quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Tema em Foco

O "Tema em Foco" de hoje abrange um questionamento insistentemente feito pela sociedade contemporânea: A Igreja Católica estaria envelhecendo devido à ausência da maioria dos jovens em suas atividades?
O que de fato explicaria essa ausência de comprometimento dos jovens com nossas pastorais e movimentos?
Como resgatar a atenção desse público tão disperso, afinal, existe algum empecilho que desestimula nossa juventude?
O convidado que irá responder o nosso questionamento e compartilhar seu ponto de vista sob o assunto será o jovem João Paulo, bonjardinense, universitário e membro do Grupo de Oração Línguas.

 
PASCOM - O que falta em nossa juventude para exercer um maior compromisso com a Igreja? 

João Paulo - Bem, começo falando antes que eu sirvo a Igreja tanto no grupo litúrgico dos sábados quanto no grupo de oração Línguas de fogo da RCC, portanto, tenho um pouco do gabarito pra responder a essa questão. E queria ratificar também que quando estamos servindo na Igreja, não estamos servindo a qualquer pessoa (ao padre, ao sacristão, ao irmão e etc.), mas, sobretudo a Deus, e que, portanto não pode ser feito de qualquer maneira, mas da forma mais reta e agradável aos Seus olhos.
Mas, tentando responder a essa questão, o que percebo nos jovens hoje em dia é a fuga de um compromisso maior com Deus, achando muitas vezes que ser católico é ir à missa nos domingos e rezar antes de dormir (ou seria dormindo antes de rezar?), e digo isso por experiência própria. Se procurássemos realmente conhecer nossa linda história de 2.000 anos ou a história de nossos santos, muitos jovens abririam seu coração para Deus e para seus pedidos e fariam questão de servi-Lo não por puro e simples interesse, mas por puro e simples AMOR. 
O que realmente falta nos jovens de hoje é coragem de assumir um compromisso de amor a Jesus, com Jesus e para Jesus, tendo a ousadia de pedir o Espírito Santo com fé e intrepidez e viver a vida santa como o próprio Jesus viveu. Ter a coragem de ser muitas vezes motivo de piada entre os amigos ou entre a própria família, para honrar o que Jesus fez por nós sem vergonha alguma, por isso é muito importante ter um encontro pessoal com Jesus para ficar sedento desse amor e desse mistério divino. Querer servir é tirar o primeiro mandamento do papel e amá-Lo realmente sobre todas as coisas, e foi lá na RCC e no Grupo de Oração Línguas de Fogo que pude experimentar da misericórdia desse Deus infinito. 
É muito fácil se dizer Igreja e viver duas vidas ao mesmo tempo, com um pé no mundo e outro na Igreja, mas não se serve a dois senhores ao mesmo tempo. Difícil é abdicar da nossa confortável vida que temos hoje, para nos doar mais ao reino do céu e adorar e louvar a Deus.
Os jovens precisam ter um melhor relacionamento íntimo com Jesus, enxergá-Lo não como um Deus distante ou um Pai intransigente, mas como um amigo íntimo que você pode contar com Ele a qualquer momento e em qualquer situação. 
O melhor pai que existe é o pai-amigo, aquele que não podemos temer em contar nossos maiores sonhos, pesadelos, desejos, problemas e etc., aquele pai que vai nos escutar e nos orientar sem tirar nossa liberdade de ação e nossa vontade e mesmo quando caímos, ele está lá para ensinar tudo de novo até aprendermos a maneira certa de viver. Porém, melhor que um pai-amigo desses, é sem dúvida alguma, um Deus pai-amigo, pois só esse Deus que é pai e amigo pode nos dar a recompensa eterna da vida e é Nele que descansaremos para o resto da vida, e se realmente os jovens tomarem a decisão de buscar esse Deus Pai-Amigo, nossa Igreja com certeza ficará abarrotada de jovens que se comprometerão com a vontade de Deus e serão realmente membros do Corpo de Cristo. 
Seduziste-me Senhor e então eu me deixei seduzir! Foste mais forte do que eu e me subjugaste!” (Jr 20, 7) 

Produção: Bruno Araújo / Redação: http://matrizdesantana.blogspot.com.br/ - Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana

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