segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

O que será novo no ano novo?

Ao longo de nossa caminhada aprendemos a triste lição de ficarmos presos a somente um ponto de vista. Aprendemos a olhar a vida de maneira míope. O ano novo faz nascer novos olhares que em nós se escondem. A luz de um ano novo brilha silenciosamente nos jardins secretos que em nós habitam.


Talvez o poeta consiga enxergar o que muitos desejariam. Ele contempla o silêncio das palavras e nelas descobre a essência das palavras ainda não escritas. Ele dá vida às sementes que silenciosamente dormem nos canteiros da alma. Palavras germinam como as sementes: silenciosamente. No solo em que foram sepultadas, as palavras brotam sob olhares de novas possibilidades.

Cada flor que nasce do silêncio é um olhar totalmente novo diante da vida. Cada esquina da alma revela o que antes nunca tínhamos visto. Caminhar entre os nossos sonhos, nas campinas verdes da esperança, é fazer do cotidiano a mais bela experiência de ser humano.

A mudança no ano novo

Olhar a vida com os olhos da bondade é acreditar que o mundo pode ser diferente se mudarmos o nosso olhar em relação a ele. A mudança não começa no outro, ela nasce em nós primeiro. O mundo quem em nós carregamos só começará a mudar quando mudarmos a nós mesmos. A mudança começa a cada nova manhã que se despede das trevas de uma noite que se tornou passado. Experiências de ressurreição nascem do que foi sepultado nas noites que não mais serão as mesmas.

Nem sempre é fácil mudar o olhar. É preciso que, antes, nasça o desejo em nosso coração. Muitos olham e não enxergam. Muitos enxergam e não conseguem olhar. Olhar é ir além do que vemos. É atravessar pontes e descobrir novos territórios em terras antigas.

A ponte que une é mais bonita que o muro que separa. O sertão que em nós habita pode ser tão bonito quanto o oásis com qual um dia sonhamos. Nos poentes da vida nosso olhar contemplará uma linda manhã que está para chegar.

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