sexta-feira, 31 de maio de 2013

Festa de Corpus Christi

A ameaça de chuva não impossibilitou os fiéis de participarem ontem da Solenidade de Corpus Christi em nossa comunidade paroquial. A breve chuva matinal não comprometeu a montagem dos tradicionais tapetes, que ficaram prontos a tempo de recepcionar a passagem do Santíssimo Sacramento.

A Festa de Corpus Christi é a celebração na qual, solenemente, a Igreja comemora a instituição do Santíssimo Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do ano em que o Santíssimo sai em procissão às ruas. Propriamente, é a Quinta-feira Santa o dia da instituição, mas a lembrança da Paixão e Morte do Salvador não permite uma celebração festiva. Por isso, é na Festa de Corpus Christi que os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa alma. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã; nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo.

O presidente da celebração, Pe. Elias Roque, foi categórico ao falar sobre o “comodismo” adotado por grande parte dos fiéis quando o assunto é participar das quintas-feiras de Adoração ao Santíssimo Sacramento. Além disso, o sacerdote frisou a importância da boa conduta na Igreja. Ambiente exclusivamente destinado aos ritos sagrados.

“Infelizmente muitos de nós vivemos no comodismo dos nossos lares. Dedicamos tempo para qualquer ocasião, menos para adorar o Cristo Eucarístico. Todas as quintas-feiras Jesus está exposto na Capela do Santíssimo, aqui na igreja matriz. E quantos de nós reservamos um tempo para visitá-lo? Pouquíssimos estão de fato preocupados em ter um encontro pessoal com Jesus. Conhecer a única verdade capaz de nos libertar do pecado e proporcionar uma nova vida pautada na fé, no amor, no testemunho e na partilha. É importante que participemos dos momentos de Adoração em nossa paróquia. É o próprio Jesus que sempre está solícito aos nossos anseios! Que a Festa de Corpus Christi sirva para resgatarmos o amor pela Eucaristia. Para então identificarmos nesse singelo gesto de amor, o Cristo que ofereceu corpo e sangue para redimir nossas culpas.” Enfatizou o nosso pároco durante homilia.

Pastorais, movimentos e instituições do município foram responsáveis pela confecção dos tapetes, artisticamente bem elaborados. Um detalhe característico da Solenidade de Corpus Christi, que enchem os olhos pela beleza e requinte.


Matéria: Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Corpus Christi: O que o Corpo e o Sangue de Cristo têm a dizer para o homem de hoje?

A Festa de Corpus Christi encerra uma longa sequência de grandes festas litúrgicas: Páscoa, Ascensão, Pentecostes e Santíssima Trindade. É como se fosse um fecho espiritual apresentando a nós o amor de Cristo que se fez Pão para ser “remédio e sustento para a nossa vida”.

A Festa de Corpus Christi surgiu, no século XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, (†1258), que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra à Sagrada Eucaristia, o que foi aprovado pelo Papa Urbano IV (1262-1264), em 11/08/1264 pela Bula “Transiturus de mundo”. Quando o Papa encontrou a procissão na entrada de Orvieto, trazendo a relíquia do milagre eucarístico acontecido em Bolsena, pronunciou diante da relíquia as palavras: “Corpus Christi”.

Muitos são os milagres eucarísticos em todo o mundo; por causa deles, a Igreja oficializou a procissão nas ruas, levando o Santíssimo Sacramento para ser adorado publicamente e nos abençoar.

Neste tempo de grandes e muitas ofensas públicas feitas a Deus, onde a religião é espezinhada, onde vemos o sagrado ser profanado de muitas formas, onde os ensinamentos de Jesus são negados, Cristo em Pessoa (Corpo, Sangue, Alma e Divindade) quer caminhar no meio de nós para nos lembrar o Seu amor por cada um que Ele veio salvar com o sacrifício de Sua vida. Um teólogo disse que se Deus foi capaz de se transformar em Homem, então, por amor a nós, também é capaz de se fazer Pão para poder estar conosco.

Ao menos uma vez no ano, o Senhor quer passar por nossas casas para nos dizer que nos ama, chama-nos, que ninguém deve desistir de vir a Ele sem medo até dos seus próprios pecados. Cristo vem nos dizer que sem Ele não podemos fazer nada de bom e de belo, e que o mundo vai mal, porque lhe virou as costas.

Sua presença eucarística, nas nossas ruas, têm a nos dizer muitas coisas: que Ele é o único Salvador do homem (cf. At 4,12), que o mundo só pode ser salvo pela vitória do amor a Deus e ao próximo, como Ele ensinou, e não como ensinam as novelas e o mundo; que “o seu Reino não é deste mundo”, que não tenhamos “medo dos que matam o corpo mas não podem matar a alma”; que “o seu Reino não terá fim”; que sua Igreja é infalível na doutrina e invencível na luta, até que Ele venha.

A peregrinação do Senhor por nossas ruas é para nos dizer que “Ele está no meio de nós” até o fim da história humana, e que não devemos ter medo porque Ele, ressuscitado, caminha conosco. Mais uma vez, Ele quer gritar em nossos ouvidos: “Eu sou a Luz do mundo. Convertei-vos e crede no Evangelho”.

Sua caminhada por nossas ruas vem nos lembrar que a fé não é – como disse Bento XVI – apenas uma atividade particular, mas pública, que o Estado deve ser laico (sem professar uma fé específica), mas que o povo é religioso e tem o direito de viver sua fé. O Senhor vem dizer a todos, de público, que a religião é fundamental na vida do povo, na elaboração das leis, na justiça e no governo, e que sem ela o homem perde o rumo da vida. Disse o Concilio Vaticano II que “só Cristo revela o homem ao próprio homem” (GS).

A caminhada do Senhor por nossas ruas e cidades vem nos dizer que nenhum dos Seus discípulos pode se omitir e se calar diante da destruição moral que estamos assistindo e que atinge principalmente a família, as crianças e os jovens, anulando os valores cristãos sobre os quais a nossa civilização foi construída, especialmente o casamento, a família e a educação cristã dos filhos.

O Senhor vem ao nosso encontro, sai a público para lembrar que “Ele nos fez e a Ele pertencemos; somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho” (Sl 99,3), e que Ele vem buscar cada ovelha tresmalhada que deixou o aprisco. Ele quer que olhemos para Ele que passa e tenhamos a certeza de que só Ele é a Vida, a Verdade e o Caminho, e que não nos deixemos nos iludir pelos falsos profetas tão abundantes em algumas mídias, universidades, livros e conversas. Eles querem substituir a fé e o Evangelho da salvação por ideologias humanas vazias e destruidoras.

Enfim, o Senhor vem nos dizer - de público - que só Ele pode nos dar o máximo que o nosso coração deseja. Então, vamos a Ele com o mesmo amor e devoção que Ele vem a nós. Vamos desagravar o Seu coração tão ofendido pelos pecados dos homens. Vamos, mais uma vez, enxugar as lágrimas do Seu rosto e o Sangue de Suas chagas.

Felipe Aquino - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Pela vida do mundo: Tudo seja oferecido como matéria de sacrifício

Há pouco, a Igreja encerrou o Tempo Pascal. Foram cinquenta dias de celebração do mistério central da vida de Jesus, fonte de testemunho da presença do Cristo ressuscitado, de onde os cristãos podem beber as forças necessárias para sua presença no mundo, chamados que foram a transformá-lo a partir de dentro.

Três grandes celebrações desdobram diante do olhar da fé a mesma riqueza da vida cristã, com a qual a Igreja forma a todos nós fiéis, a saber, a Solenidade da Santíssima Trindade, Corpus Christi e a Festa do Sagrado Coração de Jesus. Comunhão de vida na Trindade, Sacrifício de Cristo que se renova e a verdadeira humanidade do Verbo de Deus que se encarnou. A oração litúrgica da Igreja demonstra a fé professada e proporciona a educação para o crescimento da mesma fé. Tudo nos permite aclamar que "esta é a nossa fé, que da Igreja recebemos e sinceramente professamos, razão de nossa alegria, em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Cf. Ritual do Batismo).

Ao celebrar, nestes dias, a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, a Igreja quer recolher a riqueza de sua vida eucarística e oferecer, com maior abundância, a riqueza do Pão da vida para a vida de todos. "Pela força do Espírito Santo, dais vida e santidade a todas as coisas e não cessais de reunir um povo, para que vos ofereça em toda parte, do nascer ao pôr do sol, um sacrifício perfeito" (Oração Eucarística III). Assim proclama a Igreja numa de suas orações eucarísticas. O único sacrifício de Cristo se faz presente e se renova onde quer que se celebre a Santa Missa, desde a mais solene das liturgias até a mais simples das capelas, onde o mesmo altar testemunha o mistério da fé.

Em toda parte, quando o pão e o vinho apresentados são consagrados no Corpo e no Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, continuamos a aclamar: "Anunciamos, Senhor, a Vossa Morte e proclamamos a Vossa Ressurreição. Vinde, Senhor Jesus"! E o povo fiel se alimenta do próprio Cristo presente, para dali sair com o compromisso de entregar a sua própria vida pela vida verdadeira que só Jesus Cristo Salvador pode oferecer.

Ao celebrar a Eucaristia, a Igreja volta seus olhos para o Céu e, ao mesmo tempo, para o mundo. Calvário e manhã da Ressurreição estão presentes, a vinda de Jesus, no final dos tempos, antecipa-se no sacramento e os discípulos se tornam missionários, saindo da Missa para amar e servir. De forma especial, o domingo, dia da Ressurreição de Cristo, aparece como um dia a ser preparado, celebrado e prolongado na vida. Tem grande sentido um cartaz encontrado à entrada de uma capela: "Entro para orar, saio para amar"!

Ao sair da Missa dominical, brotem em cada cristão as disposições para que se celebre também uma "Missa sobre o mundo", expressão do padre Teilhard de Chardin S.J, de quem trouxemos um pequeno trecho: "Senhor, o sol acaba de iluminar, ao longe, a franja extrema do primeiro oriente. Mais uma vez, sob a toalha móvel de seus fogos, a superfície viva da terra desperta, freme, e recomeça seu espantoso trabalho. Colocarei sobre minha patena, meu Deus, a messe esperada desse novo esforço. Derramarei no meu cálice a seiva de todos os frutos que, hoje, serão esmagados. Meu cálice e minha patena são as profundezas de uma alma largamente aberta a todas as forças que, em um instante, vão elevar-se de todos os pontos do Globo e convergir para o Espírito. Que venham pois, a mim, a lembrança e a mística presença daqueles que a luz desperta para uma nova jornada!... Mais confusamente, mas todos sem exceção, aqueles cuja tropa anônima forma a massa inumerável dos vivos: aqueles que me rodeiam e me sustentam sem que eu os conheça; aqueles que vêm e aqueles que vão; sobretudo, aqueles que, na Verdade ou pormeio do Erro, no seu escritório, laboratório ou fábrica, creem no progresso das coisas e, hoje, perseguirão apaixonadamente a luz.

Quero que, nesse momento, meu ser ressoe ao murmúrio profundo dessa multidão agitada, confusa ou distinta, cuja imensidade nos espanta, desse oceano humano cujas lentas e monótonas oscilações lançam a inquietação nos corações que mais acreditam. Tudo aquilo que vai aumentar, no mundo, ao longo deste dia; tudo aquilo que vai diminuir - tudo aquilo que vai morrer também -, eis, Senhor, o que me esforço por reunir em mim para vos oferecer; eis a matéria de meu sacrifício, o único que Vós podeis desejar.. Recebei, Senhor, esta hóstia total que a criação, movida por Vossa atração, apresenta-Vos à nova aurora. Este pão, nosso esforço, não é em si, eu o sei, mais que uma degradação imensa. Este vinho, nossa dor, não é ainda, ai de mim, mais que uma dissolvente poção. Mas, no fundo dessa massa informe, colocastes - disso estou certo, porque o sinto - um irresistível e santificante desejo que nos faz a todos gritar, desde o ímpio ao fiel: "Senhor, fazei-nos um"!

A Missa dominical, bem participada, desperte a sensibilidade para tudo acolher, identificar o que é bom, oferecer a própria contribuição para superar o mal, estabelecer laços, superar conflitos, corrigir com mansidão, buscar mais o que une do que aquilo que separa as pessoas, os problemas encarados como desafios e não como ameaças, valorizar o dia a dia como o nosso tempo e a nossa grande oportunidade para viver no amor de Deus e do próximo. O espírito com que nos dispomos a agir assim seja o mesmo do altar de Cristo. Tudo seja oferecido como matéria de sacrifício. Exercite-se, para que o mundo tenha a vida que nasce do Mistério Pascal de Cristo na entrega pessoal de Sua existência. A lição do altar suscite o amor mútuo nas comunidades cristãs e nas atitudes de cada pessoa de fé. Grandes ideais, dignos da fé que professamos e queremos testemunhar!

Dom Alberto Taveira Corrêa - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

terça-feira, 28 de maio de 2013

Giro pelas comunidades

A Capela de Santo Antônio, localizada na Comunidade de Lagoa Comprida, zona rural do município, recebeu alunos e funcionários da Escola Municipal Severino Chaves da Silva na tarde de ontem, 27/05, para louvar Maria Santíssima dentro dos tradicionais louvores do mês mariano.

Lembramos que na próxima sexta-feira, 31/05, encerraremos o Mês Mariano 2013 na Igreja Matriz de Sant’Ana com a recitação do Santo Terço, Ladainha, Celebração Eucarística e a belíssima Solenidade de Coroação da imagem da Imaculada Conceição. Orientamos as comunidades que se organizem e se façam presentes na igreja matriz a partir das 19h00 da próxima sexta-feira. Para então encerrarmos com júbilo o mês mariano da nossa comunidade paroquial.


Bruno Araújo / Fotos: Emanuele Gomes / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/