Anualmente à Igreja do Brasil, propõe-nos durante a caminhada quaresmal uma reflexão minuciosa sobre a Campanha da Fraternidade, expressando-se o lado solidário da quaresma, para que os cristãos possam vivê-lo com mais afinco, e com amor fraternal aos irmãos. Todavia, às temáticas postas a cada ano, diferem-se umas das outras, expressando-se, o modo de ser do nosso povo no transitar terrestre; ou seja, os sofrimentos, as urgências de algumas situações que afligem nossa sociedade, como, outrossim, à alegria. Dentro dessa perspectiva frontal, o convite da Igreja brasileira em 2013, é olhar à vida da juventude como um todo, com suas problemáticas, vitórias e os projetos oníricos traçados por nossos jovens, vislumbrem-se um novo horizonte.
Nesta inferência, incumbe-se à Campanha da Fraternidade o seu foco com o social. Entendamos: todas as campanhas vividas até aqui aludem e enaltecem o clamor advindo das lutas da sociedade, e a isso, a CF ora denotada, é fruto daquilo que vive nossa gente. Porquanto, nossa Igreja é atenta à vida de seu povo, traz para o seu seio essas reflexões, para que os fiéis, de modo geral, busquem integrar-se na solução de muitos males implantados em nosso habitar diário.
É tarefa da Igreja, ao publicar tais campanhas, despertar nos responsáveis diretos- representantes públicos, a colocar nas agendas discursivas dos seus respectivos tratados e programas governamentais, os desafios emergentes e as prerrogativas que visam à melhoria de vida, partindo do pressuposto da retomada de uma nova humanidade, onde nossos jovens sejam os arquétipos dela, e inspirados de tal forma, gozem dos mesmos direitos dos demais morando no mesmo solo, sem preconceito de raça, cor [...]. Há que se mencionar: as CF’s não assumem o papel público dos governos, mas uma vez conectada numa Instituição Católica, elas participam do debate público, enfatizando, através dos estudos hauridos sobre as reflexões assumidas por elas, que à Igreja almeja ajudar nosso povo a bem caminhar no contexto em que se situa; conhecendo seus direitos, sobretudo, tendo-os respeitados e legalizados garantidos na Carta Magna brasileira; mas, no entanto, importa-os que esses estejam inscritos no livro, donde tudo emana igualitariamente.
No corrente ano, como se vê, a análise é juvenil, e não meramente por ser; ela é evidenciada desse modo, pelo protagonismo de nossos jovens, pelas suas labutas, sonhos concretizados, outros que ser-lhes-ão pensados, e pelo prelúdio seguinte: cada jovem é chamado (a) a explicar à sociedade como palmilha nossa comunidade eclesial, e, por isso, a Igreja, neste particular e diferenciado ano, se empenhou em trabalhar esta CF-2013 por ocasião da JMJ que se anotará em julho próximo na cidade do Rio de Janeiro, demonstrando no povo brasileiro, a façanha de imensos jovens com preciosos dotes, e como eles, são capazes de mudar o transcurso do tempo copuscado, para uma dinâmica difusiva do Evangelho da vida.
Porquanto, muitos são os projetos, as metas a serem traçadas por todos os jovens brasileiros, e nisso, eles não estão equidistantes, porque contam com a força da Igreja, o apoio de nossas comunidades orantes, a intercessão de nossos santos e à maternal presença de Maria, Virgem da Conceição Aparecida, Rainha e padroeira do Brasil. Outro embasamento sublinhado nesta Campanha, é o seu jubileu de Ouro, que neste Ano da Graça do Senhor em curso, isso é plausível compreendendo sua colaboração no desenvolvimento integrado de nossa sociedade, por meio de muitos profetas audaciosos que foram solícitos e dóceis aos apelos da Palavra de Deus e, há 50 anos atrás criaram esta estupenda obra, promulgando-a em todo território nacional, e como merecimento dessa iniciação, uma particular alusão, seja feita à Dom Eugênio de Araujo Sales, à época Arcebispo Metropolitano de Natal-RN, onde à CF encontrou seu proêmio.
Todas as CF’s são dignas e bem elaboradas, pois sempre nos surpreende e desenvolvem, contudo, o trabalho belo das equipes preparatórias, mas indubitavelmente, esta de 2013 querer-se-á de modo peculiar, nossos elogios, visto que ao mesmo tempo em que mexe com o âmago da juventude, se torna um chamado vocacional, a lê-la de seu lema: “eis- me aqui, envia-me”. Sim, essa é a disponibilidade requisitada de nosso amado Deus a nós, para que o sirvamos com toda veemência e digamos a cada dia: Senhor, “sou jovem, sou teu povo”! Aqui estou, envia-me para vossa missão fazendo teu plano de amor mais somado, conhecido e amado em todos os recantos desse nosso grandioso mundo.
Texto: Cezar Silva / http://matrizdesantana.blogspot.com.br/
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