264), e tornará mundial a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer.

A Fête Dieu começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.

A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, 6 anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos. Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.

Celebração:

O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada antes de 1270.

O ofício divino, seus hinos, a seqüência Lauda Sion Salvatorem são de Santo Tomás de Aquino (1223-1274), que estudou em Colônia com Santo Alberto Magno. Corpus Christi tomou seu caráter universal definitivo, 50 anos depois de Urbano IV, a partir do século XIV, quando o Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou esse Corpus Júris com o dever de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas.

O Concílio de Trento (1545-1563), por causa dos protestantes, da Reforma de Lutero, dos que negavam a presença real de Cristo na Eucaristia, fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística pelas ruas da cidade, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia.

Em 1983, o novo Código de Direito Canônico cânon 944 mantém a obrigação de se manifestar o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia e onde for possível, haja procissão pelas vias públicas, mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação.

Sacramento:

A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse : "Este é o meu corpo…isto é o meu sangue… fazei isto em memória de mim". Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo depois de Pentecostes.

Na véspera da Sexta-Feira Santa, a morte na cruz impede uma festa solene e digna de gratidão e doutrinação . Porque a Última Ceia está no Novo Testamento, os evangélicos lhe têm grande consideração, mas com interpretação diferente.

Para os Luteranos e Metodistas, a Eucaristia é sacramento, mas Cristo está presente no pão e no vinho, apenas durante a celebração, como permanência e não transubstanciação.

Outras igrejas cristãs celebram a Ceia como lembrança, memorial, rememoração, sinal, mas não reconhecem a presença real. Mas alguma coisa existe em comum que, através da Eucaristia, une algumas Igrejas cristãs na Eucaristia, ensina o Concílio Vaticano II, no decreto Unitatis Redintegratio.

A Eucaristia é também celebração do amor e união, da comum-união com Cristo e com os irmãos. A Eucaristia, que é a renovação do sacrifício de Cristo na cruz, significa também reunião em torno da mesa, da vida e da unidade para repartir o pão e o amor. A Eucaristia é o centro da vida dos cristãos : "Eu sou o Pão da Vida, que desceu do céu para a vida do mundo, através da vida de comum-união dos cristãos".

Ornamentação:

A decoração das ruas para a Procissão de Corpus Christi é uma herança de Portugal e tradição brasileira. Muitas cidades, enfeitam as ruas centrais da cidade com quilômetros de tapetes, feitos de serragem colorida, areia, tampinhas de garrafa, cascas de ovos, pó de café, farinha, flores, roupas e outros ingredientes.