No
último domingo (17/06) a primeira equipe de coroinhas meninas assumiu seu
posto, servindo ao altar do Senhor.
Servir ao altar não é apenas ajudar o padre,
transportar os objetos litúrgicos ou executar as funções que lhe são próprias.
Servir ao altar é muito mais: é participar do Mistério Pascal de Cristo, ou
seja, da Paixão-Morte-Ressureição de Cristo. Servir ao altar é estar aos pés da
cruz, é contemplar o Cristo ressuscitado com os olhos da fé e viver alegremente
o Evangelho. Estar a serviço do próximo é estar pronto para a doação e a
entrega, é ser amparo e consolo para os que necessitam, é saber amar e viver a
caridade.
A
vida de Cristo foi dedicada a servir o próximo. Da mesma, forma o coroinha é
chamado a servir como Cristo. Ser coroinha é viver a Eucaristia, é viver Cristo
em todos os momentos da vida. A Eucaristia é a fonte de todas as graças, é
alimento que fortalece a alma e nos conduz ao Pai. Ao viver a Eucaristia, o
coroinha vive o seu ministério de serviço com mais dignidade, dedicação, oração
e amor e, assim, santifica-se e aproxima-se cada vez mais de Deus.
São
Tarcísio - Padroeiro dos Coroinhas
Tarcísio
pertencia à comunidade cristã de Roma, era acólito, isto é, coroinha na igreja.
No decorrer da terrível perseguição do imperador Valeriano, muitos cristãos
estavam sendo presos e condenados à morte. Nas tristes prisões à espera do
martírio, os cristãos desejavam ardentemente poder fortalecer-se com Cristo
Eucarístico. O difícil era conseguir entrar nas cadeias para levar a comunhão.
Nas
vésperas de numerosas execuções de mártires, o Papa Sisto II não sabia como
levar o Pão dos Fortes à cadeia. Foi então que o acólito Tarcísio, com cerca de
12 anos de idade, ofereceu-se dizendo estar pronto para esta piedosa tarefa.
Relativamente ao perigo, Tarcísio afirmava que se sentia forte, disposto antes
morrer que entregar as Sagradas Hóstias aos pagãos.
Comovido
com esta coragem, o papa entregou numa caixinha de prata as Hóstias que deviam
servir como conforto aos próximos mártires. Mas, passando Tarcísio pela via
Ápia, uns rapazes notaram seu estranho comportamento e começaram a indagar o
que trazia, já suspeitando de algum segredo dos cristãos. Ele, porém, negou-se
a responder, negou terminantemente. Bateram nele e o apedrejaram. Depois de
morto, revistaram-lhe o corpo, nada achando com referência ao Sacramento de
Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, ocultamente cristão, que o
levou às catacumbas, onde recebeu honorifica sepultura. Ainda se conservam nas
catacumbas de São Calisto inscrições e restos arqueológicos que atestavam a
veneração que Tarcísio granjeou na Igreja Romana. Tarcísio foi declarado
padroeiro dos coroinhas ou acólitos, que servem ao altar. Mais uma vez
encontramos a importância da Eucaristia na vida do cristão e vemos que os
santos existem não para serem adorados, mas para nos lembrar que eles também
tiveram fé em Deus. Eles são um exemplo de fé e esperança que deve permanecer
sempre com as pessoas. Então, a exemplo de São Tarcísio, estejamos sempre
dispostos a ajudar, a servir. Se cada um fizer a sua parte realmente nos
tornaremos um só em Cristo.
Texto: http://www.saopedrosjp.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=29:coroinhas&catid=5:pastorais&Itemid=25 / Fotos: Bruno Araújo/ Redação: Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana
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