domingo, 23 de dezembro de 2012

O nascimento de Cristo se aproxima

Estamos chegando ao fim do Advento, tempo de preparação para o Natal, tempo de alegria! A liturgia nos convida não apenas a voltar nosso olhar para o passado e celebrar o aniversário do nascimento do Salvador, mas também nos convida a olhar para o futuro: a segunda vinda de Cristo.
Ele veio a primeira vez na humildade para iniciar a obra da salvação. Virá uma segunda vez na glória, para concluir a obra iniciada. Será uma vinda misteriosa. Ele mesmo afirmou que ninguém conhece o dia e a hora, a não ser o Pai.


O Advento é um tempo de preparação para o nosso encontro definitivo com Cristo. Encontro que não deve ser temido, mas aguardado ansiosamente. Deve ser desejado, pois será o encontro da noiva com o Esposo, com o Amado.
A comunidade apostólica, em suas assembleias litúrgicas, clamava com alegria: “Maranathá! Vem, Senhor Jesus!” Deus é o ser vivo por excelência. Não só possui a vida em plenitude, mas é Ele a própria fonte da vida. Vive pelos séculos dos séculos (cf. Ap. 10,6;15,7). “O Pai possui a vida por si mesmo”, afirmou Jesus. Nós não possuímos a vida por nós mesmos, não somos criadores de nós mesmos. A nossa vida é um dom de Deus. É o primeiro dom.

À semelhança de Adão, vivemos, porque um sopro divino nos tornou seres vivos. Por isso mesmo, o ser humano, ao tomar consciência de sua presença no mundo, percebe-se como alguém responsável por um dom recebido, responsável por sua vida e pela vida dos outros seres humanos.

A vida é um talento. É um dom a ser administrado para que produza frutos. “Quem ama a sua vida, diz o Evangelho, vai perdê-la”. Quem perde a sua vida, ganha a vida em plenitude. Amar a própria vida é viver só para si, é viver egoisticamente, é deixá-la improdutiva. Perdê-la é gastá-la cada dia para que os outros tenham mais vida.

Cristo referiu-se a perder a própria vida num sentido superior: por causa d’Ele e do Evangelho, ou seja, colocando a própria vida a serviço do Evangelho. Cabe a nós propagá-lo pelo mundo com grande alegria. O fato de conhecer Jesus e fazer com que os outros O conheçam é o motivo de nossa felicidade.

O grande profeta João Batista recorda que ninguém pode viver longe do amor de Jesus. Viver a mensagem de Cristo é viver na verdadeira alegria, a qual não passa. Alegria que tem por alicerce não as coisas do mundo, mas sim o amor de Deus por nós. Essa é a única e verdadeira alegria: Jesus Cristo, Filho de Deus.

Dom Benedito Beni dos Santos - Bispo da diocese de Lorena (SP) / Canção Nova / http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

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