domingo, 26 de julho de 2020

Avós, símbolos de experiências

Celebramos o Dia dos Avós (26/jul). Não se trata de mais uma data comemorativa criada com fins comerciais, mas de um dia de reflexão e agradecimento àqueles que tanto contribuem para a formação dos netos, sendo sua companhia cada vez mais constante e necessária no cenário atual, visto que os pais precisam trabalhar fora.


A sabedoria adquirida com o tempo

Nossos avós – e todos os idosos, de modo geral – são as pessoas que mais devem ser valorizadas como símbolos de experiência e sabedoria. Eles trazem consigo o testemunho de décadas, de gerações de avanços, modernidade e mudanças de comportamento.

Hoje, muitos deles consideram que o tempo não tem a mesma importância de outrora, tanto que o relógio de pulso é usado apenas como acessório.

Se hoje eles têm a pele flácida, o corpo mais sensível e a visão enfraquecida, devemos nos lembrar de que nem sempre foi assim. Afinal, já batalharam muito e dedicaram suas vidas ao cuidado da família. São tão dignos de carinho e respeito quanto nossos pais. Por isso, jamais devemos nos esquecer do verdadeiro valor deles.

Valorizar o idoso

Ser avô e avó, fazer parte da terceira ou quarta idade, não pode mais ser relacionado à invalidez, à inoperância ou à inutilidade. Grande parte ainda contribui com a mesma sociedade que os descarta, haja vista o elevado número de idosos responsáveis financeiramente por seus lares, cuidando de filhos e netos.

É muito triste constatar que em muitas famílias os idosos são tratados como objetos antigos. Há pessoas que costumam tecer comentários desrespeitosos a respeito dos mais velhos da casa, reclamando que só dão trabalho, que são lentos ou doentes. Quanta injustiça! Sua presença ensina aos mais novos o tesouro de enxergar o mundo com os olhos do coração.

Verdadeiros tesouros

Quem souber aproveitar o convívio com essas figuras que acumulam sabedoria de duas gerações, certamente terá muito a aprender com seus conselhos. Nossos avós detêm o conhecimento e a sabedoria que não são aprendidos nos livros e estão sempre dispostos a partilhar. São verdadeiros tesouros em nossa vida.

terça-feira, 21 de julho de 2020

Programação: Semana da Excelsa Padroeira Sant’Ana

Em razão da pandemia do novo coronavírus – COVID-19, conforme orienta o Decreto do nosso Bispo Diocesano, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, emitido no dia 22 de junho de 2020, excepcionalmente, este ano, não realizaremos a tradicional novena preparatória para o dia da festa da nossa Excelsa Padroeira, a Senhora Sant’Ana. Porém, preparamos uma programação especial intitulada de “Semana da Excelsa Padroeira Sant’Ana”, que será vivenciada no período de 19 a 26 de julho de 2020, com a seguinte programação:


Dia 19/07 – 16º Domingo do Tempo Comum
Aniversário de 149 Anos de Emancipação Política de Bom Jardim

07h30: Celebração Eucarística
Público: 50 pessoas no total
Local: Igreja Matriz de Sant’Ana

10h00: Celebração Eucarística
Público: 50 pessoas no total
Local: Igreja Matriz de Sant’Ana
Transmissão: Facebook e Instagram / Rádio Cult FM 98,5

19h00: Celebração Eucarística
Público: 50 pessoas no total
Local: Igreja Matriz de Sant’Ana
Transmissão: Facebook e Instagram / Rádio Cult FM 98,5

Dia 20/07 – Segunda-feira

19h00: Live “A Celebração Eucarística: Pão em todas as mesas” / “A Eucaristia em família”
Transmissão: Facebook e Instagram

Dia 21/07 – Terça-feira

19h00: Live “A espiritualidade do encontro” / Encontro de irmãos com lideranças de algumas Comunidades
Transmissão: Facebook e Instagram

Dia 22/07 – Quarta-feira

19h00: Live Musical “Sant’Ana, adoradora do Deus único”
Transmissão: Facebook e Instagram

Dia 23/07 – Quinta-feira
Adoração ao Santíssimo Sacramento

08h00 às 15h00: Exposição do Santíssimo Sacramento
15h00: Hora da Misericórdia
Público: 50 pessoas no total
Local: Igreja Matriz de Sant’Ana
Transmissão: Facebook e Instagram

19h00: Live “Sant'Ana, avó de Jesus Cristo, o Salvador”
Transmissão: Facebook e Instagram

Dia 24/07 – Sexta-feira

19h00: Live Musical “Sant’Ana, guia e mestra”
Transmissão: Facebook e Instagram

Dia 25/07 – Sábado

19h00: Celebração Eucarística
Público: 50 pessoas no total
Local: Igreja Matriz de Sant’Ana
Transmissão: Facebook e Instagram / Rádio Cult FM 98,5

Dia 26/07 – 17º Domingo do Tempo Comum
Dia de Sant’Ana e São Joaquim / Dia dos Avós

07h30: Celebração Eucarística
Público: 50 pessoas no total
Local: Igreja Matriz de Sant’Ana
Transmissão: Instagram

10h00: Celebração Eucarística
Público: 50 pessoas no total
Local: Igreja Matriz de Sant’Ana
Transmissão: Facebook e Instagram / Rádio Cult FM 98,5

15h00: Passeio com a Imagem de Sant’Ana, percorrendo as principais ruas da cidade
Transmissão: Facebook

18h00: Apresentação Musical
19h00: Celebração Eucarística
Público: 50 pessoas no total
Local: Igreja Matriz de Sant’Ana
Transmissão: Facebook e Instagram / Rádio Cult FM 98,5

A sua participação é motivo de alegria para nós! Que Sant’Ana, nossa Excelsa Padroeira, interceda a Deus por nós, conferindo saúde, proteção, fortalecimento e esperança de que tudo isso irá passar.

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Nossa Senhora do Carmo

Ao olharmos para a história da Igreja, encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor à Virgem Mãe de Deus: é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o cardeal Piazza: “O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual”.


Carmelo (em hebraico, “carmo” significa vinha; e “elo” significa senhor; portanto, “Vinha do Senhor”): este nome nos aponta para a famosa montanha que fica na Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi prefigurada pelo primeiro numa pequena nuvem (cf. I Rs 18,20-45).

Estes profetas foram “participantes” da Obra Carmelita, que só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos chegaram fugidos na Europa e elegeram São Simão Stock como seu superior geral; este, por sua vez, estava no dia 16 de julho intercedendo com o Terço, quando Nossa Senhora apareceu com um escapulário na mão e disse-lhe: “Recebe, meu filho, este escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno”.

Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII chegou a escrever: “Devemos colocar, em primeiro lugar, a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo – e ainda – escapulário não é ‘carta-branca’ para pecar; é uma ‘lembrança’ para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte”.

Neste dia de Nossa Senhora do Carmo, não há como não falar da história dos Carmelitas e do escapulário, pois onde estão os filhos aí está a amorosa Mãe. Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

terça-feira, 14 de julho de 2020

Qual o verdadeiro significado do escapulário?

Muitas pessoas utilizam o escapulário por modismo ou, simplesmente, porque outros o usam, mas não sabem o verdadeiro significado dele.

São muitos os que usam o escapulário ou outros objetos de devoção sem saber seu real significado, pior ainda quando o usam como um amuleto, algo mágico que “dá sorte“, que livra as pessoas do “mau-olhado” ou coisa semelhante. Como se o verdadeiro sentido não viesse do coração daquele que usa tal objeto, o qual, conhecendo seu verdadeiro significado, usa-o para sinalizar algo que está em seu íntimo, em sua fé, em seus propósitos e conversão.


Muitos usam cruzes, medalhinhas, terços e vários escapulários de Nossa Senhora do Carmo como modismo, porque todo mundo está usando ou porque “aquele artista” usou na novela.

Compreenda por que devemos utilizar o escapulário e descubra seu significado para a Igreja

O escapulário ou bentinho do Carmo é um sinal externo de devoção mariana, que consiste na consagração a Santíssima Virgem Maria, por meio da inscrição na Ordem Carmelita, na esperança de sua proteção maternal. O escapulário do Carmo é um sacramental. No dizer do Vaticano II, “um sinal sagrado, segundo o modelo dos sacramentos, por intermédio do qual significam efeitos, sobretudo espirituais, que se obtêm pela intercessão da Igreja” (SC 60).

“A devoção do escapulário do Carmo fez descer sobre o mundo copiosa chuva de graças espirituais e temporais” (Pio XII, 6/8/50).

A devoção ao escapulário de Nossa Senhora do Carmo teve início com a visão de São Simão Stock. Segundo a tradição, a Ordem do Carmo atravessava uma fase difícil entre os anos 1230-1250. Recém-chegada à Europa como nômade, expulsa pelos muçulmanos do Monte Carmelo, a Ordem atravessava um período crítico. Os frades carmelitas encontravam forte resistência de outras ordens religiosas para sua inserção. Eram hostilizados e até satirizados por sua maneira de se vestir. O futuro dos carmelitas era dirigido por Simão Stock, homem de fé e grande devoto de Nossa Senhora.

O escapulário era um avental usado pelos monges durante o trabalho para não sujar a túnica. Colocado sobre as escápulas (ombros), o escapulário é uma peça do hábito que ainda hoje todo carmelita usa. Com o tempo, estabeleceu-se um escapulário reduzido para ser dado aos fiéis leigos. Dessa forma, quem o usasse poderia participar da espiritualidade do Carmelo e das grandes graças que a ele estão ligadas; entre outras o privilégio sabatino. Em sua bula, chamada sabatina, Papa João XXII afirma que aqueles que usarem o escapulário serão depressa libertados das penas do purgatório no sábado, que se seguir a sua morte. As vantagens do privilégio sabatino foram ainda confirmadas pela Sagrada Congregação das Indulgências, em 14 de julho de 1908.

O escapulário é feito de dois quadradinhos de tecido marrom unidos por cordões, tendo de um lado a imagem de Nossa Senhora do Carmo, e de outro o Coração de Jesus, ou o brasão da Ordem do Carmo. É uma miniatura do hábito carmelita, por isso é uma veste. Quem se reveste do escapulário passa a fazer parte da família carmelita e se consagra a Nossa Senhora. Assim, o escapulário é um sinal visível da nossa aliança com Maria.

Compromissos de quem utiliza o escapulário

É importante destacar algumas atitudes que devem ser assumidas por quem se reveste desse sinal mariano:

• Colocar Deus em primeiro lugar na sua vida e buscar sempre realizar a vontade d’Ele.
• Escutar a Palavra de Deus na Bíblia e praticá-la na vida.
• Buscar a comunhão com Deus por meio da oração, que é um diálogo íntimo que temos com Aquele que nos ama.
• Abrir-se ao sofrimento do próximo, solidarizando-se com ele em suas necessidades, procurando solucioná-las.
• Participar, com frequência, dos sacramentos da Igreja, da Eucaristia e da confissão, para poder aprofundar o mistério de Cristo em sua vida.

Eu fui revestido com o escapulário, no dia 16 de julho de 1996, quando estava no noviciado da Canção Nova. Nesse dia, consagrei minha afetividade e sexualidade aos cuidados da Virgem Maria, que pode contar sempre com os meus esforços e abertura de coração, para ser digno de receber as graças dessa santa devoção.

domingo, 12 de julho de 2020

15º Domingo do Tempo Comum

Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do mar da Galileia. Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso, Jesus entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia. E disse-lhes muitas coisas em parábolas: “O semeador saiu para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram. Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda. Mas, quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz. Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas. Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. Quem tem ouvidos, ouça!”. Os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: “Por que falas ao povo em parábolas?”. Jesus respondeu: “Porque a vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é dado. Pois à pessoa que tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas à pessoa que não tem será tirado até o pouco que tem. É por isso que eu lhes falo em parábolas: porque olhando, eles não veem, e ouvindo, eles não escutam nem compreendem. Desse modo se cumpre neles a profecia de Isaías: ‘Havereis de ouvir, sem nada entender. Havereis de olhar, sem nada ver. Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com os olhos, nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que se convertam e eu os cure’. Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram. Ouvi, portanto, a parábola do semeador: Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho. A semente que caiu em terreno pedregoso é aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento; quando chega o sofrimento ou a perseguição, por causa da palavra, ele desiste logo. A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a palavra, e ele não dá fruto. A semente que caiu em boa terra é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta”. (Mt 13,1-23)


Permitamos que a Palavra produza bons frutos em nós

A graça do Evangelho do dia de hoje, é nos colocarmos na perfeita comunhão com aquilo que é a eficácia da Palavra de Deus em nossa vida. O bom semeador, Jesus, veio semear no meio de nós a Palavra que dá vida, resgata, cura e transforma. E Jesus não fazia outra coisa, a não ser anunciar e proclamar a Palavra. O problema não é a Palavra, porque ela é poderosa, é eficaz, mas a recepção que cada um de nós damos à Palavra de Deus. A recepção acontece na cabeça, no coração e no interior de cada um de nós. É interessante observar que terreno é o coração de cada um de nós. Estamos, muitas vezes, como esse terreno, onde estamos à beira do caminho e deixamos que a Palavra caia, mas ela cai na beirada, ela não cai no interior para ficar guardada. Vêm os pássaros, as distrações, as ocupações e, tão facilmente, roubam a Palavra de Deus de dentro de nós. Estamos aqui ouvindo, mas a cabeça está em outro lugar, estamos participando da Missa, mas nos ocupando de outras coisas. Como somos distraídos! E todo distraído é assaltado, é roubado, e o que o mundo mais faz é nos roubar a Palavra de Deus, porque vivemos em verdadeiras distrações, ou seja, facilmente roubam a nossa atenção e a Palavra de Deus que é semeada no meio de nós. Muitas vezes, somos como aquele terreno pedregoso, a Palavra de Deus cai em nós, mas as sementes não produzem porque a terra não é profunda. Por falta de profundidade, por falta de nos dedicarmos com seriedade, a Palavra se perde. Nós até ouvimos a Palavra e dizemos: “Que linda!”. “Maravilhosa”… Começamos até a meditá-la, mas não deixamos cair nas raízes mais profundas da alma para ir dilacerando o que é do mal, para ir nos convertendo a cada dia. Até admiramos: “Que linda a Palavra de Jesus”. “Que Palavra maravilhosa”; mas não cai na profundidade da alma. Há tantos anos escutamos a Palavra de Deus e não nos convertemos a ela. Mas, às vezes, somos sufocados porque a Palavra de Deus é semeada, é lançada, mas, em meio a tantos espinhos, essa Palavra logo é sufocada. São os espinhos das preocupações, das paixões e das ocupações mundanas que temos. A coisa que mais escutamos na vida é: “Eu tenho tantas coisas para fazer”; “Eu sou tão ocupado”. Eu semeio dia e noite a Palavra de Deus, e vejo como tem pessoas que se viram de madrugada ou no meio da noite para se aplicar à Palavra de Deus, mas quando escutamos alguém dizer: “Estou sem tempo”, é porque a Palavra de Deus não é prioridade, a prioridade é aquilo que sufoca: seus problemas, ocupações e inquietações. Que lamentável! Porque Deus enviou a Sua Palavra para que ela caia em nós e produza muitos frutos. Que nos tornemos, realmente, um bom terreno onde a Palavra de Deus cresça, fecunde e possamos saborear frutos mais saborosos.