sexta-feira, 20 de abril de 2012

Cultura

Dimas Segundo Sedícias (1930 – 2001) músico desde a adolescência, sempre demonstrou sensibilidade em perceber e traduzir os maneirismos de nossa gente em suas manifestações culturais, em especial na música. Dimas Sedícias era conhecido por sua perspicácia que atraía e consolidava amizades em reuniões no conhecido “Ponto dos Músicos” na calçada do Edifício Santo Albino, centro do Recife.
Em 1948, foi contratado pela Rádio Jornal do Commercio, onde passou a integrar o grupo Vocalistas Paraguaçu, cantando e tocando pandeiro, em seguida integrou a Orquestra Paraguary, na qual substituiu Jackson do Pandeiro. Pouco tempo depois, estendeu sua carreira ao Rio de Janeiro e São Paulo, trabalhando nas Rádios Tupy, Nacional, nas TVs Tupy, TV Rio e TV Nacional. Em 1958, a convite do Ministério da Educação, viajou à Europa, em companhia de Abel Ferreira, Trio Iraquitan, Sivuca, Guio de Moraes e Pernambuco do Pandeiro, compondo o grupo Os Brasileiros, tendo se apresentado na BBC de Londres.

No ano seguinte, foi convidado a trabalhar em Paris, onde fixou moradia por 12 anos e gravou com Charles Aznavour e com Brigitte Bardot. Nessa temporada européia, gravou discos e teve centenas de composições editadas na Inglaterra, na França, na Bélgica, na Espanha, na Itália e em Portugal. Tornou-se compositor e membro concursado da Societé des Auteurs, Compositeurs e Éditeurs de Musique (Sacem), da França.

Em 1971, voltou ao Brasil e, atendendo ao convite do maestro Guedes Peixoto, onde passou a atuar como timpanista da Orquestra Sinfônica do Recife. Dimas Sedícias foi premiado diversas vezes em concursos de músicas carnavalescas, realizados pela Prefeitura do Recife, Fundação de Cultura Cidade do Recife, TV Globo Nordeste, onde foi diretor musical do Frevança e do Canta Nordeste, promovidos por esta emissora.
Nos anos 80, foi um dos fundadores da Recife Banda Show, da qual também foi arranjador e diretor musical, ao lado do maestro Edson Rodrigues. Dentre as diversas composições gravadas por artistas de Pernambuco e do Brasil, merecem destaque obras executadas com o grupo pernambucano SaGrama, do qual foi um grande incentivador. A herança que Dimas deixou para a cultura pernambucana é inclusão das características de nossa região em qualquer estilo musical. Esse é o nome que a História guardou para o produtor musical Antônio Silva.
Fonte: http://www.enciclopedianordeste.com.br/nova328.php

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