Naquele tempo, os chefes zombavam de Jesus dizendo: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!”. Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre, e diziam: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”. Acima dele havia um letreiro: “Este é o Rei dos Judeus”. Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”. Mas o outro o repreendeu, dizendo: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”. E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”. Jesus lhe respondeu: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”. (Lc 23,35-43)
Permitamos que Cristo reine sobre a nossa vida
Hoje, a Liturgia nos dá a graça de celebrarmos o último domingo do Tempo Comum, encerrando o ano litúrgico com a grande Solenidade de Cristo Rei e Senhor do Universo. O que estamos aclamando e proclamando em alto e bom tom para todos é que somente Ele é o nosso rei. Rei é aquele que é o primeiro, é aquele que tem a primazia e reina sobre tudo e todos. Cristo tem a primazia da Igreja, que é Seu corpo, da qual Ele é a cabeça, da qual Ele está à frente. E nós que fazemos parte desse corpo, que é a Igreja, estamos submissos a Ele e temos n’Ele a nossa cabeça, o nosso rei e nosso Senhor. Quanto nós, como corpo, precisamos de uma cabeça que nos governe, porque, como perece o corpo quando não tem uma cabeça governando! E precisamos ser essa cabeça do nosso próprio corpo, pois tem muito corpo desgovernado porque não tem cabeça ajuizada governando. A Igreja, a humanidade e a sociedade estão “batendo cabeça”, os corpos estão se perdendo e a vida está perecendo. Estamos vivendo uma vida desgovernada porque não há quem nos governe. Quem nos governa, quem está à nossa frente é Cristo Jesus. Sabemos que, na história do povo de Deus, houve um período em que o povo era governado sem rei, era o próprio Deus quem governava. E o povo pediu a Deus um rei, e Ele deu um rei, segundo o Seu coração, como deu Davi e Salomão. O grande rei que Deus nos deu é o Seu próprio Filho, não para um governo político e monárquico na compreensão dos tempos de hoje. Ele nos deu um rei para governar a nossa vida, para direcionar as nossas atitudes, para iluminar a sociedade e a humanidade. Ele nos deu um rei para que reine sobre nós, para que reinemos com Ele para sempre na eternidade. Ele nos deu um rei que trouxe o Seu reinado para a Terra, mas o reinado de Cristo não é como os reinos deste mundo. Ele mesmo disse: “O meu reino não é deste mundo pagão, mundanizado”. O Reino de Deus é para quem obedece o Evangelho, para quem segue o Seu coração, para quem entrega a Ele o coração em espírito e verdade. Proclamemos e aclamemos Cristo Rei e Senhor do Universo, mas proclamemos e aclamemos Cristo Rei e Senhor da vida. Permitamos que a partir da cabeça, Cristo reine sobre os nossos pensamentos, sentimentos, nossa vontade e todo o nosso ser. Aclamemos Jesus como nosso Rei e Salvador.
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