quinta-feira, 27 de setembro de 2018

A Misericórdia Divina

São Paulo chama a Deus Pai das misericórdias (Coríntios 1, 1-7), designando sua infinita compaixão pelos homens a quem ama estranhavelmente. A Sagrada Escritura nos ensina que a misericórdia de Deus é eterna, quer dizer, sem limites no tempo (Salmo 100); é imensa, sem limites de lugar nem espaço; é universal, pois não se reduz a um povo ou a uma raça e é tão extensa e ampla como são as necessidades do homem. A Encarnação do Verbo, do Filho de Deus, é prova desta misericórdia divina. Venha a perdoar, a reconciliar aos homens entre si com Seu Criador. A bondade de Jesus com os homens, com todos nós, supera as medidas humanas. Devemos achegar-nos diante do Sacrário e dizê-lo: Jesus, tem misericórdia de mim. De modo particular o Senhor exerce sua misericórdia através do sacramento do Perdão porque ali é onde nos limpa dos pecados, nos cura, lava nossas feridas, nos alivia… Nos sana plenamente e recebemos nova vida.


Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia (Mateus 5,7). Há uma especial urgência de Deus para que seus filhos tenham essa atitude com seus irmãos e nos diz que a misericórdia é a plenitude da justiça, segundo ensina São Tomás (Suma Teológica), porque quando se trabalha com misericórdia se faz algo que está acima da justiça e pressupõe haver vivido essa virtude. Depois de dar a cada qual o seu, o que por justiça lhe pertence, a atitude misericordiosa nos leva muito mais longe: por exemplo, ao saber perdoar com prontidão os agravos.

A misericórdia é como disse sua etimologia, uma disposição do coração que leva a compadecer-se, como se foram próprias, das misérias que encontramos a cada dia. Um coração compassivo e misericordioso se enche de alegria e de paz porque há paz, porque há mais gozo em dar que em receber (Atos 20, 35). Assim alcançamos essa oportunidade de fazer algo por eles mesmos e pelo Senhor.

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