segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Natal, o presépio sou eu!

Podemos pensar que os calendários e as festas apenas se repetem ano após ano. Tal fato pode ser considerado uma verdade para aqueles que apenas vivem o momento sem que se apercebam da proposta apresentada em cada data especial.


Dezembro, sobretudo, é um mês em que todas as ações estão voltadas às festividades natalinas. O comércio se mobiliza desdobrando-se em turnos de trabalho e as cidades ficam mais iluminadas.

Muitas pessoas gastam tempo e dinheiro preparando suas residências e as decorando com magníficos presépios de acordo com a caracterização típica da época natalina. Durante todo o mês, os cumprimentos e votos de felicitações para um Feliz Natal são muito ouvidos. Em todos os lugares, cristãos de todo o mundo estarão reunidos para celebrar a noite mais santa de todas.

Não é raro nós vermos pessoas reclamando ou tristes, exatamente na noite em que a humanidade rejubila pela graça que Deus dispensou à humanidade, isto é, o Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós! É obvio que não conseguimos passar uma borracha sobre os maus acontecimentos vividos e mesmo sendo um tempo festivo, estaremos nos aproximando do Natal com as nossas dificuldades vividas ao longo do ano ou talvez com o coração inquieto com diversas preocupações, decepções e até mesmo tristezas.

Por vezes, achando estar fazendo a coisa certa, pedimos a Deus licença para pecar ou tiramos férias de suas orientações. Acreditando ter maturidade suficiente, assumimos as rédeas de nossa vida – deixando Deus participar apenas como um carona. Pouco a pouco, conduzimos ao cativeiro nossa alma e, conseqüentemente, nos vemos perdidos, desolados, com poucos amigos, dessa forma, vivemos como exilados na própria terra.

Sem cessar, buscamos respostas para muitas perguntas que inquietam nossa alma. Entretanto, esquecemos que o nascimento do Filho de Deus veio propor a cada um de nós o novo caminho.

“Para os que habitavam na terra da escuridão uma luz começou a brilhar”(Isaías 9, 1).

Foi para a libertação das amarras de nossas tristezas, amarguras e de muitas outras noites de insônia que veio a Salvação.

Por muitas vezes, preparamos o presépio e decoramos a fachada de nossa casa iluminando-a com centenas de lâmpadas, mas não deixamos a chama da Vida crepitar em nosso coração. Em nós está a manjedoura na qual o Salvador deseja nascer e não naquela que foi montada como um belo enfeite.

A nós cabe nos encher com a força da fé, que nos impulsiona a sair da “gruta” do nosso orgulho, azedumes e melindres e retomar o caminho que neste período nos é apresentado.

Dado Moura - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

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