O namoro é certamente uma das mais significativas experiências da vida humana. Trata-se de amar e ser amado, acolher e ser acolhido, escolher e ser escolhido.
O namoro é o início de um futuro, de um ideal, de uma missão. O namoro é um tempo chamado hoje, mas com olhar para o amanhã. Começa aqui a preparação para a missão de ser esposo(a), de assumir a paternidade, de unir definitivamente a vida com alguém.
O namoro é um tempo de auto-conhecimento, de saída de si e doação de si. É um tempo de crescimento, sofrimento e amadurecimento da personalidade, dos valores e dos ideais.
Namorar não é dormir juntos, mas acordar e viver juntos acordados. Ou seja, namoro é diálogo, confidência, conscientização. É uma etapa de preparação para o casamento.
Vivemos uma cultura da satisfação e do imediatismo que transforma o namoro em passatempo, camaradagem, companheirismo, parceria erótica, transa a qualquer custo. Que pena! Que ilusão! Que frustração! No namoro deve falar mais alto o coração que o instinto.
O conhecimento um do outro não passa necessariamente pelo sexo. A liberdade sexual de nossa época acabou criando uma ‘nova opressão’. As pessoas sentem-se obrigadas a consumir o prazer, são pressionadas pelo erotismo e lhes parece ser estranho não transar.
Nossa civilização está doente e as grandes vítimas são os jovens. O corpo é apenas uma das dimensões da sexualidade humana. Onde ficam os sentimentos, as emoções, o coração, a ternura e o amor? É preciso aprender a domesticar os instintos com vistas ao desenvolvimento da personalidade.
O sexo eufórico e fácil é falso. Ninguém morre por falta de sexo, mas ninguém pode viver sem o afeto, a ternura, o amor. Nossas pulsões precisam ser equilibradas para não virar tédio.
Namorar não é ‘aproveitar a juventude’, mas semear na juventude para colher amanhã. No namoro, já começa a educação dos futuros filhos e o alicerce da família.
É pela falta de um namoro autêntico que realizam-se casamentos apressados, forçados, imaturos, dolorosos, interesseiros, inseguros e sem amor.
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