Às vezes declarar que Maria é a mãe de Deus pode ser considerado por alguns algo fora de lógica. Pois, partindo da verdade de que Deus é eterno e criador de todas as coisas como haveria Ele de ter uma mãe?Porém, se aprofundarmos um pouco o raciocínio sobre este título de Maria, veremos que ela pode perfeitamente ser chamada assim. Sabendo, pois, que Cristo tem duas naturezas: a humana e a divina. Maria lhe sendo mãe, é então mãe da pessoa completa de Cristo, que é a segunda pessoa da Santíssima Trindade: o Deus único e trino. E não mãe apenas de uma de suas naturezas, no caso, a humana.
Ademais, pela própria Bíblia se atesta esta verdade. Começando por Gl. 4, 4 onde lê-se que “na plenitude dos tempos Deus enviou Seu Filho nascido de uma mulher (Maria)” e vendo que este Filho de Deus é o próprio Deus que se encarnou no ventre virginal de Maria (cf. Jo. 1,1.14; Jo. 10,30), e confirmado em Lc. 1, 43. Pois vemos neste versículo do Evangelho de Lucas que Isabel torna-se a primeira pessoa a declarar que Maria é de fato Mãe de Deus, ao dizer “Donde me vem esta honra de vir a mim a ‘mãe do meu Senhor’?”. É a bíblia, a palavra de Deus escrita, quem o afirma. Pois, a palavra “Senhor”, no Novo Testamento, refere-se a Cristo e significa, a tradução do hebraico YAWHEH, Aquele que é Deus e do grego KIRIOS, que relacionada a Cristo significa DEUS.
Enfim, resumindo, o CIC em seu parágrafo 509 nos ensina: “Maria é verdadeiramente ‘Mãe de Deus’ visto ser a Mãe do Filho Eterno de Deus feito homem, que é ele mesmo Deus”.
Adjair Brasiliano
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