quinta-feira, 19 de março de 2020

São José, exemplo de obediência da fé

Jesus, Maria e José são as personagens bíblicas mais citadas no mundo cristão, desde o início da Igreja. A Sagrada Família é fonte absoluta de espiritualidade. No entanto, quanto a José, nem sequer sabemos onde e quando nasceu e morreu. Nem sobrenome tem. Poucas são as referências bíblicas quanto a seu papel de pai adotivo do Salvador. Porém, sua humilde submissão à vontade de Deus nos impressiona e incentiva.


A obediência na fé caracteriza o santo Patriarca e o faz inseparável da obediência de Maria (faça-se em mim segundo a tua vontade!). E está plenamente integrada ao mistério da vinda de Jesus, o Messias prometido. Os parcos textos bíblicos ligam a personalidade, as funções e a missão terrena do esposo de Maria, pai nutrício e legal de Jesus, à obediência pronta e total ao querer de Deus, revelado em “sonhos” (Mt 1,20).

Essa obediência de José mostra-se principalmente na decisão de se casar com Maria. Não há sombra de dúvidas sobre a gravidez virginal da esposa: ela gerou Jesus sem o concurso masculino de seu noivo prometido em casamento. (Mt 1,22-25). Tecendo uma genealogia de Jesus a modo da literatura do Gênesis, Mateus “mostra com toda clareza que a gravidez e maternidade de Maria não é obra de José, mas do Espírito Santo, fato afirmado duas vezes nesta breve passagem”. Inspirado igualmente no Gênesis, Lucas faz uma genealogia dos antepassados de Jesus de forma ascendente até chegar a Adão. E diz: “Quando Jesus começou seu ministério, tinha trinta anos e passava por filho de José...” (Lc 3,23). Ou seja, o povo não tinha conhecimento algum sobre os fatos maravilhosos da ação de Deus, correspondida pela obediência fiel de José e Maria.

Os episódios da infância: nascimento em Belém, circuncisão, apresentação do menino no Templo, fuga apressada com ele e Maria para o Egito, perda e reencontro no Templo de Jerusalém citam José e Maria como pais do Cristo. Cada vez mais unidos, ambos se ajudavam mutuamente a obedecer ao Senhor: ela, Maria, a virgem do “faça-se em mim a sua vontade”, e José, o justo por excelência, casto guardião da Sagrada Família.

Maria e José viveram a perfeição da obediência no convívio humilde em Nazaré. Ensinavam Jesus a obedecer e aprendiam dele a mesma coisa: “não sabíeis que devo me ocupar das coisas do Pai”! (Lc 2,40). Nenhuma pessoa do mundo, depois de Maria, teve missão tão grandiosa como a de seu esposo São José. Aprendamos desse maravilhoso casal a descobrir e fazer a vontade de Deus para servir com mais amor nossa família, nossa comunidade, cumprindo as tarefas do dia a dia também na profissão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário