terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Como se renovar na virada do Ano Novo

O último momento do ano vem chegando, uma noite cheia de esperanças e alegrias, desejos e felicidades, com muitas expectativas e mudanças. É comum que neste momento vejamos os fogos na televisão, em várias Regiões do Brasil. Além daquelas fotos para as redes sociais, com champanhe sendo aberto por alguém da família. É um momento de muitos beijos e abraços. Por isso eu queria aproveitar toda essa alegria e sugerir uma Alegria.


A renovação que desejamos pode ser ainda melhor, pode ser espiritual, este gozo da comunhão familiar pode ser uma Alegria muito maior, pois podemos dar um grande abraço em Deus e receber Dele todo o seu carinho e amor. Basta que O busquemos e Ele, como um Pai cheio de amor, nos oferece toda esta experiência. Esta pode ser a virada da sua vida em direção a Deus. Sabe de uma coisa? Ele está cheio de presentes para nos dar, e todos eles são inigualáveis e repletos de sentido e amor; são, poderíamos dizer, providenciais, são aqueles dos quais você mais precisa.

Este é o Ano Novo que podemos ter, um ano feito por Ele, onde seremos o que Ele deseja de nós, como Ele deseja que seja. Para isso talvez tenhamos que mudar, talvez tenhamos que esperar, talvez tenhamos que sofrer e esperar que os outros mudem. Só Deus sabe o que nos espera, nós tentamos acompanhar da melhor maneira. Mas só os caminhos de Deus se cumprem. Planos e estratégias humanas sempre são uma sugestão para Deus. Só Ele é o A e o Z, o Princípio e o Fim, Que pode realmente oferecer a Água da Vida; cuidado com os “falsos profetas”.

Neste Novo Ano, coloque sua vida nas mãos de Deus e dia a dia viva a fidelidade à sua Vocação, pois Deus lhe concederá tudo o que for necessário, e restaurará tudo na Sua divina Providência. Feliz Ano Novo!

domingo, 29 de dezembro de 2019

Sagrada Família: Jesus, Maria, José

Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”. José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito. Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”. Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o menino já estão mortos”. José levantou-se, pegou o menino e sua mãe, e entrou na terra de Israel. Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso, depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galileia, e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: “Ele será chamado Nazareno”. (Mt 2,13-15.19-23)


Sua família é muito sagrada para Deus

Neste domingo, celebramos a graça da Sagrada Família, Jesus Maria e José. É necessário dizer que nada é mais sagrado para Deus do que a família, porque Ele é a família divina, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Deus nos deu Seu Filho para que Ele pudesse viver em uma família. Jesus poderia estar vivendo sozinho, nascendo milagrosamente, mas, nos desígnios eternos de Deus, a salvação passa pela família. Em primeiro lugar, é a família que precisa ser salva para que a humanidade seja salva. Não há como salvar a humanidade e a vida, se não salvar nossas famílias, se não estivermos cientes do valor sagrado de nossa família. Deus queria se tornar um homem na família para que toda família se tornasse, Nele, sagrada. Sua família é muito sagrada para Deus, ela é sublime. Nada é mais importante para você do que sua família. Lute, ore e esteja com sua família, valorize sua família acima de qualquer coisa. Nenhum amigo, nenhum emprego, nenhuma conquista da vida é maior que a conquista, resgate e salvação da família. Nossa sociedade moderna não promove a família como uma família, pelo contrário, promove muitos ataques à família. E quem pode defender nossas famílias? Quem veio para salvá-la: Jesus. Portanto, no centro de nossas casas e famílias, Jesus precisa ser o primeiro. Mas se você coloca a situação econômica, os valores materiais, o consumismo, se no centro de sua casa o mais importante é a televisão, a mídia e muitas outras coisas, sua família está diluindo o valor sagrado que possui. Se você colocar seus interesses em primeiro lugar, sua família se dilatará. Falo com você de todo o coração: coloque Jesus no centro da sua família e da sua casa, deixe-o viver em sua família como ele vivia na família de Nazaré, no meio de Maria e José. Jesus também quer estar em sua casa. Que sua casa se reúna em volta de Jesus, que sua casa se reúna para se render a Jesus, que sua casa se encontre para invocar o nome de Jesus. Isso tem que começar com a nossa própria comida. É triste como as famílias se alimentam porque não se alimentam de Deus, da Palavra de Deus e, quando se reúnem para comer juntas, outras coisas são mais importantes; um vai assistir televisão, o outro não retira o celular da mão e não faz uma oração para expressar a comunhão familiar. Comece a prestar atenção às coisas que parecem simples e insignificantes, mas são muito importantes para resgatar o valor sagrado de uma família. Quando sua família se reúne para orar? Quando você expressa a comunhão de Deus na experiência familiar?

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Celebrar o Natal do Senhor

Há dois mil anos nascia em Belém, numa pequena gruta, aquele que viria revolucionar toda a lei antiga. Reconhecendo a necessidade da justiça, Ele trouxe também a Paz, Compreensão, Perdão, Amor. Viveu ensinando bondade, simplicidade, humildade, sinceridade, doação, entrega.


Morreu para nos trazer o perdão. Morreu e ressuscitou para poder continuar sempre conosco. É esse nascimento que comemoramos no mês de Dezembro. O nascimento do Verbo que se fez carne. Do Deus que, por amar tanto os homens, torna-se um deles, despoja-se de Sua divindade para viver integralmente Sua humanidade. Sendo Deus, vive como homem para melhor compreendê-lo, para melhor mostrar-lhe Seu amor, para ensiná-lo a amar, para salvá-lo.

Será que pensamos no verdadeiro sentido do Natal, quando preparamos nosso próprio presépio, nossa árvore, nossos enfeites, nossos presentes, nossas ceias? Será que nos lembramos que o Menino Deus nasceu sem pompas e sem festas?… Nasceu numa humilde estrebaria?… Será que lembramos que, enquanto nos reunimos entre enfeites, uísque, champanha, que existe muita gente que não tem nada para comer?… Será que nesse dia lembramos daqueles que estão sofrendo?… Dos doentes, dos sem famílias, dos pobres, dos presos, dos angustiados?

E Jesus pensou em todos eles. Amou a todos eles. Então, para termos um Natal feliz, vamos reunir nossa família. Isso é importante aos olhos de Deus. Mas vamos mostrar a ela o verdadeiro sentido do Natal, o carinho que temos por aquele Pequenino que, sendo Deus, se fez criança por amor a todos nós.

É, vamos procurar tornar mais alguém feliz. Alguém que não pertença à nossa família, alguém que não tenha condições de se reunir festivamente. Vamos levar um pouco de calor humano a alguém talvez desconhecido, mas que também é nosso irmão e tem direito à felicidade. Vamos comemorar nosso Natal, pensando em toda a humanidade, rezando por ela, dando um pouco de conforto a um necessitado, uma palavra amiga a um sofredor, um sorriso a um decepcionado. Vamos comemorar nosso Natal, vivendo o amor.

E assim estaremos festejando com dignidade o nascimento do Menino Jesus e permitindo que Ele renasça em nosso coração, a fim de que possamos nos renovar, crescer, caminhar para a Suprema Felicidade de um dia vê-lo face a face. Feliz Natal!

domingo, 22 de dezembro de 2019

4º Domingo do Advento

A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”. Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado e aceitou sua esposa. (Mt 1,18-24)


Jesus veio nos libertar do poder do pecado

Há poucos dias de celebrarmos o Natal de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a narrativa da liturgia de hoje nos coloca em plena comunhão com esse elemento salvífico: a manifestação de Deus no meio de nós. Deus usa os intermédios humanos para manifestar a Sua graça, e o primeiro intermédio humano é o ventre de Maria, é a Virgem Maria, mulher escolhida, amada, chamada e designada por Deus para que dela pudesse nascer o Seu Filho. O Filho divino e eterno de Deus assumiu nossa humanidade no ventre de Maria, mas Deus também quis que Seu filho tivesse um pai terreno, que O acompanhasse em todo o seu desenvolvimento humano. José, escolhido como esposo de Maria, é o pai adotivo de Jesus, mesmo não compreendendo tamanho mistério e graça que se realizou em Maria, movido por dúvidas e inquietações devido ao tamanho da grandeza dos acontecimentos. José não desconfiava de Maria, mas também não compreendia o que estava acontecendo. Por isso, a intervenção divina apareceu para José quando ele estava mergulhado num sono profundo: “José, não tenha medo de receber Maria, porque tudo o que nela se realiza é obra do Espírito Santo”. É o Espírito Santo que realiza uma obra plena em Maria. Ele a concebeu sem pecado, a preservou do pecado em vista do nascimento de Jesus, o Divino Salvador, e agora concebe nela o Filho bendito de Deus. “José, ela dará à luz a um filho, e ele se chamará Jesus, porque Ele vai salvar o seu povo dos pecados”. Jesus veio a nós para nos salvar e nos libertar do poder e da sedução do pecado, e para nos perdoar das ofensas que cometemos por causa dos pecados. Recorramos a Jesus, nosso Divino Salvador, que veio ao nosso encontro para nos salvar de toda e qualquer iniquidade.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

O verdadeiro Natal

“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz” (Isaías 9,1). Esse fato narrado pela Palavra de Deus aconteceu há mais de dois mil anos, no entanto, atualiza-se todos os dias. É Ele o motivo que nos faz celebrar o Natal, pois uma Luz brilhou em meio às trevas!


Há um clima diferente no ar, votos de felicidade, mãos estendidas, confraternizações e brilhos estão por todos os lados! Nas ruas, casas e lojas, por onde quer que andemos, as luzes piscam entre cores e formas, convidando-nos à celebração. Elas iluminam e encantam, trazem um colorido especial às realidades que, durante o ano, foram se tornando comuns e opacas pela rotina do dia a dia. As roupas e os adereços também ganham destaque nesta época. Afinal, a moda no Natal é brilhar!

O que celebramos no Natal?

Somos envolvidos pela correria do comércio. Os presentes, as viagens e tantas outras realidades próprias do fim de ano fazem-nos viver um tempo diferente. Mas será que estamos mesmo celebrando o Natal? Ou seja, será que estamos celebrando o nascimento de Jesus, o Deus que se fez Menino, nascido da Virgem Maria, que veio habitar em meio a nós?

Ele é a verdadeira Luz que brilhou para o povo que andava nas trevas. Ele veio para nos salvar e fazer de nós participantes da Sua vida divina. Trouxe-nos a grande e esperada libertação; por isso celebramos o Seu nascimento! Mas, será que, em nossos dias, tão agitados e interativos, temos tido tempo para tomarmos consciência dessa verdade?

Penso que celebrar o Natal sem nos deixar envolver pela ternura do amor de Deus, expresso no nascimento de Cristo, é como participar de uma festa sem conhecer os anfitriões nem o motivo da comemoração. Você está presente, come, bebe, admira a decoração, observa os convidados, mas não tem por que se alegrar, vive tudo de maneira superficial, indiferente. E tenho a certeza de que não é isso que Deus espera de nós, justo na festa do Seu nascimento.

Lugar que Deus escolheu para nascer

Precisamos recordar, com urgência, o motivo da celebração do Natal e nos prepararmos com dignidade para esta festa, sem nos deixarmos levar pelo clima externo do consumismo.

Mesmo que isso seja um grande desafio em nossos dias, precisamos fazer nossa parte como cristãos! Aquela Luz que brilhou na Terra, há mais de dois mil anos, é Jesus, a mesma Luz que deseja, hoje, iluminar nossa vida, dissipando toda espécie de trevas que o pecado nos incutiu.

Lembremo-nos de que nosso coração é o lugar que Deus escolheu para nascer, pois somos únicos diante d’Ele. No entanto, como Pai amoroso que é, o Senhor continua a respeitar nossa liberdade e espera darmos o primeiro passo na direção certa, para que Sua luz entre em nossa vida.

É preciso abrir o coração para Cristo iluminar

Sem abertura de coração, a luz de Cristo não pode iluminar nossa vida! Ou seja: sem nos decidirmos a amar, perdoar, a sermos justos e dedicados, bondosos, alegres e pacíficos, não há como celebrarmos o nascimento de Deus em nós. Sendo assim, o Natal passa a ser mais uma festa sem sentido. Não basta presépios, Missa do Galo, troca de presentes e ceias fartas para o Natal acontecer, é preciso tomar a decisão de uma vida nova, pautada nos ensinamentos de Cristo, que nos conduzem às atitudes concretas e coerentes, à vivência da fé durante todos os dias do ano.  “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz” (Isaías 9,1). Ainda hoje, existem muitos que caminham nas trevas do pecado, e Jesus deseja iluminá-los por meio de nós. Tenhamos a coragem de testemunhar o amor de Deus a partir dos pequenos acontecimentos e das escolhas do nosso dia a dia. É esse o tempo favorável para uma vida nova! A luz brilhou em meio às trevas, veio reacender a esperança e nos dar a certeza de que já não estamos sozinhos. Deus está conosco, Ele é o Emanuel! Sua luz nos contagia e aquece, por isso, abramos nossos corações e tenhamos a coragem de sermos faróis no mundo, levando, com a nossa vida, a luz que é Cristo, aos corações sedentos de amor e paz. Assim, celebraremos o Natal, a festa verdadeira da Luz!

domingo, 15 de dezembro de 2019

3º Domingo do Advento

Naquele tempo, João estava na prisão. Quando ouviu falar das obras de Cristo, enviou-lhe alguns discípulos, para lhe perguntarem: “És tu, aquele que há de vir, ou devemos esperar um outro?”. Jesus respondeu-lhes: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados. Feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim!”. Os discípulos de João partiram, e Jesus começou a falar às multidões sobre João: “O que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? O que fostes ver? Um homem vestido com roupas finas? Mas os que vestem roupas finas estão nos palácios dos reis. Então, o que fostes ver? Um profeta? Sim, eu vos afirmo, e alguém que é mais do que profeta. É dele que está escrito: ‘Eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele vai preparar o teu caminho diante de ti’. Em verdade vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele”. (Mt 11,2-11)


Sejamos a seta que aponta o caminho de Jesus

João estava na prisão e mandou que seus discípulos perguntassem a Jesus se Ele era mesmo o Messias ou se deveria esperar por outro. Não é que João tivesse dúvida porque Ele sabia quem era Jesus. João queria que os seus discípulos tivessem a convicção de que Jesus estava no meio deles; e precisamos, como discípulos do Mestre Jesus, ter a mesma certeza de que Jesus está no meio de nós. Por isso, Jesus vai falar quem é João. João é aquele que estava no deserto, aquele que preparou os caminhos do Senhor. João se fez humilde porque era formado na via da ascese, da penitência e da mística do Céu. Um homem formado pela mística do Céu poda o seu próprio coração para se tornar evangelicamente a seta de Deus. Quando eu digo “seta” quero dizer aquilo que dá a direção, a seta mostra o caminho por onde devemos andar. A seta não é o caminho, a seta nos mostra o caminho, porque João foi a seta que nos mostrou o caminho que é Jesus. João foi aquele que se tornou a voz por onde a Palavra de Deus ecoou, João era a voz, mas ele não era a Palavra; a Palavra era Jesus. Por isso, João não anunciava a sua palavra, e sim a Palavra de Deus; assim como João não se fazia caminho, mas apontava o caminho que era Jesus. E é assim que precisamos aprender a ser, porque Jesus está dizendo que entre os nascidos de mulher, ninguém foi maior do que João, ninguém anunciou mais o Reino de Deus, preparou o caminho de Deus do que João. Ninguém foi maior profeta do que João, contudo, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. O Reino dos Céus que João preparou e anunciou não é para os grandes, é para os pequenos, para os humildes, para quem sabe se humilhar para se tornar pequeno e não para quem reclama o crescimento da sua grandeza, do seu orgulho, da sua soberba, desses sentimentos vaidosos que tomam conta da alma e do coração humano. Aprendemos com João que a via da salvação é a penitência e a humildade, isto é, aprendermos que não somos o caminho, mas precisamos ser a seta para mostrar o caminho; é aprender que não temos a Palavra, mas que a nossa Palavra precisa ser a Palavra de Deus, única, autêntica, libertadora e salvadora. Olhemos para João que nos aponta o caminho da conversão. Não podemos seguir a Jesus, se não aprendermos com João Batista o caminho da conversão todos os dias da nossa vida.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Nossa Senhora de Guadalupe

Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim de participar da catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002).


Nossa Senhora disse então a Juan Diego que fosse até o bispo e lhe pedisse que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus.

O bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Isso ocorreu quando Juan Diego buscava um sacerdote para o tio doente: “Escute, meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao Bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando chegar diante dele, desdobre a sua “tilma” (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu, nada omita…”.

O prelado viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Santíssima Virgem para a capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531.

Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: “Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou a mim. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de ‘Santa Maria de Guadalupe’, embora não tenha explicado o porquê”. Diante de tudo isso muitos se converteram e o santuário foi construído.

O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já existe há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.

No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. E nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do referido bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.

Declarou o Papa Bento XIV, em 1754: “Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros… uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja… Deus não agiu assim com nenhuma outra nação”.

Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América” pelo Papa Pio XII no dia 12 de outubro de 1945.

No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e consagrou a Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a Virgem de Guadalupe é Padroeira. Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!

domingo, 8 de dezembro de 2019

Imaculada Conceição de Nossa Senhora

Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”. Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”. Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?”. O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível”. Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se. (Lc 1,26-38)


Maria é a seta que nos indica o caminho da graça

Salve, Maria, ó toda cheia da graça divina, plena da graça do Senhor. Celebrando, hoje, a grande Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, olhamos para Aquela que nós também devemos ser, porque, o anseio de Deus, o desejo mais profundo do coração d’Ele é uma humanidade imaculada, limpa e purificada de toda a mácula do pecado. Quando olhamos para Maria, vemos n’Ela o protótipo do que é a Igreja, daquilo que é o homem e a mulher que nasceu no plano original de Deus. Deus não nos criou manchados nem no pecado, Ele não nos criou no erro. Deus, no princípio, criou o homem e a mulher à Sua imagem e semelhança, e o pecado não é imagem nem semelhança de Deus. O pecado é o desvirtuamento da graça de Deus em nós. O desvirtuamento da graça é uma desgraça, somos os degradados filhos de Eva que nos manchamos por aquilo que os nossos primeiros pais lançaram sobre a humanidade. Não é difícil entender que um ar poluído polui todo o ambiente, não é difícil entender que aquilo que contamina, o vírus que se passa, passa-se para todos aqueles que são contaminados por ele. Deus não nos quer contaminados pelo pecado, pelo contrário, Ele nos quer salvos e redimidos. Maria foi preservada desde a Sua concepção no ventre de Sua mãe sem essa marca, sem essa contaminação do pecado. Não foi por Ela, foi em vista do Seu Filho, aquele que é o Salvador. O primeiro que Jesus redimiu foi a Sua própria Mãe, Aquela da qual Ele nasceria do ventre. A salvação que Ele operou por antecipação em Maria, Ele deseja também operar em nós. Não fomos concebidos imaculados, mas a graça d’Ele nos tira a mácula do pecado. A graça d’Ele porque Ele é o cordeiro que tira o pecado do mundo, tira o pecado da nossa vida. Maria não só foi concebida sem pecado, mas viveu a vida sem pecado, Ela fugiu dos caminhos do pecado para viver sempre no caminho da graça. Se nos desvirtuamos em algum caminho de pecado, tenhamos em Maria um refúgio, uma sinalização, uma seta que nos indica o caminho da graça. Se nos deixamos enveredar pela desgraça do pecado, que a cheia de graça, como o Anjo A clama, aponte-nos a graça da salvação, aponte-nos o caminho do Seu Filho Jesus, que nos salva do mal do pecado. Deus deseja que nós também trilhemos o caminho que Maria trilhou, que também sejamos puros, santos e imaculados, porque foi para isso que Deus nos criou. Somos pecadores, mas não foi para isso que Deus nos criou. Ele nos criou para sermos santos e imaculados.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

O que é o advento?

Começamos novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da liturgia com o Advento, tempo de preparação para o nascimento de Jesus Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a advertência do próprio Cristo, quando diz: “Vigiai!”, para não sermos surpreendidos.


Realização e confirmação da Aliança de Deus

A chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento, é a realização e confirmação da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e confiam na Palavra de Deus.

Estamos em tempo de educação de nossa fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que trabalha o barro, dando a ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve ser transformada conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida, transformando-a de Seu jeito.

Neste caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos pelas exigências da Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e ao próximo, porque ninguém ama a Deus não amando também o seu irmão.

Convocação para vigilância

O Advento é convocação para a vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito importante estar diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de um mundo totalmente afastado de Deus.

Outro fato é não desanimar diante dos tipos de dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos numa cultura de disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é “servo vigilante”.

Confiar significa ter a sensação de não estar abandonado por Deus. Com isso, no Advento vamos sendo moldados para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.

Preparar-se para o Natal já é ter a sensação das festas de fim de ano. Não sejamos enganados pelas propostas atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação divina em todo o mundo.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Paróquia de Sant’Ana lança campanha para compra de um novo sistema de som para a Igreja Matriz

Fiéis podem colaborar das mais diversas formas, por meio de carnê, depósito bancário, rifa ou doações espontâneas.

Os Padres Severino Fernandes e Eduardo José, Pároco e Vigário Paroquial da Paróquia de Sant’Ana, em Bom Jardim, no Agreste pernambucano, lançaram, com o apoio dos Grupos e Movimentos Pastorais, a Campanha “Amigos do Som”, que tem como objetivo arrecadar fundos para a compra de um novo e moderno sistema de som para a Igreja Matriz de Sant’Ana, construção com mais de dois séculos e meio de história.


Segundo a comissão que coordena a campanha, a iniciativa atende a um desejo antigo da comunidade católica local, que frequenta o histórico templo e reivindica um sistema de som moderno, que ofereça mais qualidade técnica.

“A Igreja Matriz de Sant’Ana é um dos maiores símbolos de Bom Jardim. Rosto e coração da comunidade católica bonjardinense. Patrimônio de todos. Somos chamados, através da campanha ‘Amigos do Som’, a cuidar do que é nosso, para que o anúncio da Palavra de Deus, neste ambiente santo, continue acontecendo de forma ainda mais eficaz. Infelizmente, muitos corações ainda não foram tocados pela importância do ato de devolução do dízimo. Consequência disso: as diversas barreiras financeiras que enfrentamos para realizar qualquer melhoria na estrutura física da Paróquia. Resta, então, mobilizar a população para tais fins, uma vez que muitos ainda não aderiram ao dízimo. Creio firmemente na Providência Divina, que, muito em breve, pelo esforço e colaboração de todos, conseguiremos adquirir um novo e moderno sistema de som para a nossa igreja matriz”, destacou o Padre Eduardo José, na Celebração Eucarística que marcou a abertura paroquial do Tempo do Advento.

Saiba como colaborar:

Carnê Amigos do Som
Valor: Três parcelas de R$ 35,00
Local: Secretaria Paroquial

Rifa de um Aparelho Celular Moto E5 Play
Valor: R$ 2,00 / Bilhete
Locais: Comunidades, Secretaria Paroquial ou Vendedores Credenciados

Depósito Bancário
Banco do Brasil
Agência: 2369-8
Conta Poupança: 21.247-4
Variação: 51

Informações pelo telefone (81) 3638-1274, de terça a sexta, das 08h00 às 12h00.

domingo, 1 de dezembro de 2019

1º Domingo do Advento

Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: “A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. Pois nos dias, antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. E eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem. Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada. Portanto, ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor. Compreendei bem isto: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Por isso, também vós ficai preparados! Porque, na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá”. (Mt 24,37-44)


O tempo da graça nos aproxima do Senhor

Iniciamos esse tempo da graça, o tempo do Advento, que é o tempo que nos coloca cada vez mais próximos da graça do Senhor. Veja, não é só um tempo de preparação para a comemoração do Natal, é o tempo que nos prepara e deixa o nosso coração mais próximo do Senhor que vem. O Senhor já veio, Ele vem e virá. O Senhor vem ao nosso encontro cada vez que nos aproximamos d’Ele e abraçamos a Sua graça que se aproxima de nós. Por isso, esse tempo especial da graça quer nos colocar mais perto do Senhor. Por diversas circunstâncias, muitas vezes, nos distanciamos do Senhor e precisamos acordar, despertar porque a hora é agora e, muitas vezes, cochilamos e adormecemos. O Evangelho de hoje diz que, no tempo de Noé, todos estavam muito ocupados, atarefados nos seus compromissos e, no corre-corre da vida, perderam a graça da salvação na Arca de Noé. Nos dias de hoje, estamos perdendo a salvação porque estamos muito ocupados com nossas tarefas, obrigações e não despertamos para a fé, não acordamos para a fé, não abrimos os nossos olhos para enxergar o Senhor que está perto de nós para que nós O abracemos a cada dia. Vamos propor viver uma espiritualidade do Advento que nos coloque atentos, acordados, de olhos abertos e fixos em Jesus, de modo que possamos revisar a nossa vida, os nossos comportamentos e ações na vida, para que possamos fazer a vontade do Senhor na nossa própria vida. Acordemos, despertemos de todo sono, lentidão e letargia que nos paralisa, nos adormece para que não percamos o tempo da graça. É hora de despertar, de acordar, de levantar, de abrir os olhos… Não abra os olhos para olhar o comércio, as cores do Natal que estão no mundo exterior. Abramos os nossos olhos para olhar para o nosso interior, para dentro do nosso coração, para dentro da nossa própria alma, para rever e ver tudo o que precisamos mudar em nós para que estejamos mais perto do Senhor.