domingo, 23 de junho de 2019

12º Domingo do Tempo Comum

Certo dia, Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?”. Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”. Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará”. (Lc 9,18-24)


O primeiro requisito do amor é o respeito

Que respeito precisamos ter um para com os outros? O primeiro requisito do amor é o respeito, mas, infelizmente, deixamos de nos respeitar com facilidade. Primeiro em sentimentos e afetos, porque somos muito impulsivos; e do impulso da raiva, brigamos com facilidade, gritamos e atacamos. Nada justifica qualquer tipo de agressão verbal - também não falarei de física, porque é crime! Estou falando de coisas embaraçosas que fazemos umas com as outras, muitas e muitas vezes, em nome da fé. Nada justifica qualquer tipo de agressão ao outro. Os irmãos podem discordar, mas eles não podem atacar. Os irmãos podem ter diferentes pontos de vista, mas não podem insultar. Os irmãos podem ficar tristes um com o outro, mas nunca podem ter desrespeito. A demanda por amor evangélico é muito séria, mas vivemos, muitas vezes, um amor que nada tem a ver com o Evangelho. Não é simplesmente o amor onde encontramos nossos irmãos da igreja, vivemos bem com quem gostamos e não temos respeito com quem não gostamos, quem não reza, quem não fala como nós, quem não pensa no que acreditamos. O que vai nos salvar não é o que acreditamos como doutrina, mas é o amor que praticamos e vivemos, é o respeito, que devemos nutrir um pelo outro. Não podemos permitir que, em nossa boca, a raiva esteja movimentando nossos sentimentos e afetos, pois se a boca fala do que o coração está cheio, estamos nos atacando com expressão muito baixa. O Evangelho está nos dizendo: "Quem chamar seu irmão de patife será condenado", mas a palavra "patife" é até bonita, entre outras que existe agressivo e duro que usamos para tratarmos uns aos outros. "Quem chamar seu irmão idiota ou tola, será condenado ao fogo do inferno." Nossas palavras estão nos condenando, porque nós, de uma maneira que saímos melhor, usamos palavras agressivas para nos referirmos ao outro. Primeiro, as pessoas têm um nome e precisam ser chamadas pelo nome, elas não podem ser rotuladas pela nossa agressividade. Quando nos referimos a essa pessoa, chamamos esse nome de feio, pesado, agressivo e infernal, o que, infelizmente, está trazendo o inferno para o nosso ambiente. Precisamos nos purificar da boca, especialmente do coração, para que não sejamos condenados por nossas próprias palavras. O amor é exigente e uma das exigências fundamentais do amor é que respeitemos o que falamos e tratamos os outros.

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