segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Rito de Sagração

O ritual de dedicação de um templo é bastante antigo e remete a costumes do período anterior ao cristianismo. A bíblia narra que Salomão, por ordem de Deus, consagrou solenemente o templo de Jerusalém. Para a Igreja Católica, sagrar uma construção é algo muito sério, destinado a poucas edificações, e que merece atenção não apenas no dia da cerimônia. “A comunidade, tem a obrigação de celebrar, todos os anos, o aniversário de sagração de sua igreja, cuja solenidade possibilita aos fiéis ficarem mais enriquecidos na fé”.


O ritual de sagração é realizado pelo bispo diocesano, o altar deve ser de pedra, em geral de mármore, que depois de sagrado não poderá mais ser removido ou demolido. Nas paredes do templo são afixadas doze pedras circulares com uma cruz ao centro e simbolizam os doze apóstolos, colunas mestras de nossa igreja. Sob estas pedras doze candelabros, cujas velas devem ser acesas no dia do aniversário de sagração.

“As velas acesas lembram que nós também somos pedras vivas, e que, assim como o tempo passa e os anos contados aumentam, nossa fé também aumenta”.

Durante a sagração, o altar e cada uma das doze pedras são ungidas com o óleo do Crisma. O Santo Crisma é um óleo perfumado utilizado nas unções consacratórias dos seguintes sacramentos: depois da imersão nas águas do batismo, o batizado é ungido na fronte; na Confirmação é o símbolo principal da consagração, também na fronte; depois da Ordenação Episcopal, sobre a cabeça do novo bispo; depois da ordenação sacerdotal, na palma das mãos do néo-sacerdote. Também é usado em outros ritos consacratórios, como na dedicação de uma Igreja, na consagração de um altar, quando o Santo Crisma é espalhado sobre o altar e sobre as cruzes de consagração que são colocadas nas paredes laterais das igrejas dedicadas (consagradas). Em todos estes casos, o Santo Crisma recorda a vinda do Espírito Santo que penetra as pessoas como o óleo impregna a cada um deles que o toca. Ele faz com que pessoas sejam ungidas com a unção real, sacerdotal e profética de Jesus Cristo.

Entrega das chaves da Igreja
A cerimônia tem início do lado de fora da igreja e o bispo entrega ao pároco as chaves para que possa abrir o templo à comunidade. Em pé diante da porta da Igreja, o Bispo diz: Que sejam abertas as portas. A porta é aberta. O bispo, com o báculo, marca o umbral com o sinal da cruz dizendo: Paz seja nesta casa e a todos os que entram nela. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Em procissão entra-se na igreja. Com a congregação de pé, o Bispo começa a Oração de Consagração da Igreja.

Benção da água e aspersão
A água é benta e aspergida sobre o altar e as paredes do templo a fim de purificá-los, bem como nos fiéis ali presentes em sinal de penitência e em lembrança do Batismo.

As Santas relíquias
O costume de colocar relíquias de santos sob o altar originou-se nos primeiros séculos da Igreja, nos espaços limitados e recônditos das Catacumbas, onde se tornou habitual celebrar a Missa sobre a pedra tumular de um mártir. No altar, então sagrado em nossa igreja matriz, foram sepultadas as relíquias de São Próspero, São Domingos e São Cornélio. A mesa do altar que foi sagrado na ocasião é o que pertence ao altar do Sagrado Coração de Jesus e Santo Lenho, pois o do altar mor foi sagrado em 1927 por D. Jose Marcondes Homem de Mello, por ocasião dos festejos de inauguração do novo presbitério.

O altar e os doze marcos de pedra
Após a prece de dedicação, o altar é ungido, nos quatro ângulos e no centro são traçados cruzes, com o santo crisma, que simbolizam as cinco Chagas do próprio Cristo. Em seguida a unção do altar, são ungidas as pedra nas paredes da igreja.

Incensação do altar e da igreja
Depois do rito da unção, colocou-se sobre o altar um fogareiro para queimar o incenso, sinal de que o sacrifício de Cristo, perpetuado aqui sacramentalmente, sobe até Deus como suave aroma, junto com as orações dos fiéis.

Em seguida, o celebrante incensa o próprio altar, e percorre-se então a igreja incensando o recinto e os fiéis.

Iluminação do altar e da igreja 
Procede-se, então, a iluminação festiva da igreja, pois Cristo é a Luz que ilumina as nações. Todas as velas e as 12 tochas, colocadas no lugar das unções, são acesas em sinal de alegria. Estas doze tochas, simbolizam uma vez mais os Apóstolos, que pela Fé no Crucificado iluminaram o Universo, o instruíram e o inflamaram de amor.

Fonte: http://www.santuariomarianopinda.com.br/ / Foto: Bruno Araújo / Redação: Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana

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