domingo, 3 de dezembro de 2017

1º Domingo do Advento

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento. É como um homem que, ao partir para o estrangeiro, deixou sua casa sob a responsabilidade de seus empregados, distribuindo a cada um sua tarefa. E mandou o porteiro ficar vigiando. Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vem: à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer. Para que não suceda que, vindo de repente, ele vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos: Vigiai!”. (Mc 13,33-37)


Estejamos sempre em vigilância

Preciso começar dizendo que, nós gostamos de dormir e precisamos dormir, porque o sono é uma necessidade para a nossa saúde. Uma coisa é dormirmos bem e de forma necessária, pois a nossa saúde precisa; outra coisa é, constantemente, vivermos dormindo. Entretanto, há aqueles, que parecem nem dormir, eles levam para o seu sono, para a sua cama as preocupações, os cuidados e tudo aquilo que é a sua vida; fazem o contrário, pois dormir faz bem e é essencial. Porém, quando estamos dormindo, não estamos atentos, acordados, vigilantes e cuidando da nossa vida. É preciso vigilância, o “estar acordado e atento” para a vida. Muitas vezes estamos acordados, mas não estamos vigilantes, estamos vivendo um estado de sonolência permanente. E o que é esse estado de sonolência permanente? É o descuido com a vida, com as nossas atitudes, com as preocupações que temos, com as nossas responsabilidades. Esse estado de sonolência é não cuidar das nossas próprias atitudes, decisões e da nossa vontade. Deixamo-nos levar, muitas vezes, pelas inclinações do coração, deixamo-nos levar pelos nossos sentimentos, pelas nossas mágoas e pelos impulsos da alma e do coração. Vigiar quer dizer: cuidar daquilo que falamos, pensamos, e da forma como agimos uns com os outros. Algumas vezes agimos errado sem querer, mas muitas vezes o “sem querer” vira uma prática em nossa vida, porque não somos capazes de vigiar as nossas atitudes. A espiritualidade do tempo do Advento é, acima de tudo, a espiritualidade da vigilância daquele operário, daquele servo, que está cuidando da própria vida, vivendo como se cada dia fosse único, não levando a vida de qualquer jeito, de qualquer maneira, mas dando importância a tudo aquilo que faz. Por pequenos descuidos, tragédias tomaram conta da vida de muitos. Não deixemos que a nossa vida se perca, não percamos o sentido e a direção da vida porque não tomamos conta nem somos vigilantes em nossas atitudes e em tudo aquilo que nós realizamos.

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