terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Como se renovar na virada do Ano Novo

O último momento do ano vem chegando, uma noite cheia de esperanças e alegrias, desejos e felicidades, com muitas expectativas e mudanças. É comum que neste momento vejamos os fogos na televisão, em várias Regiões do Brasil. Além daquelas fotos para as redes sociais, com champanhe sendo aberto por alguém da família. É um momento de muitos beijos e abraços. Por isso eu queria aproveitar toda essa alegria e sugerir uma Alegria.


A renovação que desejamos pode ser ainda melhor, pode ser espiritual, este gozo da comunhão familiar pode ser uma Alegria muito maior, pois podemos dar um grande abraço em Deus e receber Dele todo o seu carinho e amor. Basta que O busquemos e Ele, como um Pai cheio de amor, nos oferece toda esta experiência. Esta pode ser a virada da sua vida em direção a Deus. Sabe de uma coisa? Ele está cheio de presentes para nos dar, e todos eles são inigualáveis e repletos de sentido e amor; são, poderíamos dizer, providenciais, são aqueles dos quais você mais precisa.

Este é o Ano Novo que podemos ter, um ano feito por Ele, onde seremos o que Ele deseja de nós, como Ele deseja que seja. Para isso talvez tenhamos que mudar, talvez tenhamos que esperar, talvez tenhamos que sofrer e esperar que os outros mudem. Só Deus sabe o que nos espera, nós tentamos acompanhar da melhor maneira. Mas só os caminhos de Deus se cumprem. Planos e estratégias humanas sempre são uma sugestão para Deus. Só Ele é o A e o Z, o Princípio e o Fim, Que pode realmente oferecer a Água da Vida; cuidado com os “falsos profetas”.

Neste Novo Ano, coloque sua vida nas mãos de Deus e dia a dia viva a fidelidade à sua Vocação, pois Deus lhe concederá tudo o que for necessário, e restaurará tudo na Sua divina Providência. Feliz Ano Novo!

domingo, 29 de dezembro de 2019

Sagrada Família: Jesus, Maria, José

Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”. José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito. Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”. Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o menino já estão mortos”. José levantou-se, pegou o menino e sua mãe, e entrou na terra de Israel. Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso, depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galileia, e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: “Ele será chamado Nazareno”. (Mt 2,13-15.19-23)


Sua família é muito sagrada para Deus

Neste domingo, celebramos a graça da Sagrada Família, Jesus Maria e José. É necessário dizer que nada é mais sagrado para Deus do que a família, porque Ele é a família divina, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Deus nos deu Seu Filho para que Ele pudesse viver em uma família. Jesus poderia estar vivendo sozinho, nascendo milagrosamente, mas, nos desígnios eternos de Deus, a salvação passa pela família. Em primeiro lugar, é a família que precisa ser salva para que a humanidade seja salva. Não há como salvar a humanidade e a vida, se não salvar nossas famílias, se não estivermos cientes do valor sagrado de nossa família. Deus queria se tornar um homem na família para que toda família se tornasse, Nele, sagrada. Sua família é muito sagrada para Deus, ela é sublime. Nada é mais importante para você do que sua família. Lute, ore e esteja com sua família, valorize sua família acima de qualquer coisa. Nenhum amigo, nenhum emprego, nenhuma conquista da vida é maior que a conquista, resgate e salvação da família. Nossa sociedade moderna não promove a família como uma família, pelo contrário, promove muitos ataques à família. E quem pode defender nossas famílias? Quem veio para salvá-la: Jesus. Portanto, no centro de nossas casas e famílias, Jesus precisa ser o primeiro. Mas se você coloca a situação econômica, os valores materiais, o consumismo, se no centro de sua casa o mais importante é a televisão, a mídia e muitas outras coisas, sua família está diluindo o valor sagrado que possui. Se você colocar seus interesses em primeiro lugar, sua família se dilatará. Falo com você de todo o coração: coloque Jesus no centro da sua família e da sua casa, deixe-o viver em sua família como ele vivia na família de Nazaré, no meio de Maria e José. Jesus também quer estar em sua casa. Que sua casa se reúna em volta de Jesus, que sua casa se reúna para se render a Jesus, que sua casa se encontre para invocar o nome de Jesus. Isso tem que começar com a nossa própria comida. É triste como as famílias se alimentam porque não se alimentam de Deus, da Palavra de Deus e, quando se reúnem para comer juntas, outras coisas são mais importantes; um vai assistir televisão, o outro não retira o celular da mão e não faz uma oração para expressar a comunhão familiar. Comece a prestar atenção às coisas que parecem simples e insignificantes, mas são muito importantes para resgatar o valor sagrado de uma família. Quando sua família se reúne para orar? Quando você expressa a comunhão de Deus na experiência familiar?

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Celebrar o Natal do Senhor

Há dois mil anos nascia em Belém, numa pequena gruta, aquele que viria revolucionar toda a lei antiga. Reconhecendo a necessidade da justiça, Ele trouxe também a Paz, Compreensão, Perdão, Amor. Viveu ensinando bondade, simplicidade, humildade, sinceridade, doação, entrega.


Morreu para nos trazer o perdão. Morreu e ressuscitou para poder continuar sempre conosco. É esse nascimento que comemoramos no mês de Dezembro. O nascimento do Verbo que se fez carne. Do Deus que, por amar tanto os homens, torna-se um deles, despoja-se de Sua divindade para viver integralmente Sua humanidade. Sendo Deus, vive como homem para melhor compreendê-lo, para melhor mostrar-lhe Seu amor, para ensiná-lo a amar, para salvá-lo.

Será que pensamos no verdadeiro sentido do Natal, quando preparamos nosso próprio presépio, nossa árvore, nossos enfeites, nossos presentes, nossas ceias? Será que nos lembramos que o Menino Deus nasceu sem pompas e sem festas?… Nasceu numa humilde estrebaria?… Será que lembramos que, enquanto nos reunimos entre enfeites, uísque, champanha, que existe muita gente que não tem nada para comer?… Será que nesse dia lembramos daqueles que estão sofrendo?… Dos doentes, dos sem famílias, dos pobres, dos presos, dos angustiados?

E Jesus pensou em todos eles. Amou a todos eles. Então, para termos um Natal feliz, vamos reunir nossa família. Isso é importante aos olhos de Deus. Mas vamos mostrar a ela o verdadeiro sentido do Natal, o carinho que temos por aquele Pequenino que, sendo Deus, se fez criança por amor a todos nós.

É, vamos procurar tornar mais alguém feliz. Alguém que não pertença à nossa família, alguém que não tenha condições de se reunir festivamente. Vamos levar um pouco de calor humano a alguém talvez desconhecido, mas que também é nosso irmão e tem direito à felicidade. Vamos comemorar nosso Natal, pensando em toda a humanidade, rezando por ela, dando um pouco de conforto a um necessitado, uma palavra amiga a um sofredor, um sorriso a um decepcionado. Vamos comemorar nosso Natal, vivendo o amor.

E assim estaremos festejando com dignidade o nascimento do Menino Jesus e permitindo que Ele renasça em nosso coração, a fim de que possamos nos renovar, crescer, caminhar para a Suprema Felicidade de um dia vê-lo face a face. Feliz Natal!

domingo, 22 de dezembro de 2019

4º Domingo do Advento

A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”. Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado e aceitou sua esposa. (Mt 1,18-24)


Jesus veio nos libertar do poder do pecado

Há poucos dias de celebrarmos o Natal de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a narrativa da liturgia de hoje nos coloca em plena comunhão com esse elemento salvífico: a manifestação de Deus no meio de nós. Deus usa os intermédios humanos para manifestar a Sua graça, e o primeiro intermédio humano é o ventre de Maria, é a Virgem Maria, mulher escolhida, amada, chamada e designada por Deus para que dela pudesse nascer o Seu Filho. O Filho divino e eterno de Deus assumiu nossa humanidade no ventre de Maria, mas Deus também quis que Seu filho tivesse um pai terreno, que O acompanhasse em todo o seu desenvolvimento humano. José, escolhido como esposo de Maria, é o pai adotivo de Jesus, mesmo não compreendendo tamanho mistério e graça que se realizou em Maria, movido por dúvidas e inquietações devido ao tamanho da grandeza dos acontecimentos. José não desconfiava de Maria, mas também não compreendia o que estava acontecendo. Por isso, a intervenção divina apareceu para José quando ele estava mergulhado num sono profundo: “José, não tenha medo de receber Maria, porque tudo o que nela se realiza é obra do Espírito Santo”. É o Espírito Santo que realiza uma obra plena em Maria. Ele a concebeu sem pecado, a preservou do pecado em vista do nascimento de Jesus, o Divino Salvador, e agora concebe nela o Filho bendito de Deus. “José, ela dará à luz a um filho, e ele se chamará Jesus, porque Ele vai salvar o seu povo dos pecados”. Jesus veio a nós para nos salvar e nos libertar do poder e da sedução do pecado, e para nos perdoar das ofensas que cometemos por causa dos pecados. Recorramos a Jesus, nosso Divino Salvador, que veio ao nosso encontro para nos salvar de toda e qualquer iniquidade.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

O verdadeiro Natal

“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz” (Isaías 9,1). Esse fato narrado pela Palavra de Deus aconteceu há mais de dois mil anos, no entanto, atualiza-se todos os dias. É Ele o motivo que nos faz celebrar o Natal, pois uma Luz brilhou em meio às trevas!


Há um clima diferente no ar, votos de felicidade, mãos estendidas, confraternizações e brilhos estão por todos os lados! Nas ruas, casas e lojas, por onde quer que andemos, as luzes piscam entre cores e formas, convidando-nos à celebração. Elas iluminam e encantam, trazem um colorido especial às realidades que, durante o ano, foram se tornando comuns e opacas pela rotina do dia a dia. As roupas e os adereços também ganham destaque nesta época. Afinal, a moda no Natal é brilhar!

O que celebramos no Natal?

Somos envolvidos pela correria do comércio. Os presentes, as viagens e tantas outras realidades próprias do fim de ano fazem-nos viver um tempo diferente. Mas será que estamos mesmo celebrando o Natal? Ou seja, será que estamos celebrando o nascimento de Jesus, o Deus que se fez Menino, nascido da Virgem Maria, que veio habitar em meio a nós?

Ele é a verdadeira Luz que brilhou para o povo que andava nas trevas. Ele veio para nos salvar e fazer de nós participantes da Sua vida divina. Trouxe-nos a grande e esperada libertação; por isso celebramos o Seu nascimento! Mas, será que, em nossos dias, tão agitados e interativos, temos tido tempo para tomarmos consciência dessa verdade?

Penso que celebrar o Natal sem nos deixar envolver pela ternura do amor de Deus, expresso no nascimento de Cristo, é como participar de uma festa sem conhecer os anfitriões nem o motivo da comemoração. Você está presente, come, bebe, admira a decoração, observa os convidados, mas não tem por que se alegrar, vive tudo de maneira superficial, indiferente. E tenho a certeza de que não é isso que Deus espera de nós, justo na festa do Seu nascimento.

Lugar que Deus escolheu para nascer

Precisamos recordar, com urgência, o motivo da celebração do Natal e nos prepararmos com dignidade para esta festa, sem nos deixarmos levar pelo clima externo do consumismo.

Mesmo que isso seja um grande desafio em nossos dias, precisamos fazer nossa parte como cristãos! Aquela Luz que brilhou na Terra, há mais de dois mil anos, é Jesus, a mesma Luz que deseja, hoje, iluminar nossa vida, dissipando toda espécie de trevas que o pecado nos incutiu.

Lembremo-nos de que nosso coração é o lugar que Deus escolheu para nascer, pois somos únicos diante d’Ele. No entanto, como Pai amoroso que é, o Senhor continua a respeitar nossa liberdade e espera darmos o primeiro passo na direção certa, para que Sua luz entre em nossa vida.

É preciso abrir o coração para Cristo iluminar

Sem abertura de coração, a luz de Cristo não pode iluminar nossa vida! Ou seja: sem nos decidirmos a amar, perdoar, a sermos justos e dedicados, bondosos, alegres e pacíficos, não há como celebrarmos o nascimento de Deus em nós. Sendo assim, o Natal passa a ser mais uma festa sem sentido. Não basta presépios, Missa do Galo, troca de presentes e ceias fartas para o Natal acontecer, é preciso tomar a decisão de uma vida nova, pautada nos ensinamentos de Cristo, que nos conduzem às atitudes concretas e coerentes, à vivência da fé durante todos os dias do ano.  “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz” (Isaías 9,1). Ainda hoje, existem muitos que caminham nas trevas do pecado, e Jesus deseja iluminá-los por meio de nós. Tenhamos a coragem de testemunhar o amor de Deus a partir dos pequenos acontecimentos e das escolhas do nosso dia a dia. É esse o tempo favorável para uma vida nova! A luz brilhou em meio às trevas, veio reacender a esperança e nos dar a certeza de que já não estamos sozinhos. Deus está conosco, Ele é o Emanuel! Sua luz nos contagia e aquece, por isso, abramos nossos corações e tenhamos a coragem de sermos faróis no mundo, levando, com a nossa vida, a luz que é Cristo, aos corações sedentos de amor e paz. Assim, celebraremos o Natal, a festa verdadeira da Luz!

domingo, 15 de dezembro de 2019

3º Domingo do Advento

Naquele tempo, João estava na prisão. Quando ouviu falar das obras de Cristo, enviou-lhe alguns discípulos, para lhe perguntarem: “És tu, aquele que há de vir, ou devemos esperar um outro?”. Jesus respondeu-lhes: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados. Feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim!”. Os discípulos de João partiram, e Jesus começou a falar às multidões sobre João: “O que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? O que fostes ver? Um homem vestido com roupas finas? Mas os que vestem roupas finas estão nos palácios dos reis. Então, o que fostes ver? Um profeta? Sim, eu vos afirmo, e alguém que é mais do que profeta. É dele que está escrito: ‘Eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele vai preparar o teu caminho diante de ti’. Em verdade vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele”. (Mt 11,2-11)


Sejamos a seta que aponta o caminho de Jesus

João estava na prisão e mandou que seus discípulos perguntassem a Jesus se Ele era mesmo o Messias ou se deveria esperar por outro. Não é que João tivesse dúvida porque Ele sabia quem era Jesus. João queria que os seus discípulos tivessem a convicção de que Jesus estava no meio deles; e precisamos, como discípulos do Mestre Jesus, ter a mesma certeza de que Jesus está no meio de nós. Por isso, Jesus vai falar quem é João. João é aquele que estava no deserto, aquele que preparou os caminhos do Senhor. João se fez humilde porque era formado na via da ascese, da penitência e da mística do Céu. Um homem formado pela mística do Céu poda o seu próprio coração para se tornar evangelicamente a seta de Deus. Quando eu digo “seta” quero dizer aquilo que dá a direção, a seta mostra o caminho por onde devemos andar. A seta não é o caminho, a seta nos mostra o caminho, porque João foi a seta que nos mostrou o caminho que é Jesus. João foi aquele que se tornou a voz por onde a Palavra de Deus ecoou, João era a voz, mas ele não era a Palavra; a Palavra era Jesus. Por isso, João não anunciava a sua palavra, e sim a Palavra de Deus; assim como João não se fazia caminho, mas apontava o caminho que era Jesus. E é assim que precisamos aprender a ser, porque Jesus está dizendo que entre os nascidos de mulher, ninguém foi maior do que João, ninguém anunciou mais o Reino de Deus, preparou o caminho de Deus do que João. Ninguém foi maior profeta do que João, contudo, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. O Reino dos Céus que João preparou e anunciou não é para os grandes, é para os pequenos, para os humildes, para quem sabe se humilhar para se tornar pequeno e não para quem reclama o crescimento da sua grandeza, do seu orgulho, da sua soberba, desses sentimentos vaidosos que tomam conta da alma e do coração humano. Aprendemos com João que a via da salvação é a penitência e a humildade, isto é, aprendermos que não somos o caminho, mas precisamos ser a seta para mostrar o caminho; é aprender que não temos a Palavra, mas que a nossa Palavra precisa ser a Palavra de Deus, única, autêntica, libertadora e salvadora. Olhemos para João que nos aponta o caminho da conversão. Não podemos seguir a Jesus, se não aprendermos com João Batista o caminho da conversão todos os dias da nossa vida.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Nossa Senhora de Guadalupe

Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim de participar da catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002).


Nossa Senhora disse então a Juan Diego que fosse até o bispo e lhe pedisse que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus.

O bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Isso ocorreu quando Juan Diego buscava um sacerdote para o tio doente: “Escute, meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao Bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando chegar diante dele, desdobre a sua “tilma” (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu, nada omita…”.

O prelado viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Santíssima Virgem para a capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531.

Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: “Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou a mim. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de ‘Santa Maria de Guadalupe’, embora não tenha explicado o porquê”. Diante de tudo isso muitos se converteram e o santuário foi construído.

O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já existe há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.

No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. E nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do referido bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.

Declarou o Papa Bento XIV, em 1754: “Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros… uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja… Deus não agiu assim com nenhuma outra nação”.

Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América” pelo Papa Pio XII no dia 12 de outubro de 1945.

No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e consagrou a Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a Virgem de Guadalupe é Padroeira. Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!

domingo, 8 de dezembro de 2019

Imaculada Conceição de Nossa Senhora

Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”. Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”. Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?”. O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível”. Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se. (Lc 1,26-38)


Maria é a seta que nos indica o caminho da graça

Salve, Maria, ó toda cheia da graça divina, plena da graça do Senhor. Celebrando, hoje, a grande Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, olhamos para Aquela que nós também devemos ser, porque, o anseio de Deus, o desejo mais profundo do coração d’Ele é uma humanidade imaculada, limpa e purificada de toda a mácula do pecado. Quando olhamos para Maria, vemos n’Ela o protótipo do que é a Igreja, daquilo que é o homem e a mulher que nasceu no plano original de Deus. Deus não nos criou manchados nem no pecado, Ele não nos criou no erro. Deus, no princípio, criou o homem e a mulher à Sua imagem e semelhança, e o pecado não é imagem nem semelhança de Deus. O pecado é o desvirtuamento da graça de Deus em nós. O desvirtuamento da graça é uma desgraça, somos os degradados filhos de Eva que nos manchamos por aquilo que os nossos primeiros pais lançaram sobre a humanidade. Não é difícil entender que um ar poluído polui todo o ambiente, não é difícil entender que aquilo que contamina, o vírus que se passa, passa-se para todos aqueles que são contaminados por ele. Deus não nos quer contaminados pelo pecado, pelo contrário, Ele nos quer salvos e redimidos. Maria foi preservada desde a Sua concepção no ventre de Sua mãe sem essa marca, sem essa contaminação do pecado. Não foi por Ela, foi em vista do Seu Filho, aquele que é o Salvador. O primeiro que Jesus redimiu foi a Sua própria Mãe, Aquela da qual Ele nasceria do ventre. A salvação que Ele operou por antecipação em Maria, Ele deseja também operar em nós. Não fomos concebidos imaculados, mas a graça d’Ele nos tira a mácula do pecado. A graça d’Ele porque Ele é o cordeiro que tira o pecado do mundo, tira o pecado da nossa vida. Maria não só foi concebida sem pecado, mas viveu a vida sem pecado, Ela fugiu dos caminhos do pecado para viver sempre no caminho da graça. Se nos desvirtuamos em algum caminho de pecado, tenhamos em Maria um refúgio, uma sinalização, uma seta que nos indica o caminho da graça. Se nos deixamos enveredar pela desgraça do pecado, que a cheia de graça, como o Anjo A clama, aponte-nos a graça da salvação, aponte-nos o caminho do Seu Filho Jesus, que nos salva do mal do pecado. Deus deseja que nós também trilhemos o caminho que Maria trilhou, que também sejamos puros, santos e imaculados, porque foi para isso que Deus nos criou. Somos pecadores, mas não foi para isso que Deus nos criou. Ele nos criou para sermos santos e imaculados.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

O que é o advento?

Começamos novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da liturgia com o Advento, tempo de preparação para o nascimento de Jesus Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a advertência do próprio Cristo, quando diz: “Vigiai!”, para não sermos surpreendidos.


Realização e confirmação da Aliança de Deus

A chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento, é a realização e confirmação da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e confiam na Palavra de Deus.

Estamos em tempo de educação de nossa fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que trabalha o barro, dando a ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve ser transformada conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida, transformando-a de Seu jeito.

Neste caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos pelas exigências da Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e ao próximo, porque ninguém ama a Deus não amando também o seu irmão.

Convocação para vigilância

O Advento é convocação para a vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito importante estar diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de um mundo totalmente afastado de Deus.

Outro fato é não desanimar diante dos tipos de dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos numa cultura de disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é “servo vigilante”.

Confiar significa ter a sensação de não estar abandonado por Deus. Com isso, no Advento vamos sendo moldados para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.

Preparar-se para o Natal já é ter a sensação das festas de fim de ano. Não sejamos enganados pelas propostas atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação divina em todo o mundo.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Paróquia de Sant’Ana lança campanha para compra de um novo sistema de som para a Igreja Matriz

Fiéis podem colaborar das mais diversas formas, por meio de carnê, depósito bancário, rifa ou doações espontâneas.

Os Padres Severino Fernandes e Eduardo José, Pároco e Vigário Paroquial da Paróquia de Sant’Ana, em Bom Jardim, no Agreste pernambucano, lançaram, com o apoio dos Grupos e Movimentos Pastorais, a Campanha “Amigos do Som”, que tem como objetivo arrecadar fundos para a compra de um novo e moderno sistema de som para a Igreja Matriz de Sant’Ana, construção com mais de dois séculos e meio de história.


Segundo a comissão que coordena a campanha, a iniciativa atende a um desejo antigo da comunidade católica local, que frequenta o histórico templo e reivindica um sistema de som moderno, que ofereça mais qualidade técnica.

“A Igreja Matriz de Sant’Ana é um dos maiores símbolos de Bom Jardim. Rosto e coração da comunidade católica bonjardinense. Patrimônio de todos. Somos chamados, através da campanha ‘Amigos do Som’, a cuidar do que é nosso, para que o anúncio da Palavra de Deus, neste ambiente santo, continue acontecendo de forma ainda mais eficaz. Infelizmente, muitos corações ainda não foram tocados pela importância do ato de devolução do dízimo. Consequência disso: as diversas barreiras financeiras que enfrentamos para realizar qualquer melhoria na estrutura física da Paróquia. Resta, então, mobilizar a população para tais fins, uma vez que muitos ainda não aderiram ao dízimo. Creio firmemente na Providência Divina, que, muito em breve, pelo esforço e colaboração de todos, conseguiremos adquirir um novo e moderno sistema de som para a nossa igreja matriz”, destacou o Padre Eduardo José, na Celebração Eucarística que marcou a abertura paroquial do Tempo do Advento.

Saiba como colaborar:

Carnê Amigos do Som
Valor: Três parcelas de R$ 35,00
Local: Secretaria Paroquial

Rifa de um Aparelho Celular Moto E5 Play
Valor: R$ 2,00 / Bilhete
Locais: Comunidades, Secretaria Paroquial ou Vendedores Credenciados

Depósito Bancário
Banco do Brasil
Agência: 2369-8
Conta Poupança: 21.247-4
Variação: 51

Informações pelo telefone (81) 3638-1274, de terça a sexta, das 08h00 às 12h00.

domingo, 1 de dezembro de 2019

1º Domingo do Advento

Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: “A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. Pois nos dias, antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. E eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem. Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada. Portanto, ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor. Compreendei bem isto: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Por isso, também vós ficai preparados! Porque, na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá”. (Mt 24,37-44)


O tempo da graça nos aproxima do Senhor

Iniciamos esse tempo da graça, o tempo do Advento, que é o tempo que nos coloca cada vez mais próximos da graça do Senhor. Veja, não é só um tempo de preparação para a comemoração do Natal, é o tempo que nos prepara e deixa o nosso coração mais próximo do Senhor que vem. O Senhor já veio, Ele vem e virá. O Senhor vem ao nosso encontro cada vez que nos aproximamos d’Ele e abraçamos a Sua graça que se aproxima de nós. Por isso, esse tempo especial da graça quer nos colocar mais perto do Senhor. Por diversas circunstâncias, muitas vezes, nos distanciamos do Senhor e precisamos acordar, despertar porque a hora é agora e, muitas vezes, cochilamos e adormecemos. O Evangelho de hoje diz que, no tempo de Noé, todos estavam muito ocupados, atarefados nos seus compromissos e, no corre-corre da vida, perderam a graça da salvação na Arca de Noé. Nos dias de hoje, estamos perdendo a salvação porque estamos muito ocupados com nossas tarefas, obrigações e não despertamos para a fé, não acordamos para a fé, não abrimos os nossos olhos para enxergar o Senhor que está perto de nós para que nós O abracemos a cada dia. Vamos propor viver uma espiritualidade do Advento que nos coloque atentos, acordados, de olhos abertos e fixos em Jesus, de modo que possamos revisar a nossa vida, os nossos comportamentos e ações na vida, para que possamos fazer a vontade do Senhor na nossa própria vida. Acordemos, despertemos de todo sono, lentidão e letargia que nos paralisa, nos adormece para que não percamos o tempo da graça. É hora de despertar, de acordar, de levantar, de abrir os olhos… Não abra os olhos para olhar o comércio, as cores do Natal que estão no mundo exterior. Abramos os nossos olhos para olhar para o nosso interior, para dentro do nosso coração, para dentro da nossa própria alma, para rever e ver tudo o que precisamos mudar em nós para que estejamos mais perto do Senhor.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Comunidade da Vila Itagiba celebra abertura da 5ª Festa de Nossa Senhora da Conceição, nesta quinta-feira (28)

Procissão da Bandeira e Celebração Eucarística marcarão o início do novenário em preparação para a Festa de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da comunidade.

A programação festiva em honra à Nossa Senhora da Conceição, na Comunidade da Vila Itagiba, em Bom Jardim, no Agreste pernambucano, terá início nesta quinta-feira, dia 28 de novembro, com a Procissão da Bandeira, que sairá da residência da Sra. Antônia Aleixo (Dona Beza), localizada na Travessa do Derby (próximo ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais), rumo à Capela de Nossa Senhora da Conceição, onde acontecerá a celebração da Santa Missa, presidida pelo Padre Severino Fernandes, Pároco local.


Com o tema central “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo”, a festividade seguirá até o dia 07 de dezembro, com: Ofício da Imaculada Conceição, Recitação do Santo Terço, Ladainha de Nossa Senhora e Celebração Eucarística/da Palavra, sempre a partir das 19h00, na Capela de Nossa Senhora da Conceição, localizada próximo ao Quartel da Polícia Militar.

“É com muita alegria e fé que convidamos todo o povo de Deus, para participar da 5ª Festa de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira da Comunidade da Vila Itagiba, de 28 de novembro a 07 de dezembro de 2019. Venha participar e traga toda a sua família. Preparamos tudo com muito carinho e zelo para acolher os fiéis devotos da Imaculada Conceição”, frisou Flora Arruda, organizadora da festa.


A novidade ficou por conta da procissão do dia 07 de dezembro, que, neste ano, sairá da Praça Barão de Lucena (pátio da igreja matriz), às 18h30, rumo à Capela de Nossa Senhora da Conceição, onde será dado início a Missa de conclusão da festividade.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Comunidade dos Freitas pronta para celebrar a 82ª festa em honra a sua Padroeira, Nossa Senhora da Conceição

Programação religiosa irá acontecer no período de 28 de novembro a 07 de dezembro de 2019.

A Comunidade dos Freitas, em Bom Jardim, no Agreste de Pernambuco, dará início, nesta quinta-feira, dia 28 de novembro, ao novenário preparatório para a 82ª Festa de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da localidade, com o Santo Ofício da Imaculada Conceição, às 19h00, seguido de celebração da Santa Missa, presidida pelo Padre Marcos Antônio, Vigário Paroquial da Paróquia de São Sebastião, de Lagoa de Itaenga – PE.


Toda a programação religiosa acontecerá na Capela de Nossa Senhora da Conceição, sempre a partir das 19h00, com o Santo Ofício da Imaculada Conceição, seguido de Celebração Eucarística/da Palavra, com a animação de Ministérios e Grupos convidados.

“Contamos com sua honrosa presença e de toda a sua família, para, juntos, invocarmos a poderosa intercessão da Virgem Santíssima, a fim de que cresçam em nós a fé, a esperança e a caridade”, destaca a comissão organizadora da festa.


No dia 07 de dezembro, sábado, dia da festa, a programação contará com: alvorada festiva, girândola e repique de sino, às 06h00. 12h00, girândola e repique de sino. 18h00, girândola e toque da Ave Maria. 19h00, procissão conduzindo a Imagem de Nossa Senhora da Conceição, pelas ruas da comunidade, seguida de celebração da Santa Missa, na Capela de Nossa Senhora da Conceição.

domingo, 24 de novembro de 2019

Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo

Naquele tempo, os chefes zombavam de Jesus dizendo: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!”. Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre, e diziam: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”. Acima dele havia um letreiro: “Este é o Rei dos Judeus”. Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”. Mas o outro o repreendeu, dizendo: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”. E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”. Jesus lhe respondeu: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”. (Lc 23,35-43)


Permitamos que Cristo reine sobre a nossa vida

Hoje, a Liturgia nos dá a graça de celebrarmos o último domingo do Tempo Comum, encerrando o ano litúrgico com a grande Solenidade de Cristo Rei e Senhor do Universo. O que estamos aclamando e proclamando em alto e bom tom para todos é que somente Ele é o nosso rei. Rei é aquele que é o primeiro, é aquele que tem a primazia e reina sobre tudo e todos. Cristo tem a primazia da Igreja, que é Seu corpo, da qual Ele é a cabeça, da qual Ele está à frente. E nós que fazemos parte desse corpo, que é a Igreja, estamos submissos a Ele e temos n’Ele a nossa cabeça, o nosso rei e nosso Senhor. Quanto nós, como corpo, precisamos de uma cabeça que nos governe, porque, como perece o corpo quando não tem uma cabeça governando! E precisamos ser essa cabeça do nosso próprio corpo, pois tem muito corpo desgovernado porque não tem cabeça ajuizada governando. A Igreja, a humanidade e a sociedade estão “batendo cabeça”, os corpos estão se perdendo e a vida está perecendo. Estamos vivendo uma vida desgovernada porque não há quem nos governe. Quem nos governa, quem está à nossa frente é Cristo Jesus. Sabemos que, na história do povo de Deus, houve um período em que o povo era governado sem rei, era o próprio Deus quem governava. E o povo pediu a Deus um rei, e Ele deu um rei, segundo o Seu coração, como deu Davi e Salomão. O grande rei que Deus nos deu é o Seu próprio Filho, não para um governo político e monárquico na compreensão dos tempos de hoje. Ele nos deu um rei para governar a nossa vida, para direcionar as nossas atitudes, para iluminar a sociedade e a humanidade. Ele nos deu um rei para que reine sobre nós, para que reinemos com Ele para sempre na eternidade. Ele nos deu um rei que trouxe o Seu reinado para a Terra, mas o reinado de Cristo não é como os reinos deste mundo. Ele mesmo disse: “O meu reino não é deste mundo pagão, mundanizado”. O Reino de Deus é para quem obedece o Evangelho, para quem segue o Seu coração, para quem entrega a Ele o coração em espírito e verdade. Proclamemos e aclamemos Cristo Rei e Senhor do Universo, mas proclamemos e aclamemos Cristo Rei e Senhor da vida. Permitamos que a partir da cabeça, Cristo reine sobre os nossos pensamentos, sentimentos, nossa vontade e todo o nosso ser. Aclamemos Jesus como nosso Rei e Salvador.

domingo, 17 de novembro de 2019

Evangelho do 33º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: “Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. Mas eles perguntaram: “Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?”. Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente! Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”. E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu. Antes, porém, que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. Todos vos odiarão por causa do meu nome. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!”. (Lc 21,5-19)


Coloquemos em Cristo a nossa confiança

Estamos caminhando para a reta final do nosso ano litúrgico e, de fato, a Liturgia nos coloca nos acontecimentos finais da nossa vida, da humanidade, daquela constante vigilância do Senhor que vem. A primeira coisa que a Palavra de Deus nos chama a atenção é que nós precisamos ficar alertas porque o Senhor está no meio de nós mas, sobretudo, alertas para não sermos enganados e iludidos. Diante das ansiedades dos tempos, das tragédias e coisas da vida é muito fácil e sintomático escutarmos as pessoas pregando tragédias, pregando: “Olha, Jesus está voltando, e será logo”. Eu sei que o Senhor está vindo, está voltando, mas O espero não no desespero, mas na confiança, porque os profetas dos desastres querem colocar o nosso coração no medo e a conversão que é feita pelo medo não é verdadeira, autêntica e nem alicerçada no amor. Quando Jesus anuncia todas as tragédias é para dizer que o mundo em que estamos, cercado de terremotos, guerras e conflitos é um mundo sem Deus, mas que o próprio Senhor virá para abreviar essas coisas para implantar de forma definitiva o Senhor em nosso meio. Depois, ao mesmo tempo que precisamos estar alertas para não sermos enganados, iludidos, confundidos e ao mesmo tempo criarmos confusão com a própria Palavra do Senhor. A Palavra de Deus também nos alerta que seremos perseguidos, odiados, rejeitados por sermos discípulos de Jesus. Temos que permanecer firmes, perseverantes porque o mundo pode se voltar inteiramente contra nós, mas não poderão nos derrotar porque o nosso Senhor é mais do que vencedor. Portanto, não precisamos ter receio, medo ou temor porque o Senhor é quem cuida de nós. O importante é permanecer firme na fé, porque é só permanecendo firme na fé que iremos ganhar a eternidade. Não desanimemos, não entreguemos o nosso coração ao medo, ao temor ou entreguemos o nosso coração as ansiedades dos tempos, mas coloquemos em Cristo Jesus a nossa confiança e nossa fé porque é Ele quem cuida de nós.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Todos por Kallyne Aleixo: Campanha mobiliza internautas para compra de prótese

Na luta contra o câncer, jovem de 22 anos tem perna amputada. Objetivo da campanha é arrecadar R$ 10 mil para compra de uma prótese.

A jovem Kallyne Aleixo, de 22 anos, lançou na última quarta-feira (13), por meio das suas redes sociais, com o apoio de familiares e amigos, a campanha “Todos por Kallyne Aleixo”, que tem como objetivo arrecadar o valor de R$ 10 mil, para a compra de uma prótese, após ter a perna amputada em razão de um tratamento contra o câncer, descoberto aos 20 anos.


“Venho, por meio das redes sociais, contar um pouco da minha história e pedir ajuda a vocês. Em 2017, fui diagnosticada com um tumor no joelho, que passou também para o fêmur, da perna esquerda. Passei por nove sessões de quimioterapia. Logo após, fiz uma cirurgia para a retirada do fêmur e colocar uma prótese. Voltei a fazer quimioterapia. Mais nove sessões. Totalizando, dezoito sessões. Pensei que estava curada. Mesmo tendo perdido o movimento da minha perna, estava feliz por tudo ter dado certo e estar livre dessa doença tão triste. Quando menos esperei, agora em outubro de 2019, precisei realizar mais exames, pois estava sentindo dores na parte de trás do joelho, e o mesmo começou a inchar. Para minha surpresa, o tumor havia voltado, ainda mais agressivo. Inclusive, se aproximando de uma veia importante, arriscando minha vida. O médico me deu apenas uma opção: amputar a minha perna. Fiquei triste, mas confiante, que, mesmo perdendo a perna, Deus me daria a oportunidade de viver. Hoje, estou há poucos dias pós cirurgia, sem minha perna. Venho aqui, pedir ajuda a vocês, para comprar a minha prótese. Minha mãe recebe apenas um salário, que nos mantêm. Não temos como comprar a prótese, porque temos muitas despesas. Principalmente agora, que estou em uma cama, sem poder andar. Qualquer valor será bem-vindo e ficarei muito grata. Me ajudem a ter a oportunidade de voltar a andar. Obrigada a todos. Que Deus abençoe grandemente a cada um de vocês”, descreve a jovem por meio das suas redes sociais.


Saiba como colaborar:




quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Qual a vontade de Deus para os jovens?

A juventude é chamada de “a flor da idade”; porque é bela, forte, pujante, cheia de vida e de desafios. Mas, muitos jovens estão sofrendo em nossos dias porque não sabem o sentido da vida e porque não lhes foi mostrada a sua beleza, conforme a vontade de Deus. Muitos, perdidos no tempo e no espaço, debatem-se no tenebroso mundo do crime, das drogas, da violência, do sexo sem compromisso, e de outras mazelas. Que tristeza!


O jovem não tem o direito de abandonar ou deixar estragar a sua vida; pois ele é a mais bela Obra do Criador!

Paul Claudel, um teatrólogo francês, disse que “o jovem não foi feito para o prazer, mas para o desafio”.

Mas, só Cristo pode dar ao jovem o máximo. Jesus lhe revela a sua beleza e o seu valor; e mostra-lhe a grandeza de ser “filho amado de Deus”.

O jovem cristão deve honrar os seus pais, como ensina o quarto Mandamento; deve ser fiel a seus amigos e irmãos, deve estudar e trabalhar, nunca perder tempo e jamais jogar a vida fora com coisas vazias. Terá que descansar e se divertir, mas de maneira saudável, sem pecar, sem fazer do prazer um fim, mas apenas um meio de descansar e poder viver bem e fazendo o bem aos outros.

É na juventude que Deus nos chama a um encontro pessoal com Ele; para alguns será o chamado para a vida sacerdotal ou religiosa, vivendo no celibato e entregando a sua vida radicalmente a Deus a serviço do seu Reino. Não existe nada mais belo para um jovem do que a vocação sacerdotal. Sem o sacerdote não há Igreja, não há o perdão sacramental dos pecados, não há a Eucaristia, não há salvação.

O jovem cristão é também um evangelizador; especialmente com seu exemplo no meio de seus amigos, sem ter vergonha de sua fé e de sua Igreja. Hoje é difícil dar testemunho de Jesus; viver como a Igreja ensina, rejeitando o sexo fora e antes do casamento, fugindo das diversões perigosas e de todo pecado; mas, quanto mais isso for difícil, mais necessário será para a sociedade voltar para Deus.

O jovem cristão precisa conhecer a doutrina católica; ler e estudar o Catecismo para saber dizer a seus parentes e amigos qual a sua esperança e as “razões de sua fé” (1 Pe 3,15).

Sabemos que o jovem tem grande dificuldade para a perseverança religiosa; por isso precisa rezar constantemente; participar dos sacramentos da Eucaristia e Confissão, meditar a Palavra de Deus e se engajar em um trabalho pastoral. Tudo isso sem descuidar de sua formação humana, seus estudos, trabalhos e ajuda à família. Assim será um jovem de Deus e que faz a sua vontade.

A maioria dos jovens é chamada à vida matrimonial; então, cabe-lhes começar bem se preparando para o matrimônio. Essa preparação exige uma vida de estudo e trabalho para encontrar o seu lugar no mercado de trabalho, e, no momento adequado começar um namoro cristão para procurar a pessoa com quem se casar um dia.

Deus quer o jovem alegre, casto e dedicado ao que faz. Que espalhe a alegria no seu rosto, viva a castidade no pensamento, nas leituras, no que assiste e no namoro; estude com seriedade e trabalhe com dedicação. É na juventude que se constrói o futuro próprio, da família e da sociedade. A juventude é a força motriz da sociedade, o perfume saudável da vida. O jovem cristão deve imitar Aquele que viveu em Nazaré, e que deu a vida por todos.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Quando os homens rezam

Quando os homens se manifestam, a graça acontece e Deus age. Nós homens somos convidados a ser intercessores: guerreiros que combatem na oração. Para isso, precisamos ser cheios do Espírito Santo, para assumir a missão que o Senhor nos confia.


O mundo está perecendo por falta de homens que rezam e assumam o ministério da intercessão, clamando pela misericórdia do Senhor. Deus quer resgatar no coração deles o gosto pela oração e pelo louvor.

Nós homens precisamos ser adoradores em espírito e em verdade, e assumir uma postura de guerreiros diante das forças do mal. A Igreja necessita de homens que ofereçam sacrifícios pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas. Isso só será possível se nós homens deixarmos a nossa má vontade, o nosso comodismo e formos dóceis à vontade do Senhor.

Infelizmente, muitos deixaram de rezar, afirmando que oração é coisa de mulher e de criança. Mas é o próprio Espírito Santo quem convoca a nós homens. É a Palavra de Deus que testemunha isso:

“Antes de tudo, eu recomendo que se façam pedidos, orações, súplicas, ações de graças por todos os homens. Quero, portanto, que os homens orem em toda parte, erguendo para o céu mãos santas, sem ira nem discussão” (I Tm 2, 1.8).

Muitas famílias estão se desestruturando porque o homem não assume a Igreja doméstica que é o seu lar. Por isso vemos o caos em que se transformaram as nossas famílias, porque os homens não se decidiram por Deus.

Quando o homem não assume o senhorio de Jesus em sua família, a conseqüência é a destruição do próprio lar. Digo a todos os homens: é tempo de retomada. Comecemos a rezar! Não se sinta envergonhado! Se você não sabe rezar, procure ajuda. É assim que se começa. Comece a falar com Deus, a desabafar com Ele do jeito que você souber. Não existem fórmulas ou maneiras estabelecidas para isso. Com o Senhor, você pode ser espontâneo.

O homem é a “cabeça” da família. Ele é o primeiro que precisa tomar posse do plano de salvação, a qual Deus lhe confiou para a edificação do seu Reino. Os homens são escolhidos pelo Senhor para serem os dirigentes, os governantes, os administradores, aqueles que têm nas mãos as decisões, aqueles que fazem chegar a transformação na política, na administração, na economia, na saúde…

O Senhor está convocando os homens para serem homens de Deus, homens de oração, para que as decisões d’Ele se realizem aqui na terra.

O nosso chamado é para sermos homens de oração, que se deixam conduzir pelo Espírito Santo, tornando-nos uma brasa viva do amor de Deus. Faça da sua vida uma oração e a cada dia você poderá testemunhar as maravilhas que o Senhor tem operado em sua vida.

domingo, 10 de novembro de 2019

Evangelho do 32º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva, a fim de garantir a descendência para o seu irmão. Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. Também o segundo e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. Por fim, morreu também a mulher. Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram casados com ela”. Jesus respondeu aos saduceus: “Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor de ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’. Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele”. (Lc 20,27-38)


Desejemos o Reino dos Céus

A Palavra de Deus que vem ao nosso encontro, no dia de hoje, é, na verdade, uma oportunidade para levantarmos a nossa fé, para acendermos a chama da fé em nós. Muitas vezes, estamos tão presos a esse mundo que perdemos o sentido da eternidade, o sentido do Céu e, realmente, encaramos a morte como o fim, como se nós não tivéssemos fé. Se aqueles que são pagãos ou incrédulos não creem na ressurreição e, veja que, no Evangelho de hoje, são saduceus, são homens religiosos que não se convencem da possibilidade da ressurreição dos mortos e colocam uma situação muito questionadora para Jesus. “Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. Também o segundo e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. Por fim, morreu também a mulher. Na ressurreição, ela será esposa de quem?” (Lucas 20,29-33). No Reino dos Céus não seremos de ninguém, seremos todos de Deus porque estaremos todos na presença d’Ele, pois, foi para vivermos para sempre com Ele que fomos criados. Não percamos a dimensão da eternidade, pois estamos de passagem nesta vida. Neste mês, onde celebramos todos os santos e os fiéis falecidos, a Igreja nos convida a cada dia a mergulharmos a nossa fé na esperança da ressurreição final. A esperança não é só de algo que virá depois; é uma esperança que nos mantenha vivos e convictos da certeza de que Deus nos criou para a vida. Deus não nos criou para a morte, o nosso Deus não é o Deus da morte. O nosso Deus é o Deus da vida. Alguém ainda diz: “Por que Deus tirou? Deus levou”. Deus não tira a vida, mas Ele é Aquele que dá a vida. Se alguém morreu por circunstâncias dolorosas, desagradáveis e trágicas ou se alguém morreu muito cedo, você pode ter a certeza de que Deus não quer a morte de nenhum pecador, mas que ele se converta e tenha a vida. O nosso Deus é o Deus da vida, somos nós quem cuidamos da nossa vida e, muitas vezes, por descuido em diversas situações, a nossa vida se vai cedo, de forma desastrosa, de forma inesperada, mas o mais importante é sabermos que, independente da hora que sairmos dessa vida, o mais importante é estarmos ansiosamente esperando pela vida que nos aguarda. Achamos a vida aqui na Terra boa porque não sabemos o que é a eternidade. Deus que nos deu a vida aqui, com todas as belezas e a graça de viver, se Ele nos deu isso, imagine o que Ele dará para aqueles que forem dignos da vida futura com Ele, da vida eterna. Olhos não viram e a capacidade humana não é capaz de compreender o que Deus tem reservado para aqueles que O amam, por isso, aspiremos aos Céus, busquemos os Céus vivendo a cada dia a nossa vida nesta terra, neste vale de lágrimas, sem perder a dimensão da eternidade, mas termos sempre a convicção de que o nosso Deus é o Deus da vida; e a vida eterna é o que Ele quer conceder a todos nós.