segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Especial Santa Terezinha - Parte 1

Caro leitor,
para início de conversa, senti-me inspirado a iniciar esta reflexão com estas profundas palavras: “delirante de alegria, exclamei; Ó Jesus, meu amor, encontrei a afinal minha vocação; minha vocação é amor. Sim encontrei o meu lugar na Igreja... No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor” (Manuscritos autobiográficos, Lisieux 1957, 227-229).

Partindo desta premissa escrevo-vos meus amados, não para falar de mim, pois sou pequenino diante da grandeza de Deus, e das maravilhas que ele tem feito em nossa vida, pois tudo é dom, tudo é graça. Mas gostaria de falar-vos sobre Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, que viveu neste mundo somente 24 anos, ao final do século XIX, conduzindo uma vida muito simples e escondida, após sua morte foram publicados seus escritos, tornou-se uma das santas mais conhecidas e amadas.


Evidentemente, que vê resplandecer no amor toda a verdade da fé, Teresa a expressa principalmente na narração da sua vida, publicado um ano após sua morte sob o título História de uma alma.  O papa Bento XVI falando aos fiéis em sua catequese semanal sobre santa Terezinha, exortando-nos com as seguintes palavras; “Gostaria de convidar-vos a redescobrir esse pequeno-grande tesouro, esse luminoso comentário do Evangelho plenamente vivido! A História de uma alma, de fato, é uma maravilhosa história de amor, narrada com tal autenticidade, simplicidade e frescor que o leitor não pode não ficar fascinado! Mas qual é esse Amor que preencheu toda a vida de Teresa, desde a infância até a morte? Queridos amigos, esse Amor tem um Rosto, tem um Nome, é Jesus!” O amor de Tereza por Jesus é ardente, é um amor sem limites, é um amor de retribuição, “ó Jesus, sei que o amor só com se paga. Por isso, procurei e encontrei um meio de consolar meu coração, retribuindo-Te amor com amor” (Santa Terezinha).

Tendo abraçado a Cristo seu dileto esposo, Terezinha escolhe o caminho mais breve para chegar a Deus: o caminho do amor, que ela chama de “pequena via”. Pois, compreende-a que “é o caminho do abandono, da confiança, da certeza de que o amor de Deus nunca nos faltar”.

Santa Terezinha nasceu aos 2 de janeiro de 1873, na cidade de Alençon- França, recebeu no batismo o nome de Maria Francisca Teresa, era um lindo bebê. É a última filha de Luigi e Zélia Martin, esposos e pais exemplares, beatificados conjuntamente em 19 de outubro de 2008. Teresa, aos quatro anos, é profundamente ferida pela morte da mãe (Ms A, 13r). O pai, com as filhas, transfere-se então para a cidade de Lisieux, onde se desenvolverá toda a vida da Santa. Recebeu depois a Primeira Comunhão, intensamente vivida (ibid., 35r), e colocou Jesus Eucaristia ao centro da sua existência.

Caríssimos nossa amada padroeira que ora falamos, sentiu um forte apelo de entregar-se totalmente sua pobre alma a Deus, numa vida de serviço e oração. Sendo assim, novembro de 1887, Teresa dirige-se em peregrinação a Roma, juntamente com seu pai e a irmã Celina (ibid., 55v-67r). Para ela, o momento culminante é a Audiência com o Papa Leão XIII, ao qual pede a permissão para entrar, com apenas 15 anos, no Carmelo de Lisieux. Um ano depois, o seu desejo se realiza: torna-se Carmelita, "para salvar as almas e rezar pelos sacerdotes" (ibid., 69v).

Tendo Santa Terezinha abraçado à vida contemplativa carmelita, decidindo perpetuamente viver em enclausurada no mosteiro, mesmo assim tinha um grande desejo, a de ser missionária. Pois, Terezinha com veemência falava o seguinte:quisera percorrer a terra. Quisera ser missionária não só um dia, mas até a consumação dos séculos, para tornar Jesus conhecido e amado por todos”. O amor que tinhas por Jesus, sem sombra de dúvida é de entrega total, despojamento, é um amor sem reservas. Com o coração ardendo de amor, afirmação com a convicção de sua alma; “Viver de amor é da sem medida... pois quem alma não sabe calcular”, compreendendo ela que a medida de se amar a Deus é amar sem medida. Terezinha trazia o desejo no seu coração de sair pelo mundo a fora para falar as pessoas sobre Jesus que tanto amava e conhecia, a vida que abraçara não permitia, mas em 14 de outubro de 1994 suas relíquias saem pela primeira do Carmelo e peregrinou por todo o mundo.

Continua...

Texto: Ir. Josimar Araújo / Produção: Bruno Araújo e Maria Barbosa / Redação: Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana  http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

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