sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Carta de Madre Teresa sobre o aborto

(...) Eu sinto que o grande destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança, uma matança direta de crianças inocentes, assassinadas pela própria mãe.

E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo seu próprio filho, como é que nós podemos dizer às outras pessoas para não se matarem? Como é que nós persuadimos uma mulher a não fazer o aborto? Como sempre, nós devemos persuadi-la com amor e nós devemos nos lembrar que amor significa estar disposto a doar-se até que machuque. Jesus deu Sua vida por amor de nós.

Assim, a mãe que pensa em abortar, deve ser ajudada a amar, ou seja, a doar-se até que machuque seus planos, ou seu tempo livre, para respeitar a vida de seu filho. O pai desta criança, quem quer que ele seja, deve também doar-se até que machuque.

Através do aborto, a mãe não aprende a amar, mas mata seu próprio filho para resolver seus problemas.

E, através do aborto, diz-se ao pai que ele não tem que ter nenhuma responsabilidade pela criança que ele trouxe ao mundo. Este pai provavelmente vai colocar outras mulheres na mesma situação. Logo, o aborto apenas traz mais aborto.

Qualquer país que aceite o aborto não está ensinando o seu povo a amar, mas a usar de qualquer violência para conseguir o que se quer. É por isso que o maior destruidor do amor e da paz é o aborto.

Muitas pessoas são muito, muito preocupadas com as crianças da Índia, com as crianças da África onde muitas delas morrem de fome, etc. Muitas pessoas também são preocupadas com toda a violência nos Estados Unidos. Estas preocupações são muito boas. Mas freqüentemente estas mesmas pessoas não estão preocupadas com os milhões que estão sendo mortos pela decisão deliberada de suas próprias mães. E isto é que é o maior destruidor da paz hoje - o aborto que coloca as pessoas em tal cegueira.

E por causa disto eu apelo na Índia e apelo em todo lugar - “Vamos resgatar a criança.” A criança é o dom de Deus para a família. Cada criança é criada à imagem e semelhança de Deus para grandes coisas - para amar e ser amada. Neste ano da família nós devemos trazer a criança de volta ao centro de nosso cuidado e preocupação. Esta é a única maneira pela qual nosso mundo pode sobreviver porque nossas crianças são a única esperança do futuro. Quando as pessoas mais velhas são chamadas para Deus, somente seus filhos podem tomar seus lugares.

Mas o que Deus diz para nós? Ele diz: “Mesmo se a mãe se esquecer de seu filho, Eu jamais te esquecerei. Eu gravei seu nome na palma de minha mão.” (Is 49). Nós estamos gravados na palma da mão de Deus; aquela criança que ainda não nasceu está gravada na mão de Deus desde a concepção e é chamada por Deus a amar e ser amada, não somente nesta vida, mas para sempre. Deus jamais se esquece de nós.

Eu vou lhe contar uma coisa bonita. Nós estamos lutando contra o aborto pela adoção - tomando conta da mãe e da adoção de seu bebê. Nós temos salvo milhares de vidas. Nós mandamos a mensagem para as clínicas, para os hospitais e estações policiais: “Por favor não destrua a criança, nós ficaremos com ela.” Nós sempre temos alguém para dizer para as mães em dificuldade: “Venha, nós tomaremos conta de você, nós conseguiremos um lar para seu filho”. E nós temos uma enorme demanda de casais que não podem ter um filho - mas eu nunca dou uma criança para um casal que tenha feito algo para não ter um filho. Jesus disse, “Aquele que recebe uma criança em meu nome, a mim recebe.” Ao adotar uma criança, estes casais recebem Jesus mas, ao abortar uma criança, um casal se recusa a receber Jesus.

Por favor não mate a criança. Eu quero a criança. Por favor me dê a criança. Eu estou disposta a aceitar qualquer criança que estiver para ser abortada e dar esta criança a um casal que irá amar a criança e ser amado por ela.

Só de nosso lar de crianças em Calcutá, nós salvamos mais de 3000 crianças do aborto. Estas crianças trouxeram tanto amor e alegria para seus pais adotivos e crescem tão cheias de amor e de alegria. Eu sei que os casais têm que planejar sua família e para isto existe o planejamento familiar natural. A forma de planejar a família é o planejamento familiar natural, não a contracepção.

Ao destruir o poder de dar a vida, através da contracepção, um marido ou esposa está fazendo algo para si mesmo. Atrai a atenção para si e assim destrói o dom do amor nele ou nela. Ao amar, o marido e mulher devem voltar a atenção entre si como acontece no planejamento familiar natural, e não para si mesmo, como acontece na contracepção. Uma vez que o amor vivo é destruído pela contracepção, facilmente segue-se o aborto.

Eu sei também que existem enormes problemas no mundo - que muitos esposos não se amam o suficiente para praticar o planejamento familiar natural. Nós não temos condições de resolver todos os problemas do mundo, mas não vamos trazer o pior problema de todos, que é a destruição do amor. E isto é o que acontece quando dizemos às pessoas para praticarem a contracepção e o aborto.

Os pobres são grandes pessoas. Eles podem nos ensinar tantas coisas belas. Uma vez uma delas veio nos agradecer por ensinar-lhe o planejamento familiar natural e disse: “Vocês que praticam a castidade, vocês são as melhores pessoas para nos ensinar o planejamento familiar natural porque não é nada mais que um autocontrole por amor de um ao outro.” E o que esta pobre pessoa disse é a pura verdade. Estas pessoas pobres talvez não tenham algo para comer, talvez não tenham uma casa para morar, mas eles ainda podem ser ótimas pessoas quando são espiritualmente ricos.

Quando eu tiro uma pessoa da rua, faminto, eu dou-lhe um prato de arroz, um pedaço de pão. Mas uma pessoa que é excluída, que se sente não desejada, mal amada, aterrorizada, a pessoa que foi colocada para fora da sociedade - esta pobreza espiritual é muito mais difícil de vencer. E o aborto, que com freqüência vem da contracepção, faz uma pessoa se tornar pobre espiritualmente, e esta é a pior pobreza e a mais difícil de vencer.

Nós não somos assistentes sociais. Nós podemos estar fazendo trabalho de assistência social aos olhos de algumas pessoas, mas nós devemos ser contemplativas no coração do mundo. Pois estamos tocando no corpo de Cristo e estamos sempre em Sua presença.

Você também deve trazer esta presença de Deus para sua família, pois a família que reza unida, permanece unida.

Existe tanto ódio, tanta miséria, e nós com nossas orações, com nosso sacrifício, estamos começando em casa. O amor começa em casa, e não se trata do quanto nós fazemos, mas quanto amor colocamos naquilo que fazemos.

Se somos contemplativas no coração do mundo com todos os seus problemas, estes problemas jamais podem nos desencorajar. Nós devemos nos lembrar o que Deus fala na Escritura: “Mesmo se a mãe esquecer-se do filho que amamenta - algo impossível, mesmo se ela o esquecesse - Eu não te esqueceria nunca.”

E aqui estou eu falando com vocês. Eu desejo que vocês encontrem os pobres daqui, na sua própria casa primeiro. E comece a amar ali. Seja a boa nova para o seu próprio povo primeiro. E descubra sobre o seu vizinho ao lado. Você sabe quem são eles?

Deus jamais nos esquecerá e sempre existe algo que você e eu podemos fazer. Nós podemos manter a alegria do amor de Jesus em nossos corações, e partilhar esta alegria com todos aqueles de quem nos aproximarmos.

Vamos insistir que - cada criança não seja indesejada, mal amada, mal cuidada, ou morta e jogada fora. E doe-se até que machuque - com um sorriso.

Porque eu falo muito sobre doar-se com um sorriso nos lábios, uma vez um professor dos Estados Unidos me perguntou: “Você é casada?” E eu disse: “Sim, e algumas vezes eu acho difícil sorrir para meu esposo, Jesus, porque Ele pode ser muito exigente - algumas vezes.” Isto é mesmo algo verdadeiro.

E é aí que entra o amor - quando exige de nós, e ainda assim podemos dar com alegria.

Se nos lembrarmos que Deus nos ama, e que nós podemos amar os outros como Ele nos ama, então a América pode se tornar um sinal de paz para o mundo. Daqui deve sair para o mundo, um sinal de cuidado para o mais fraco dos fracos - a futura criança. Se vocês se tornarem uma luz ardente de justiça e paz no mundo, então vocês serão verdadeiramente aquilo pelo qual os fundadores deste país lutaram. Deus vos abençoe!

Fonte: Frente Católica de Combate ao Aborto - Madre Teresa / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A importância dos leigos na evangelização

Os leigos são cristãos que têm uma missão especial na Igreja e na sociedade. Pelo batismo, receberam essa vocação de viver intensamente a serviço do Reino de Deus.

Antigamente, a missão do leigo era relegada a segundo plano, valorizando-se somente o sacerdócio e a vida religiosa, mas, depois do Concílio Vaticano II, a vocação e a missão dos leigos foram valorizadas, conferindo-lhes a mesma dignidade dos sacerdotes e religiosos.

Dentro da comunidade eclesial, os leigos são chamados a desempenhar diversas tarefas: catequista, ministro da Eucaristia, agente das diferentes pastorais, serviço aos pobres e aos doentes. São chamados também a colaborar no governo paroquial e diocesano, participando dos conselhos pastorais e econômicos.

Eles não são simples colaboradores do bispo e dos padres, mas membros ativos da comunidade, assumindo ministérios e serviços para o engrandecimento da Igreja de Cristo.

Entretanto, a missão mais importante dos leigos é no mundo. Eles são chamados a realizar sua missão dentro das realidades que encontra no seu dia a dia.

Na família, no trabalho, na escola, no mundo da política, nos movimentos populares, nos meios de comunicação, eles são chamados a testemunhar, pela Palavra e pela vida,, a mensagem de Jesus Cristo.

É uma missão necessária e insubstituível. O papel do leigo não é ficar o dia todo na igreja, mas ser fermento nos ambientes em que vive; nesses campos de vida e de atuação, ser “sal da vida e luz do mundo”.

Quando os leigos assumem, de fato, sua missão específica, podemos sonhar com uma nova ordem social.

O Concílio Vaticano II e os ensinamentos do Papa insistem muito na necessidade de os leigos participarem ativamente na construção de uma nova sociedade, aperfeiçoando os bens existentes e sanando os males.

Eles devem assumir seu papel, confiantes nas bênçãos e na ajuda divina. Devem participar da vida comunitária, buscando, nas celebrações, sobretudo na Eucaristia, as forças que necessitam para bem desempenhar sua missão na comunidade e no mundo.

Por meio deles, a Igreja se faz presente nos diversos ambientes sociais, impregnando-os da mensagem de Jesus Cristo, semeando os valores evangélicos de solidariedade e justiça, empenhando-se decisivamente na construção da sociedade justa, fraterna e solidária, sinal do Reino de Deus.

Que cada leigo se conscientize disso e dê a sua contribuição para o crescimento cristão no mundo. Cada um usando os dons que Deus lhe deu, poderia fazer concretizar-se aquela imagem de uma vela acesa se juntar a outra e a outra e a outra e, juntas, iluminar o ambiente e o mundo, lembrando sempre a frase de Madre Teresa de Calcutá: “Eu sei que o meu trabalho é como uma gota no oceano, mas sem ele o oceano seria menor”.

Dom Eurico dos Santos Veloso - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Santo Agostinho

Celebramos neste dia a memória do grande Bispo e Doutor da Igreja que nos enche de alegria, pois com a Graça de Deus tornou-se modelo de cristão para todos. Agostinho nasceu em Tagaste, no norte da África, em 354, filho de Patrício (convertido) e da cristã Santa Mônica, a qual rezou durante 33 anos para que o filho fosse de Deus.

Aconteceu que Agostinho era de grande capacidade intelectual, profundo, porém, preferiu saciar seu coração e procurar suas respostas existentes tanto nas paixões, como nas diversas correntes filosóficas, por isso tornou-se membro da seita dos maniqueus.

Com a morte do pai, Agostinho procurou se aprofundar nos estudos, principalmente na arte da retórica. Sendo assim, depois de passar em Roma, tornou-se professor em Milão, onde envolvido pela intercessão de Santa Mônica, acabou frequentando, por causa da oratória, os profundos e famosos Sermões de Santo Ambrósio. Até que por meio da Palavra anunciada, a Verdade começou a mudar sua vida.

O seu processo de conversão recebeu um “empurrão” quando, na luta contra os desejos da carne, acolheu o convite: “Toma e lê”, e assim encontrou na Palavra de Deus (Romanos 13, 13ss) a força para a decisão por Jesus:“…revesti-vos do Senhor Jesus Cristo…não vos abandoneis às preocupações da carne para lhe satisfazerdes as concupiscências”.

Santo Agostinho, que entrou no Céu com 76 anos de idade (no ano 430), converteu-se com 33 anos, quando foi catequizado e batizado por Santo Ambrósio. Depois de “perder” sua mãe, voltou para a África, onde fundou uma comunidade cristã ocupada na oração, estudo da Palavra e caridade. Isto, até ser ordenado Sacerdote e Bispo de Hipona, santo, sábio, apologista e fecundo filósofo e teólogo da Graça e da Verdade.

Canção Nova - Santo do Dia / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Dia do Catequista

Neste último final de semana do Mês Vocacional, foi a vez de celebrarmos o Dia do Catequista. Figura importante para a manutenção do trabalho de evangelização exercido pela Igreja.
Para comemorar esta data tão significativa, catequistas do setor Surubim se reuniram no último domingo, 25, no Colégio Nossa Senhora do Amparo, para um grandioso encontro festivo na presença do nosso Bispo Diocesano, Dom Severino Batista de França.


O tema escolhido para o Dia do Catequista deste ano foi: “Catequese Renovada - Testemunho e Ousadia à Luz da Fé e da Vida”. Tendo como objetivo convidar a todos para um reflexivo retrospecto, atualizando as práticas para uma catequese que proporcione um encontro pessoal com Jesus Cristo.

Refletindo acerca da importante missão do catequista, convidamos o jovem Edilson Galdino, 24 anos, catequista da Comunidade de Feijão, para um bate-papo exclusivo sobre a vocação de abraçar a catequese como forma de evangelização em comunidade. Acompanhe:


Bruno Araújo: Por que você escolheu ser catequista?

Edilson Galdino: Primeiramente atendi ao chamado de Jesus Cristo. Em segundo lugar senti a necessidade de anunciar ao mundo a Boa-Nova como o próprio Jesus nos propõe. Portanto, contemplo a catequese ministrando a Palavra de Deus. Desse modo sinto-me completamente feliz em poder levar a luz para quem está na obscuridade.

Bruno Araújo: Você enfrenta alguma dificuldade como catequista? (Uma vez que os educadores estão sujeitos aos inúmeros desafios oriundos da própria realidade social do aluno.)

Edilson Galdino: Infelizmente a maior dificuldade é a falta de compromisso dos próprios pais na evangelização dos filhos. Como recordou Dom Severino “Se os pais fossem realmente os primeiros catequistas de seus filhos, não precisaria de catequista para ensinar a doutrina cristã às crianças e jovens!”.

Bruno Araújo: O encontro em Surubim foi produtivo? Fortaleceu ainda mais sua missão?

Edilson Galdino: Foi sim produtivo... Nos incentivou para exercermos um trabalho inovador, com novas práticas de evangelização. Como o próprio tema nos propõe “Catequese Renovada”. Levar Jesus Cristo a todas as criaturas, anunciando de maneira precisa para que ninguém fique à margem da evangelização. Já dizia o nosso Bispo “Saiam do comodismo, vão ao encontro daqueles que clamam por Jesus. É preciso enxergar Cristo no irmão.”. O encontro em Surubim foi uma injeção de ânimo para todos os catequistas presentes. Ouvir as lições do nosso Bispo Diocesano sempre motiva nosso trabalho.

Bruno Araújo: É gratificante ser catequista? (Assumir uma missão importante onde se transmite a fé.)

Edilson Galdino: Servir a Deus é sempre muito gratificante. Exerço meu trabalho baseado em duas passagens bíblicas: “Para onde iremos, Senhor? Se só tu tens as palavras da Vida Eterna.” Jo 6, 60-69, e “Que Ele cresça e eu diminua.” Jo 3,30.

Em torno de 40 (quarenta) catequistas bonjardinenses participaram do encontro em Surubim acompanhados da nossa coordenadora paroquial de catequese, Lenice Pereira, e do nosso pároco, Pe. Elias Roque.


Por Bruno Araújo / Fotos: Edilson Galdino / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

domingo, 25 de agosto de 2013

Como entrar pela porta estreita

Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Ele respondeu: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita. Pois eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’. Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’. Então começareis a dizer: ‘Comemos e bebemos na tua presença, e tu ensinaste em nossas praças!’ Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim, todos vós que praticais a iniquidade!’ E ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas, no Reino de Deus, enquanto vós mesmos sereis lançados fora. Virão muitos do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos”. Lc 13,22-30

O discípulo é chamado a fazer uma opção: entrar pela “porta estreita”

O texto do evangelho menciona a subida para Jerusalém (v. 22; cf. 9,51). Trata-se da parte central do evangelho segundo Lucas e que, mais que um trajeto geograficamente preciso, tem um valor simbólico e didático: são lições que Jesus dá aos discípulos na expectativa de sua “saída” deste mundo.

“Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” (v. 23). A salvação é um dom de Deus e compete somente a ele. Aos discípulos compete viver esta graça, configurando a sua vida à vida de Cristo.

O discípulo é chamado a fazer uma opção: entrar pela “porta estreita” (v. 24). A porta estreita é oposta à prática da iniquidade (v. 27). No evangelho segundo João, Jesus se apresenta como a porta das ovelhas (Jo 10,7.9): “Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo” (Jo 10,9). É por Jesus que se alcança a salvação. Toda a sua existência terrestre e a sua vida gloriosa é que dão acesso ao Reino de Deus. Os que praticam “a iniquidade” (v. 27) são os que resistem a fazer a vontade de Deus; os que, pela dureza de coração, se opõem, perseguem Jesus; são aqueles para os quais a morte de Jesus é como uma “porta fechada” (v. 25). É evidente que Jesus falava de seus contemporâneos, dos que perderam a oportunidade de reconhecer o tempo da visita salvífica de Deus (cf. 1,6; 7,16). A vida de cada um, e o definitivo da existência humana, se decide diante “diante do dono da casa”, do Cristo Ressuscitado, pela adesão ou rejeição a ele. Mas a salvação não se restringe a um povo; a humanidade inteira é destinatária da salvação de Deus em Jesus Cristo: “Virão muitos do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão parte à mesa do Reino de Deus” (v. 29).

Não necessariamente os que foram chamados primeiro aceitarão participar do banquete do Cordeiro. Mas os últimos, os pagãos, têm também lugar assegurado, desde que aceitem entrar pela "porta estreita”.

Carlos Alberto Contieri - Paulinas / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

sábado, 24 de agosto de 2013

Primeira Eucaristia dos Alunos da Educação Especial da Escola 19 de Julho

A Eucaristia é o coração é o ápice da vida da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os seus membros a seu sacrifício de louvor e de ação de graças oferecido uma vez por todas na cruz a seu Pai; por seu sacrifício Ele derrama as graças da salvação sobre o seu corpo, que é a Igreja.

A celebração da Eucaristia comporta sempre: a proclamação da palavra de Deus, a ação de graças a Deus Pai por todos os seus benefícios, sobretudo pelo dom do seu Filho, a consagração do pão e do vinho e a participação no banquete litúrgico pela recepção do Corpo e do Sangue do Senhor. Estes elementos constituem um só e mesmo ato de culto.

A Eucaristia é o memorial da páscoa de Cristo: isto é, da obra da salvação realizada pela Vida, Morte e Ressurreição de Cristo, obra esta tornada presente pela ação litúrgica.

É Cristo mesmo, sumo sacerdote eterno da nova aliança, que, agindo pelo ministério dos sacerdotes, oferece o sacrifício eucarístico. E é também o mesmo Cristo, realmente presente sob as espécies do pão e do vinho, que é a oferenda do Sacrifício Eucarístico.

Só os sacerdotes validamente ordenados podem presidir a Eucaristia e consagrar o pão e o vinho para que se tornem o Corpo e o Sangue do Senhor.

Os sinais essenciais do Sacramento Eucarístico são o pão de trigo e o vinho de uva, sobre os quais é invocada a bênção do Espírito Santo, e o sacerdote pronúncia as palavras da consagração ditas por Jesus durante a última Ceia: "Isto é o meu Corpo entregue por vós. (...) Este é o cálice do meu Sangue (...)".

Por meio da consagração opera-se a transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo. Sob as espécies consagradas do pão e do vinho, Cristo mesmo, vivo e glorioso, está presente de maneira verdadeira, real e substancial, seu Corpo e Seu Sangue, sua Alma e Divindade (Conc. Trento, DS 1640).

Enquanto sacrifício, a Eucaristia é oferecida também em reparação dos pecados dos vivos e dos defuntos, e para obter de Deus benefícios espirituais e temporais.

A comunhão aumenta a nossa união com Cristo. Receber a Eucaristia na comunhão traz como fruto principal a união íntima com Cristo Jesus. Pois o Senhor diz: "Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em mim e eu nele" (Jo 6,56). "Assim como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, também aquele que de mim se alimenta viverá por mim" (Jo 6,57).

Os que recebem a Eucaristia estão unidos mais intimamente a Cristo. Por isso mesmo, Cristo os une a todos os fiéis em um só corpo, a Igreja. A Comunhão renova, fortalece, aprofunda esta incorporação à Igreja, realizada já pelo batismo. No batismo fomos chamados a construir um só corpo (1Cor 12,13).


Texto: Prof. Felipe Aquino / Fotos: Ginásio 19 de Julho / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

As lições da Sagrada Família

O Papa João Paulo II, na Carta às Famílias, chamou a família de “Santuário da vida” (CF, 11). Santuário quer dizer “lugar sagrado”. É ali que a vida humana surge como que de uma nascente sagrada, e é cultivada e formada. É missão sagrada da família: guardar, revelar e comunicar ao mundo o amor e a vida.

O Concílio Vaticano II já a tinha chamado de “a Igreja doméstica” (LG, 11) na qual Deus reside, é reconhecido, amado, adorado e servido; nele também foi ensinado que: “A salvação da pessoa e da sociedade humana estão intimamente ligadas à condição feliz da comunidade conjugal e familiar” (GS, 47).

Jesus habita com a família cristã. A presença do Senhor nas Bodas de Caná da Galiléia significa que o Senhor “quer estar no meio da família”, ajudando-a a vencer todos os seus desafios; e Nossa Senhora ali o acompanha com a sua materna intercessão.

Desde que Deus desejou criar o homem e a mulher “à sua imagem e semelhança” (Gen 1,26), Ele os quis “em família”. Por isso, a família é uma realidade sagrada. Jesus começou sua missão redentora da humanidade na Família de Nazaré. A primeira realidade humana que Ele quis resgatar foi a família; Ele não teve um pai natural aqui, mas quis ter um pai adotivo, quis ter uma família, e viveu nela trinta anos. Isso é muito significativo. Com a presença d’Ele na família – Ele sagrou todas as famílias.

Conta-nos São Lucas que após o encontro do Senhor no Templo, eles voltaram para Nazaré “e Ele lhes era submisso” (cf. Lc 2,51). A primeira lição que Jesus nos deixou na família é a de que os filhos devem obedecer aos pais, cumprindo bem o Quarto Mandamento da Lei. Assim se expressou o Papa João Paulo II:

“O Filho unigênito, consubstancial ao Pai, ‘Deus de Deus, Luz da Luz’, entrou na história dos homens através da família” (CF, 2).

Ao falar da família no plano de Deus, o Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que ela é “vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai” (CIC, 2205). E na sua mensagem de Paz, do primeiro dia do Ano Novo (2008) o Papa Bento XVI deixou claro que sem a família não pode haver paz no mundo. E o Papa fez questão de ressaltar que família é somente aquela que surge da união de um homem com uma mulher, unidos para sempre, e não uma união homossexual que dá origem a uma falsa família.

“A família é a comunidade na qual, desde a infância, se podem assimilar os valores morais, em que se pode começar a honrar a Deus e a usar corretamente da liberdade. A vida em família é iniciação para a vida em sociedade” (CIC, 2207).

A Família de Nazaré sempre foi e sempre será o modelo para todas as famílias cristãs. Acima de tudo, vemos uma família que vive por Deus e para Deus; o seu projeto é fazer a vontade de Deus. A Sagrada Família é a escola das virtudes por meio da qual toda pessoa deve aprender e viver desde o lar.

Maria é a mulher docemente submissa a Deus e a José, inteiramente a serviço do Reino de Deus: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra” (Lc 1,38). A vontade dela é a vontade de Deus; o plano dela é o plano de Deus. Viveu toda a sua vida dedicada ao Menino Deus, depois ao Filho, Redentor dos homens, e, por fim, ao serviço da Igreja, a qual o Redentor instituiu para levar a salvação a todos os homens.

José era o pai e esposo fiel e trabalhador, homem “justo” (Mt 1, 19), homem santo, pronto a ouvir a voz de Deus e cumpri-la sem demora. Foi o defensor do Menino e da Mãe, os tesouros maiores de Deus na Terra. Com o trabalho humilde de carpinteiro deu sustento à Família de Deus, deixando-nos a lição fundamental da importância do trabalho, qualquer que seja este.

Em vez de escolher um pai letrado e erudito para Jesus, Deus escolheu um pai pobre, humilde, santo e trabalhador braçal. José foi o homem puro, que soube respeitar o voto perpétuo de virgindade de sua esposa, segundo os desígnios misteriosos de Deus.

A Família de Nazaré é para nós, hoje, mais do que nunca, modelo de unidade, amor e fidelidade. Mais do que nunca a família hoje está sendo destruída em sua identidade e em seus valores. Surge já uma “nova família” que nada tem a ver com a família de Deus e com a Família de Nazaré.

As mazelas de nossa sociedade –, especialmente as que se referem aos nossos jovens: crimes, roubos, assaltos, sequestros, bebedeiras, drogas, homossexualismo, lesbianismo, enfim, os graves problemas morais e sociais que enfrentamos, – têm a sua razão mais profunda na desagregação familiar a que hoje assistimos, face à gravíssima decadência moral da sociedade.

Como será possível, num contexto de imoralidade, insegurança, ausência de pai ou mãe, garantir aos filhos as bases de uma personalidade firme e equilibrada e uma vida digna, com esperança?

Como será possível construir uma sociedade forte e sólida onde há milhares de “órfãos de pais vivos”? Fruto da permissividade moral e do relativismo religioso de nosso tempo, é enorme a porcentagem dos casais que se separam, destruindo as famílias e gerando toda sorte de sofrimento para os filhos. Muitos crescem sem o calor amoroso do pai e da mãe, carregando consigo essa carência afetiva para sempre.

A Família de Nazaré ensina ainda hoje que a família desses nossos tempos pós-modernos só poderá se reencontrar e salvar a sociedade se souber olhar para a Sagrada Família e copiar o seu modo de vida: serviçal, religioso, moral, trabalhador, simples, humilde, amoroso… Sem isso, não haverá verdadeira família e sociedade feliz.

Prof. Felipe Aquino / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O Catequista

Nas Paróquias, nas Comunidades urbanas ou rurais há homens e mulheres vivendo e anunciando o Evangelho para crianças, jovens e adultos, e que nas mais diversas situações, às vezes, com muitas dificuldades, reúnem um pequeno grupo de pessoas para lerem a Palavra de Deus e colocá-la em prática.

Temos, hoje, a consciência muito clara de que a catequese deve transformar as pessoas e a sociedade. Precisa atingir não só as crianças e adolescentes, mas também as famílias e, principalmente, os adultos.

Precisamos lembrar que a Eucaristia está no centro de nossa existência. É nela que celebramos o mistério central de nossa fé: a morte e a ressurreição de Jesus. Toda a catequese deve levar a transformar a nossa vida no Mistério Pascal. Morrendo com Jesus, viveremos também com Ele.

Ser catequista é ser capaz de ler a presença de Deus nas atividades humanas, é viver a experiência de descobrir o rosto de Deus, também nas realidades do mundo. É olhar o mundo com os mesmos olhos com que Jesus contemplava o povo de sua época.

Ser catequista é ser uma pessoa de espiritualidade e santidade. É colocar-se na escola do Mestre Jesus e fazer com Ele uma profunda experiência de vida e de fé. Ser catequista é vocação e missão. É um dom de Deus, mas que requer nossa resposta e nosso compromisso. É óbvio e nem se discute, então, que é necessário preparar-se continuamente, formar-se, para ser competente e dar testemunho.

O catequista é uma pessoa que busca constantemente cultivar sua formação. Somos eternos discípulos da vida e da fé. Ser catequista é ser pessoa de comunicação, capaz de boas relações entre as pessoas, para construir comunhão.

Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Missa da Graça marca o encerramento da Semana Nacional da Família

No último sábado, 17, celebramos o encerramento da Semana Nacional da Família, de tema: “A Transmissão e a Educação da Fé cristã na Família”, que promoveu debates com relação à transmissão da fé cristã na família contemporânea.
A nossa proposta comunitária, alicerçada nos princípios sugeridos pela Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB para a Semana Nacional da Família, foi integralmente voltada para a preservação dos valores constituintes da "igreja doméstica", que necessita do suporte pastoral para vivificação e fortalecimento da fé em família.


Durante homilia, Pe. Elias Roque foi inflexível se tratando de concepções familiares que menosprezam a importância de Deus na subsistência espiritual familiar. Além disso, o sacerdote também enfatizou os desafios sociais e psicológicos que as famílias enfrentam ao se depararem com novos arranjos familiares apresentados distorcidamente pela mídia.

“É necessário que as nossas famílias almejem um único objetivo, Jesus Cristo. A Missa da Graça é um momento oportuno para apresentarmos diante do Cristo Eucarístico nossos anseios e angústias, visando sentir a graça de Deus agir em nós. Milagre é graça, não mágica. Às vezes, muitos de nós sentimos que a Santa Missa não é eficaz em nossa vida porque estamos acostumados ao ‘instantaneísmo’. A graça se manifesta no tempo oportuno, e cabe a nós permanecermos perseverantes na fé de que Deus é suficiente e eficaz. A mídia costuma distorcer muito o sentido das coisas. Se não tivermos discernimento suficiente, entraremos num colapso ideológico onde não saberemos distinguir o certo do errado. A família vem sendo alvo constante dessa distorção apresentada pela mídia, onde arranjos familiares são abordados como nova concepção de família. Claro que não estamos julgando a felicidade particular de ninguém... Apenas estamos chamando a atenção para aquele que vem sendo esquecido perante estas novas configurações familiares, Deus. A ausência de Deus nas famílias é o grande problema que deve ser refletido pelas mesmas. Na família onde Deus não entra, não há felicidade alguma! A nossa missão pós-Semana Nacional da Família é de reestruturar os lares fragmentados, para que o individualismo não gere uma sociedade egoísta e fechada ao anúncio da real salvação, Jesus Cristo.” Destacou o sacerdote.

A Missa da Graça, realizada mensalmente em comemoração aos 80 anos de fundação do Colégio Sant’Ana, como também os 10 anos de formação do Grupo Terço dos Homens, também marcou a Festa da Assunção de Nossa Senhora e o Dia dos Religiosos em nossa comunidade paroquial.

A animação ficou por conta do ministério musical da Comunidade Obra de Maria (Missão Surubim), que também conduziu um dos momentos mais aguardados pelos fiéis, a bênção solene do Santíssimo Sacramento, que arrancou lágrimas das famílias presentes na Igreja Matriz de Sant’Ana.


Por Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/